quinta-feira, janeiro 05, 2012

MICHEL TELÓ PODE SER MINISTRO.


Vem aí a reforma ministerial e isso é importantíssimo; pelo menos para o governo; quanto ao povo, isso é um mero detalhe.  E tudo pode acontecer, inclusive nada. Mas tudo pode ser, pelo menos diferente do que é.

Não me surpreenderia se alguém muito chegado ao presidente(a) de plantão, sugerisse para a Chefia da Casa Civil alguém com respaldo popular; alguém que soubesse comunicar tudo com poucas palavras - mais inteligíveis (não quer dizer inteligentes), numa linguagem fácil. Por exemplo? Quem tem conseguido se comunicar bem com o povão, dizendo coisas "entendíveis" - não inteligentes, repito - para todos; do professor universitário ao  morador de rua? Ele mesmo; creio que alguém já pensou assim: Michel Teló.

Se entendermos bem que "fenômeno" pode ser tanto uma chuva de dólares como um tsunâmi devastador, o Michel Teló é um fenômeno; embora não faça chover dólares, pelo menos na minha cabeça.

Esse "fenômeno" já conseguiu descontrair até soldados israelenses (há quem diga que isso foi montagem, mas isso é outra história) e não se sabe bem se por causa da letra da música (se é que se possa chamar de letra e de música) ou se pela dança, um misto de não-sei-o-que-estou-fazendo com sei-bem-quem-você-é-e-não-merecuse-sua... . Enfim, quem se surpreenderia que em dado momento o Teló fosse indicado para ministro? Quem duvida que já esteja sendo sondado por partidos para, no mínimo, concorrer a vereador de uma grande cidade ou prefeito de uma média cidade?  Se já temos o "cachorrinho dos teclados" como vice prefeito de São Bernardo do Campo, o que custaria o Teló ser prefeito?

Ainda que a lucidez esteja presente entre nó brasileiros, nada mais me surpreende. A respeito do tal fenômeno, mas também a respeito da música que hoje é tocada, encontrei algo revelador e lucido no artigo de Adriano Dal Molin:


Que o Brasil está em avançado estado de decomposição, é inegável: educação, moral, ética, política, infra-estrutura. Mas e na cultura, especificamente na música popular, como estamos? Nos últimos anos passamos do brega às duplas sertanejas, da avalanche do pagode e do axé até o arrastão do funk carioca e do batidão do sertanejo universitário. Não que cada um desses estilos sejam "maus" por si só. O que acho deplorável é a absoluta ausência de senso crítico na grande massa de ouvintes. Vejamos. Que mal há em ser brega? Não ser moderno? Amadurecer, parafraseando Belchior, é entender e aceitar "que o novo sempre vem"... continue lendo aqui..

Então o negócio é cantar: Nossa, nossa,Assim - governo -você me mata,Ai se eu te pego, ai ai se eu te pego

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