sábado, maio 30, 2015

Banheiro unissex: um atentado contra as mulheres.







Banheiro unissex: um atentado contra as mulheres.

por Thiago Cortês (*)



Não se engane: a instalação de banheiros unissex nas escolas e universidades não representa nenhum avanço em favor das mulheres ou das minorias.

No Brasil moderno você pode defender qualquer bizarrice desde que ela venha embalada em um discurso de “respeito às minorias” ou “combate ao preconceito”.

Foi em nome do “combate ao preconceito” que o Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoções dos Direitos de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais” publicou, no dia 12 de março, no Diário Oficial da União, a resolução que estabeleceu o seguinte: “As escolas e universidades, públicas e particulares, devem garantir o uso de banheiros, vestiários e demais espaços segregados acordo com a identidade de gênero de cada sujeito”.

Ou seja, a partir de agora, eu e minha barba podemos frequentar os banheiros femininos de escolas e universidades. Para tal, basta que eu me “autoafirme” como um transgênero ou qualquer outra categoria sexual inventada nos últimos 10 minutos.

É claro não há como impedir que oportunistas frequentem o banheiro feminino mediante a alegação de que são transexuais. Qualquer marmanjo que alegue que acordou se sentindo a Julia Roberts poderá dividir o banheiro com as mulheres.

Todos estamos chocados com o caso da menina de 12 anos que foi estuprada no banheiro de uma escola da Zona Sul de São Paulo. A garotinha foi abusada por três colegas (menores de idade), por quase uma hora, sem que nenhum funcionário notasse.

Dá pra imaginar o quanto este cenário vai piorar quando os banheiros de todas as escolas do Brasil forem transformados em locais de convívio entre meninos e meninas – em nome, é claro, do combate ao preconceito.

Banheiro por “identificação de gênero” é uma ficção vulgar. O que está sendo proposto é que escolas e universidades tenham banheiros U-N-I-S-S-E-X.

Banheiros da UFRN após intervenção de “coletivos”.


Fachadas
Ideólogos disfarçados de jornalistas ou travestidos de pedagogos estão inundando as redes sociais com suas típicas frases-de-para-choque-de-caminhão que justificam o banheiro unissex a partir do “combate ao preconceito”.

A manipulação da linguagem não é um fenômeno moderno. Desde a Grécia Antiga os sofistas já sabiam que a retórica pode solapar a verdade no discurso público. É por isso que os militantes corrompem palavras e conceitos para defender suas teses perniciosas.

“O ideólogo usa fachadas para esconder suas reais intenções. Ele nunca é sincero. Veja o caso, por exemplo, do banheiro unissex. É defendido a partir da ideia de direitos das mulheres. Na verdade, é um atentado contra as mulheres que agora terão que dividir o banheiro com qualquer homem que alega que se sente uma mulher”, explicou o professor Felipe Nery, presidente do Observatório Interamericano de Biopolítica.

Relativismo
Felipe Nery também destaca uma nefasta característica da neutralidade de gênero: o relativismo que, gradualmente, nos levará ao vale-tudo da sexualidade. A pedofilia, lembrou, já começa a ser chamada por progressistas de “amor entre gerações”…

O gênero sexual é um dado da natureza assim como a altura ou o peso. Negar que você é homem ou mulher faz tanto sentido quanto negar que é alto ou magro.

Até mesmo a moderna psicologia evolucionista – odiada pelos religiosos por sua natureza darwinista – diz claramente que há diferenças naturais (biológicas e psicológicas) entre homens e mulheres e ri dos acadêmicos que falam em “construção social”.

Os ideólogos, contudo, querem reduzir o gênero sexual a uma mera invenção cultural da sociedade patriarcal que deve ser destruída em nome da liberdade e etc.

Mas eu aposto que os militantes de gênero sofrerão a humilhação de enfrentar uma forte resistência das mulheres. Chegará o dia em que os “militantes da tolerância” serão desmascarados justamente por aqueles que dizem representar.

Não serão os políticos que derrotarão o lobby do gênero: serão as mulheres – mães, esposas, filhas – que se levantarão contra esta bestialidade que (como tudo que começa na academia) foi parar no banheiro.


Publicado na Reaçonaria.


(*)Thiago Cortês é jornalista.

A CBF é a cara do Brasil.









por Claudio Tognolli

Antes, entenda o caso aqui




Em julho de 2011 este blogueiro se encontrou por 3 horas, em São Paulo, com o renomado reporter inglês Andrew Jennings, da BBC. Era por ocasião do congresso internacional de jornalismo da Abraji, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, da qual sou diretor-fundador.

Vou reproduzir abaixo o texto do meu encontro com Jennings. Veja o que o inglês já antecipava sobre a nossa CBF e roubalheiras correlatas…

Relendo o texto, repenso a frase de Parreira: “A CBF é o Brasil que funciona.
Não é isso não, caro Parreira: a CBF funciona como o Brasil…

O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e o ex-presidente da Fifa João Havelange fizeram um acordo com a Justiça suíça para pararem de ser investigados por corrupção, e assim escaparem de uma condenação. Esse acordo, cujo valor é esimado em 10,5 milhões de reais, foi assinado no ano passado (2010) por Havelange, Teixeira e pela Fifa. As informações foram relatadas com exclusividade pelo jornalista inglês Andrew Jennings, repórter investigativo do programa “Panorama”, da BBC – emissora de tevê britânica sinônimo de credibilidade e equilíbrio.

Jennings é autor da obra “Jogo Sujo – o mundo secreto da Fifa”, que vai ser lançado em São Paulo, às 19h00 desta terça-feira, na livraria Cultura do shopping Bourbon, na zona oeste. O livro foi editado pela Panda Books, de propriedade do jornalista Marcelo Duarte.

Depois de quase três horas de conversa, Andrew Jennings entregou este reporter um documento, datado do dia 24 de maio passado, ajuizado à Corte da cidade de Zuc, na Suíça. Nele, a BBC e um pool de jornalistas suíços, todos capitaneados por Jennings, postulam da Justiça suíça a liberação dos documentos que mostram o acordo judicial de pacificação. Na Justiça suíça, os casos de corrupção são encerrados quando as partes acusadas admitem, em uníssono, que se corromperam ou que ofertaram propostas ilegais. Quando as partes o admitem em juízo, basta que devolvam o dinheiro e a Justiça suíça encerra o caso de vez.

Nesse rito de pacificação judicial, estiveram envolvidas três partes, segundo Jennings. A Fifa, Teixeira e Havelange. Os documentos entregues por Jennings mostram que Havelange é identificado como Z e Teixeira como Y. A BBC e os jornalistas suíços conseguiram vitória na Corte de Zuc, mas as partes envolvidas apelaram pela não-divulgação do acordo de pacificação, conhecido como “settlement”. O pool de jornalistas já apelou para a Suprema Corte suíça, que fica em Lausanne.

“Esses documentos devem ser tornados públicos em 12 meses caso continuemos vencendo. O dinheiro do povo brasileiro foi usado para esquemas de corrupção e a CBF privatizada. O ministro Orlando Silva disse que Teixeira é inocente. Eu digo o contrário. O governo brasileiro tem obrigação de mandar um representante à Zuc e à Lausanne e tornar esses documentos públicos, a bem do interesse do dinheiro dos seus contribuintes. O esquema da CBF acabou virando um esquema igual ao da Fifa, um esquema de máfias”. Andrew Jennings obteve documentos, por exemplo, datados de 3 de março de 1997, que mostram um desvio de 1 milhão de meio de euros a alguém chamado no documento de JH, que segundo Jennings é João Havelange. Já o dinheiro de Teixeira, que supera o de Havelange em pelo menos alguns milhões de euros, teria sido canalizado a uma empresa chamada Sanud, que, segundo Jennings, não passa da empresa montada por Teixeira com as letras dos primeiros nomes de seus filhos, R.L.J.

Para você entender as origens dessa trama, obviamente é necessário ler o livro de Jennings. Por exemplo: à página 261 está escrito: “O magistrado suíço Thomas Hildbrand estava investigando o que os executivos da empresa ISL tinham feito com mais de 50 milhões de libras pagos pela rede Globo de Televisão à ISL pelos direitos de televisão das Copas de 2002 e 2006. O dinheiro deveria ter sido repassado à Fifa. Não foi. Depois que a ISL faliu, na primavera de 2001, já não era mais possível esconder o fato de que o dinheiro tinha sido surrupiado”. É nesse esquema da ISL que a Fifa, Teixeira e Havelange estão metidos até o pescoço.

Jennings explica o trecho. “A TV Globo estava realmente puta da vida com Ricardo Teixeira, e colocou seu melhor repórter investigativo (Marcelo Rezende) para ir atrás dele, e por algum motivo a Globo e Teixeira se tornaram amigos de novo. Estamos tratando apenas de futebol, não de segurança pública. Por acaso o Brasil tem medo de ser invadido por tropas? Claro que não. Nem os Estados Unidos fariam isso para o Brasil, porque eles já o fazem economicamente. É apenas futebol, repito. Mas o senhor Teixeira tem aquilo que na Inglaterra nos chamamos de checked record, ou seja, ele tem o registro de sua carreira, seu histórico, já postos em cheque. As pessoas já olham para Teixeira e dizem ‘nós já conhecemos o seu jeito de fazer negócios, que não é o mais legal’. Ele já tem uma carreira posta em cheque. O que Teixeira deveria fazer, em nome da transparência, é colocar todos os documentos da CBF online, porque não há razão para que não haja transparência no futebol, afinal isso envolve dinheiro de pagadores de impostos, e todos nós temos direito de saber disso. Dê às pessoas o direito delas saberem. Teixeira que dizer que a CBF é privatizada, mas ela não é, ela é publica, é uma organização dos jogos do povo brasileiro. O futebol pertence às pessoas e a CBF não pode ser usada para vender produtos de maneira privada. Me pergunto: se tudo é limpo, legal, por que não tornar transparente? Eu não sei porque os políticos de Brasília e o próprio governo não dizem: precisamos ir até a Suíça dar uma olhada nessa investigação. O Lula já deveria ter dito a ele: senhor Teixeira, o senhor está lidando com o dinheiro do contribuinte. Ainda não é tarde para se colocar esses documentos online. Por que não colocar online todos os gastos da CBF?

CADEIA - Jennings é uma metralhadora giratória. Fala por duas horas maciças, sem parar. “Eu disse uma vez brincando que Ricardo Teixeira deveria ir para a cadeia, mas o mais importante é que ele está sendo investigado. Ele está sendo investigado por detetives especializados em fraude. Eles estão investigando sua longa história de corrupção na Fifa. O Brasil é um país democrático e fez a sua transição dos maus dias. Agora o Brasil é um país organizado, que funciona. Como vocês podem suportar à frente da CBF uma pessoa com tamanha história de corrupção?”, pergunta-se Jennings.

O jornalista inglês avalia que “as Copas do Mundo são criadas para criar empregos para o sistema, típico de gangster da máfia que foi criado pela Fifa. É uma máquina que precisa ter lubrificação. A estrutura da Fifa é uma estrutura do crime mafioso tradicional”

O interesse de Jennings pelo tema começou em 1998. “Foi quando eu li num jornal um perfil do presidente do Comitê Olímpico Internacional, Juan Antonio Samaranch. Aí eu vi que ele tinha feito parte da ditadura espanhola. Você não tem que ser um professor para saber que ele era um fascista. Portanto eu pensei: se ele foi ministro dos Esportes da Espanha nos anos 60, ele esteve, é óbvio, no lado errado durante a Segunda Guerra Mundial e, portanto, ele deveria ter uma natureza discriminatória, como aliás todos os fascistas têm. O fascista é o tipo de pessoa que olha pra você e fala: eu sou muito mais moral que você. Ele era o tipo de pessoa que falava ‘faremos esportes e jogos para vocês para diverti-los e usando da ética’. Ó, Deus, eu não preciso desse tipo de ética, porque eu sei qual é a ética dos fascistas. Logo descobri que por 37 anos Juan Antonio teve uma má visão do sistema democrático. Esse tipo de gente acha que democracia não funciona, é uma coisa má. Aí eu comecei a entender porque ele não deixava nenhuma transparência nos testes de doping dos Jogos Olímpicos. Porque, afinal, quem é fascista não tem código moral. Ele é um homem sem moral. O papel dele foi privatizar os Jogos Olímpicos, e obviamente a Fifa copiou esse modelo de privatização dos esportes. Eu soube que nos últimos 20 anos do fascismo nem um regime fascista foi. Foi uma nação de gangsters. Juan Antonio renunciou e se aposentou em 2001. Mas sua tradição foi seguida por Ricardo Teixeira na Fifa”.

Vale lembrar que Havelange tinha cargos no Comitê Olímpico Internacional desde 1963. E foi o sétimo presidente da Fifa, entre 1974 e 1988. Diz Jennings que a “contaminação” com as “práticas fascistas” de Saramanch começaram nesses cargos.


sexta-feira, maio 29, 2015

Trecho do livro Cristianismo Inteligente.








Em primeira mão, informo meus amigos que está em andamento o projeto de meu livro que se chamará Cristianismo Inteligente. Nele, compartilharei minha ideia sobre a natureza do cristianismo, que está muito além da trivialidade da ritualística e da banalidade dos pensamentos rasteiros. Assim, segue um pequeno trecho, para vocês entenderem um pouco sobre o que estou tratando:

“O que a inteligência tem a ver com fé? Esta, como muitos pensam, não deveria recolher-se ao seu ambiente propício, falando apenas com os seus, que é para quem interessa seu discurso, sem pretender alçar-se para além de seus círculos afins? Aliás, foi isso que ouvi desde garoto: que não deveria aventurar-me demais em questões intelectuais, pois elas poderiam causar-me a perda de minhas convicções religiosas.


Cresci ouvindo que a religião é inimiga da ciência e que um bom cristão é conhecido por sua conduta, não pelo seu pensamento. Também que quem se aventura em questões profundas da razão, em especulações arriscadas, corre o risco de desviar-se da fé, de perder a pureza religiosa.

Isso, porém, não representa manifestações isoladas, de religiosos zelosos. De fato, não é possível negar que o cristianismo contemporâneo possui uma certa tradição anti-intelectual que vem de mais de um século. Principalmente em suas vertentes mais místicas, nos movimentos carismáticos católicos e no pentecostalismo protestante, o uso da razão é visto com cuidadosa suspeita. E ainda que haja um legado de cultura em outros círculos cristãos, em geral, ele está restrito a algumas poucas cabeças pensantes. A ideia comum nas igrejas e paróquias é que ser cristão é algo que nada tem a ver com inteligência, mas com devoção e fé.

No entanto, ao estudar a história da Igreja e os livros de teologia e filosofia cristãs, fica claro que o cristianismo possui uma tradição intelectual pujante, que suas razões são profundas e suas especulações chegam a ser mesmo complexas. Ao ler a Bíblia vê-se que o que está ali revelado, apesar de compreensível, não se trata de verdades simplórias. Aliás, a maioria das heresias dá-se por uma compreensão equivocada dos textos bíblicos. Além do que, são as próprias Escrituras que valorizam o conhecimento e a sabedoria como virtudes que devem ser buscadas.

Diante disso, sempre me pareceu muito claro que o anti-intelectualismo que presenciei entre as comunidades cristãs era incompatível com a própria história da Igreja Cristã, tão recheada de grandes pensadores, de desenvolvimentos filosóficos profundos e disputas teológicas acirradas. Alguma coisa nisso tudo deveria estar fora do lugar. Algo havia mudado em algum período da história para afastar os cristãos do amor pela literatura, pela Filosofia e pela própria razão, que foi uma característica tão marcante entre os antigos.

Por isso, pretendo, além de fazer um breve apanhado histórico da evolução da vida intelectual dentro do cristianismo, mostrar como ela não apenas é compatível com uma vida religiosa, como é desejável, senão necessária para qualquer cristão.

Na verdade, cheguei à conclusão que mesmo uma vida piedosa, quando desapegada da inteligência, sofre com os males da ignorância e pode, até por isso, acabar sucumbindo diante da complexidade da existência.

Apesar de tudo, tenho plena consciência da dificuldade do tema proposto, pois, à primeira vista, pode parecer que advogo a favor de um racionalismo frio, que ignora as necessidades e valores que existem na mística cristã. Também alguns podem apressadamente achar que estou colocando a intelectualidade como um requisito para a salvação humana. Porém, todas essas conclusões são levianas. Meu objetivo é apenas mostrar como o abandono da intelectualidade, o preconceito contra a razão e o desprezo pelo conhecimento podem, ao contrário do que muitos pensam, ser, sim, cruciais para a derrocada de uma vida espiritual. Aliás, demonstrarei como sequer é cabível falar em espiritualidade apartada do conhecimento.

No entanto, para compreender minhas razões será preciso saber o que eu entendo por inteligência, conhecimento e espiritualidade. E posso garantir que todas as definições que trarei nesta obra se distanciam consideravelmente das formas populares como esses termos são tratados.”


Fábio Blanco, advogado e teólogo, apresenta o programa A Hora Final, na Rádio Vox.

quinta-feira, maio 28, 2015

Defendendo a liberdade de expressão.






por Geert Wilders

Caricatura de Bosch Fawstin, vencedora do Concurso e Exposição de Arte sobre Maomé em Garland no Texas, realizado em 3 de maio de 2015.



A liberdade de expressão está ameaçada nos dias de hoje. Não apenas na Europa, de onde eu venho. Mas também aqui, nos Estados Unidos.

A última vez que estive nos Estados Unidos foi há menos de duas semanas. Estive em Garland, Texas, onde proferi um discurso em um concurso sobre as caricaturas de Maomé.

O concurso foi realizado em um centro de conferências, onde após os assassinatos ocorridos na redação doCharlie Hebdo em Paris, uma organização islâmica tinha se reunido para pleitear limites à liberdade de expressão e a proibição de caricaturas de Maomé. O concurso sobre as caricaturas de Maomé em Garland foi organizado para que houvesse uma tomada de posição contra essa demanda. Nós jamais devemos permitir que nos intimidem.

O vencedor do concurso em Garland foi um ex-muçulmano. Havia algo muito simbólico quanto ao fato dele ser um apóstata. Segundo a lei da Sharia islâmica a apostasia é punível com a pena capital. Conforme a lei da Sharia, fazer ilustrações do profeta Maomé também é punível com a pena capital.

O vencedor do concurso desenhou um Maomé com aparência furiosa, empunhando uma espada. "Você não pode me desenhar", dizia Maomé. Logo abaixo do desenho o artista escreveu: "é justamente por isso que eu estou te desenhando"!

Esse é o verdadeiro espírito americano. Esse cartunista é um exemplo para todos nós.

Segundo a lei da Sharia islâmica, retratar Maomé é crime. Mas como americano, o artista não mora em um país islâmico. Ele mora nos Estados Unidos. E aqui nos Estados Unidos, é permitido pintar e desenhar, não importa o que diz a lei da Sharia. E também é permitido mudar de religião e virar apóstata. E não podemos deixar ninguém nos roubar essas liberdades. Se os Estados Unidos cederem e aceitarem os preceitos da lei islâmica, não serão mais Estados Unidos. Seus valores judaico-cristãos estarão perdidos. Sua civilização estará perdida. Suas liberdades estarão perdidas.

Os inimigos da nossa civilização tentam nos impor a lei da Sharia. Mal terminei meu discurso em Garland, dois jihadistas atacaram o evento. Eles alvejaram um policial na perna, mas felizmente os jihadistas foram mortos antes que pudessem causar um mal maior. Por meio da violência e do terrorismo esses dois jihadistas tentaram impor a lei da Sharia nos Estados Unidos. Graças aos corajosos policiais americanos, eles não tiveram sucesso em espalhar mais terror.

Nós jamais podemos permitir que os terroristas vençam. Se nós reagirmos às ameaças em relação às caricaturas, não mais desenhando caricaturas, os terroristas terão vencido. Mas se reagirmos desenhando e mostrando ainda mais caricaturas, o recado será claro: o terrorismo não nos afeta. Não nos intimidaremos pelo terror e pela violência fazendo exatamente o contrário que os terroristas querem. Os terroristas terão perdido.

É por isso que convidei a exposição de caricaturas Garland Mohammed para que ela fosse exibida no Parlamento da Holanda. Deveríamos exibi-la em todo o mundo livre. Na Europa e nos Estados Unidos, Canadá, Austrália, em todo o mundo Ocidental livre, nós temos que tomar a posição de defender a liberdade e nos posicionar contra o Islã.

Antes de continuar, permitam-me falar um pouco sobre a minha pessoa.

Sou um político eleito, membro da Câmara dos Representantes da Holanda. Sou o líder do Partido da Liberdade. Nas últimas eleições gerais conquistamos cerca de 10% dos votos nacionais. Falo em nome de aproximadamente 1 milhão de pessoas. Meu partido não é um fenômeno marginal. Chegou a ser o maior partido em uma importante e recente pesquisa de opinião nacional realizada pela televisão.

Contudo, estou marcado para morrer. Estou marcado para morrer na lista da Al-Qaeda e de outras organizações islâmicas como o Talibã paquistanês e o grupo terrorista Estado Islâmico (EIIS). Por mais de dez anos vivo sob proteção policial, vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana. Morei com minha esposa em quartéis do exército, celas de prisão e esconderijos, com o único objetivo de continuar vivo. Onde quer que eu vá, policiais armados me acompanham para me protegerem.

Os jihadistas querem me assassinar, enquanto outros querem me silenciar. Não me assassinando, mas por meio de assédio legal ou político. Eles buscam a minha condenação no tribunal ou meu banimento. Tudo isso está acontecendo não em ditaduras do terceiro mundo, como era de se esperar, mas em democracias ocidentais.

Em meu país, a Holanda, tive que me apresentar perante um tribunal há alguns anos porque eu tinha me manifestado contra o Islã e a islamização de meu país. Felizmente fui absolvido. Mas agora já fui acusado novamente. E o único motivo é porque eu exponho a minha opinião. Eles chamam meu discurso de "discurso de incitamento ao ódio", contudo, nada faço além de defender os valores judaico-cristãos da nossa civilização e dizer a verdade sobre o Islã.

Há dois meses estive na Áustria, onde discursei no Palácio de Hofburg em Viena sobre a ameaça da islamização na Europa. Organizações islâmicas exigiam que as autoridades austríacas me processassem pelas minhas palavras. E no mês passado, estive na cidade alemã de Dresden, onde discursei perante 15.000 pessoas em um comício público. O Promotor Público contava com agentes no comício para que ouvissem o que eu dizia, de modo que pudessem avaliar se eu deveria ser acusado de incitamento.

Há algum espião ou promotor público nesta sala? Creio que não. Os Estados Unidos não amordaçam ninguém.

Há duas semanas eu estava em Washington DC para um encontro com membros do seu Congresso, atendendo a um convite de congressistas que desejavam se informar sobre a situação na Europa. Dois congressistas muçulmanos, Keith Ellison e André Carson, contudo, queriam me amordaçar. Eles tentaram impedir que eu entrasse em seu país. Não deu certo. Porque nos Estados Unidos as pessoas ainda são livres para se manifestarem. E eu não tenho dúvidas, os americanos nunca desistirão dessa liberdade.

Porque essa é a essência do que faz dos Estados Unidos os Estados Unidos! É o que faz os Estados Unidos serem únicos.

Há muito mais em jogo do que nossa liberdade de expressão. Nossa própria existência, nossa liberdade de existir está em perigo. Se nós permitirmos sermos autocensurados sobre qualquer coisa que dizemos sobre o Islã, logo o Islã começará a nos dizer como devemos viver, como devemos nos vestir, como devemos respirar.

Logo perderemos o direito à vida se não obedecermos os comandos da Sharia. Se cedermos ao totalitarismo, perderemos tudo, inclusive nossas vidas. É assim que as civilizações se desintegram. É assim que as democracias morrem.

É nossa obrigação garantir que isso nunca aconteça.

É claro que eu sei que embora a maioria dos terroristas de hoje sejam muçulmanos, nem todos os muçulmanos são terroristas. É claro que eu sei que os terroristas são uma minoria, mas são muitos.

Levantamentos da Universidade de Amsterdã mostram que 11% da população muçulmana de 1 milhão de habitantes na Holanda estão dispostos a empregarem a violência em nome do Islã. São 100.000 pessoas em um país de 17 milhões de habitantes.

Os terroristas podem ser apenas uma minoria, mas as pesquisas indicam que eles usufruem do apoio da maioria.

Levantamentos em meu país revelaram que 73% da população islâmica na Holanda consideram os muçulmanos que vão para a Síria lutar na jihad como heróis. E 80% dos jovens turcos na Holanda não acham que a violência de grupos como o EIIS contra infiéis seja errado. Ou seja, quatro em cada cinco.

E eu poderia perguntar o seguinte: onde estão as manifestações de muçulmanos que não concordam com a violência cometida em nome do Islã e de seu profeta? Eu não vi nenhuma, vocês viram? A maioria pode não concordar com a violência, mas também não se opõe a ela.

Não podemos enfiar nossas cabeças na areia e fazer de conta que todos esses fatos não existem. Temos que enfrentar a realidade.

Na Alemanha Nazista, também, era apenas uma minoria que cometia as atrocidades. Mas a maioria permitiu que fossem cometidas. Na União Soviética, também, era apenas uma minoria que cometia os crimes horríveis. Mas a maioria permitiu que fossem cometidos.

Conforme Edmund Burke, o grande filósofo da liberdade disse certa vez: "para o triunfo do mal só é preciso que homens bons nada façam".

Portanto, a seguir está o primeiro passo para salvaguardar nossas liberdades: compreenda os fatos, manifeste abertamente a verdade, tire as conclusões e aja em cima delas. Se não agirmos, estaremos predestinados a perder.

Em tempos como esses, em que nossos dirigentes, fracos, fecham os olhos frente à perigosa ameaça do Islã totalitário, em tempos como esses em que a incumbência de soar o alarme caiu nas mãos dos cidadãos comuns, em tempos como esses a liberdade de expressão é mais importante do que nunca.

George Orwell disse certa vez: "quanto mais a sociedade se afastar da verdade, mais ela odiará aqueles a pronunciam". É por isso que a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos da América é tão importante. Ela é especialmente necessária para proteger a liberdade de expressão daqueles que dizem a verdade e são odiados por isso.

As palavras "discurso de incitamento ao ódio" têm um significado muito específico hoje em dia. Criticar o Islã é considerado discurso de incitamento ao ódio nos dias de hoje. É permitido colocar um crucifixo em um pote de urina. Ou retratar Israel como estado nazista. Isso não é considerado um ato de ódio. Mas se você desenhar uma figura de Maomé ou se manifestar contra a islamização ou dizer a verdade sobre o Islã, você é considerado extremista, semeador de discórdia, provocador.

O fato é que quanto mais deixarmos o Islã se aproximar de nós, menos livres se tornarão nossas sociedades. Nas décadas passadas, nossos políticos permitiram que milhões de imigrantes muçulmanos se instalassem dentro de nossas fronteiras. Eles vieram com sua cultura e sua lei da Sharia. E agora eles querem impô-la sobre nós. Em vez de dizer: se você vier ao nosso país, você terá que se adaptar a nós, nossos líderes políticos disseram: mantenham sua cultura, nós respeitamos o Islã e suas suscetibilidades. Em nenhum lugar foi pleiteado que os imigrantes se assimilassem.

E agora as nações européias se dobraram tanto que aplicam os tabus islâmicos em suas próprias leis. Eles chamam de crime de ódio quando os amantes da liberdade rejeitam os tabus islâmicos. Criticar o Islã se tornou um discurso de incitamento ao ódio, punível com nossas próprias leis.

Não estamos apenas sendo confrontados com a islamização, mas também com a tolice do relativismo cultural e a fraca mentalidade da acomodação de nossos líderes políticos. Essa covardia tem que acabar. Se essa situação continuar, ela nos levará diretamente à catástrofe.

É por isso que eu faço o que faço. Não ficarei de braços cruzados, nem deixarei que nossa civilização e democracia morram. Eu me manifesto abertamente contra o Islã e me manifesto abertamente contra nossos líderes fracos. Eu amo meu país, amo a liberdade, não quero viver na escravidão e é por isso que me manifesto abertamente.

Sem a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos da América, as consequências por falar abertamente são piores do que com a Primeira Emenda. Ainda assim, nossa obrigação continua a mesma: em nome da liberdade, temos que nos manifestar abertamente. Não importa quais sejam as consequências. Em nome da liberdade e dignidade, é isso que defendemos.

A verdade é a nossa arma, temos a obrigação de usá-la. A liberdade de expressão é uma coisa frágil que deve ser defendida com coragem. Enquanto formos livres para nos manifestarmos, podemos dizer a verdade às pessoas e fazê-las entenderem o que está em jogo. O establishment político, acadêmico e a mídia do Ocidente estão ocultando do povo a verdadeira dimensão da ameaça islâmica. É necessário espalhar a mensagem. Esta a nossa primeira e mais importante obrigação.

Se os imigrantes aceitarem nossas leis e valores, eles serão bem-vindos para ficarem e usufruírem, como qualquer um de nós, de todos os direitos que a nossa sociedade garante, nós até os ajudaremos a se assimilarem. Mas se eles cometerem crimes, agirem contra nossas leis, impuserem sobre nós a lei da Sharia, ou travarem a guerra da jihad, nós temos que expulsá-los.

Nós temos que parar de fingir que o Islã é uma religião. O Islã é uma ideologia totalitária cujo objetivo é conquistar o Ocidente. Uma sociedade livre não deve conceder liberdade àqueles que querem destruí-la. Conforme disse Abraham Lincoln: "aqueles que negam a liberdade aos outros não a merecem para si mesmos".

Cada loja halal, cada mesquita, cada escola islâmica e cada burca são consideradas pelo Islã como um passo adiante para meta final da nossa submissão.

E para finalizar, é bom lembrar que o Islã tem ambições globais, que todos nós corremos perigo. Devemos estar ao lado de qualquer nação e qualquer povo ameaçado pela jihad. Isso inclui Israel, a única democracia no Oriente Médio, cujo conflito com os árabes não é por causa de território, é um conflito entre liberdade e tirania. Nós temos que apoiar Israel porque nós somos todos Israel. E nunca devemos acreditar em regimes criminosos islâmicos como o Islã. Um tratado com o Estado Islâmico do Irã quanto à questão das armas nucleares é uma piada de mau gosto e uma gigantesca ameaça à segurança de Israel e de todo o Ocidente.

Eu sou da Europa. Vocês são americanos, mas estamos todos no mesmo barco. Nós devemos nos unir contra nosso adversário comum. A onda islâmica é poderosa, mas o Ocidente já a repeliu anteriormente e temos que repeli-la novamente.

Ronald Reagan disse que "o futuro não pertence aos covardes, pertence aos corajosos".

Então sejamos corajosos. E asseguremos o futuro.


(Esse discurso foi proferido de forma ligeiramente diferente para o Gatestone Institute na cidade de Nova Iorque em 12 de maio de 2015.)


Publicado no site do Gatestone Institute.
Original em inglês: Defending Freedom of Speech
Tradução: Joseph Skilnik

quarta-feira, maio 27, 2015

Edmundo denunciou o esquema Marin em 1998.





Edmundo denunciou o esquema Marin em 1998.
por Claudio Tognolli






Em uma operação conjunta, envolvendo os governos dos Estados Unidos e Suíça, 14 membros da alta cúpula da Fifa, foram detidos. Eles estavam no hotel de altíssimo luxo Baur au Lac Hotel para o congresso de dois dias que deveria reeleger Joseph Blatter como presidente da Fifa Essas pessoas eram consideradas ‘intocáveis’ no meio do futebol. Cerca de 15 soldados suíços foram de quarto em quarto detendo membros da cúpula do futebol mundial.

Você leu hoje que serão investigados os contratos da Nike com a CBF desde 1991.

Bem: a 12 de agosto de 1998 botei no ar, na Rádio Jovem Pan, e publiquei nos matutinos Folha de S. Paulo e Notícias Populares, uma fita em que o ex-craque Edmundo contava como a Nike mandava na CBF.

A fita com a voz de Edmundo foi a peça principal para a abertura da CPI da Nike.

Mas, juridicamente, a fita que obtive não teve valor: eu não participava da conversa. E nossa Constituição só contempla gravações como legais em duas circunstâncias: aquela em que o repórter (que relata o fato) participa da conversa e aquela gravada com autorização judicial.

Por isso, juridicamente, o valor da fita como denúncia foi pro espaço….


Veja que a prisão de Marin pode esclarecer esses mistério jogado para debaixo do tapete desde 1998…

Abaixo, o texto que publiquei na Folha de S. Paulo. 17 anos depois, ele fala de coisas que hoje ganharam a lente de toda a mídia do mundo.


Edmundo sobre Copa de 98 'Podia ter sido tudo diferente':






CLAUDIO JULIO TOGNOLLI

Em uma gravação obtida pelo jornal, o atacante Edmundo afirma que a escalação de Ronaldinho na final da Copa do Mundo era exigência de um contrato especial, assinado entre a CBF e a Nike, sua fornecedora de material esportivo.

Segundo Edmundo, a negociação foi comandada pelo presidente da entidade, Ricardo Teixeira.

“A Nike tem força (na seleção). Ela negociou direto com o presidente. Quer dizer, o presidente é que levou a porcentagem na negociação”, diz o jogador.

Edmundo diz que “o negócio da Nike é uma coisa verdadeira”. “Tem um contrato que o Ronaldo tem que jogar todos, todos os jogos, os 90 minutos.”

A Nike negou, em uma nota oficial, a existência do contrato.

“Esse tipo de ação sugeriria uma intromissão fortíssima da Nike na CBF. A Nike não faz intromissões técnicas, seria loucura”, diz a nota, na qual, porém, a empresa se recusa a dar detalhes do contrato.

Ronaldinho mantém contrato pessoal com a empresa, da qual é um dos maiores garotos-propaganda do mundo.

A polêmica em torno da escalação do atacante na final da Copa do Mundo começou pouco antes da partida, no estádio de Saint-Denis, na periferia de Paris.

Após sofrer uma crise nervosa no hotel, Ronaldinho foi substituído por Edmundo na escalação oficial entregue pela CBF à Fifa.

Ronaldinho foi levado a um hospital e acabou sendo confirmado na equipe titular 45 minutos antes do jogo, tirando assim as chances de Edmundo iniciar a partida.

Na gravação, Edmundo diz ter acompanhado a ação do médico Lídio Toledo no episódio, que teria revoltado os jogadores.

“Todo mundo ficou meio puto com o Lídio, porque quando ele (Ronaldinho) tava passando mal (…), o doutor Lídio só ficava assim: "Vai passar, vai passar’.”

No mês passado, Edmundo já havia declarado que a Nike mantinha uma pessoa infiltrada na concentração da seleção e que a decisão pela escalação de Ronaldinho havia sido influenciada pela empresa -o que foi rebatido pelo técnico Zagallo e pela CBF.

Como agora, a Nike também negou a acusação, alegando que um assessor teria feito apenas uma visita ao Château de Grande Romaine durante o período do Mundial.

Na nota em que nega as declarações de Edmundo, a Nike cita um amistoso da seleção no ano passado para fazer sua defesa.

Para a empresa, “um exemplo que Ronaldinho não tem de jogar por imposição os 90 minutos é o jogo realizado na Arábia Saudita em 16 de dezembro passado, na Copa das Confederações. O Brasil ganhou de 3 a 2 do México, e Ronaldinho foi substituído no segundo tempo por Bebeto”.

Ontem à tarde e à noite, a Folha procurou o jogador para que comentasse a gravação. O assessor pessoal do atleta, Helinho, disse que Edmundo estava em uma reunião particular, sem condições de ser contatado.

segunda-feira, maio 25, 2015

Alerta aos pais.




por Percival Puggina.




Duvido que algum pai, ao matricular o filho numa escola, fique na expectativa de que lhe sejam enfiadas na cabeça as ideias políticas que seus professores tenham. Os pais esperam exatamente o oposto. Esperam que os professores não façam isso porque reservam tal tarefa para si mesmos, segundo os valores e a cultura familiar. Quando um professor, o sujeito no quadro negro, o cara de cima do estrado, que corrige prova e dá nota, usa a autoridade e os poderes de que está revestido, para fazer a cabeça de crianças e jovens, exerce sua profissão de modo abusivo. Figurativamente, pratica estupro de mentes juvenis. Se o professor quer fazer proselitismo político, se anseia por cooptar militantes para sua visão de mundo, de sociedade, de economia, de política, de história, que vá procurar um vizinho, um colega, um superior. Figurativamente, que deixe de ser abusador e vá enfrentar alguém de seu tamanho intelectual.

Volto a este assunto porque, aqui no Rio Grande do Sul, o Sinepe/RS, sindicato patronal das escolas particulares, convidou o Dr. Miguel Nagib, coordenador do movimento Escola sem Partido, para uma palestra aos diretores de escolas. Ótimo, não é mesmo? Sim, ótimo para todos os alunos e pais, mas não para o sindicato dos professores das escolas particulares, o Sinpro/RS. Em assembleia geral, o sindicato emitiu Moção de Repúdio ao evento, em veemente defesa do direito dos professores de influenciarem politicamente seus alunos. No texto (que pode ser lido em aqui), os docentes afirmam que "retirar da Educação a função política é privá-la de sua essência" para colocá-la a serviço "da ideologia liberal conservadora" à qual os mestres de nossos filhos atribuem todas as perversidades humanas, das pragas do Egito ao terremoto do Nepal, passando por Caim e Jack o Estripador.

Não é por acaso que nosso sistema de ensino se tornou um dos piores do mundo civilizado. Afinal, sua essência é ser campo de treinamento de militantes para os partidos de esquerda. Os dirigentes do sindicato dos professores do ensino particular (e não pensam diferente as lideranças dos professores do ensino público) estão convencidos de serem detentores não do dever de ensinar, mas do direito de doutrinar! E creem que essa vocação política, superior a todas as demais, "essencial à Educação", encontra na sala de aula o espaço natural para seu exercício. Se lhes for suprimida essa tarefa "missionária" e lhes demandarem apenas o ensino da matéria que lhes é atribuída, esses professores entrarão em pane, talvez porque seja isso o que não sabem fazer.

Espero que tão destapada confissão de culpa emitida pelo Sinpro/RS sirva de alerta aos pais e à direção das escolas. Os pais pagam para que seus filhos recebam os conteúdos pedagógicos do estabelecimento de ensino escolhido. Entregar junto com isso, ao preço de coisa boa, mercadoria ideológica estragada, vencida, não solicitada e sem valor comercial, é fraude.


NOTA: Até nos colégios militares a infiltração ideológica é um fato, veja aqui
Doutinação Ideológica nas Escolas, veja aqui


sábado, maio 23, 2015

23 de maio: Sponholz Day





por OAC






Num 23 de maio de 1929 era lançado o primeiro desenho animado falado de Mickey Mouse, The Karnival Kid, isso lá nos EUA porque aqui os ratos petralhas estão sempre animados e roendo o cofre. 


Num 23 de maio de 1932 também algo surpreendente acontecia; era o movimento MMDC que visava fazer o ditador Getulio Vargas a ter vergonha na cara: 5 jovens foram mortos porque queriam que tivéssemos uma Constituição de verdade. Hoje em dia os jovens (da Une principalmente) fazem arruaças exatamente querendo que não tenhamos uma Constituição e são pagos pelo governo para promoverem badernas. É a vida I.


Já em 1963 Fidel Castro foi o primeiro estrangeiro a receber o título de herói da União Soviética e definitivamente a ex-URSS começou a ruir e virou piada.




Num outro 23 de maio - de 1972 - nascia o Barrichello que não foi campeão mas sempre foi gozado, já o Massa que também não ganha lhufas passa em branco e ninguém tira aquele sarro. 




Em 1979 os jornalistas de São Paulo entravam em Greve,em pleno regime militar que derrubou os comunistas. Como eram machos os nossos jornalistas daquele tempo!!!! A partir de 2003 eles entraram em greve de notícias contra o governo petralha ad eternum ou até que apareça alguém mais macho do que os militares de 64.


23 de maio é também o dia da Tartaruga. Esse dia foi criado no amo 2000 para conscientizar sobre a importância das tartarugas e cágados. Vejam que profética criação: tartaruga lembra o Brasil da era Lula-Dilma e cágados lembram - tirando-se o acento - o povo brasileiro da mesma era maldita.




Mudando o assunto de pato para ganso (nada a ver com futebol), ninguém sabe ao certo o ano e ninguém há que se arrisque e só se tem a certeza de que foi no século XX, num outro 23 de maio nascia o Roque Sponholz. 


Dizem que ele já nasceu com aquele bigodão e que esse tenha sido o primeiro pincel que ele usava para fazer charges, cartuns e estragar as paredes da casa da Sra. Mama Sponholz. 


Então é isso, hoje 23 de Maio é também o aniversário do Sponholz e receio que ninguém do poder petralha enviará a ele nenhum e-mail ou cartão de aniversário e caso ele receba alguma encomenda, sugiro chamar o batalhão anti-bombas.

Para quem não conhece muito bem o mestre Sponholz aqui vai uma entrevista dele, concedida ao Panorama Mercantil:


Paranaense de Imbituva, Roque Sponholz é conhecido por ter sido um crítico visceral do Governo Lula e do Partido dos Trabalhadores. Com a presidente Dilma Rousseff não tem sido diferente. Sempre atento ao ir e vir da política nacional e também dos fatos internacionais, com uma visão muito analítica do contexto do país, o chargista possui um acervo de charges das mais contundentes, grande parte da pimenta reservada ao “presiMente”, como o artista define o ex-torneiro mecânico que se tornou presidente da República no começo da década. Sponholz é arquiteto e urbanista formado na Universidade Federal do Paraná, e atualmente é professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa, onde leciona planejamento urbano e desenho técnico, talvez a atividade que lhe dê mais prazer, mas que deve deixar de executar no próximo ano, já que solicitará sua aposentadoria. Já foi vereador, mas atualmente participa da Política sem mandato, como chargista dos que pegam no pé, com contundência, agressividade e talento inquestionáveis. Em sua opinião, o que é uma charge? “Charge sem crítica, seja ela aos costumes, ao meio ambiente, ao esporte, ao cotidiano, aos governos, aos santos, diabos e tiranos, etc, não é charge; é piada de salão”; respondeu sem titubear a uma jornalista. Como em toda profissão, sempre existe os dois lados da moeda. Se de um lado muitos atestam que o mesmo é um gênio, um figura exótica e marcante (vista o seu famoso bigodão) e um dos poucos artistas que não se “venderam” ao governo petista, do outro, alguns o atacam violentamente, como o famoso chargista Bira, que afirmou em uma certa ocasião, que o que Roque faz não é charge, e sim uma baixaria pela baixaria, dizendo que falta discurso do opositor. Na entrevista que realizamos com o mesmo, ele destaca pontos da arquitetura e do urbanismo atual como a tão falada e às vezes famigerada mobilidade urbana, além de dar uma cutucada nada sútil na atual mandatária do país, chamando-a de marionete.



Panorama Mercantil-Como o senhor enxerga o planejamento urbano das cidades brasileiras de uma forma geral?

Roque Sponholz-Infelizmente planos diretores viraram intrumentos politiqueiros quando deveriam ser essencialmentes e unicamentes técnicos. As boas soluções para os problemas urbanos estão jogadas e esquecidas dentro de gavetas.



Panorama-O senhor sempre se mostrou favorável ao transporte público eficiente, mas como criar essa consciência em um país onde ter um carro mesmo que seja em 48 prestações se tornou uma obsessão?

Sponholz-Só com um governo sério e competente. Com o governo que temos, não criaremos essa consciência nunca.



Panorama-Quando os políticos brasileiros dizem com a boca cheia sobre problemas de mobilidade urbana, o senhor acredita que eles realmente sabem do que estão falando?

Sponholz-Este governinho salafrário que entupiu e ainda entope nossas artérias de automóveis, é pródigo em criar rótulos novos para velhos problemas como essa “mobilidade urbana”, substituindo o que sempre chamamos de “circulação” que nada mais é do que o “ir e vir”.
O que esses pilantras querem é faturar em cima de concorrências fajutas para fajutos trens-balas, veículos leves sobre trilhos e outras picaretagens do gênero.



Panorama-Como está vendo a polêmica do banheiro público transparente do Conservatório de Música da sua cidade, que está tendo uma grande repercussão internacional?

Sponholz-Visivelmente uma prova do dinheiro público indo para o ralo, para a cloaca.



Panorama-A política é mais feia do que se parece quando está lá dentro, ou ela é realmente o que se mostra para o público geral, já que o senhor teve a experiência de ser vereador?

Sponholz-A política exercida com ética e com objetivo de atender aos justos anseios de um povo é nobre. Tudo que for ao contrário disto, é pobre.



Panorama-O senhor disse que era lamentável um país ter como presidente um senhor que não sabia dirigir ao menos um carrinho de pipocas. Então posso deduzir que pela sua ótica, Lula foi péssimo para o país?

Sponholz-Seus oito anos de “governo” só vieram provar que eu estava certo. A sua marionete vai completar o serviço quebrando o carrinho.



Panorama-Dilma Rousseff é mesmo um poste como muitos a descrevem, ou o senhor encontra alguma qualidade na mesma?

Sponholz-Resposta na pergunta anterior.



Panorama-Como vê a oposição do país nesse momento?

Sponholz-Vergonhosamente ajoelhando-se cada vez mais a este desgoverno. Lamentável.



Panorama- A imprensa é mesmo o quarto poder?

Sponholz-Sem dúvida ! A preocupação do partido corrupto que nos governa em querer controlá-la é prova disso.



Panorama-O senhor afirma que uma charge sem crítica não é charge, é piada de salão. Existe muita piada de salão nas publicações nacionais?

Sponholz-Principalmente naquelas que sobrevivem graças a verbas publicitárias do Governo.



Panorama-Em uma certa vez, alguém lhe perguntou se o Brasil era um rascunho ou uma arte final, o senhor respondeu sem titubear que era um garrancho. O Brasil ainda é um garrancho?

Sponholz-Um enorme garrancho cada vez mais difícil de apagar.



Panorama-É verdade que o trabalho mais prazeroso para o senhor não é charge, muito menos um novo projeto arquitêtonico, mas sim o diálogo que tem com o seus alunos sobre planejamento urbano. Nos fale mais sobre isso?

Sponholz-Infelizmente estou deixando esse convívio prazeroso e profícuo. Este ano solicito minha aposentadoria.



Panorama-Pretende ser criativo, criador de brigas e confusões, e não fugir delas até quando?

Sponholz-Até quando a saúde me permitir.







Parabéns mestre Sponholz

sexta-feira, maio 22, 2015

As razões para o suicídio.




As razões para o suicídio.
por Ugo Volli (*)




O PAPA E O "ANJO DA PAZ"

NOTA DO EDITOR: O Papa Francisco anda demonstrando, desde a sua posse, uma preferência pelas esquerdas, pelos Muçulmanos, por teorias ecológicas falsas e anticristãs, por terroristas, bandidos e assassinos. Assim, apoiou o Acordo EUA-Irã (caminho da paz), mediou o acordo entre o marxista (ou Muçulmano?) Obama e a ditadura assassina cubana - tendo recebido em troca a afirmação irônica e hipócrita de Raúl que se ele, Francisco, continuasse a agir assim poderia até voltar à Igreja. Os Castros, os Aiatolás assassinos de Cristãos, a negação, por parte de Obama do papel dos Cristãos e Judeus na formação da nação Americana, o assassinato de centenas de milhares de Cristãos, incluindo o estupro de freiras e o fechamento das Igrejas em Cuba, os constantes massacres de Cristãos por Muçulmanos, tudo indica que Francisco anda em más companhias.

Agora, no entanto, extrapolou quaisquer limites ao chamar o bandido Abbas de "anjo da paz"! Um Papa deveria no mínimo ter cuidado ao usar a palavra Anjo, os Emissários do Deus Judaico-Cristão, papel que não pode ser atribuído a um assassino precisamente de Judeus e Cristãos. Nem comento a palavra "paz" pelo ridículo da expressão dirigida a um terrorista! Quem será o diabo na história de Francisco? Israel? Os Judeus? 

Estará Francisco tentando voltar ao anacrônico antissemitismo católico, agora no pior dos mundos, pois unido à Teologia de "libertação" comunista? Enquanto os jovens da PUC-GO se arriscam para mostrar os desvios teológicos da CNBdoB, o próprio Chefe da Igreja incorre nas mesmas heresias, negando seus sucessores Leão XIII, Pio XI, Pio XII e João Paulo II que afirmavam que todo católico que entrasse em conluio com comunistas estava automaticamente excomungado?

Abaixo um excelente artigo sobre o caso.

HEITOR DE PAOLA


Caros amigos,
O mundo muda, a contra-ofensiva histórica do islamismo agora chega na forma militarmente organizada a algumas dezenas de quilômetros de nossas fronteiras (na Líbia) e com vanguardas armadas (terrorismo) já no coração da Europa, a América de Obama se curva (pela covardia e a ideologia do presidente, mas também pela fadiga da opinião pública e das dificuldades econômicas e militares) para a arrogância de um país, somando tudo, pequeno e economicamente insignificante como o Irã de frente a cada ameaça e a cada inimigo explícitoa, do Iêmen à Crimea passando por Cuba, o Ocidente foge, tentando apaziguar o inimigo, fazendo concessões, desarmando amigos.


O mundo muda, mas não para melhor: as ditaduras se estendem, os Estados democráticos diminuem, as revoluções democráticas (lembrem-se da "verde" em Teerã, há alguns anos atrás) são traídas e abandonadas à própria sorte. O autorirtarismo avança. O mundo muda, as democracias estão mais isoladas, estão sendo experimentadas (na China, na Turquia, na Rússia) formas de autoritarismo modernista. No entanto, permanece intacto ódio pelo Ocidente, a matriz de todo o mal para bilhões de pessoas ideologizadas pelas diversas variantes do Islã, daquilo que resta do comunismo, do neoperonismo da América do Sul, e das formas híbridas destas doenças políticas. Não importa que todas essas populações adotem os objetos e rituais da cultura material ocidental, a partir dos smartphones às calças de brim e até o Facebook, o ódio à liberdade não é incompatível com o consumismo.


E, naturalmente, esse rancor, na sequência, focaliza-se no antissemitismo, no temor e na agressividade contra a pequena nação que sempre se manteve espiritualmente livre e há quase 70 anos obteve o imperdoável erro de ganhar também a liberdade política, violando a teologia política islâmica, assim como a cristã e a marxista, que todas as três a queriam como escrava e sofredora pelo mal de não ter-se convertido, e ficando servil e diluída nas grandes grandes massas populacionais do mundo.

O aspecto mais chocante desta situação é que a cultura ocidental assumiu para dentro de si esse ódio. O ódio contra si, levando todos os pecados, tentativa mais ou menos consciente de desistir de seu lugar no mundo e destruir sua cultura, em primeiro lugar. Algo mais do que o niilismo, que seria a destruição de todos os valores: a destruição de seus próprios valores e a atribuição de mérito inexistente para os outros, só porque são os outros. A compulsão para repetir todos os pedidos de desculpas, desvalorização de suas próprias realizações, a negação de sua identidade. As sociedades ocidentais não são o paraíso na terra, é claro, mas levaram a um nível de prosperidade, justiça social, liberdade, desenvolvimento da vida absolutamente sem precedentes na história humana. Nunca houve uma sociedade onde a igualdade de gênero, a cura para os doentes, a assistência à saúde, a liberdade de opinião, o tempo livre para o lazer, a justiça social, a disponibilidade de bens e serviços, o acúmulo do conhecimento científico, e a liberdade artística fosse tão difundida e elevada. Tudo isso vem da liberdade política e econômica que, crescendo progressivamente, foram os verdadeiros mananciais da ascensão do Ocidente.

Mas, ao invés de se vangloriar deste imenso sucesso, este verdadeiro salto na história da humanidade que a Europa e, depois, os territórios influenciados por sua cultura, fizeram nos últimos três séculos, o Ocidente se despreza, acusa a si de colonialismo (ignorando o colonialismo dos outros, que ainda continua, enquanto o nosso, na verdade, durou menos de um século), vendo suas injustiças residuais e não aquelas dos outros, como a escravidão americana (também durou um tempo limitado) e não aquelas islâmicas que duram desde o tempo de Maomé e ainda continuam.

O ódio contra si, do Ocidente, foca também contra o povo judeu, teologicamente, condenado à escravidão e à destruição, que se obstina a viver, governar a si próprio, a produzir cultura e prosperidade. Só isso explica a centralidade continuada, num mundo que está mudando muito, da tentativa de reforçar o terrorismo palestino, que hoje é talvez o único empenho europeu da política internacional. A Europa não tem uma voz sequer sobre a Ucrânia, Chipre, o Estado Islâmico, ou sobre aquele tratado comercial transatlântico destinado a mudar radicalmente nossas vidas, que passamos. A Europa é uma enorme burocracia, não uma política explícita, exceto num só ponto: a tentativa de criar com a máxima de urgência vigésimo Estado árabe e dar suas mãos às forças terroristas, à custa do único Estado verdadeiramente democrático entre o Atlântico e a Índia, entre o Mediterrâneo e o Cabo da Boa Esperança.

Se não, como explicar por que o papa não só "reconhece" um Estado que clara e realmente não existe como a “Palestina” (sem um território definido, com duas autoridades em guerra um contra o outro, sem independência econômica, nem militar) mas, até mesmo nomeando "anjo da paz" um terrorista não arrependido, um incentivador e organizador do terrorismo como Mohammed Abbas (chamado Abu Mazen segundo seu nome de guerra).



É uma história exemplar, porque o “anjo da paz” em questão, denominado com um título totalmente novo para a tradição teológica, é o organizador dos atentados em Munique, onde os atletas israelenses foram mortos no meio dos Jogos Olímpicos (e lembremo-nos, não só os países árabes, mas também os comunistas recusaram-se a observar um minuto de silêncio em sua memória), mas é também aquele que usa a ajuda internacional para pagar altos salários a terroristas presos, que lança companhas sangrentas de agressão contra civis israelenses, que recusou todos os acordos de paz que foram apresentados

Para aproximar-se da pessoa do Papa Francisco, o “anjo da paz”, quando foi convidado pelo papa para uma cerimônia de paz nos jardins do Vaticano, no ano passado, teve a boa ideia de fazer recitar, no momento da oração, os versos da segunda Sura do Alcorão, que invoca a derrota dos infiéis um fato escandaloso, certamente não angelical e totalmente não pacífico, que o comentário do Vaticano sobre a cerimônia fez tudo para encobrir até retirar o vídeo do YouTube por “violação de direitos autorais”.

Em resumo, até mesmo o oscilante Papa Francisco, apesar de algum choque de orgulho, como o ocasional reconhecimento do genocídio armênio, inclina-se para a narrativa árabe que representa o terrorismo como a paz e a paz como a ocupação. Talvez porque, desta forma, se põe em perfeita continuidade com o milenar antijudaísmo católico. Mas também porque de alguma forma herda a “teologia da libertação”, ou seja, o ódio contra o Ocidente, a política filo-comunista de uma parte da Igreja, que estava, em princípio, com o totalitarismo do “povo oprimido” contra a liberdade — mesmo quando os "povos oprimidos", depois de eliminar os judeus dos territórios que controlam, aumentaram sua intolerância aos cristãos, obrigando-o a fugir ou matando-os, como faz não só o Estado islâmico, mas também, porém em silêncio, e com cautela, mas não menos eficazmente, o estado não terrorista do “Anjo da Paz”.

Contra esta tendência suicida, temos hoje de resistir, se queremos legar às gerações futuras nossa prosperidade e nossa liberdade. Mas resistir ao ódio pela liberdade significa primeiro apoiar Israel. A batalha contra o islamismo triunfante não é travada hoje nem na Líbia, nem na Síria (onde já está perdida e ninguém sabe o que fazer), mas nas fronteiras de Israel e contra a tentativa de Obama e da Europa de destruir o Estado judeu.

Tradução: Szyja Lorber

* Ugo Volli é professor e especialista em semiótica do texto na Faculdade de Letras da Universidade de Turim, onde também coordena o Centro Interdepartamental de estudos sobre comunicação e dirige o curso de doutorado em linguística e comunicação. De 1976 a 2009, foi crítico de teatro do La Repubblica. Entre seus livros estão Apologia del silenzio imperfetto ([Apologia de silêncio imperfeito], Feltrinelli 1991), Per il politeismo ([Pelo politeísmo], Feltrinelli 1992), Il libro della comunicazione ([O Livro da comunicação], (Il Saggiatore 1994), Il telegiornale – istruzioni per l’uso ([O telejornal – instruções de uso], com Omar Calabrese, Laterza, 1995), Fascino ([Fascinação, Feltrinelli 1997]), La comunicazione politica fra prima e seconda Repubblica ([Comunicação política entre a primeira e a segunda República], com Marino Livolsi, Franco Angeli 1995), Domande alla Torah. Semiotica e filosofia della Bibbia hebraica ([Pergunte à Torá. Semiótica e filosofia da Bíblia hebraica], L’epos 2012). Pertencente à comunidade judaica de Trieste, nos últimos anos, ele tem se envolvido cada vez mais com o judaísmo: presidiu a Lev Chadash (2006-2012), primeira sinagoga liberal italiana, filiada à World Union Progressive Judaism. Em 2007, criticou a posição "minoria conservadora" rabino Riccardo Di Segni sobre a homossexualidade. No início de 2008 ele e outra professora, Daniela Santus, apresentaram-se na sala de aula da universidade envoltos na bandeira de Israel para denunciar a intolerância e a agressão de que foram objeto por seu apoio explícito a Israel. Em maio, durante o auge da controvérsia sobre a Feira do Livro de Turim dedicada a Israel, ele acusou o reitor de ter transformado a universidade em um shouk [mercado, em árabe] de extremistas e a sede da Faculdade de Ciências Humanas em um enorme tazebao [jornal de parede, em chinês] em favor do boicote à feira.

O texto original foi públicado dia 17/5 no excelente site italiano ‘Informazione Corretta’, que tem como subtítulo, "Como a mídia italiana apresenta Israel e o Oriente Médio".

terça-feira, maio 19, 2015

Infiltração comunista nos colégios militares.











por Percival Puggina








Seria muita ingenuidade supor que, subitamente, agora e só agora, durante os 13 anos de governos petistas, os comunistas se desinteressassem por infiltração nas Forças Armadas. Elas sempre estiveram entre suas prioridades ao longo de nossa história republicana. Por outro lado, no mundo inteiro, a infiltração e o controle do sistema educacional é meta necessária da estratégia de dominação comunista. Nas últimas semanas, motivado pelas iniciativas da organização Escola sem Partido, escrevi vários artigos e gravei comentários mostrando como essa dominação está em pleno curso e que a meta já foi alcançada do topo à base do sistema de ensino público e privado no Brasil. Há exceções? Claro. Só não há exceções em Cuba, China, Laos, Vietnã e Coréia do Norte.

É fato de conhecimento geral que História é a disciplina preferida dos corruptores de mentes juvenis. Tenho recolhido, ao longo dos anos, inúmeros relatos de alunos que, suficientemente esclarecidos, se contrapõem às interpretações e relatos históricos de seus professores e acabam sofrendo verdadeiro bullying por parte destes e de colegas. A preferência ideológica se manifesta tanto em quem fala de pé quanto em quem ouve sentado. O fenômeno, nos cursos de História, faz-se especialmente surpreendente porque nada é mais demolidor para a propaganda comunista que a narrativa histórica. Por isso, os comunistas precisam tanto de poesia para encantar no presente e de versões para retificar o passado.

Recebi, outro dia carta de uma senhora cuja filha estuda no Colégio Militar do Rio de Janeiro. Publiquei no meu site sua mensagem e, em dois dias, o carta teve mais de 20 mil acessos, seguidos, no Facebook, de longas listas de discussões. E calorosos desmentidos que, inclusive, estariam disponíveis no site do CMRJ. Não os encontrei.

Eis a carta que recebi da referida senhora:

"Olá Percival,
Queria lhe comunicar algo, ou mesmo pedir ajuda pois sei que muitos o escutam. Bom, minha filha estuda no CMRJ que hoje inclusive faz aniversário - o famoso 6 de Maio do Colégio Militar - e até Jacques Wagner, o Ministro da Defesa, veio para festa. No entanto o exército enfrenta uma verdadeira guerra silenciosa contra suas escolas, e os CMs são os primeiros a sentir seus efeitos. Há anos, os colégios adotam livro de História e Geografia escritos por historiadores militares e publicados pela BibliEx. Os livros eram ótimos e atendiam perfeitamente a crença da grande maioria dos famílias cujos filhos frequentam o Colégio Militar.

Pois bem, uma professora concursada e com forte tendência marxista veio a público em 2014 reclamar sobre o termo contra-revolução de 64 ao invés de golpe militar usado nos livros adotados até então nos CMs. O governo, que já vinha pressionando, aproveita a oportunidade, faz uso da força que tem e impõe aos colégios a adoção de material bem diferente para 2015. O fato é que minha filha está sendo educada no Colégio Militar, desde fevereiro do corrente ano, a acreditar que o capitalismo é a mal do mundo e o socialismo só caiu por força da pressão americana. Esse é o conteúdo do livro de geografia, mas já o de história é muito pior, é nauseante! O autor consegue a proeza de transformar todo e qualquer conteúdo em luta de classes.

Estou muito triste e não sei o que fazer. Já passei mensagens para vários amigos cujos filhos estudam lá pedindo que na sexta dia 8/5, reunião de pais e mestres, discutam com os professores, avisem aos mesmos que não aceitaremos gramscismo na sala de aula de nossos filhos. Sei que muitos profissionais não compactuam com essas ideias; há alguns professores que inclusive não estão usando o material imposto pelo governo. Mas infelizmente há profissionais que abraçam o marxismo e que devem estar usando e abusando dos livros esquerdistas impostos a todos nós, alunos e seus familiares. Esses professores marxistas são nada mais nada menos que capitalistas vulgares que se vendem ao contra-cheque e permanecem atuando em uma instituição centenária a qual repudiam. São hipócritas vendidos. O que fazer? Será que o Exército está perdendo essa guerra? Estou muito preocupada. Claro que gostaria muito que você escrevesse sobre isso alertando a todos. Posso lhe mandar o nome dos livros adotados. Mas preferia que não mencionasse meu nome. Tenho receio que minha filha fique estigmatizada no colégio. Muito obrigada."

Imaginar desinteresse comunista em relação à formação dos nossos militares seria puerilidade. A propósito, recebi do valoroso Jorge B. Ribeiro este depoimento:

"A tentativa de introduzir ideias marxistas nos colégios militares, por intermédio de professores daquele tradicional educandário, é coisa da antiga. O Coronel Nelson Werneck Sodré, aluno do Colégio Militar do Rio de Janeiro nos anos 1920 e cadete de Realengo nos anos 1930, num dos seus escritos relata que sua introdução ao marxismo se deu através de um professor de História do Colégio Militar, o Coronel Isnard Dantas Barreto, que criticava com veemência o ensino do colégio, por ele considerado medíocre. Ensinava que o papel de um professor de História era ser revolucionário.

Entrei para o Colégio Militar em 1948 com 12 anos de idade. Ainda no curso ginasial (hoje Fundamental) tive dois professores, muito competentes no ensino de suas matérias, porém ligados ao Partido Comunista Brasileiro (PCB). Entremeavam suas aulas com proselitismo ideológico marxista, o que vim a descobrir muitos anos depois, quando encontrei seus nomes nas páginas do minucioso INQUÉRITO POLICIAL MILITAR 709 (4 volumes), onde foram examinadas as atividades dos comunistas que resultaram na reação da NAÇÃO BRASILEIRA QUE SALVOU A SI MESMA e que foi para as ruas saudar as Forças Armadas que protagonizaram o Movimento Cívico Patriótico de 1964. Posteriormente esta honesta peça histórica foi editada pela Biblioteca do Exército (BIBLIEX) e distribuída para todas unidades militares do País. Muitos dos assinantes da BIBLIEX adquiriram a obra.

Em artigo, publicado em 1997, no extinto jornal alternativo, OMBRO A OMBRO, denunciei a aflição das famílias de militares que tinham filhos no Colégio Militar de Brasília. Em anexo, segue o inteiro teor desse meu escrito.

Nesta oportunidade, não me custa lembrar um triste episódio que bem caracteriza a perenidade do intento de fazer cabeças comunistas nas escolas de formação das Forças Armadas. Quando ministro da Defesa, Nelson Jobim que conheço desde sua militância política esquerdista, no Diretório Estudantil da Faculdade de Direito da cidade de Santa Maria da Boca do Monte/RGS, envidou seus melhores esforços para modificar o ensino de História Militar na Academia Militar das Agulhas Negras. Felizmente, não foi bem sucedido nessa empreitada. No seu pronunciamento na Academia Militar das Agulhas Negras, em dezembro de 2010, durante a formatura da “Turma General Emílio Garrastazu Médici”, ao criticar indiretamente o patrono da turma – elogiado antes pelo comandante do Exército pela “honradez, dignidade e patriotismo” - foi bem claro: o Exército “deve esquecer o passado”. E desde o governo FHC, e mesmo antes com menor intensidade, várias investidas foram realizadas para modificar o currículo da AMAN, de forma que o passado fosse esquecido."Jorge B. Ribeiro

***

Finalizando. A carta-denúncia da senhora mãe de uma aluna do CMRJ recebeu desmentidos e eu não tenho como averiguar a veracidade do relato que me foi feito. Retirei o texto original, em forma de denúncia e o converto neste artigo, em modo de pergunta. Há enorme interesse por parte da opinião pública. Que se manifestem os que tiverem informações. Essa extraordinária e histórica instituição merece nosso zelo e respeito.