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sábado, março 21, 2015

Quando o diabo é conselheiro







por Percival Puggina(*)





Pelo menos dois milhões e meio de pessoas saíram às ruas no dia 15 de março. Diziam, em essência, quatro coisas: Fora Dilma! Fora PT! Chega de corrupção! E a que estava escrita na camiseta que eu usava: Impeachment! A desaprovação da presidente, em março, segundo levantamento da Datafolha, chegou a 62%. Em fevereiro, o mesmo instituto dizia que para 52% dos brasileiros Dilma é falsa, para 47% é desonesta e para 46%, mentirosa. Nada surpreendente quando esses números se referem a quem disse que "a gente faz o diabo em época de eleição".

Num sistema de governo bem concebido, do tipo parlamentarista, tal situação levaria ao voto de desconfiança. O governo cairia. No presidencialismo, tem-se o que está aí: uma crise institucional. Então, era preciso contra-atacar. Qual o conselho do diabo numa hora dessas? "Diz que teus opositores não gostam de pobre!", recomendaria o Maligno. Foi o que fez Lula, num discurso à porta do hospital onde a Petrobras, por culpa dele e de seus companheiros, respira por meio de aparelhos.

Disse o ex-presidente: “O que estamos vendo é a criminalização da ascensão social de uma parte da sociedade brasileira. (...) A elite não se conforma com a ascensão social dos pobres que está acontecendo neste país”. Por toda parte, o realejo da mistificação, da enganação, da sordidez intelectual passou a ser acionado por gente que se faz de séria. Colunistas chapa-branca, artistas subsidiados pelo governo, intelectuais psicologicamente enfermos se alternam na manivela do realejo, a repetir essa tese.

O líder do MST, João Pedro (quebra-quebra) Stédile, falando ao lado de Dilma no RS, enquanto eu escrevia este artigo, rodou a manivela: "A classe média não aceita assinar a carteira da sua empregada doméstica. A classe média não aceita que o filho de um agricultor esteja na universidade. A classe média não aceita que os negros andem de avião. A classe média não aceita que o povo tenha um pouco mais de dinheiro”. Suponho que na opinião dele, os patrocinadores do MST são santos cujas meias deveriam ser guardadas para fazer relíquias, apesar de esfolarem a nação e encherem os próprios bolsos e os bolsos dos ricos. Quão tolo é preciso ser para se deixar convencer de que o povo sai às ruas porque pobres e pretos andam de avião e não por estar sob um governo que se dedicou a fazer o diabo? Como pode a mente humana entrar em convulsões e a alma afundar em indignidades de tais proporções?

Leonardo Boff, foi outro. Perdeu boa parte de sua fé católica, mas não a fé em Lula, a cujo alto clero não se constrange de pertencer. Dia 16, em Montevidéu, declarou: "No Brasil há uma raiva generalizada contra o PT, que é mais induzida pelos meios de comunicação, mas não é ódio contra o PT, é ódio contra os 40 milhões (de pobres) que foram incluídos e que ocupam os espaços que eram reservados às classes poderosas". É assim que o petismo age. Deve haver um lugar bem quente no inferno para quem se dedica a esse tipo de vigarice intelectual.

Vigarice, sim. E tripla vigarice. Primeiro, porque transmite a ideia equivocada de que o PT acabou com a pobreza, quando o partido está empobrecendo a todos, a cada dia que passa. Segundo, porque a nada o petismo serviu mais do que à prosperidade material de sua alta nomenklatura e a dos muitos novos bilionários que, há 12 anos, servem e se servem do petismo. Terceiro, porque só o PT se beneficia da pobreza dos pobres, aos quais submete por dependência.O desenvolvimento econômico e social harmônico é generoso. A ascensão dos pobres, quando ocorre de fato e não por doação ou endividamento, beneficia a todos. Isso até o diabo sabe.

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* Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+.

sexta-feira, fevereiro 27, 2015

A Petrobras e a intelectualidade corrupta.









por José Carlos Sepúlveda da Fonseca




Um manifesto assinado por expoentes da assim chamada ”intelectualidade brasileira”, como Fábio Konder Comparato, Marilena Chauí, Cândido Mendes, Celso Amorim, João Pedro Stédile, Leonardo Boff e Maria da Conceição Tavares (e haja fôlego!), denuncia a Operação Lava Jato como tentativa de destruição da Petrobras, de seus fornecedores e de mudança do modelo que rege a exploração de petróleo no Brasil.

Vejam bem, segundo estes senhores, a destruição da Petrobras vem da apuração dos crimes feitos pela Justiça e pela Polícia Federal; não provém dos próprios crimes praticados pela máfia petista encastelada na máquina pública.
Conspiração

O texto do dito manifesto aponta ainda uma “conspiração” para desestabilizar o governo; as investigações, segundo esses “expoentes intelectuais”, atropelam o Estado de Direito.

Chamo de novo a atenção: não são os crimes cometidos pela máquina corrupta do Partido dos Trabalhadores para consumar seu projeto de poder anti-democrático – e reduzidos por estes luminares a simples “malfeitos” – os que abalam o Estado de Direito; o que abala o Estado de Direito é a ação da Polícia e da Justiça, transformada numa “conspiração para desestabilizar o governo”.

Para finalizar e acentuar a má-fé que perpassa o texto, o manifesto conclui por afirmar que “o Brasil viveu, em 1964, uma experiência da mesma natureza”, a qual nos custou “um longo período de trevas e de arbítrio”. Qual o fundamento para esta aproximação arbitrária e gratuita?
Subversão das ideias, distorção dos fatos

Consolida-se hoje, de Norte a Sul do Brasil, um sentimento de aversão e repulsa em face da imensa máquina de corrupção instalada pelo PT (e associados) na Petrobras, em diversas outras instâncias dos negócios do Estado e nas instituições, com a finalidade de consumar um projeto de poder totalitário. É bom e louvável que assim seja.

Mas é preciso atentar para um aspecto talvez mais perigoso do que a corrupção material! Uma corrupção intelectual na tentativa de inverter a realidade dos fatos, de destruir a objetividade das análises e de subverter a reta razão dos indivíduos. Não se esqueçam, é este tipo de “intelectualidade” e de “lógica” perversa que constitui o esteio de regimes tirânicos e genocidas, como o da Alemanha de Hitler, o da União Soviética de Lênin e Stalin, o da China de Mao, o do Camboja de Pol-Pot, entre tantos outros.
Manifesto que exala agonia

Convido os leitores a lerem trechos do artigo “Que agonia”, que Vinícius Mota publica na Folha de S. Paulo (23.fev.2015):

“Ao final da longa purgação que apenas se inicia, a Petrobras e todo o complexo político-empresarial ao seu redor terão sido desidratados. Do devaneio fáustico vivido nos últimos dez anos restará um vulto apequenado, para o bem da democracia brasileira.

“As viúvas do sonho grande estão por toda parte. Um punhado de militantes e intelectuais fanáticos por estatais monopolistas acaba de publicar um manifesto que exala agonia.

“O léxico já denota a filiação dos autores. A roubalheira na Petrobras são apenas “malfeitos”. O texto nem bem começa e alerta para a “soberania” ameaçada, mais à frente sabe-se que por “interesses geopolíticos dominantes”, mancomunados, claro, com “certa mídia”, em busca de seus objetivos “antinacionais”.

“Que agenda depuradora essa turma teria condição de implantar se controlasse a máquina repressiva do Estado. Conspiradores antipatrióticos poderiam ser encarcerados, seus veículos de comunicação, asfixiados, e suas empresas, estatizadas para abrigar a companheirada. (…)

“Quanto maior é o peso de empresas estatais na economia, mais amplos são os meios para o autoritarismo. Imagine se o governo ainda tivesse em mãos a Vale, a Embraer e as telefônicas para fazer política. Quais seriam os valores da corrupção, se é que sobrariam instituições independentes o bastante para apurá-los?”

Fonte: IPCO

sábado, fevereiro 23, 2013

O Apocalipse aconteceu e você não percebeu.








por Luis Dufaur






Não é piada. Pretende ser algo muito sério. A ONG Global Footprint Network – GFN anunciou que no dia 22 de agosto a humanidade acabou de consumir todos os recursos naturais que o planeta é capaz de produzir num ano.

Essa data fatídica, estipulada a partir de cômodos escritórios governamentais e de saborosos restaurantes pagos pelos impostos dos cidadãos, foi levada muito a sério pelo jet-set ambientalista.

O dia foi batizado de “Global Overshoot Day”, ou o “Dia da ultrapassagem”.

O ex-frei Leonardo Boff, que de teólogo pró-marxista passou sem renegar seu passado a teólogo do extremismo verde (Leia aqui artigo sobre a nova religião: a Lula Gigante, mas não ria), tem explorado essa data até em discursos na ONU.

A claque “verde” rasgou as vestiduras diante daquilo que o pretensamente sério diário socialista parisiense “Le Monde” qualificou de “má notícia para o planeta”.

O catastrofismo do GFN e dos que dizem acreditar em seus prognósticos acrescenta outro elemento indutor ao pânico: o “dia da ultrapassagem” está acontecendo cada vez mais cedo.

Se o leitor acha isto por demais histriônico, contrário à realidade que entra pelos olhos no dia-a-dia, prepare-se porque ainda tem mais.

Se em 2012 ele aconteceu 36 dias antes que em 2011, em 2005 os limites teriam estourado em 20 de outubro, e em 2000, em 1º de novembro.



O ex-frei Leonardo Boff, teólogo do panteísmo
 verde, deu a "catastrófica" notícia 
em discurso no Dia da Terra na ONU


Neste ritmo não falta muito para não se poder nem mesmo começar o ano, pois não haveria disponibilidade de recursos alimentares, energéticos e outros, básicos para a subsistência do planeta.

O disparate é demais, mas tem suas arapucas para pôr no ridículo a quem não está advertido sobre as artimanhas do ambientalismo.

Na primeira embromação, os especialistas da ONG esclarecem que não é que a Terra parou de produzir – basta olhar o prato todos os dias.

Eles acrescentam que seus sábios cálculos apontam que no ritmo atual de consumo, não poderíamos estar consumindo mais do que consumimos até 22 de agosto.



Todo o que consumimos desde essa data em diante é mediante crédito: “nós estamos vivendo a crédito até o fim do ano”, explica “Le Monde”, e essa dívida mais cedo ou mais tarde tornar-se-á impagável e o planeta parará.

Fiéis ao dirigismo totalitário verde, os peritos do GFN calcularam todos recursos da Terra, compararam a capacidade de produção de cada hectare e o consumo dos cidadãos. Na balança, incluíram o lixo gerado.

O resultado desse cálculo cerebrino é que, segundo Mathis Wackerngel, fundador do grupo GFN, “um déficit ecológico está se abrindo de maneira exponencial há 50 anos”.

O GFN tenta pôr em termos compreensíveis essa construção descolada da realidade, dizendo que uma só Terra já não basta para atender às necessidades atuais da humanidade e absorver o lixo que ela produz.

No momento atual, seriam necessárias uma Terra e meia para satisfazer aos homens.

Mas, como é que a humanidade continua vivendo e progredindo? Não faça essa pergunta, pois ela é reveladora de mentalidade retrógrada, ecologicamente incorreta, sem sensibilidade ambiental, e, pior que tudo, capitalista.

Pois é na diatribe anticapitalista e antiocidental que vai dar esse bicho de sete cabeças.
A lista de culpados de “consumismo” é encabeçada pelo Qatar, o Kuwait e os Emirados Árabes Unidos. Seria preciso cinco planetas, segundo o delirante cálculo, só para absorver a produção de C02 do Qatar.



Dos 149 países analisados segundo estes critérios enviesados, há 60 que são réus. Não é preciso dizê-lo: trata-se dos países industrializados onde ainda vigoram a propriedade privada e a livre iniciativa.

E a China, a maior poluidora mundial?


Mathis Wackerngel,fundador 
da ONG Global Footprint Network - GFN




Na hora de falar dela, o relatório do GFN abunda em comiserações e condescendências: no fim das escusas, Pequim acaba fora do número dos réus.

O relatório do GFN foi realizado com o contributo de um dos movimentos mais militantemente contrários à civilização ocidental: a World Wildlife Foundation – WWF. Esta outra ONG acrescenta mais estatísticas e considerações apocalípticas afins com o seu objetivo ideológico anticivilizatório.

E se o leitor achar que talvez com algumas concessões em matéria de gastos de matérias primas ou energia – que sob certos pontos de vista são excessivos – poder-se-ia impedir o Apocalipse aqui profetizado, pode ‘tirar o cavalo da chuva’.

Para Mathis Wackerngel, fundador do grupo GFN, nem a austeridade nem o desenvolvimento poderão evitar a queda final do sistema que ordena o mundo atual.



A Terra, diz ele, ficou sem regeneração e por causa disso a economia descambará em qualquer hipótese. O cataclismo final, segundo ele, ocorrerá infalivelmente, seja de um modo planificado ou por desastre inevitável.

A sabedoria resolveria estes e muitos outros problemas, mas quando ela não existe nos espíritos, os profetas da irracionalidade não só pregam absurdos como trabalham com poderosos apoios para que eles se tornem uma sinistra realidade.

fonte IPCO

Titulo original:ONG verde profetiza: apocalipse aconteceu há pouco. Mas, nós nem soubemos!







segunda-feira, dezembro 03, 2012

LULA GIGANTE.





Mas não é preciso ficar apavorado, essa lula é um molusco gigante, obra de uma cabeça que nada ofereceu à humanidade que fosse minimamente útil: Leonardo Boff. Esse gigantesco molusco seria o "novo adão", versão ecochatos ou os vermelhos comunistas repaginados. Mas é interessante que da cabeça de um marxista, amigo do peito do Luis Inácio, ex-presidente e consultor eterno da Presidência da República tenha saído essa brilhante ideia: uma Lula Gigante; por que não uma onça gigante; um leão gigante, talvez uma sardinha gigante...?

A matéria abaixo é de autoria de Luis Dufaur e originalmente tem o título 'Proposta da nova “religião” ambientalista é publicada, incomoda, e some!' e saiu no site do IPCO.



Comentando matéria publicada pela agência  ACIprensa, redigimos o post“Teólogos da Libertação desvendam segredos da nova “religião” verde”, Reputamos então a ACIprensa – e continuamos reputando – uma agência séria e respeitável.

No endereço citado constava a estapafúrdia ideia do ex-frei Leonardo Boff de que, para substituir o homem, a “Mãe Terra” estaria preparando um novo ser capaz de “receber o espírito”, que não seria outra coisa senão uma lula gigante.

Amigos peruanos que traduziram e publicaram nosso post constataram que o parágrafo sobre a “lula gigante” (“calamar gigante” no original em espanhol) anticristã e evolucionista havia desaparecido do referido endereço.

No Peru, a polêmica sobre a Teologia da Libertação vem crescendo, com poderosos apoios eclesiásticos ao renovado erro.

Conferimos que de fato houve a supressão da “lula gigante”, sem que viesse dos meios jornalísticos qualquer explicação de praxe.

Compreendemos que algum erro possa ter havido, mas não se entende a inexistência de uma indispensável explicação anexa para esclarecimento dos leitores.



Além do mais, é preciso procurar muito longe os ventos com a quantidade, continuidade e força necessários para torná-las viáveis.

O procedimento de ACIprensa é próprio de quem recebeu uma pressão externa que a obrigou contra sua vontade a suprimir o texto.

Felizmente, como é nosso costume, tínhamos conservado um snapshot da página, comprovando a nossa perfeita boa fé.

Ele foi tirado no domingo, 28 de outubro de 2012, 22:54:35, e oferecemo-lo acima a nossos leitores.

Também, no cache do Google, podia-se ler a reprodução integral do artigo com a desumana teoria do “calamar gigante”.

Este cache é atualizado periodicamente, mas o original ainda existia no domingo, 25 de novembro de 2012, 18:27:38.

Para os interessados, procurar em Google a frase: “estaria preparando un nuevo ser capaz de “soportar el espíritu”, que no sería otro que un calamar gigante.” (em espanhol):



Numerosos sites e blogs em espanhol reproduziram a versão original de ACIprensa, incluindo o parágrafo completo com a ímpia teoria do “calamar gigante” do ecoteólogo marxista.



Poderíamos estampar neste post a lista desses sites e blogs com a frase denunciadora do fanatismo da reverdecida Teologia da Libertação.

Aliás, já fizemos essa lista e a enviamos via e-mail aos nossos amigos peruanos.

Porém, publicá-la poderia desencadear pressões indesejáveis e censuras sobre sites e blogs católicos bem intencionados, que lutam em geral de modo honroso e corajoso contra a falta de recursos e de apoios eclesiásticos.

Não queremos atirar sobre eles essas pressões.

Máxime nestes momentos em que a Teologia da Libertação, agora de mãos dadas com o ambientalismo radical, recupera poder, influência e intolerância, notadamente a partir de altas esferas eclesiásticas.





sábado, outubro 13, 2012

A Teologia da Libertação Evangélica.












A nova Geni no cenário evangélico brasileiro (título original do artigo).


por Edson Camargo (*)

O neopentecostalismo e a teologia da prosperidade são a nova Geni. Feitos para apanhar, bons de cuspir. Só num ambiente onde impera a tosquice e a desonestidade intelectual trataria-se o neopentecostalismo como um fenômeno homogêneo, uniforme, desprovido de diferenças gritantes e essenciais entre alguns de seus elementos – no caso, denominações evangélicas – que são abrangidos pelo conceito. E o pior: pessoas que reconhecem, em algum momento, a diversidade do neopentecostalismo, quando o criticam, atacam-no como um todo: “o neopentecostalismo”. Maldita Geni!. 

Não há como perceber que há aí, em muitas situações, uma motivação ilegítima, baseada não só na promoção da denominação que representa, por parte do criticastro (crítico reles), como num sentimento de superioridade intrínseca à tudo aquilo que dela não se aproxime.

A outra evidência de que a tosquice, a desonestidade intelectual imperam entre nossos autopropalados “apologetas” e “defensores das doutrinas bíblicas”, é o estardalhaço contra a tal ‘teologia’ da prosperidade. Qualquer professorzinho de Escola Bíblica Dominical, com meia dúzia de versículos bíblicos que falam da fidelidade a Deus sob toda e qualquer circunstância e do desapego a bens materiais enquanto virtude cristã, desmonta, em segundos, a distorção promovida pela ‘teologia’ da prosperidade’, que é, sobretudo, de ênfase.

Enquanto isso, outro problema, muito maior, mais grave, mais sedutor e que apresenta mais resistências, é jogado para debaixo do tapete enquanto se bate na Geni: a onipresença e a aura de inquestionabilidade em torno da farsa socialistóide chamada ‘teologia da Missão Integral”, pensada justamente para ser a “versão protestante da ‘teologia’ da ‘libertação”’ católica, segundo as palavras de um ícone do movimento, Ariovaldo Ramos, conhecido apologeta do socialismo, do MST, outrora de Lula e mais recentemente de Marina Silva.

Teologia da Libertação sem contrôle

Sabe-se que a "teologia da libertação" nada mais foi que um instrumento para a infiltração comunista na igreja de Roma. Nem por isso os pseudo-apologetas que se descabelam contra a ‘teologia’ da prosperidade deixam de cantar loas aos mentores dessas farsas teológicas socialistas, como o “social-panteísta” Leonardo Boff, Richard Shaull, René Padilla, o tosco e apóstata do Rubem Alves, Caio Fábio, Ariovaldo, e outros que chamo de “lausannéscios”, por idolatrarem o Pacto de Lausanne. Aí temos uma verdadeira ópera de malandros. Para agravar o erro, entre os apoiadores da ‘missão integral’ estão teólogos tidos como fiéis às Escrituras, mas que não só se calam diante o liberalismo teológico grosseiro de outros entusiastas da farsa, como até dividem com estes espaços na Internet e em conferências.

Fica claro, portanto, que o apoio ao embuste socialista os motiva mais que a defesa daquilo que as Escrituras deixam explícito. O que importa é cuspir na nova Geni, que, por sinal, tem nojo, e coberta de razão, da agenda cultural do esquerdismo: “casamento” gay, feminismo, liberação de drogas, aborto, eutanásia, etc.
“Maldita Geni!”



(*) Jornalista e músico, é editor-executivo do site de opinião e análise de conteúdo midiático "Mídia Sem Máscara". Estudioso da filosofia, com ênfase nas áreas de teoria do conhecimento, história das idéias e filosofia política, é um amante dos grandes temas da teologia e um entusiasta da educação clássica.