segunda-feira, abril 13, 2020

Como a Ideologia Progressista Levou a Catástrofe na Espanha




por Soeren Kern (*)


A mais alta autoridade do governo espanhol em coronavírus, Fernando Simón, assegurou em uma entrevista coletiva à imprensa nacional que não havia perigo em participar dos comícios em 8 de março. "Se o meu filho me perguntasse se ele poderia ir, eu lhe diria para fazer o que bem entendesse", salientou ele.


"Honestamente, parece piada que o governo esperou até agora, indubitavelmente por razões políticas, para emitir esse comunicado. O governo socialista/comunista mais uma vez colocou seus interesses políticos acima do bem comum. Esse flagrante pouco caso deveria resultar em demissões". — Elentir, Contando Estrelas, 9 de março de 2020.

Uma ação coletiva movida na Espanha acusa o governo de deliberadamente colocar em risco a segurança pública ao incentivar a população a participar de mais de 75 passeatas de feministas em 8 de março para comemorar o Dia Internacional da Mulher, em meio à pandemia do coronavírus. Foto: uma manifestação no Dia Internacional da Mulher, 8 de março de 2020 em Madri, Espanha. 
(Foto: Pablo Blazquez Dominguez/Getty Images)


O governo espanhol, formado pela coalizão de socialistas e comunistas, está sendo processado por suspeição de negligência na forma de lidar com a pandemia do coronavírus. O governo está sendo acusado de colocar seus ignóbeis interesses ideológicos acima da segurança e do bem-estar da população, agravando na esteira, desnecessariamente, a crise humanitária que já toma conta da Espanha, atrás somente da Itália, país mais castigado da Europa.

Uma ação coletiva movida em 19 de março acusa o governo espanhol, extremamente ideológico seja lá qual for a régua de medição, visto que o Podemos, parceiro comunista da coalizão fundado com capital inicial fornecido pelo governo venezuelano, deliberadamente colocou em risco a segurança pública ao incentivar a população a participar de mais de 75 passeatas de feministas, realizadas por toda a Espanha em 8 de março para comemorar o Dia Internacional da Mulher. Os comícios realizados em todo território nacional visavam protestar contra o perene bicho-papão do governo: o pretenso patriarcado da civilização ocidental.

Centenas de milhares de pessoas participaram dessas passeatas, inclusive com a presença de badalados, como o vice-primeiro ministro da Espanha, bem como a esposa e mãe do primeiro-ministro, além da esposa do líder do Podemos, que já deram positivo com respeito ao Coronavírus 2019 (COVID-19). Não se sabe quantas pessoas foram infectadas pelo vírus em consequência dos comícios.

O processo, no qual participam mais de 5 mil querelantes, acusa o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez e seus representantes nas 17 regiões autônomas da Espanha de "prevaricação", termo jurídico espanhol que significa mentir e enganar. Segundo consta, o governo estava tão determinado em garantir que as passeatas das feministas ocorressem em 8 de março que subestimou deliberadamente os alertas sobre a pandemia. A título de exemplo, alguns desses alertas:

  • Setembro de 2019. O Global Preparedness Monitoring Board, um painel internacional de especialistas convocado pelo Banco Mundial e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), emitiu um alerta sobre uma "ameaça real e verdadeira de uma pandemia extremamente letal causada por um patógeno respiratório altamente transmissível que poderia matar de 50 a 80 milhões de pessoas e destruir cerca de 5% da economia mundial.
  • 31 de dezembro. A China alertou a OMS sobre inúmeros casos de uma pneumonia atípica em Wuhan, cidade portuária onde residem 11 milhões de pessoas na província central de Hubei. Tratava-se de um vírus até então desconhecido.
  • 7 de janeiro. A China identificou o novo coronavírus como a causa de uma misteriosa doença em Wuhan.
  • 21 de janeiro. A OMS confirmou a transmissão do vírus entre humanos.
  • 29 de janeiro. Cooperativas farmacêuticas da Espanha alertaram que as farmácias estavam ficando sem estoque de máscaras devido a um salto na demanda. As vendas de máscaras aumentaram 3.000% em janeiro em relação ao mesmo período do ano anterior.
  • 30 de janeiro. O diretor geral da OMS declarou o surto do coronavírus uma emergência de saúde pública que requer atenção internacional.
  • 31 de janeiro. O primeiro caso que se tem notícia sobre o COVID-19 na Espanha foi confirmado em La Gomera, Ilhas Canárias, onde o teste de um turista alemão deu positivo e ele foi internado em um hospital local.
  • 12 de fevereiro. A Mobile World Congress, a maior feira de celulares do planeta, que atrai mais de 100 mil participantes de 200 países, foi cancelada por medo do coronavírus. A estimativa da perda financeira para Barcelona e para o setor da indústria hoteleira da cidade gira em torno de US$560 milhões.
  • 24 de fevereiro. Mais de mil hóspedes e funcionários do hotel Costa Adeje Palace em Tenerife, Ilhas Canárias, foram colocados em quarentena, depois que um cidadão italiano testou positivo para COVID-19.
  • 27 de fevereiro. Um homem de 62 anos de Sevilha testou positivo para COVID-19. Ele foi o primeiro caso de transmissão comunitária do vírus na Espanha. O homem disse que ele provavelmente foi infectado durante uma conferência do setor bancário em Málaga, onde se sentou ao lado de um parceiro que tinha saído de férias e ido para as Ilhas Canárias onde teve contato com pessoas da Ásia. Os médicos salientam que o diagnóstico foi de "grande importância" porque provou que o COVID-19 estava circulando na Espanha sem que ninguém soubesse.
  • 2 de março. O Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças aconselhou os países europeus a cancelarem eventos com grande concentração de pessoas para evitar a transmissão do coronavírus.
  • 2 de março. A Agência Espanhola de Medicamentos enviou uma carta aos distribuidores farmacêuticos para que restringissem a comercialização de máscaras e que impedissem a sua distribuição nas farmácias espanholas. O objetivo da agência, segundo orientação do Ministério da Saúde, era garantir o fornecimento de máscaras para hospitais e centros de saúde num momento em que o número de casos confirmados estava começando a se multiplicar. A medida bloqueou as vendas para farmácias espanholas, bem como as vendas para o exterior.
  • 3 de março. O ministério regional da saúde em Valência comunicou que a primeira fatalidade em virtude do coronavírus na Espanha ocorreu em 13 de fevereiro. As autoridades sanitárias ficaram sabendo que ele havia contraído o vírus somente 19 dias após a sua morte, claro indício de que as autoridades espanholas foram lerdas em entender o surto. Uma vez que os casos de coronavírus que vão a óbito duram entre duas e oito semanas, fora o período de incubação de 14 dias, é possível que o homem tenha sido infectado no início de janeiro.
  • 3 de março. As autoridades espanholas decretaram que partidas de futebol e basquete com grandes aglomerações fossem realizadas a portas fechadas, sem público, para conter a propagação do coronavírus.
  • 6 de março. O Ministério da Saúde da Espanha recomendou: "o princípio da precaução deve prevalecer. O surgimento de um vírus até agora desconhecido significa que medidas de precaução devem ser tomadas com base no conhecimento científico existente sobre os vírus".


Em 7 de março, malgrado os alertas, a mais alta autoridade do governo espanhol em coronavírus, Fernando Simón, assegurou em uma entrevista coletiva à imprensa nacional que não havia perigo em participar dos comícios em 8 de março. "Se o meu filho me perguntasse se ele poderia ir, eu lhe diria para fazer o que bem entendesse", salientou ele.

O intrépido jornalista Matthew Bennett radicado na Espanha, descobriu que o governo espanhol não divulgou novos casos de coronavírus entre os dias 6 a 9 de março, ao que tudo indica, para minimizar frente à população o perigo de participar dos comícios.

Em 9 de março, quando o número de casos confirmados de coronavírus dobrou em um só dia em Madri, a Presidente da Comunidade Autônoma de Madri, Isabel Díaz Ayuso, determinou o fechamento de todas as escolas da capital, no mínimo por duas semanas. A medida do governo regional pegou o governo central de surpresa e na prática o forçou a agir.

  • 10 de março. O Ministro da Saúde da Espanha, Salvador Illa, especialista em filosofia catalã, sem experiência na área da medicina, ressaltou: "a situação de hoje poderá ser diferente da de ontem, ela está mudando e continuará a mudar até superarmos essa situação".
  • 11 de março. O governo espanhol admitiu que já sabia em 8 de março, antes dos comícios das feministas, que o surto do coronavírus estava fora de controle em Madri.
  • 12 de março. O primeiro-ministro Sánchez, ao se defender das críticas por ter autorizado o prosseguimento das passeatas, ressaltou que seu governo estava respondendo à "dinâmica" do coronavírus, "adaptando-se" "de hora em hora" às recomendações dos especialistas da área.
  • 14 de março. O governo central decretou estado de emergência em todo território nacional, o que na prática isolou 46 milhões de pessoas por no mínimo 15 dias. Todas as viagens não essenciais foram proibidas e as pessoas ficaram confinadas em suas casas, exceto em casos de emergência ou para comprarem alimentos ou medicamentos. Todas as escolas e universidades do país estão fechadas.
  • 29 de março. A quarentena, a mais rigorosa de toda a Europa, foi prorrogada até 11 de abril.

O processo foi encaminhado ao Supremo Tribunal da Espanha por conta da imunidade do primeiro-ministro.

O Artigo 404 do Código Penal prevê uma pena de 9 a 15 anos de inelegibilidade para qualquer cargo público para funcionários públicos condenados por crime de prevaricação.
Víctor Valladares, advogado em Madri responsável pela ação, adiantou:
"o resultado das convocações às manifestações e sua aprovação direta pelas delegações governamentais e pela inércia do governo central presidido pelo acusado, o primeiro-ministro Pedro Sánchez, não poderiam ser mais antagônicas frente à determinação da UE em seu informe. Por que não foi emitida uma diretiva para impedir qualquer tipo de evento com grande aglomeração? "


Enquanto isso, a Associação de Médicos e Profissionais da Saúde de Madri (AMYTS) e a Confederação dos Sindicatos dos Médicos (CESM) também entraram com ações judiciais contra o governo. A petição inicial exige que os governos federal e local forneçam aos hospitais de Madri máscaras, óculos de proteção e contentores de resíduos hospitalares num espaço de 24 horas.

O blogueiro espanhol Elentir, que administra o blog Contando Estrelas, um site politicamente perspicaz, fundamental para entender a política espanhola contemporânea, escreveu:

"conforme descobrimos com 16 dias de atraso, a primeira morte pelo coronavírus ocorreu em 13 de fevereiro na Espanha. Diante do risco de cancelamento das grandes mobilizações de feministas marcadas para o domingo, 8 de março, Fernando Simón comentou: 'não dispomos de recomendações específicas sobre a suspensão do comício de 8 de março.'"
"Em 9 de março, um dia após as passeatas das feministas, o Ministro da Saúde, Salvador Illa, recomendou expressamente a todos os portadores de doenças crônicas ou múltiplas patologias que não saíssem de casa, exceto em caso de emergência. Ele disse isso imediatamente após os comícios das feministas ocorridos em 8 de março."
"Honestamente, parece piada que o governo tenha esperado até agora, indubitavelmente por razões políticas, para emitir esse comunicado. O governo socialista/comunista mais uma vez colocou seus interesses políticos acima do bem comum. Esse flagrante pouco caso deveria resultar em demissões".
As críticas à maneira do governo espanhol lidar com a crise do coronavírus também vieram de membros do próprio Partido Socialista. Em 22 de março Juan Luis Cebrián cofundador do jornal El País, órgão conhecido por refletir a posição oficial do Partido Socialista, escreveu:


"as lágrimas de crocodilo derramadas por tantos líderes políticos que afirmavam que ninguém poderia imaginar algo como o coronavírus não faz nenhum sentido. Não é que não havia aqueles que imaginavam algo assim: a bem da verdade eles previram isso e alertaram para isso com todas as letras. Sem a menor sombra de dúvida, houve negligência por parte de vários ministros da saúde e de seus superiores e na França três médicos já entraram com uma ação na justiça contra o governo por esse mesmo motivo. A consequência é que hoje a maioria das nações ocidentais está sobrecarregada quanto à sua capacidade de combater a epidemia, reagiram tarde e de forma errada. Faltam: leitos hospitalares, profissionais da saúde, respiradores e transparência nas informações oficiais."
"Em 24 de fevereiro, a OMS alertou oficialmente sobre a probabilidade de enfrentarmos uma pandemia. Apesar disso e sabendo da magnitude da ameaça, já totalmente reconhecida em inúmeros países, praticamente nenhuma medida foi tomada em relação à maioria dos possíveis cenários. No caso da Espanha, incentivou-se a participação popular em manifestações gigantescas, promoveu-se a realização de grandes festivais populares, atrasou-se o financiamento urgente de pesquisas, minimizou-se a ameaça e até a autoridade oficial ainda hoje encarregada de dar as recomendações científicas ousou dizer entre sorrisos que não havia nenhum risco para a população."
"Não é hora de abrir um debate sobre o assunto, mas é legítimo assumir que, além das responsabilidades políticas, os cidadãos... terão o direito de exigir reparação legal se houver negligência por culpa".
A Espanha é um dos países europeus mais castigados pelo vírus: em 29 de março, mais de 80 mil pessoas foram diagnosticadas com a doença do coronavírus 2019 (COVID-19) e mais de 6.500 morreram em decorrência dela. O verdadeiro número de pessoas infectadas pode ser dez vezes maior devido à falta de testes em casos assintomáticos. À medida que a pandemia avança, a Espanha está prestes a ultrapassar a Itália como o país mais atingido da Europa.

(*)Soeren Kern é colaborador sênior do Gatestone Institute sediado em Nova Iorque.
Tradução: Joseph Skilnik 

Chacoalhando a Complacência Através do COVID-19?







por Daniel Pipes (*)Washington Times
8 de Abril de 2020

Será que há um raio de esperança por conta do estorvo causado pelo vírus COVID-19? Observadores veem uma série de efeitos positivos, da queda longeva nos preços do petróleo à melhor qualidade do ar, do enfraquecimento de movimentos extremistas ao relaxamento de regulamentações desnecessárias. Mas esses possíveis efeitos positivos não são nada se comparados ao efeito incomensurável: chacoalhar os americanos, tirando-os da complacência e abrir suas mentes para o potencial de catástrofes.

Um vírus de alcance mundial, que mudou a rotina de praticamente todo o planeta desordenando a economia, apresenta um lembrete estarrecedor quanto à fragilidade da cadeia de suprimentos, da vulnerabilidade da saúde pública e da precariedade da democracia. Essa desestabilizadora experiência trará consequências positivas se ela abrir a cabeça dos presunçosos para a possibilidade de levantes. Duas ameaças existenciais se destacam como as de maior probabilidade: pulso eletromagnético (EMP) e o fim da civilização ocidental.

O EMP poderia resultar em desastre instantâneo devido à queima de aparelhos eletrônicos, deixando as economias modernas paralisadas. Conforme explica Peter Pry, ex-chefe da Comissão sobre o EMP do Congresso: "se vocês acham que o coronavírus é assustador, esperem até que uma enorme tempestade solar ou um ataque via pulso eletromagnético cause um apagão na rede elétrica nacional, colapsando a economia e infraestruturas críticas de água e alimento, nove em cada dez americanos morrerão de fome." Note bem: 90% de mortos.

Duas enormes tempestades solares ocorreram em tempos modernos, em 1859 e 1921, a terceira passou raspando pela terra em 2012. Jonathan O'Callaghan escreve no Scientific American que outra supertempestade "é uma inevitabilidade em futuro próximo."

Erupção solar que pode queimar aparelhos eletrônicos.


E quanto a um ataque? A Comissão sobre o EMP do Congresso constatou que qualquer um dos países a seguir: China, Coreia do Norte, Rússia e talvez o Irã poderiam desfechar um ataque de EMP contra os Estados Unidos, bastando para isso um número até bem reduzido de armas nucleares. Isso causaria "danos de grande monta em larga escala e de longa duração às críticas infraestruturas dos Estados Unidos, aos próprios Estados Unidos como país viável e à sobrevivência da maioria de sua população."

Não faz nem um mês que a maioria dos americanos fizeram pouco caso de tamanha ameaça existencial. Sacudidos pelo estilo dos mais medievais, a questão é: será que estamos preparados para levar essas coisas a sério e desembolsar cerca de US$1 trilhão para nos protegermos tanto das atividades solares como das de nossos inimigos?

Quanto à civilização Ocidental, ela se formou, segundo Jeffrey Hart de Dartmouth, a partir da "tensão criativa entre Atenas e Jerusalém." Desde então foi evoluindo por dois milênios até virar a força dominante do planeta, influenciando praticamente todos os povos em praticamente todos os aspectos da vida. A modernidade, argumenta o sociólogo Rodney Stark é "integralmente produto da civilização Ocidental."

Sua trajetória ascendente parecia certa até a deflagração da Primeira Guerra Mundial em 1914, tragédia que deu início a uma sucessão de guerras, revoluções e violências ideológicas que culminaram na melancolia cultural de hoje. Insegurança, vergonha por causa de uma leve pigmentação e culpa por conta de uma história de imperialismo, fazem com que a maioria dos cidadãos do Ocidente se veja como a maldição e flagelo do planeta. A partir daí vão se acumulando inúmeras fraquezas, em especial as demográficas e culturais.


Kaiser Wilhelm passando revista nas tropas alemãs durante a Primeira Guerra Mundial.



Com exceção de Israel, nenhum país Ocidental chega perto de uma taxa de natalidade de 2,1 por mulher, o necessário para a manutenção estável da população. Caso a atual taxa de fertilidade total de 1,3 filhos por mulher em países como a Espanha e a Itália se mantenha inalterada, firme e sem imigração, o número de mulheres férteis irá despencar para cerca de 60% em 2050, 36% em 2080 e 22 % em 2110 em relação aos números de hoje. Visto que a taxa de natalidade continua caindo vertiginosamente com o passar do tempo, essas projeções ainda estão altas demais.


Em termos demográficos, Israel é único país Ocidental fora da curva. (Meus agradecimentos a Alejandro Macarrón Larumbe.)



Mas a imigração para o Ocidente já está em andamento, em especial pelos muçulmanos. Impulsionados por uma superpopulação, miséria, ditaduras e guerras civis em suas terras natais, eles chegam ao Ocidente com um robusto senso de superioridade religiosa e autosegurança cultural. Impor costumes leva tempo, mas muitos indícios apontam para uma "guinada a caminho, como as mesquitas-catedrais pipocando nas capitais ocidentais, críticas ao Islã virando tabu, a poligamia se expandindo, governos financiando instituições beneficentes islamistas, até leis para piscinas dos governos municipais. Esse processo avança incansável e silenciosamente à medida que as populações autóctones se contraem.




A proteção contra a calamidade do EMP requer apenas e tão somente verba, resguardar a civilização Ocidental, por outro lado, requer uma guinada histórica no sentido da pessoa em si e de sua identidade. Na direção oposta, enquanto o EMP acontece num piscar de olhos, a evolução cultural anda a passos lentos durante décadas.

Em que pese que algo desconhecido há apenas três meses tenha condições de transformar nossas vidas e ao que tudo indica com colossais consequências, talvez faça com que os americanos estejam agora mais receptivos à possibilidade de avaliar que possa haver perigos novinhos em folha, ainda mais destrutivos. Ou será que temos que ser surpreendidos por estes também? Nossa chance de planejarmos chegou, vamos fazer uso dela.



Daniel Pipes (DanielPipes.org, @DanielPipes) é o presidente do Middle East Forum. 
© 2020 por Daniel Pipes. Todos os direitos reservados.
Tradução: Joseph Skilnik