sexta-feira, janeiro 31, 2014

Cleptocracia familiar.









por Carlos Ramalhete





Um dos truques mais velhos do repertório dos políticos brasileiros é o superfaturamento de obras. Tradicionalmente, 10% do contrato vão, por fora e sem contabilidade, para o bolso de um político. Fortunas que durarão gerações foram feitas desta maneira, com dinheiro arrancado do bolso de quem trabalha e tem os impostos descontados na fonte.

O governo atual, contudo, vai mais além. Enquanto os políticos tradicionais – tradicionalmente corruptos – têm certamente a louvável preocupação de, com o dinheiro que desviam, proporcionar um bom padrão de vida à sua família, honrando pai e mãe proporcionalmente ao descumprimento do mandamento de não furtar, outros são o “pai e mãe” dos cleptocratas que ora exaurem o Tesouro.



O governo brasileiro tornou-se, com a falência da Venezuela (aliás devida ao excesso de socialismo, receita infalível para a miséria generalizada!), o mantenedor, o cuidador da ditadura sanguinária que há décadas faz de Cuba uma ilha-prisão. O dinheiro dos nossos impostos paga o aluguel de milhares de escravos “médicos” cubanos, que vêm no atacado. O BNDES – “Banco Nacional de Desenvolvimento do Socialismo”, dizem as más línguas – enterra bilhões em obras na ilha-prisão, em acordos secretos e malcheirosos. É compreensível: os nossos atuais governantes, no seu tempo de terroristas, foram treinados militar e politicamente pela ditadura cubana, sequestraram e mataram para garantir-se livre-passagem para a ilha-prisão. Fidel, para eles, não é o Coma Andante que escraviza toda uma nação, mas um paizinho amado e necessitado de carinho. E de dinheiro. Do contribuinte brasileiro, por que não?

Enquanto isso, para garantir o caixa dois da reeleição do poste – ou mesmo da volta triunfal do chefe da gangue –, a Copa do Mundo garante fartas obras e comissões em território pátrio, enquanto se tenta impedir as contribuições empresariais às escâncaras, que pelo menos podem ser rastreadas. A propaganda do governo (que é paga também com nossos impostos, e é evidentemente mais partidária que institucional) domina o horário nobre da tevê.

Este mérito ninguém pode tirar de nossos atuais governantes: nunca na história deste país roubou-se tanto; nunca na história deste país os mecanismos antes usados para bancar famílias de políticos corruptos foram tão explorados e ordenhados à exaustão para sustentar uma ideologia fracassada e assassina.

Perto do que fazem nossos cleptocratas, a dominação tradicional do Maranhão pelo clã Sarney não é nada. Sarney é ruim, mas Fidel é bem pior.



Publicado no jornal Gazeta do Povo.

Carlos Ramalhete é professor.

Fonte: Mídia Sem Máscara

quinta-feira, janeiro 30, 2014

Dilma financia ditadura anticristã com nosso dinheiro.










por Thiago Cortês








A presidente Dilma Roussef está investindo o nosso dinheiro em uma ditadura que prende cristãos, ataca igrejas, impede a evangelização e a livre circulação de missionários.


Dilma esteve na ilha presídio dos irmãos Castro para inaugurar o grandioso Porto de Mariel. O governo brasileiro investiu U$ 682 milhões na construção do porto de Cuba. Nenhum porto brasileiro jamais recebeu tamanho investimento. Confira aqui.


O governo federal também tem injetado dinheiro na ditadura através do programa Mais Médicos. Quase nada fica com os médicos cubanos e quase tudo vai para os Irmãos Castro. Leia sobre aqui.


O pagamento nos primeiros seis meses de convênio do Mais Médicos é de U$ 511 milhões. Ou seja, 2014 ainda nem começou, e Dilma Roussef já garantiu mais de 1 bilhão de dólares para a ditadura que antes era sustentada pelos investimentos da União Soviética.


Enquanto estiver no poder, a esquerda brasileira fará o possível para ajudar o decadente regime ditatorial cubano a sobreviver. Talvez você ainda não tenha percebido, mas o dinheiro que vai para Cuba sai do seu bolso, e não do bolso de Dilma, Lula ou Gilberto Carvalho.


Toda essa dinheirama sai do bolso dos brasileiros que pagam impostos. É o dinheiro que está no Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), não para ser utilizado no desenvolvimento do nosso País, mas na ajuda à uma ditadura que persegue e executa discordantes.


Além de perseguir dissidentes políticos, a ditadura cubana impõe restrições graves e desumanas aos cristãos que lá vivem. Recentemente, a comunidade cristã cubana sofreu uma nova onda de repressão, com prisões em massa e atos de violência orquestrados.


Os líderes evangélicos cubanos recentemente publicaram uma carta aberta conjunta questionando a repressão que os cristãos têm sofrido na ilha e pedindo ajuda internacional. Leia aqui.


Desde que Raul Castro assumiu o poder, as organizações missionárias registraram mais de 100 violações da liberdade religiosa na ilha. Os líderes do Movimento Apostólico em Cuba tiveram sua principal igreja destruída por ordem do governo no ano passado. Leia os relatos aqui.


O reverendo Omar Perez e sua família sofreram uma perseguição cruel na ilha desde que o líder evangélico passou a expandir sua obra missionária em Cuba. A propriedade da igreja foi confiscada e o reverendo foi intimado a depor no tribunal.


Desde então Omar e sua família têm sido alvos de perseguição sistemática, incluindo “atos de repúdio” que contam com a participação de multidões violentas nas cercanias de sua residência. Tudo isso, é claro, é orquestrado pelos agentes de segurança dos Irmãos Castro.


Os evangélicos que lá vivem relataram aos missionários que sofrem com detenções arbitrárias, assédio constante dos agentes de segurança do Estado e restrições financeiras severas.


Os cristãos cubanos sofreram uma forte onda de repressão quando da visita do então Papa Bento XVI à ilha caribenha. Na época o regime cubano prendeu centenas de evangélicos e católicos que poderiam se manifestar durante a visita do pontífice.


Ditadura assassina
A ditadura cubana já praticou centenas de execuções de cidadãos que discordam da ideologia comunista. É um fato vergonhoso que fez até com que um comunista notório como o escritor José Saramago retirasse seu apoio ao governo cubano nos idos do anos 2000.


Em 2003 Fidel Castro ordenou a execução sumária de quatro cidadãos cubanos acusados de tentar sabotar a ditadura. Eles foram mortos sem direito a julgamento ou defesa.


O governo federal está investindo em uma ditadura anticristã o dinheiro captado via impostos no Brasil, ou seja, o nosso dinheiro. É uma afronta a todos os evangélicos e católicos brasileiros que nunca quiseram se tornar patrocinadores de sanguinários ditadores ateus.


É necessário que a Bancada Evangélica no Congresso Nacional leve esses questionamentos adiante, pois tenho certeza de que os cristãos brasileiros não autorizaram que seu dinheiro seja utilizado no financiamento de um regime estrangeiro anticristão.


O silêncio da esquerda evangélica
Tão terrível quanto a atitude do governo Dilma de investir nosso dinheiro em uma ditadura que persegue, censura e aprisiona cristãos é o silencio indulgente de personalidades evangélicas diante do matadouro de liberdades que é o regime cubano.


O pastor Ariovaldo Ramos não perde a chance de usar qualquer turbulência social no Brasil para fazer jorrar rios de absurdos contra policiais da Tropa de Choque, políticos conservadores e líderes evangélicos que se opõem ao comunismo (que seus artigos convertem em estereótipos).


Os artigos explosivos do pastor – como este no qual delira sobre evangélicos avançando contra a Polícia – dão a impressão de que vivemos sob um regime autoritário e que os policiais, os conservadores e os evangélicos anticomunistas são todos fascistas enrustidos.


A verdade é que Ariovaldo tem assegurado, no Brasil, o direito de publicar todas essas bobagens sem sofrer qualquer tipo de perseguição estatal. Os irmãos cubanos jamais poderiam criticar diretamente o a ditadura dos Castro sem sofrer sérios riscos.


Nunca ouvi ou li qualquer crítica de Ariovaldo sobre o regime cubano, mais especificamente sobre a perseguição imposta a pessoas que querem apenas o direito de professar sua fé e dizer o que pensam – como o próprio Ariovaldo pode fazer no Brasil.


É uma vergonha, e espero que o pastor Ariovaldo se corrija. Não porque estou pedindo, mas por amor à igreja perseguida.




Thiago Cortês é sociólogo e jornalista.


Fonte: Mídia Sem Máscara


Publicado no Gospel Mais.

quarta-feira, janeiro 29, 2014

O Holocausto, em uma e em 6 milhões de palavras.







por Paulo Rosenbaum






Há 70 anos, chegava ao fim uma das batalhas mais dramáticas da Segunda Guerra. Após 900 dias de confronto, as tropas soviéticas derrotavam os nazistas e recuperavam o controle sobre a cidade de Leningrado.

A Organização das Nações Unidas declarou em 2005 o dia 27 de janeiro como o dia internacional em memória das vítimas do Holocausto. Dia 27 foi a data da libertação dos prisioneiros do campo de extermínio de Auschwitz. Será que houve algum exagero? Por que aquilo que já foi descrito como o “maior drama da história ocidental” deve estar sempre em pauta? Por que não passamos a borracha e vamos adiante? Afinal já faz 69 anos! Desolado, as vezes sinto que não há cabimento dar ouvidos a quem não não quer aprender com a história. Como alguém já escreveu, é mais do que evidente que vivemos uma era com déficit de alunos.

Pois recentemente, numa discussão via web deparei com argumentos revisionistas clássicos na boca de usuários ou muito ingênuos ou muito mal intencionados. Lá, dizia-se (sic) “que eles (a senhora tinha um sogro que pertenceu à SS) foram tão vítimas quanto os que sofreram” (sic) além do desfile de chavões como “esqueçamos as versões que lemos e procuraremos nos informar melhor, já que a história é sempre escrita pelos vencedores” (sic), diante dos quais, alguém como eu, neto de vítimas do nacional-socialismo alemão, só teria duas alternativas civilizadas, reduzir-me ao silêncio, fazer uma denúncia ou promover uma serena discussão sobre a natureza do absurdo.


Como sou um ser verbal não sereno e as denúncias todas caem no abismo comum das atrocidades substituídas por decurso de prazo, resta promover um debate sobre o absurdo da condição humana. Imaginei a história contada pelos derrotados. E os nazistas teriam muito a dizer? Um resumo poderia ser o seguinte: Um dia tudo será retificado. Não só não fomos os carrascos voluntários do  Führer como fomos injustiçados violentamente pelas potencias que nos ocuparam. Não só não esqueceremos da humilhação que sofremos em Versalhes como sempre soubemos o plano dos aliados. Na verdade, tudo não passou de uma conspiração da mídia internacional contra o povo alemão já que a doutrina de Hitler se não exatamente pacifista, usava a beligerância na justa medida contra povos que não aceitavam as evidencias científicas de que algumas raças devem prevalecer sobre outras”


Poderia imaginar muito mais, mas fiquemos com fatos. Há alguns anos, durante em encontro de especialistas na Alemanha, um professor de história da medicina me respondeu categoricamente quando lhe fiz uma pergunta. Minha dúvida: como era a educação nas escolas contemporâneas alemãs sobre o período nazista. Além de um momentâneo mal estar o catedrático, muito sincero, me disse: ‘”Colega, sabe de uma coisa? Acho que é excessiva. Não aguento mais meus filhos tendo aulas sobre o assunto!” . Na hora não o contestei — pelo que sinto e pelo material que circula pela web, fica-se cada vez mais convicto da obrigatoriedade de explicitar o que significou o holocausto e a política nazista para as minorias — mas me limitei a anotar sua cara contrariada, mais ou mesma que devo ter deixado escapar. O mal estar estava gerado.

Pois no último dia deste colóquio este mesmo gentil professor me levou a uma cidade vinícola, região histórica não bombardeada pelos aliados, a cerca de 40 kms de Stuttgart. Pois lá ele me chamou de lado para me que talvez estivesse enganado em nossa pequena “não discussão” do dia anterior. Curioso, perguntei o que o tinha feito mudar de ideia. Ele me conduziu até uma ponte. No final, havia uma placa. Ele apontou o dedo e esboçou uma tradução, a qual relato o teor aproximado: “Nunca esquerecemos dos nossos heróis, ainda sem liberdade em prisões estrangeiras”.

A data da placa? 1959.

O mais comum é que a memória das tragédias permaneça subestimada, por isso mesmo a amnésia é um amanhã de erros persistentes. Lembrar está para além das homenagens: é trazer à vida e fazer reviver quem foi calado pelo arbítrio, a tirania e o descaso dos outros.

Fonte: Pletz

terça-feira, janeiro 28, 2014

ONU Concede Credenciamento a Grupo Ligado à Pedofilia.




por Wendy Wright




NOVA IORQUE, EUA, 24 de janeiro (C-FAM) Um grupo acadêmico c.uja pesquisa foi obtida de pedófilos e lançou a revolução sexual nos EUA recebeu credenciamento da ONU.



O infame Relatório Kinsey foi a base para afrouxar atitudes e penas para crimes sexuais contra mulheres e crianças, e para promover abrangente educação sexual que ensina crianças pequenas acerca de atos sexuais.
Nesta semana o Instituto Kinsey foi diante do comitê da ONU que credencia grupos para participar da ONU no final de janeiro. Isso chega num momento em que grupos pró-aborto estão fazendo campanhas para que abrangente educação sexual seja uma parte importante da agenda de políticas e trabalho de desenvolvimento da ONU.
Alfred Kinsey afirmava que crianças são sexuais desde a infância. Suas fontes principais eram homens adultos que registravam detalhes acerca de seus contatos sexuais com crianças para seu livro “Sexual Behavior in the Human Male” (Conduta Sexual no Macho Humano).

Certo homem forneceu a Kinsey detalhes de seu abuso de 1917 a 1948, mostrados na Tabela 34 do livro de Kinsey. Registra o número de “orgasmos” em certos períodos de tempo de crianças de 5 meses a 14 anos.

Orgasmo é definido como “convulsões violentas,” “gemidos, ou choros mais violentos, às vezes com abundância de lágrimas (principalmente entre crianças mais novas),” “dor excruciante,” “lutará para se afastar do parceiro e poderá fazer tentativas violentas de evitar o clímax, embora obtenha claro prazer da situação.”

Outra fonte de Kinsey começando em 1943 — durante a 2ª Guerra Mundial — era um oficial nazista alemão, Fritz von Balluseck, que em 1957 foi condenado por abuso sexual de crianças por mais de 30 anos. O juiz teria dito: “Tive a impressão de que você chegou às crianças a fim de impressionar Kinsey e lhe entregar material.”
Kinsey afirmou que 95 por cento dos homens cometiam crimes sexuais, de modo que a sociedade deveria redefinir o que era “normal” e reduzir as penas de crimes sexuais. Ele testificava em favor de estupradores de crianças e seu trabalho ajudou a mudar as leis, tornando-as tolerantes para crimes sexuais.
“É claro, sabíamos quando entrevistávamos os pedófilos que eles continuariam sua atividade, mas não fazíamos nada sobre isso,” Paul Gebhard, sócio de Kinsey, disse ao jornal. “Não teríamos nenhuma pesquisa se os entregássemos [às autoridades].”

Gebhard, que se tornou diretor do Instituto Kinsey, mais tarde disse: “Era ilegal e sabíamos que era ilegal e é por isso que muita gente está furiosa.”
Kinsey assegurava a “seus informantes que eles ficariam no anonimato” e evitava “todo juízo de valor em relação à conduta deles,” declarou John Bancroft, diretor do Instituto Kinsey.

Certa vítima de um estuprador de crianças ligado a Kinsey se apresentou. Quando “Esther White” (um pseudônimo) tinha 9 anos, ela encontrou uma folha de papel “e meu pai estava selecionando coisas que ele estava fazendo comigo.” Depois que Kinsey entrevistou Esther, ele entregou ao avô dela um cheque de cerca de 6.000 dólares.
Em 1964, o Instituto Kinsey lançou SIECUS para promover a ideologia de Kinsey por meio da educação sexual. SIECUS já tem reconhecimento da ONU e se tornou muito influente ali. A Educação Sexual Abrangente de SIECUS ensina crianças de 5 anos acerca da masturbação e do envolvimento em conduta sexual com outros para mostrar carinho.

O Instituto Kinsey fornece bolsas de estudo honrando John Money, um pioneiro da “identidade de gênero” e responsável pela operação de mudança de sexo de um bebê contada no livro “The Boy Who Was Raised As a Girl” (O Menino que Foi Criado como Menina). O menino acabou cometendo suicídio. A clínica de identidade de gênero de Money no Hospital Johns Hopkins foi fechada por seu sucessor.
A organização homossexual ILGA perdeu seu credenciamento na ONU em 1993 devido às suas ligações com grupos que promovem a pedofilia.

Um documento vazado pelo WikiLeaks intitulado “Certificação da Pedofilia” mostra que os EUA conduziram uma “análise detalhada” em 2010 e agências da ONU certificaram que ninguém havia credenciado nenhuma organização que promove ou desculpa a pedofilia.


Tradução: Julio Severo
Fonte: Friday Fax

segunda-feira, janeiro 27, 2014

Direitos Humanos, mas só para bandidos.


titulo original: Silas Malafaia diz: Maria do Rosário, ministra dos Direitos Humanos, é uma ‘piada’
por Julio Severo



A morte de Kaique Augusto dos Santos, de 17 anos, um rapaz homossexual, mobilizou muita notícia na imprensa nesta terça-feira (21). Logo após, a ministra Maria do Rosário divulgou uma nota ridícula, que reproduziremos abaixo para que você leia com atenção e, em seguida, veja o comentário do Pr. Silas Malafaia.

Nota da ministra Maria do Rosário na íntegra:

A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) vem a público manifestar solidariedade à família de Kaique Augusto Batista dos Santos, assassinado brutalmente no último sábado (11/01). Seu corpo foi encontrado pela Polícia Militar de São Paulo próximo a um viaduto na região da Bela Vista, na Avenida 9 de Julho.
As circunstâncias do episódio e as condições do corpo da vítima, segundo relatos dos familiares, indicam que se trata de mais um crime de ódio e intolerância motivado por homofobia.
De acordo com dados do Relatório de Violência Homofóbica, produzido pela Secretaria de Direitos Humanos, em 2012, houve um aumento de 11% dos assassinatos motivados por homofobia no Brasil em comparação a 2011. Diante desse grave cenário, assim como faz em outros casos que nos são denunciados, a SDH/PR está acompanhando o caso junto às autoridades estaduais, no intuito de garantir a apuração rigorosa do caso e evitar a impunidade.
A ministra da SDH/PR, Maria do Rosário, designou o coordenador-geral de Promoção dos Direitos de LGBT e presidente do Conselho Nacional de Combate a Discriminação LGBT, Gustavo Bernardes, para acompanhar o caso pessoalmente. O servidor da SDH/PR desembarcou no início na tarde desta sexta-feira (17) na capital paulista, onde deverá conversar com a família e acompanhar o processo investigativo em curso.
Informamos ainda que a Secretaria de Direitos Humanos está investindo recursos para a ampliação dos serviços do Centro de Combate à Homofobia da Prefeitura Municipal de São Paulo, fortalecendo a rede de enfrentamento à homofobia.
Diante desse quadro, reiteramos a necessidade de que o Congresso Nacional aprove legislação que explicitamente puna os crimes de ódio e intolerância motivados por homofobia no Brasil, para um efetivo enfrentamento dessas violações de Direitos Humanos.
O Governo Federal reitera seu compromisso com o enfrentamento aos crimes de ódio e com a promoção dos direitos das minorias, em especial, com a população LGBT.


Silas Malafaia comenta:

Não é de hoje que essa ministra fala bobagem na defesa ridícula do ativismo gay. É a mesma que quando deputada foi defensora de outra estupidez, a lei da palmada.

Antes que a polícia desse qualquer relatório sobre a morte do rapaz, ela emite a nota que você acabou de ler, típica de uma pessoa precipitada, sectarista, querendo fazer média com o ativismo gay, que juntamente com ela falaram asneira sobre a questão. E isto sem falar em outro campeão da asneira que é o deputado Jean Wyllys, que para ridículo não lhe falta nada, com as acusações mais levianas que já vimos até hoje sobre os evangélicos. Merecia ser cassado por ofensa a um dos maiores segmentos sociais do país, que são os evangélicos.

A verdade é que não somos a favor da morte de ninguém, seja por suicídio, assassinato, ou qualquer outro tipo de evento que possa tirar a vida de um semelhante. A polícia descobriu que depois que o rapaz saiu de uma boate gay, ele se jogou de cima de um viaduto em São Paulo, e descobriu também que ele deixou escritos se despedindo da família. Isto é mais uma prova da manipulação de dados em relação a homofobia.

Já tenho dito varias vezes que pelo menos 50% dos assassinatos de gays é briga de amor entre eles. O ativismo gay tenta tirar partido da desgraça dos outros afim de obter concessões e privilégios em detrimento dos outros segmentos sociais. A ministra também não perde tempo porque defender o ativismo gay é questão ideológica do PT, e para ser honesto, com raríssimas exceções, membros do PT não compactuam com isto.

Interessante que há poucos dias uma menina de 6 anos morreu queimada em uma barbárie dos bandidos no Maranhão, e ainda tem membros de sua família em estado grave internada no hospital, e esta ministra ridícula não emitiu uma nota sequer. Quer dizer que direitos humanos é só quando envolve gays? E a questão dos presídios, no Maranhão? Não vai falar nada ministra?

Se esse governo fosse um governo sério, ela já teria sido demitida, e fica uma pergunta: Por que grande parte da imprensa que deu destaque a questão do rapaz homossexual que morreu, inclusive dando holofote para essa ministra, não cobra uma posição contra ela? Lamento dizer que grande parte da imprensa é sectarista e possui uma predisposição para dar holofote às causas que envolvem a ideologia de esquerda. Por fim, essa ministra perdeu uma oportunidade de ficar CALADA!

Fonte: juliosevero.blogspot.com.br/

domingo, janeiro 26, 2014

Tribunal alemão considera urnas eletrônicas inconstitucionais.











O Tribunal Constitucional Federal alemão anunciou que uso de computadores no processo eleitoral de 2005 no país foi inconstitucional.
por Martin Roeber (do http://www.dw.de/)
03/03/2009.




Dois milhões de eleitores alemães não precisaram fazer, nas últimas eleições federais realizadas no país, no ano de 2005, um "x" na cédula eleitoral, mas escolheram seus candidatos usando uma urna eletrônica. Segundo o Tribunal Constitucional Federal, sediado na cidade de Karlsruhe, isso fere o direito básico de garantia de uma eleição pública.

"A eleição como fato público é o pressuposto básico para uma formação democrática e política. Ela assegura um processo eleitoral regular e compreensível, criando, com isso, um pré-requisito essencial para a confiança fundamentada do cidadão no procedimento correto do pleito. A forma estatal da democracia parlamentar, na qual o domínio do povo é midiatizado através de eleições, ou seja, não exercido de forma constante nem imediata, exige que haja um controle público especial no ato de transferência da responsabilidade do Estado aos parlamentares", afirmou o juiz Andreas Vosskuhle ao anunciar a decisão do tribunal.

Formas de controle

Para a corte máxima alemã, um "evento público" como uma eleição implica que qualquer cidadão possa dispor de meios para averiguar a contagem de votos, bem como a regularidade do decorrer do pleito, sem possuir, para isso, conhecimentos especiais.

No processo eleitoral tradicional, isso nunca foi um problema. Uma vez que o voto tenha sido depositado na urna, qualquer pessoa pode acompanhar de perto a contagem junto ao domicílio eleitoral. Manipulações, nesses casos, são difíceis, uma vez que podem a qualquer momento ser descobertas.

Resultados não foram anulados

O que não ocorre no caso das urnas eletrônicas, em que o eleitor simplesmente aperta um botão e o computador, horas mais tarde, expele um resultado. O cidadão comum, neste caso, não tem meios para apurar possíveis erros de programação ou manipulações propositais. Neste sentido, acreditam os juízes alemães, houve, com o uso da urna eletrônica nas eleições de 2005, uma transgressão das leis que garantem o pleito como um fato público.

O tribunal, contudo, não chegou a anular os resultados do pleito realizado há mais de três anos, baseando-se no argumento de que não há indícios que levam a crer que tenha havido qualquer mau funcionamento nas urnas eletrônicas usadas naquelas eleições.

sábado, janeiro 25, 2014

SÃO PAULO 460 ANOS.





Um rolê com Paulo Bomfim.
por JORGE CALDEIRA




Paulo Bomfim não apenas vive fisicamente em São Paulo há 87 anos. A cidade para ele tem história, de modo que muitos lugares não lhe aparecem como paisagens prosaicas do tempo que vive, mas como testemunhos ancestrais. O parque da Luz é o lugar da ermida que Domingos Luís, o Carvoeiro, construiu no século 16; a praça do Patriarca, o ponto de refúgio do Mirinhão, um ancestral seu do século 18; a rua Espírita, no Cambuci, o quilombo espiritual do negro Batuíra, no século 19.

Outros pontos da cidade ganham colorido porque evocam memórias pessoais, testemunham encontros que os tornaram especiais. A praça Marechal Deodoro atravessada pelo Minhocão tem outros ares quando descrita como ponto de encontro com o cantor Nelson Gonçalves, seu irmão Quincas e o palhaço Piolim. A praça da República aparece com garapa, sorvete, normalistas e o guarda Antônio, protetor dos boêmios. Até o velório de Mário de Andrade muda, quando nele se mistura o desnudamento da tradutora Leonor Aguiar.

A cidade é também o centro de sua escrita, tema constante de seus 26 livros de poesia (e mais meia dúzia de antologias, no Brasil e na Espanha) ou prosa -seu livro mais recente, "Insólita Metrópole", lançado em 2013, é uma antologia de crônicas sobre São Paulo, organizada por Ana Luiza Martins (Ateliê Editorial). Assim, outros aspectos da cidade são descritos por suas características metafísicas.

Com tudo isso, a São Paulo de Paulo Bomfim é tecida por casos que, contados na sequência de sua prosa viva, dão uma dimensão bem diferente daquela da metrópole que quase se esquece da alma encantadora de suas ruas. A seguir, o registro de um desses passeios, na voz do escritor.

*

A Fundação MÍstica

"O corpo de São Paulo foi formado pela carne e o sangue de João Ramalho e Tibiriçá. A cabeça veio de Manoel da Nóbrega. Mas a alma de São Paulo veio de José de Anchieta. Já o governo veio de Santo André, a vila dos parentes de João Ramalho."

*

R. Jaguaribe
Waldemar Zumbano

"Um dia estava no Instituto Jaguaribe, no ringue de boxe. Vejo chegar um homem muito míope, ele tira os óculos com cuidado. Era pequeno, tinha cara de poeta, nenhuma musculatura. Sobe no ringue e me convida para fazer luvas. Tentei, tentei, e nada de acertar um soco nele. Cansei, parei e perguntei: 'Quem é você?'. E ele: 'Waldemar Zumbano'. Ficamos amigos o resto da vida. Ele era comunista, como aliás eram quase todos os pugilistas da cidade."

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Cemitério da Consolação
marquesa de Santos

"Toda vez que vou ao cemitério da Consolação visitar o túmulo de meus ancestrais, deixo uma rosa no túmulo da marquesa de Santos, que fica ao lado. Uma vez, quando estava depositando a flor, havia uma preta velha ajoelhada, rezando. Ela virou-se para mim e perguntou: 'O senhor também é devoto da marquesa?'. Eu digo: 'Sou'. E ela: 'Comigo fez milagre. Pedi à marquesa para interceder junto ao professor Bardi. Consegui fazer uma exposição no Masp e estou aqui pagando a promessa'."




R. Lopes Chaves
Mário de Andrade

"As tias dele tocavam piano para as crianças dançarem nos saraus da casa de meu avô. Ele ia sempre, cantava e tocava. Numa festa de Ano-Novo estava todo mundo meio desanimado. Ele puxou cordão pela sala de casa, as tias na frente e eu criança no fim da fila. Ficou todo mundo alegre. E não esqueço do velório dele, na casa da rua Lopes Chaves. A Leonor Aguiar era uma figura extraordinária, uma mulher inteligentíssima, fora da época, traduzia, falava e declamava russo. Ela entrou com uma roupa. Quando chegou no caixão, resolveu trocar. Tirou o vestido, ficou de combinação na frente do morto e de todo mundo, colocou o outro sem a menor cerimônia."

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Pça. Marechal Deodoro
Piolim e Quincas

"Havia ali o bilhar do Quincas, irmão do Nelson Gonçalves. Joguei com ele muitas vezes, porque o lugar era um ponto de encontro de boêmios. Mas também ia até a Marechal Deodoro para conversar com o Piolim, palhaço que foi muito meu amigo a vida inteira e que então montava seu circo em plena praça."

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R. Epitácio Pessoa
Catulo da Paixão Cearense

"Na esquina com a Rego Freitas ficava a casa de meu avô, onde passei a infância. Minha tia Cecília era cantora, todos os poetas e compositores da época iam aos saraus que aconteciam sempre: Olavo Bilac, Vicente de Carvalho, Coelho Neto, Paulo Setúbal. Uma de minhas lembranças mais antigas, quando tinha algo como cinco anos, foi a de ver o Catulo da Paixão Cearense de joelhos, tocando violão e cantando."

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Pça. da República
guarda Antônio

"Passei minha infância brincando lá, minha adolescência tomando sorvete na Japonesa ou garapa no Nosso Engenho, enquanto esperava a saída das alunas da Caetano de Campos. E havia um português muito bom, o Antônio, que era guarda do jardim. De noite ele cobria os mendigos com jornal, protegia os boêmios que ficavam dormindo nos bancos para curar a bebedeira."

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Parque da Luz
Domingos Carvoeiro

"Era a ermida de Domingos Luís, o Carvoeiro, uma figura mítica da história de São Paulo. Séculos depois o frei Galvão construiu o convento lindo que está ali até hoje."

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Pça. do Patriarca
Mirinhão

"Era o território de um antepassado meu, o Mirinhão, que largou o bandeirismo no século 17 para se tornar um ermitão, tomando conta de uma pequena capela que havia ali. Cuidou da capelinha de Santo Antônio e fez um testamento onde exigiu ser enterrado no altar-mor -e nem era ainda a igreja atual, com o teto do frei Jesuíno de Monte Carmelo."

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Av. São Luís
Manuel Bandeira

"Minha mulher Emy e eu ficamos sócios de uma galeria de arte que ficava no prédio Zarvos, onde antes era a casa do barão de Souza Queiroz, na av. São Luís, bem em frente à biblioteca. Um dia, no lançamento de um livro do Manuel Bandeira, fizemos cartazes com os poemas. Chega o Lima Barreto, o cineasta que fez 'O Cangaceiro'. Ele entra, olha os cartazes e vai direto para a mesa de autógrafos falando: 'Bandeira, naquele poema tem um erro de português'. Ele largou o copo de uísque, nem precisou arregaçar os punhos, porque costumava cortá-los quando ficavam puídos. Levantou e gritou: 'Erro de português é você, seu fotógrafo lambe-lambe. Ponha-se daqui para fora'. E expulsou o desafeto."

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Rua Espírita
Batuíra

"No século 19, nessa ruazinha do Cambuci morava o Batuíra, que ali fazia uma mistura de cultos espíritas e africanos. Além disso ele mantinha um pequeno teatro na região da atual rua Senador Queiroz. Com o dinheiro das récitas ele ajudava a libertar escravos."

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Parque da Luz
Luis Humberto Gelfi
"Ele era de Bergamo, foi parar no Cairo, teve algum problema com uma mulher, teve de fugir. Veio sem dinheiro no navio, dando aula de dança para os passageiros. Desembarcou em São Paulo sem um centavo, na estação da Luz. Atravessou para o jardim, olhou dali a torre da estação. Voltou, foi procurar o diretor, ofereceu-se para limpar o relógio. Foi o primeiro dinheiro que ganhou na cidade. Como sabia guiar, acabou ensinando os filhos de dona Veridiana Prado a dirigir automóveis -e acabou casando com uma amiga francesa dela, a Luíza. Ambos viriam a ser meus sogros."

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Av. Ipiranga
Aracy de Almeida

"Eu era recém-casado. Um dia toca a campainha do apartamento. Era a Aracy de Almeida, dizendo: 'Paulo, eu estou com muita angústia, não queria ficar no hotel. Posso ficar em sua casa dois ou três dias?'. Peço para a Emy [Emma Gelfi Bomfim] tirar as crianças do quarto, ela se instalou. Foi ficando. Voltava das boates de madrugada, fazia interurbanos intermináveis para a boate Vogue, no Rio de Janeiro, conversava com o Vinicius de Moraes, o Antonio Maria, até o amanhecer. Eu estava começando na vida e tinha de pagar contas de telefone astronômicas. Quase três meses depois, trouxe uma arara que ganhou de presente da boate Jangada. Quando tentei falar alguma coisa, ela cortou: 'Eu respondo pela arara'. Levou o bicho para o quarto, ele comeu meus móveis, não aguentei e expulsei a ave. E ela: 'Em solidariedade à arara, também me retiro'. Mas ela foi a mulher que melhor conhecia a Bíblia que vi em toda a minha vida -e também a que sabia mais palavrões."

*

Quatro Cantos
Castro Alves

"O Castro Alves morou um tempo no Hotel Itália, que foi mais tarde o Hotel de França de meu avô. Ficava no único cruzamento da cidade, conhecido como Quatro Cantos, esquina da Direita com São Bento. E eu conheci uma velhinha, que era menina nos tempos em que o poeta morava lá, que me contou que ele, quando ia para a faculdade, dava um dinheirinho para ela e dizia: 'Você fica na janela que é para ver se não aparece algum admirador da Eugênia Câmara'."

*

R. Tabatinguera
d. Pedro 1º

"D. Pedro 1º chegou na tarde de 7 de Setembro de 1822, entrou na cidade pela rua Tabatinguera. Os sinos da igreja da Boa Morte anunciaram a chegada. A meu modo de ver, ele se hospedou no casarão do brigadeiro Jordão, que mais tarde foi o hotel de meu avô, Guilherme Lebeis. De lá foi para o teatro da Ópera, que ficava no pátio do Colégio. Ali ele sentou-se no piano e tocou o hino da Independência - com um olho em Domitila, a futura marquesa de Santos, nos braços de quem se tornaria um adulto."

cacique Caiubi

"A única rua de São Paulo que nunca mudou de nome. Nela ficava a taba do cacique Caiubi, irmão de Tibiriçá e Piquerobi, que morreu como uma espécie de santo, usando vestes religiosas, depois de uma conversão linda."

Publicado originalmente na Folha de São Paulo em 19/01/2014 no caderno Ilustríssima.


quinta-feira, janeiro 23, 2014

Os cafetões de minorias.









por Alexandre Borges




Se você quer ser famoso, esqueça o Big Brother e vá cursar Ciências Sociais. Parte da imprensa do país agora acredita que sociólogos e afins são entes superiores de razão ou oráculos da vida moderna. Alguém precisa avisar Tatá Werneck que há um caminho mais curto para Valdirene chegar ao estrelato.

De preço de ingressos na Copa às UPPs, do Bolsa Família até o sumiço do Amarildo, da condenação de mensaleiros até meia dúzia de peitos caídos na praia, é ligar a tevê e ver um cientista social ou historiador dando ares supostamente científicos à má poesia engajada dos candidatos a Bertold Brecht que, como poetas de esquerda, não superam nem Tarso Genro.

Faço um convite aos analistas de rolezinhos: se você ainda não foi, vá a um shopping center num bairro de periferia e surpreenda-se ao descobrir que são locais iguais aos que você conhece e que são frequentados por, veja você, moradores da periferia. Se você diz na imprensa que impedir 6 mil adolescentes de invadir um shopping ao mesmo tempo em Itaquera, no ponto extremo da Zona Leste de São Paulo, é “discriminação”, está simplesmente mentindo. E não é uma mentira qualquer.

Se houvesse uma preocupação legítima com a “inclusão” desses jovens, que melhor exemplo no país do que os shoppings? Em seus espaços privados, eles abrem as portas gratuitamente para a população ter opções de lazer, alimentação e consumo totalmente voluntários, num ambiente seguro, confortável, livre e democrático. Já os governos que obrigam esses mesmos cidadãos a trabalhar até cinco meses do ano apenas para pagar impostos são incapazes de dar algo remotamente parecido.

E a quem interessa transformar um evento que seria naturalmente descartado com o tempo pelos próprios jovens em passe livre para arrastão, vandalismo e saques ao som de palavras de ordem? Se há crime, nesse caso de lenocínio ideológico, de cafetinagem sociológica, é preciso identificar os proxenetas do rolezinho alheio.

Política é feita de narrativas e a esquerda viu no rolezinho uma oportunidade de criar má poesia ou sociologia de pé-quebrado com eles, vendo em jovens que frequentaram shoppings a vida inteira supostos excluídos que não poderiam entrar nestes mesmos shoppings, na tentativa de fabricar factoides para proselitismo político em ano eleitoral. Segundo uma pesquisa recente, 71% dos paulistanos são contra os rolezinhos e, apesar da tentativa de doutrinação sistemática nos meios de comunicação, o eleitor ainda não comprou a cascata.

As manifestações do ano passado pegaram a esquerda de surpresa, sem uma narrativa pronta para vender aos vassalos de sempre na academia e na imprensa, mas os rolezinhos forneceram um material dramático melhor aos roteiristas partidários. Se 6 mil jovens não podem entrar num shopping ao mesmo tempo, gritam “preconceito!” e energizam a combalida militância pós-mensaleira, tão desesperada em busca de um discurso para chamar de seu.

O Brasil teria neste ano uma oportunidade histórica de apear do poder a esquerda e suas narrativas orwellianas, mas infelizmente ainda não há o que colocar no lugar. Caso consigam mais quatro anos, que esse tempo seja usado diligentemente pela sociedade para a construção de uma real e sólida alternativa política para que o Brasil deixe de fazer apenas rolezinho entre as nações mais desenvolvidas do mundo.





Alexandre Borges, publicitário, é diretor do Instituto Liberal.

Publicado no jornal Gazeta do Povo

quinta-feira, janeiro 16, 2014

O papo cabeça da revista Veja.



por Félix Maier




A Veja é a mais importante revista do Brasil, não só pelo número de exemplares vendidos semanalmente, seja em papel ou em mídia eletrônica (tablets e similares), como por seu conteúdo, marcadamente liberal - no sentido clássico do termo. Ou seja, Veja defende, desde sua primeira edição, em 1968, o livre mercado, o empreendedorismo, a livre circulação de ideias (exceto os radicalismos), a liberdade de imprensa, a liberdade religiosa, enfim, todos os valores inerentes a uma democracia de verdade.

Na edição de 8/1/2014, há um texto de Daniel Pereira, “É um papo muito cabeça”, com o subtítulo “Dilma fala em ‘guerra psicológica’, um conceito da ditadura”. O autor discorre sobre falas recentes da presidente Dilma Rousseff, que, em briga aberta contra os números, classifica os maus indicadores econômicos de seu governo como sendo uma “guerra psicológica” propalada pela imprensa e por organismos econométricos. Não consegui entender por que “guerra psicológica”, para o autor, é um conceito do governo dos militares, pois se trata de um tema tão antigo como a formação das primeiras comunidades de hominídeos. Josué, o sucessor do profeta Moisés, p. ex., já sabia o que significava “guerra psicológica” quando marchou com seus soldados em volta de Jericó, até que as muralhas caíssem.

Como a revista Veja sofreu censura no tempo dos governos dos militares, entende-se que tenha um ranço contra o movimento militar de 1964, que a quase totalidade dos jornalistas continua a chamar de “golpe”. Na verdade, tratou-se de um contragolpe, que colocou para correr os comunistas que já “estão no governo embora ainda não no poder”, como relatou o quinta-coluna Luís Carlos Prestes a seu chefe em Moscou, Nikita Krushev, em janeiro de 1964.

Lá pelas tantas, o articulista de Veja (que os esquerdistas apelidam de Óia) disserta sobre a junta militar que assumiu o poder após a morte de Costa e Silva, dizendo que eram “apelidados pelo povo de Os Três Patetas”.Bobagem. O povo nem sabia que existia uma junta militar, um governo tampão antes de Médici. Quem falava em “Três Patetas” eram políticos como Ulisses Guimarães e os jornalistas apenas propagavam a molecagem, em caixas de ressonância nas empresas em que trabalhavam.

O ideal seria que o Brasil nunca tivesse tido uma ditadura militar. Mas, quais eram as opções, na época, para as Forças Armadas, especialmente o Exército? Assistir passivamente a corrosão da autoridade de Jango, que se unia a cabos e soldados amotinados na Presidente Vargas, no Rio, incitados pelo carbonário Leonel Brizola, tentando implodir os pilares que sustentam as instituições militares, ou seja, a hierarquia e a disciplina? Não atender aos anseios da população, que foi às ruas em passeatas gigantescas, exigindo que o Exército acabasse com a baderna, a carestia e as greves sem fim provocadas por agitadores comunistas a serviço de Cuba e de Moscou?


Se as Forças Armadas não tivessem entrado em ação, o Brasil poderia ter-se transformado em uma gigantesca Cuba. Nesse caso, a revista dos Civita não teria sofrido apenas censura, mas seria tirada de circulação. Outra hipótese seria o Brasil entrar em guerra civil, com a criação de movimentos guerrilheiros que até hoje poderiam estar infernizando o País, como ocorre na Colômbia das FARC. Em ambos os casos, o Brasil se tornaria um imenso Vietnã, porque é certo que os EUA não ficariam inertes e tomariam partido contra os comunistas.

O Grupo Abril, do qual Veja faz parte, também esteve infiltrado por esquerdistas durante o governo dos militares. Não sei se é devido a isso que existe esse eterno ranço contra os militares, se ainda hoje há infiltrados canhotos na revista Veja, que apenas veem censura e tortura, nada mais, fazendo coro à vil campanha do governo petista contra as Forças Armadas, que é a vergonhosa Comissão Nacional da Verdade. Contar a história recente do Brasil só pela metade, enaltecendo terroristas e demonizando os militares, é criar uma mentira por inteiro. Será que nem Veja consegue enxergar algo de positivo em 1964, que colocou o Brasil na modernidade (Embratel, Banco Central, sistema Telebrás), investiu pesado na infraestrutura (rodovias, sistema Eletrobrás e as hidrelétricas de Itaipu, Sobradinho, Tucuruí, Ilha Solteira etc., metrôs, Ponte Rio-Niterói), criou a Embrapa e a Embraer, só para citar alguns feitos extraordinários, transformando uma nação insignificante, que saiu da 46ª posição no PIB para ser a 8ª potência econômica do planeta em apenas uma década?

Frei Betto, o “Vítor” ou “Ronaldo”, ligado ao Agrupamento Comunista de São Paulo (AC/SP), que depois se transformaria na Ação Libertadora Nacional (ALN), de Carlos Marighella, ficou encarregado do sistema de imprensa e também dos contatos com Joaquim Câmara Ferreira, que coordenava as atividades do AC/SP, e se infiltrou na Editora Abril e no jornal Folha da Tarde, do Grupo Folha. Na Folha da Tarde, Frei Beto recrutou os jornalistas Jorge Miranda Jordão (diretor), Luiz Roberto Clauset, Rose Nogueira e Carlos Guilherme de Mendonça Penafiel. Clauset e Penafiel cuidavam da preparação de “documentos”, e Rose, do encaminhamento de pessoas para o exterior. Na Editora Abril, a base de apoio era de aproximadamente 20 pessoas, comandadas pelo jornalista Roger Karman, e composta por Karman, Raymond Cohen, Yara Forte, Paulo Viana, George Duque Estrada, Milton Severiano, Sérgio Capozzi e outros, que elaboraram um arquivo secreto sobre as organizações armadas (servia também como fonte de informações para organizações subversivas). O AC/SP tinha assistência jurídica, composta de 3 advogados: Nina Carvalho, Modesto Souza Barros Carvalhosa e Raimundo Paschoal Barbosa.

Sempre que se estuda o movimento de 1964, deve-se observar com rigor o contexto da época, em que corações e mentes eram influenciados pela Guerra Fria: ou se era a favor do comunismo, ou se era a favor do capitalismo. Sem essa premissa elementar, discorrer sobre 1964 não passa de embuste. Assim, como entender a revista Veja, que não reconhece nenhuma ação positiva dos militares, se o que ela defende é essencialmente o mesmo que os militares defenderam e, para isso, tiveram que interferir politicamente no País até derrotar os movimentos revolucionários que pretendiam transformar o Brasil numa ditadura comunista?

Em 2014, ocorrerá o 50º aniversário do movimento de 1964. Vamos aguardar o que a revista Veja escreverá sobre o acontecido, se será uma avaliação equilibrada do governo dos militares, com prós e contras, como ocorre com a quase totalidade dos governos, ou apenas um “papo cabeça” como o do escrevinhador acima citado.

E olha que o “papo cabeça” não foi elaborado em Montevidéu, onde existe a livre circulação da marijuana. Imagina se fosse...

Fonte: Mídia Sem Máscara

quarta-feira, janeiro 15, 2014

Toda vida européia morreu em Auschwitz.









Toda vida européia morreu em Auschwitz.


Por Sebastian Vilar Rodriguez



Desci uma rua em Barcelona, e descobri repentinamente uma verdade terrível. A Europa morreu em Auschwitz. Matamos seis milhões de Judeus e substituímo-los por 20 milhões de muçulmanos. 


Em Auschwitz queimamos uma cultura, pensamento, criatividade, e talento. Destruímos o povo escolhido, verdadeiramente escolhido, porque era um povo grande e maravilhoso que mudara o mundo. A contribuição deste povo sente-se em todas as áreas da vida: ciência, arte, comercio internacional, e acima de tudo, como a consciência do mundo. Este é o povo que queimamos.


E debaixo de uma pretensa tolerância, e porque queríamos provar a nós mesmos que estávamos curados da doença do racismo, abrimos as nossas portas a 20 milhões de muçulmanos que nos trouxeram estupidez e ignorância, extremismo religioso e falta de tolerância, crime e pobreza, devido ao pouco desejo de trabalhar e de sustentar as suas famílias com orgulho.


Eles fizeram explodir os nossos comboios, transformaram as nossas lindas cidades espanholas, num terceiro mundo, afogando-as em sujeira e crime. Fechados nos seus apartamentos eles recebem, gratuitamente, do governo, eles planeiam o assassinato e a destruição dos seus ingênuos hospedeiros.


E assim, na nossa miséria, trocamos a cultura por ódio fanático, a habilidade criativa, por habilidade destrutiva, a inteligência por 
subdesenvolvimento e superstição. Trocamos a procura de paz dos judeus da Europa e o seu talento, para um futuro melhor para os seus filhos, a sua determinação, o seu apego à vida porque a vida é santa, por aqueles que prosseguem na morte, um povo consumido pelo desejo de morte para eles e para os outros, para os nossos filhos e para os deles.


Que terrível erro cometido pela miserável Europa. O total da população islâmica (ou muçulmana) é de, aproximadamente, 1.200 000 000, isto é um bilião e duzentos milhões ou seja 20% da população mundial.


Eles receberam os seguintes Prêmios Nobel:


Literatura
1988 Najib Mahfooz


Paz
1978 Mohamed Anwar El-Sadat
1990 Elias James Corey
1994 Yaser Arafat
1999 Ahmed Zewai

Economia
(ninguém)

Física
(ninguém)

Medicina
1960 Peter Brian Medawar
1998 Ferid Mourad


TOTAL: 7 (sete) 

O total da população de Judeus é, aproximadamente, 14 000 000, isto é catorze milhões ou seja cerca de 0,02% da população mundial. Eles receberam os seguintes Prêmios Nobel: 

Literatura
1910 - Paul Heyse
1927 - Henri Bergson
1958 - Boris Pasternak
1966 - Shmuel Yosef Agnon
1966 - Nelly Sachs
1976 - Saul Bellow
1978 - Isaac Bashevis Singer
1981 - Elias Canetti
1987 - Joseph Brodsky
1991 - Nadine Gordimer World


Paz
1911 - Alfred Fried
1911 - Tobias Michael Carel Asser
1968 - Rene Cassin
1973 - Henry Kissinger
1978 - Menachem Begin
1986 - Elie Wiesel
1994 - Shimon Peres
1994 - Yitzhak Rabin


Física
1905 - Adolph Von Baeyer
1906 - Henri Moissan
1907 - Albert Abraham Michelson
1908 - Gabriel Lippmann
1910 - Otto Wallach
1915 - Richard Willstaetter
1918 - Fritz Haber
1921 - Albert Einstein
1922 - Niels Bohr
1925 - James Franck
1925 - Gustav Hertz
1943 - Gustav Stern
1943 - George Charles de Hevesy
1944 - Isidor Issac Rabi
1952 - Felix Bloch
1954 - Max Born
1958 - Igor Tamm
1959 - Emilio Segre
1960 - Donald A. Glaser
1961 - Robert Hofstadter
1961 - Melvin Calvin
1962 - Lev Davidovich Landau
1962 - Max Ferdinand Perutz
1965 - Richard Phillips Feynman
1965 - Julian Schwinger
1969 - Murray Gell-Mann
1971 - Dennis Gabor
1972 - William Howard Stein
1973 - Brian David Josephson
1975 - Benjamin Mottleson
1976 - Burton Richter
1977 - Ilya Prigogine
1978 - Arno Allan Penzias
1978 - Peter L Kapitza
1979 - Stephen Weinberg
1979 - Sheldon Glashow
1979 - Herbert Charles Brown
1980 - Paul Berg
1980 - Walter Gilbert
1981 - Roald Hoffmann
1982 - Aaron Klug
1985 - Albert A. Hauptman
1985 - Jerome Karle
1986 - Dudley R. Herschbach
1988 - Robert Huber
1988 - Leon Lederman
1988 - Melvin Schwartz
1988 - Jack Steinberger
1989 - Sidney Altman
1990 - Jerome Friedman
1992 - Rudolph Marcus
1995 - Martin Perl
2000 - Alan J.. Heeger


Economia
1970 - Paul Anthony Samuelson
1971 - Simon Kuznets
1972 - Kenneth Joseph Arrow
1975 - Leonid Kantorovich
1976 - Milton Friedman
1978 - Herbert A. Simon
1980 - Lawrence Robert Klein
1985 - Franco Modigliani
1987 - Robert M. Solow
1990 - Harry Markowitz
1990 - Merton Miller
1992 - Gary Becker
1993 - Robert Fogel


Medicina
1908 - Elie Metchnikoff
1908 - Paul Erlich
1914 - Robert Barany
1922 - Otto Meyerhof
1930 - Karl Landsteiner
1931 - Otto Warburg
1936 - Otto Loewi
1944 - Joseph Erlanger
1944 - Herbert Spencer Gasser
1945 - Ernst Boris Chain
1946 - Hermann Joseph Muller
1950 - Tadeus Reichstein
1952 - Selman Abraham Waksman
1953 - Hans Krebs
1953 - Fritz Albert Lipmann
1958 - Joshua Lederberg
1959 - Arthur Kornberg
1964 - Konrad Bloch
1965 - Francois Jacob
1965 - Andre Lwoff
1967 - George Wald
1968 - Marshall W. Nirenberg
1969 - Salvador Luria
1970 - Julius Axelrod
1970 - Sir Bernard Katz
1972 - Gerald Maurice Edelman
1975 - Howard Martin Temin
1976 - Baruch S. Blumberg
1977 - Roselyn Sussman Yalow
1978 - Daniel Nathans
1980 - Baruj Benacerraf
1984 - Cesar Milstein
1985 - Michael Stuart Brown
1985 - Joseph L. Goldstein
1986 - Stanley Cohen [& Rita Levi-Montalcini]
1988 - Gertrude Elion
1989 - Harold Varmus
1991 - Erwin Neher
1991 - Bert Sakmann
1993 - Richard J. Roberts
1993 - Phillip Sharp
1994 - Alfred Gilman
1995 - Edward B. Lewis
1996- Lu RoseIacovino

TOTAL: 128 (cento e vinte e oito) 

Os judeus não estão a promover lavagens cerebrais a crianças em campos de treino militar, ensinando-os a fazerem-se explodir e causar um máximo de mortes a judeus e a outros não muçulmanos. Os judeus não tomam aviões, nem matam atletas nos Jogos Olímpicos, nem se fazem explodir em restaurantes alemães.


Não há um único judeu que tenha destruído uma igreja. NÃO há um único judeu que proteste matando pessoas. Os judeus não traficam escravos, não têm líderes a clamar pela Jihad Islâmica e morte a todos os infiéis. Talvez os muçulmanos do mundo devessem considerar investir mais numa educação modelo e menos em queixarem-se dos judeus por todos os seus problemas.


Os muçulmanos deviam perguntar o que poderiam fazer pela humanidade antes de pedir que a humanidade os respeite.


Independentemente dos seus sentimentos sobre a crise entre Israel e os seus vizinhos palestinianos e árabes, mesmo que creiamos que há mais culpas na parte de Israel, as duas frases que se seguem realmente dizem tudo:


Se os árabes depusessem hoje as suas armas não haveria mais violência. Se os judeus depusessem hoje as suas armas não haveria mais Israel (Benjamin Netanyahu).



Por uma questão histórica, quando o Comandante Supremo das Forças Aliadas, General Dwight Eisenhower, encontrou todas as vítimas mortas nos campos de concentração nazi, mandou que as pessoas ao visitarem esses campos de morte, tirassem todas as fotografias possíveis, e para os alemães das aldeias próximas serem levados através dos campos e que enterrassem os mortos.


Ele fez isto porque disse de viva voz o seguinte: Gravem isto tudo hoje. Obtenham os filmes, arranjem as testemunhas, porque poderá haver algum malandro lá em baixo, na estrada da história, que se levante e diga que isto nunca aconteceu. Recentemente, no Reino Unido, debateu-se a intenção de remover o holocausto do curriculum das suas escolas, porque era uma ofensa para a população muçulmana, a qual diz que isto nunca aconteceu. Até agora ainda não foi retirado do curriculum. Contudo é uma demonstração do grande receio que está a preocupar o mundo e a facilidade com que as nações o estão a aceitar.


Já passaram mais de sessenta anos depois da Segunda Guerra Mundial na Europa ter terminado. O conteúdo deste mail está a ser enviado como uma cadeia em memória dos 6 milhões de judeus, dos 20 milhões de russos, dos 10 milhões de cristãos e dos 1 900 padres Católicos que foram assassinados, violados, queimados, que morreram de fome, foram espancados, e humilhados enquanto o povo alemão olhava para o outro lado. 


Agora, mais do que nunca, com o Irão entre outros, reclamando que o Holocausto é um mito, é imperativo assegurar-se de que o mundo nunca esquecerá isso. É intento deste mail que chegue a 400 milhões de pessoas. Que seja um elo na cadeia-memorial e ajude a distribui-lo pelo mundo. Depois do ataque ao World Trade Center, quantos anos passarão antes que se diga "NUNCA ACONTECEU", porque isso pode ofender alguns muçulmanos nos Estados Unidos.

Nota do Blogando: Há uma série de controvérsias sobre a autoria do texto acima, quem realmente é Sebastian Vilar Rodriguez? É difícil responder, não há a possibilidade de encontrá-lo nos mecanismos de busca da Internet; todavia o conteúdo do texto é irretocável.






terça-feira, janeiro 14, 2014

Carta aberta aos não-esquerdistas.




Ou: O cegante brilho de nossas botas.

por Colombo Mendes





Aos amigos da direita, ou, melhor, da não-esquerda. Aos daqui, aos de lá, aos de toda parte (porque são muitos os tipos), mas, sobretudo, àqueles que se dão a censurar, diminuir e até ridicularizar aqueles outros que têm-se dedicado a fazer algo para que saiamos todos do duradouro estado de letargia em que nos encontrávamos. Àqueles que se imbuíram de uma superioridade tirada sabe-se lá de onde, que bem poderiam dedicar-se a orientar aqueles que julgam perdidos pelo afã de resolver a situação; que bem poderiam ajudar de alguma forma aqueles que julgam que põem os pés pelas mãos em suas ações, como organizar hangoutsvários e protestar contra aqueles que sempre massacraram os não-esquerdistas impunemente (e.g., Porta dos Fundos e Ghiraldelli versus Sheherazade).

Aos gostosões intelectuais, aos aprendizes de fariseus, aos santarrões, aos caçadores de falhas alheias, aos próceres da prudência, enfim, a todos que resmungam entre os dentes que quaisquer formas de ativismo e militância são contra os preceitos conservadores. Peço permissão a toda essa gente para imbuir-me de uma autoridade tirada não sei de onde para dizer-lhes:




Concordo com vocês: são hangouts, palestras e entrevistas demais. Contudo (eis uma obviedade), há esquerdistas demais falando e escrevendo por aí; é preciso equilibrar essa conta. Seria maravilhoso se todos fossem capazes de dar contribuições como as do professor Olavo de Carvalho, do Padre Paulo Ricardo, do Mário Ferreira dos Santos, mas não é assim. Evidentemente, como estes, há apenas estes e mais alguns que ainda estão preparando-se, creio. A propósito, o conselho do professor Olavo, de que devemos estudar muito antes de sairmos por aí falando o que pensamos, é muito prudente e deve ser seguido por todos; mas a admoestação se refere à publicação de idéias próprias, inéditas, não para a reprodução do que aprendemos nem para a denúncia do que é errado.

Não precisamos sentirmo-nos prontos, maduros, tinindo, capazes de ensinar ao mundo o muito que aprendemos e que dominamos como poucos para que comecemos a falar de nossas próprias experiências, fartas de erros e percalços. Por isso mesmo, boa parte dos hangouts não são especificamente para vocês, superiores, que já têm muito mais a dar do que a receber. Por suas próprias características de tempo e abordagem, os hangouts, são para neófitos, servem para atrair e acolher aqueles que (como nós fizemos em algum momento) estão querendo ir além do que aprenderam nas escolas e do que lêem nos jornais. Esseshangouts têm algo de grupo de reabilitação, como alcoólicos anônimos. Ou, ainda, os hangouteiros talvez sejam como os moleques que vão para a rua entregar panfletos de restaurantes, de assistência técnica de ar-condicionado, de escolas de informática; o transeunte lê o panfleto, interessa-se e, depois, vai atrás do que é propagandeado. Não devem – nem têm como – concorrer com o Curso Online de Filosofia, por exemplo; devem, sim, introduzir os temas, acolher os recém-chegados e atrair os que olham com desconfiança. Também, servem os hangouts para quem os faz acontecer, no sentido de organizar o pessoal, de mobilizar e aglutinar forças.

Parafraseando o que diz C. S. Lewis no prefácio de “Cristianismo puro e simples”, quando propõe que é necessário defender primeiro uma causa comum para, só depois, aprofundar conhecimentos e expor e debater desavenças, eu diria que os hangouts, as palestras, as entrevistas e as reações aos ataques esquerdistas conformam uma grande sala-de-estar, pela qual se entra na residência e se passa; depois, os convidados e os anfitriões se recolhem aos seus aposentos e fazem o que deve ser feito. Vocês, superiores, já estão em seus aposentos, recostados em seus recamiers, trajando roupões de seda roxos, charutando e "eruditizando-se" deliciosamente, enquanto a esquerdalha prepara-se para invadir suas residências e estourar-lhes os miolos (na verdade, não será necessário "invadir”; a esquerda entrará tranqüilamente nas casas dos gostosões da prudência). Enquanto limitam-se a estudar (o que em si não é ruim, obviamente) e resmungar em seus confortáveis aposentos, há hordas do lado de fora, querendo tomar a propriedade. Definitivamente, não há prudência [palavra adorada por vocês] em desprezar os poucos aliados que estão na sala-de-estar.

Além disso tudo, há a necessidade de equilibrar a balança da opinião pública, que há muito está capenga para a esquerda. Esses hangouts, essas entrevistas, a que vocês se recusam a participar (lamentavelmente, pois, não tenho dúvidas de que seus relatos de vida, de formação, serviriam a muitas pessoas) e que insistem em menosprezar, ajudarão a levar pessoas do “nosso lado” (seja lá o que isso for) para a mídia (o que já está ocorrendo, aliás; vide Felipe Moura Brasil na Veja); ajudarão a respaldar os “dos nossos” que estiverem por aí, escrevendo em blogs, jornais e revistas, falando na televisão e no rádio e ensinando em escolas e universidades.

Todos nós devemos, sim, fazer o que vocês fazem e nos admoestam que façamos: estudar a sério, reservadamente. Todavia, se fizermos “só” isso (entre aspas, porque, reconheço, já é muito), as esquerdas crescerão mais do que já cresceram e nos sufocarão mais do que já nos sufocam, ao ponto de que nem isso (estudar reservadamente) nos será permitido fazer. Esses muitos hangouts podem ser um meio de reconquistarmos o direito de dizer que um mais um é dois.

Como católico (dos piores), evito emitir opiniões contra o protestantismo; como um pretenso conservador, evito emitir opiniões contra os liberais (embora não consiga, muitas vezes; o que é um erro). Temos inimigos demais querendo nossas cabeças, de modo que não creio que devamos atacar aqueles que, em determinada especificidade, agem em desacordo com aquilo que julgamos correto. Precisamos de companhias para a viagem, pois a estrada é cheia de perigos. Por exemplo: há algum tempo, a cada quatro anos, vemo-nos obrigados a votar em gente que jamais votaríamos se vivêssemos em um cenário político minimamente decente. Se chegamos ao ponto de votar em sociais[socialistas]-democratas por pura necessidade de sobrevivência, por que, por outro lado, atacamo-nos mutuamente?

Espero, honestamente, poder viver o dia em que teremos tempo e tranqüilidade para discutir, entre nós, os erros e acertos dos mais variados pormenores, sobre os meios com que nos comunicamos, as maneiras como falamos etc. Contudo, por ora, estamos recém tentando falar.

Hoje, não posso dar-me ao luxo de chamar a atenção do soldado ao lado porque suas botas não estão bem lustradas. Depois que conseguirmos ao menos sair do buraco em que estamos escondidos, enquanto somos bombardeados por todos os lados, talvez eu pense nisso. Não é hora de ficar no buraco, admirando o brilho de minhas botas; a não ser que eu não me importe em ser soterrado pelo inimigo.



Fonte: Midia Sem Máscara, http://colombomendes.blogspot.com.br