sexta-feira, fevereiro 27, 2015

A Petrobras e a intelectualidade corrupta.









por José Carlos Sepúlveda da Fonseca




Um manifesto assinado por expoentes da assim chamada ”intelectualidade brasileira”, como Fábio Konder Comparato, Marilena Chauí, Cândido Mendes, Celso Amorim, João Pedro Stédile, Leonardo Boff e Maria da Conceição Tavares (e haja fôlego!), denuncia a Operação Lava Jato como tentativa de destruição da Petrobras, de seus fornecedores e de mudança do modelo que rege a exploração de petróleo no Brasil.

Vejam bem, segundo estes senhores, a destruição da Petrobras vem da apuração dos crimes feitos pela Justiça e pela Polícia Federal; não provém dos próprios crimes praticados pela máfia petista encastelada na máquina pública.
Conspiração

O texto do dito manifesto aponta ainda uma “conspiração” para desestabilizar o governo; as investigações, segundo esses “expoentes intelectuais”, atropelam o Estado de Direito.

Chamo de novo a atenção: não são os crimes cometidos pela máquina corrupta do Partido dos Trabalhadores para consumar seu projeto de poder anti-democrático – e reduzidos por estes luminares a simples “malfeitos” – os que abalam o Estado de Direito; o que abala o Estado de Direito é a ação da Polícia e da Justiça, transformada numa “conspiração para desestabilizar o governo”.

Para finalizar e acentuar a má-fé que perpassa o texto, o manifesto conclui por afirmar que “o Brasil viveu, em 1964, uma experiência da mesma natureza”, a qual nos custou “um longo período de trevas e de arbítrio”. Qual o fundamento para esta aproximação arbitrária e gratuita?
Subversão das ideias, distorção dos fatos

Consolida-se hoje, de Norte a Sul do Brasil, um sentimento de aversão e repulsa em face da imensa máquina de corrupção instalada pelo PT (e associados) na Petrobras, em diversas outras instâncias dos negócios do Estado e nas instituições, com a finalidade de consumar um projeto de poder totalitário. É bom e louvável que assim seja.

Mas é preciso atentar para um aspecto talvez mais perigoso do que a corrupção material! Uma corrupção intelectual na tentativa de inverter a realidade dos fatos, de destruir a objetividade das análises e de subverter a reta razão dos indivíduos. Não se esqueçam, é este tipo de “intelectualidade” e de “lógica” perversa que constitui o esteio de regimes tirânicos e genocidas, como o da Alemanha de Hitler, o da União Soviética de Lênin e Stalin, o da China de Mao, o do Camboja de Pol-Pot, entre tantos outros.
Manifesto que exala agonia

Convido os leitores a lerem trechos do artigo “Que agonia”, que Vinícius Mota publica na Folha de S. Paulo (23.fev.2015):

“Ao final da longa purgação que apenas se inicia, a Petrobras e todo o complexo político-empresarial ao seu redor terão sido desidratados. Do devaneio fáustico vivido nos últimos dez anos restará um vulto apequenado, para o bem da democracia brasileira.

“As viúvas do sonho grande estão por toda parte. Um punhado de militantes e intelectuais fanáticos por estatais monopolistas acaba de publicar um manifesto que exala agonia.

“O léxico já denota a filiação dos autores. A roubalheira na Petrobras são apenas “malfeitos”. O texto nem bem começa e alerta para a “soberania” ameaçada, mais à frente sabe-se que por “interesses geopolíticos dominantes”, mancomunados, claro, com “certa mídia”, em busca de seus objetivos “antinacionais”.

“Que agenda depuradora essa turma teria condição de implantar se controlasse a máquina repressiva do Estado. Conspiradores antipatrióticos poderiam ser encarcerados, seus veículos de comunicação, asfixiados, e suas empresas, estatizadas para abrigar a companheirada. (…)

“Quanto maior é o peso de empresas estatais na economia, mais amplos são os meios para o autoritarismo. Imagine se o governo ainda tivesse em mãos a Vale, a Embraer e as telefônicas para fazer política. Quais seriam os valores da corrupção, se é que sobrariam instituições independentes o bastante para apurá-los?”

Fonte: IPCO

quinta-feira, fevereiro 26, 2015

A presidenta e a estudanta.











Da mentira ao desastre

por Gilberto Barbosa de Figueiredo(*)





Anteriormente, demonstrei a incompetência de Dilma Rousseff, no exercício de seu cargo de governante, em artigo que denominei “A Presidenta Incompetenta”. Agora, pretendo comentar sua total falta de méritos e ética, seu apego à mentira, sua ação deletéria como primeira mandatária do país, produzindo uma marcha acelerada rumo ao caos. Um caso que guarda semelhança aos episódios narrados por Barbara Tuchman em “A Marcha da Insensatez”.

Muito se tem escrito, ultimamente, sobre as mentiras impostas à população brasileira por Dilma Rousseff – e seu antecessor, Lula da Silva. Da mesma forma, não têm sido poucos os comentários estampados nos mais diversos órgãos de comunicação sobre a herança perversa deixada por ela mesma, após quatro anos de desmandos no governo. Convém, no entanto, relembrar alguns aspectos relacionados a esses dois fatos.

Que a presidente tem usado a mentira para enganar seus eleitores é assunto presente na convicção da imensa maioria dos brasileiros. Haja vista a vergonhosa campanha para sua reeleição, quando a falsidade foi arma fartamente utilizada. Ocorre que o escasso apreço à verdade esteve sempre presente na vida de Dilma Rousseff. Pelo menos, desde que começou sua vida pública, que é quando se torna possível a avaliação de seus atos.

Relembremos alguns embustes por ela patrocinados, em diversas fases de sua existência. Dilma mentiu, como candidata, e de forma indigna, como já foi lembrado, em toda sua última campanha eleitoral Dilma mentiu, como presidente, durante seu primeiro mandato, ao afirmar que a situação econômica do Brasil estava sob controle Dilma mentiu, como presidente do Conselho de Administração da Petrobras, ao dizer que nada sabia sobre as falcatruas perpetradas na empresa Dilma mentiu, como estudante, ao inventar títulos acadêmicos que não conquistara Dilma mentiu, como cidadã, ao asseverar que a luta armada em que se engajou era em defesa da democracia, fato negado por diversos companheiros seus de terrorismo, mais francos e mais amantes da verdade Dilma mentiu, como terrorista, ao afiançar que desconhece o destino dado ao dinheiro furtado do cofre do Adhemar de Barros.

Tanto desamor à verdade abriu o caminho para o desastre. Caminho que foi pavimentado pela incompetência, pela corrupção e pela incoerência nas ações de governo.

A incompetência ficou clara através das denúncias dos principais cronistas do país, mostrando o caos que se instalou no Brasil, após doze anos de governo petista. A incompetência também é visível na estudante. O valor de um aluno não pode ser medido apenas pelo histórico escolar. É necessária a comprovação nos atos práticos tomados pelo profissional, apoiados no que aprendeu na escola e na experiência que adquiriu na vida. Também na flexibilidade de raciocínio, na capacidade de reconhecer os erros e buscar solucioná-los. Desconheço os resultados da vida acadêmica de Dilma, mas, quanto aos resultados práticos, sabe-se de um tremendo fracasso. Ainda mais que, segundo a maioria dos comentaristas políticos, era ela quem, pessoalmente, conduzia a economia em seu primeiro mandato. Deu no que deu. Como economista, não parece nada convincente.

A corrupção, negada pela presidente, sempre afirmando que não aceita “malfeitos”, foi desnudada pela operação “lava jato”. O interessante é que Dilma, mesmo afirmando que é a primeira presidente a determinar investigações independentes, tudo faz para, através de sua base de apoio no parlamento, bombardear as CPIs instaladas no Congresso, com o intuito de investigar a Petrobras. 

Quanto à incoerência, os exemplos são abundantes. Para não alongar o texto, ater-me-ei a alguns poucos. Na política externa é visível o tratamento diferenciado entre companheiros e aqueles que professam ideologia distinta da sua. Quando o Paraguai, dentro da lei, usando um instrumento previsto em sua constituição, defenestrou o companheiro Lugo, não teve pejo em condenar a ação e liderar uma suspensão do Mercosul. Aí, não foi intromissão em assuntos internos dos outros. Agora, o presidente da Venezuela prende ilegalmente um adversário político, em flagrante desrespeito à cláusula democrática do bloco, e nossa presidente se recusa a comentar o fato, alegando tratar-se de assunto interno de outro país. Outra contradição: embora o Brasil esteja necessitando, desesperadamente, de melhorias em sua infraestrutura, inclusive em relação a suas precárias instalações portuárias, preferiu financiar um moderno porto em Cuba. Há ainda sua peculiar e incompreensível forma de se expressar. Em Porto Alegre, não faz muito tempo, saiu-se com essa pérola, referindo-se ao dia da criança: “Principalmente porque, se hoje é o Dia das Crianças, ontem eu disse que criança... o dia da criança é dia da mãe, do pai e das professoras, mas também é o dia dos animais. Sempre que você olha uma criança, há sempre uma figura oculta, que é um cachorro atrás, o que é algo muito importante". 

Chegamos a 2015 em situação calamitosa. Não vejo perspectivas de uma saída da crise com essa quadrilha instalada no poder. A equipe econômica escolhida pela presidente, muito a contragosto, por certo, merece confiança. Resta saber até quando continuará recebendo liberdade de manobra. Até quando estará livre do espírito mesquinho e retrógrado de sua chefe.



(*) Gilberto Barbosa de Figueiredo é General, antigo membro do Alto Comando do Exército e ex-presidente do Clube Militar

Fonte: Heitor de Paola




quarta-feira, fevereiro 25, 2015

FHC e a síndrome do petismo delirante.


FHC e a síndrome do petismo delirante.por Percival Puggina






Fernando Henrique, me desculpe, mas você pediu por isso. Você pediu que Dilma olhe para si mesma, para a decepção e o descrédito a que levou o país, e afirme que a culpa é sua. Que é lá de 1996. Você criou facilidades para que uma pessoa incompetente, incongruente e estabanada como ela o escolha para bode expiatório de seu encalacrado governo. Você, por infinita omissão, permitiu que a imprensa nacional trate algo tão sem cabimento com chamada para o noticiário da noite e foto de capa nos jornais.

Há muitos anos o PT o designou para a função de renegado. Você, Fernando Henrique, atravessou muita avenida de braços dados com Lula. Você era ponta esquerda do "campo democrático e popular". Você integrava a ala do PMDB que desembarcou do governo Sarney porque este estaria muito à direita, para fundar o PSDB como partido de esquerda. Você, Fernando Henrique, nunca se afastou da esquerda como deveria. Ela é que o renegou. E você continuou sorrindo para Lula.



Durante os oito anos em que você governou o Brasil, o PT assassinou sua reputação e você a deixou ficar ali, gelada, numa gaveta de necrotério. Durante oito anos você levou cuidadosamente para casa ofensas que em Santana do Livramento se resolvem com um soco no nariz. Você, Fernando Henrique, se deixou desrespeitar. Você não mexeu um dedo para processar Lula e seus sequazes por injúria, calúnia e difamação nem mesmo quando chegaram ao poder e de nada o acusaram, apesar de terem assumido o comando de todos os órgãos governamentais de investigação, recebido as chaves de todas as gavetas, as senhas de todos os arquivos e tido livre acesso a todos os contratos.

Como resultado, a mídia petralha continuou a fustigá-lo. Você virou uma síndrome do petismo. Ele julga redimir-se de todos os pecados apenas com se afirmar, à exaustão, melhor do que FHC e PSDB. Sou testemunha ocular desse delírio. Em muito microfone já denunciei tal prática como vigarice intelectual. Há mais de uma década, boa parte dos âncoras e entrevistadores da imprensa brasileira cobra pedágio de quem risca o chão demarcando o atoleiro petista. Eu não pago! Mas qualquer um que critique os governos do PT é incitado a fazer o mesmo com os governos tucanos. E se o entrevistado não o faz, o entrevistador assume a tarefa por conta própria. Compromisso com a justiça? Não! Orientação partidária, da empresa de comunicação, ou intimidação causada pelo cotidiano patrulhamento petista em síndrome de triunfalismo, mesmo quando afundado na própria infâmia.

Portanto, Fernando Henrique, quando Dilma destravou a língua para culpá-lo pela sinecura organizada pelo PT e quadrilheiros da base, ela reproduziu o que os estrelados de seu partido se acostumaram a fazer por falta de quem desse um murro na mesa e um basta a esse desrespeito.



sexta-feira, fevereiro 20, 2015

Campanha da Fraternidade 2015 e reforma política.






Campanha da Fraternidade 2015 e reforma política.

por Hermes Rodrigues Nery




A CNBB, com o texto-base da Campanha da Fraternidade de 2015, confirma que é hoje extensão do Foro de São Paulo e, de modo especial, do PT, ao explicitar sua adesão e comprometimento com a revolução bolivariana em curso na América Latina, com uma reforma política plebiscitária, que se volta contra a democracia representativa, propondo a sovietização no Brasil. A CF-2015 propõe a "radicalização da democracia", corroendo-a em demagogia, pois a chamada "democracia direta" como defende, é o instrumento anárquico para subverter a ordem jurídica e propiciar a implantação do socialismo em nosso País

O alinhamento ideológico da CNBB, à esquerda e ao socialismo, como quer o Foro de São Paulo e o PT, é evidentíssimo e cada vez mais escancarado. O que antes se suspeitava, agora está mais do que comprovado. Os assessores da CNBB [intelectuais orgânicos, gramscianos], que tanto influem os bispos , sabem que paróquias e dioceses estão reféns desse "alinhamento" e de tais forças, e funcionam como tentáculos do grande polvo que se tornou a CNBB, a serviço dos interesses políticos do Foro de São Paulo e do PT. 

Aos poucos, a sã doutrina moral e social da Igreja é esvaziada de seus conteúdos e substituída pela ideologia bolivariana, que quer implantar a "Pátria Grande" socialista, projeto este que vem sendo trabalhado há décadas, e agora parece ter encontrado a conjuntura política favorável para isso, tendo em vista que bolivarianos transitam e dão as cartas com desenvoltura até mesmo no Vaticano. Aliás, o projeto da "Pátria Grande" já é mencionado no próprio Documento de Aparecida (2007), e com a reforma política bolivariana em curso hoje no Brasil (com a conivência, cumplicidade e apoio ostensivo da CNBB), prepara o País [na tática da rã cozida lentamente] a aceitar a revolução comunista travestida de democracia, com a retórica do apelo à "democracia direta", para a subversão total da ordem jurídica e política, com a ideologização da fé em detrimento da doutrina religiosa. Com isso, os setores católicos à esquerda e muitos que desconhecem o que está acontecendo, manipulados pela CNBB, deixam-se usar para tais fins perversos, pois os assessores da conferência episcopal brasileira sabem da capilaridade da Igreja, e pouco se importam com os efeitos dessa reengenharia social que ajudam a promover. São padres e bispos que querem o paraíso terrestre, aqui e agora, aceitam o populismo, o imanentismo e até o panteísmo, em se tratando de buscarem manter seus confortos, nos postos em que estão, e, no campo das ideias, convergir cristianismo e comunismo, mesmo sabendo que o Magistério da Igreja é categórico em condenar o socialismo e o comunismo. Mas, para Frei Betto, por exemplo,"o cristianismo é essencialmente comunista". E então, a teologia da libertação (mais viva hoje e com mais poder) chegou aonde não devia estar, e, no Vaticano, bispos e cardeais estão encantados com a nova utopia da "Pátria Grande" latino-americana. Tais prelados dão todo respaldo para reabilitar os "teólogos da libertação", para conseguirem a revolução tão desejada por muitos, desde os anos do Vaticano II. Não é só a reforma política sovietizada que querem no Brasil, mas em toda a Igreja. E a revolução no continente latino-americano é hoje expressão da obsessão bolivariana, insuflada pela teologia da libertação, para alcançarem os propósitos de poder acalentados a tanto tempo. 

Afinal, desde 1985, com o primeiro encontro de Fidel Castro com os bispos cubanos (depois da revolução de 1959), que o projeto bolivariano começou a ser gestado concretamente para fazer da integração da América Latina o novo bloco regional socialista, sonhado tanto por Fidel Castro. Mas o próprio Fidel sabia que isso só seria possível instrumentalizando a Igreja, inoculando em seu seio, de modo sutil e sofisticado, a subversão da doutrina, com a ideologização da fé. Feito isso, usaria a estrutura física da instituição para dar suporte à nova utopia do bolivarianismo, sem que os católicos se dessem conta do processo, lento e gradual, de corrosão da sã doutrina, pelos agentes da revolução, que conseguiram alcançar, com astúcia, os altos escalões eclesiásticos. Desde o início, o Brasil foi visto como a galinha dos ovos de ouro, pois é um país continental, cujos recursos em muito ajudariam não só Cuba, mas toda a "Pátria Grande" socialista. Mas para fazer a revolução, por dentro, seria preciso contar com a "teologia da libertação".Mesmo barrada por Ratzinger [especialmente Boff, em 1984], Fidel não desistiu. Ele sabia que ela seria o "fermento na massa" da revolução dentro da Igreja. Já em 2005, tentaram um "plano ousado" de cardeais progressistas elegerem um papa latino-americano comprometido com o projeto da "Pátria Grande", mas foi o próprio Ratzinger quem ganhou, ao menos naquele momento, e tentou por um dique à convulsão revolucionária. Mas o próprio Andreas Englisch conta em seu livro sobre Bento XVI, de que não havia chegado a hora da "grande revolução". E o mesmo Englisch narra o quanto Ratzinger foi boicotado, desde o início. Ele próprio reconheceu em seu livro: "Existe, definitivamente, um grupo anti-Ratzinger dentro do Vaticano". O fato é que Ratzinger havia condenado a teologia da libertação, mas Fidel Castro, no ano seguinte à condenação de Boff, explicou pessoalmente a Pedro Casaldáliga:"A teologia da libertação é mais importante que o marxismo para a revolução latino-americana".


"A democracia como método revolucionário"
Ao apoiar explicitamente a reforma política que favorerece o projeto totalitário do PT no Brasil, com a constituinte exclusiva, a CNBB endossa assim o afã da esquerda política pela "radicalização da democracia", que Dilma Roussef inclusive já quis impor com o Decreto 8243, rechaçado pela Câmara dos Deputados. Bolivarianismo este, que significa a implantação do socialismo, a exemplo do que já aconteceu na Venezuela e na Bolívia, etc. No Brasil, as Campanhas da Fraternidade são parte desta estratégia de doutrinação ideológica marxista e revolucionária, que há anos vem instrumentalizando setores da Igreja (via CNBB, Pastoral da Juventude, e outras pastorais e movimentos), ampliando assim a infiltração esquerdista no seio da Igreja, cujas bandeiras ideológicas e políticas de premissas socialistas contradizem com a sã doutrina moral e social da Igreja. O caso da Venezuela foi bem explicado no programa Força, Foco e Fé [https://soundcloud.com/rvox_org/forca-foco-fe-afinal-o-que-e-o-plebiscito-constituinte-04122014?in=rvox_org/sets/for-a-foco-f], em que Carla Andrade explicou que Hugo Chavez, utilizou-se dos mesmos argumentos que a CNBB defende na CF-2015, para "sequestrar os direitos civis e políticos dos venezuelanos, passando de uma democracia representativa para passar a um estado totalitário, com a retórica da democracia participativa. Um golpe de estado sui generis, instalado com aparência jurídica". 

A democracia, corrompida em demagogia, é utilizada como "método revolucionário", como afirmou Álvaro Garcia Linera, vice-presidente da Bolívia e intelectual marxista, na inauguração do XX encontro do Foro de São Paulo, realizado em La Paz, entre 25 a 27 de agosto de 2014 [http://forodesaopaulo.org/discurso-do-vice-presidente-da-bolivia-alvaro-garcia-linera-na-inauguracao-do-xx-encontro-do-foro-de-sao-paulo/]. Nos 24 anos de existência do Foro de São Paulo, Linera conta que o sucesso para instalar governos progressistas e revolucionários na América Latina foi justamente aceitar a democracia como etapa prévia para um processo que deságüe na acalentada revolução socialista, cujos insurgentes latino-americanos, há décadas vem atuando de modo organizado, e sistematicamente nesse sentido. Linera ressalta aos participantes do XX encontro do Foro de São Paulo, que é preciso entender "a democracia como método revolucionário", e para isso, é preciso "radicalizar a democracia" [é o que propõe a CNBB no documento 91, de 2010, "Por uma Reforma do Estado com Participação Democrática", chegando à chamada "democracia direta e participativa", pois só assim será possível o contexto anárquico favorável à revolução socialista, com o método indicado por Linera. Por isso, a reforma política que querem tais grupos (principalmente o PT), no Brasil (apoiada na CF-2015), é a que Dilma Roussef acenou com o Decreto 8243/2014 [https://www.youtube.com/watch?v=LDspWPatQSs], com a chamada Política Nacional de Participação Social. Mas não foi possível viabilizar tal iniciativa nas instâncias decisórias do Legislativo brasileiro, daí que as ONGs, as entidades, os movimentos, as redes e os coletivos, junto com a CNBB, OAB e outros, defendem a reforma política bolivariana, de modo plebiscitário, com constituinte exclusiva, para efetivar assim as condições políticas para a concretização da integração latino-americana, com Cuba comunista no comando, da "Pátria Grande" socialista. E tudo isso com as bênçãos da CNBB, do CELAM e até do Vaticano. 

O fato é que a Igreja Católica está em perigo, e perigo muito grande, com inimigos tão ardilosos, agindo por dentro, e com tão grande poder. Urge que os católicos entendam essa situação e se mobilizem em defesa da sã doutrina moral e social da Igreja, não aceitando que a Esposa de Cristo seja refém de tais forças. No Brasil, o primeiro passo é exigir que a CNBB retire o apoio a esta equivocada reforma política bolivariana, como apresenta no texto-base da Campanha da Fraternidade de 2015.



Hermes Rodrigues Nery é coordenador do Movimento Legislação e Vida. 

quinta-feira, fevereiro 19, 2015

Escolas de samba: a inegável simbiose com a criminalidade e a imoralidade.








Escolas de samba: a inegável simbiose com a criminalidade e a imoralidade.

por Paulo Henrique Cremoneze (*)





Peço desculpas pelo texto longo (para os padrões de uma rede social e escrevo pautado em fatos, não no gosto pessoal, refratário ao carnaval, ao samba e as escolas de samba).

Pois bem:

Eu nunca comento nada sobre carnaval e desfiles de escolas de samba porque não curto um e acho muito chato e sem graça os outros.

Destaques da Mocidade Independente de - pasmem - Padre Miguel


Limito-me a respeitar o gosto alheio, por mais que não comungue dele, afinal não tenho a primazia do bom gosto e a acidez nesse quesito nada mais seria do que um esnobismo arrogante eivado de tosco sentimento de pseudo superioridade cultural.

Mas, abro exceção.

Isso porque muita gente demonstra indignação pelo fato de a escola vencedora deste ano ter sido patrocinado por um ditador africano.




Lembro que, anos antes, salvo engano, Chavez também patrocinou uma escola de samba.

Hugo Chavez na Unidos de Vila Izabel


Lembro que TODAS as escolas têm em seus quadros, oficial ou oficiosamente, benfeitores vinculados ao narcotráfico, ao contrabando de armas de fogo e ao jogo do bicho.

Lembro que muitos dos seus membros são membros de organizações criminosas.

Lembro que as "comunidades" que as compõem não se pautam exatamente pelos valores morais fundamentais e não são exemplares e retas suas condutas cotidianas.

Lembro que todas recebem subsídios dos Poderes federal, estadual e municipal (os dois últimos do Rio de Janeiro), supostamente por atraírem recursos turísticos, sendo que as contas precisas do suposto retorno nunca foi exibida ao público em geral.

Lembro que alguns comportamentos imorais reverberados na sociedade em geral nasceram nos desfiles de escolas de samba, fomentadoras que são da vulgaridade populista, tão sequiosamente desejada pelos políticos venais.

Lembro que quase todos seus membros são favelados e parecem não se incomodar com isso. Se os recursos e os esforços despendidos ao longo do ano para um mero desfile de samba (sempre de gosto duvidoso e nenhum retorno cultural, salvo a "glória do efêmero") fossem empregados nos redesenhos das favelas, essas chagas expostas do caldeirão urbano carioca seriam cicatrizadas e o conceito de "comunidade" deixaria de ser mero eufemismo para ser algo concreto, aí sim alçando o Rio de Janeiro à condição (por enquanto um "ufanismo de oportunidade") de uma das vinte cidades grandes mais bonitas do mundo. Nenhuma cidade com tantas favelas pode ser realmente bela, seja aos olhos, seja ao plano moral.

Enfim, com tantas lembranças, há o que se espantar no patrocínio de um ditador sangrento e de viés socialista?

Imoralidade atrai imoralidade, simples assim!

(*) Paulo Henrique Cremoneze é advogado

Amenizando as perversidades por meio de figuras de linguagem.





Amenizando as perversidades por meio de figuras de linguagem.

por Walter Willians (*)




Um dos mais ardilosos truques criados pelos defensores de políticas socialistas foi o de recorrer a expressões aparentemente nobres utilizadas para conferir uma aura de legitimidade moral a atos essencialmente maléficos. Assim, confiscar a propriedade alheia e espoliar o dinheiro de terceiros passou a ser chamado de "espalhar a riqueza", "redistribuir a renda", "cuidar dos menos afortunados", e "atender aos desejos da maioria".


Façamos um experimento mental para ver se você aprova um ato essencialmente criminoso.


Imagine que haja várias viúvas já idosas em sua vizinhança. Elas não têm a aptidão física para fazer faxina em suas casas, limpar suas janelas, cozinhar e efetuar outras tarefas domésticas. Tampouco têm elas meios financeiros para contratar alguém para ajudá-las. 


Eis uma pergunta que tenho até receio de fazer: você defenderia um decreto governamental que obrigasse algum dos seus vizinhos a efetuar essas tarefas para as viúvas?


Vou ainda mais adiante: se a pessoa escolhida para obedecer a esse decreto governamental se recusasse a fazê-lo, você apoiaria algum tipo de sanção a ela, como multa, confisco de propriedade ou até mesmo encarceramento?


Tenho a esperança de que a maioria das pessoas iria condenar este decreto estatal. Elas concordariam que se trata de uma espécie de escravidão — mais especificamente, do uso forçoso de uma pessoa para servir aos propósitos de outra.


Agora, será que haveria essa mesma condenação se, em vez de forçar seu vizinho a realmente efetuar as tarefas domésticas para as viúvas, o governo apenas o obrigasse a dar a elas uma determinada quantia monetária mensal? Desta maneira, as viúvas poderiam utilizar esse dinheiro para contratar alguém para efetuar as tarefas domésticas. Por acaso este decreto governamental se difere daquele que obriga alguém a realmente efetuar as tarefas domésticas?


Eu diria que há muito pouca diferença entre os dois decretos. Mudou apenas o mecanismo da servidão. Em ambos os casos, uma pessoa está sendo coercivamente usada para servir aos propósitos de outra pessoa.


Tenho quase certeza de que a maioria dos vizinhos iria querer ajudar essas necessitadas viúvas. Mas também desconfio fortemente que eles considerariam qualquer arranjo que colocasse uma pessoa em uma posição semelhante à servidão algo profundamente ofensivo. 


Por outro lado, caso todos os moradores dessa vizinhança fossem igualmente obrigados a dar esse dinheiro para o governo, que então o repassaria às viúvas, a consciência deles poderia ficar mais amenizada. Este mecanismo coletivo faz com que aquela vítima de escravidão se torne agora invisível, mas não altera o fato de que há uma pessoa sendo forçosamente usada para servir aos propósitos de outra. Ser obrigado a dar dinheiro para o governo simplesmente oculta um ato que, caso fosse praticado de maneira mais explícita, seria considerado profundamente imoral e depravado.


É por isso que o socialismo é maléfico. Ele recorre a meios perversos — confisco e intimidação — para alcançar objetivos que frequentemente são vistos como nobres. Você ajudar uma pessoa necessitada utilizando o seu próprio dinheiro e os seus próprios bens é uma atitude extremamente admirável e digna de louvor. Ajudar uma pessoa necessitada utilizando coerção e espoliando a propriedade alheia é algo perverso, imoral e digno de condenação. 


Tragicamente, grande parte dos ensinamentos em voga, propugnados desde as igrejas até as salas de aula, defendem que o governo use uma pessoa para servir aos propósitos de outra. Os defensores deste arranjo não têm a honra e a coragem de chamá-lo pelo nome correto, e preferem apenas dizer que ser trata de 'caridade' ou de uma 'função social'.


Alguns argumentam que vivemos em uma democracia, e que, na democracia, a maioria decide. Mas será que o mero consenso da maioria faz com que atos que em outras circunstâncias seriam considerados imorais passem a ser morais e perfeitamente aceitáveis? Em outras palavras, se os membros de uma vizinhança fizessem uma votação e a maioria decidisse que um determinado membro desta vizinhança — sob ameaça de punição — deveria efetuar as tarefas domésticas das viúvas, tal votação tornaria todo este arranjo moral?


Chega a ser inacreditável a quantidade de pessoas que ainda aceita o argumento de que, se a vida é injusta, a solução é confiscar a propriedade das pessoas e dar mais dinheiro e mais poder a políticos. É muita sensatez!





(*)Walter Williams é professor honorário de economia da George Mason University e autor de sete livros. Suas colunas semanais são publicadas em mais de 140 jornais americanos.


Tradução de Leandro Roque

terça-feira, fevereiro 17, 2015

Não é piada: Brasil terá mais seis partidos políticos



por Gabriel Castro






Uma Câmara dos Deputados com 28 partidos representados, como ocorre neste ano no Brasil, é algo praticamente inexistente em outros países democráticos. Só a Índia possui um Parlamento com mais siglas – em contrapartida, a fragmentação aqui é maior do que lá. Apesar do excesso evidente, ainda há quem ache pouco. Nas eleições do ano que vem, seis partidos devem estrear nas urnas. São legendas que estão na fase final das etapas necessárias para obter o registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A lista é representativa dos múltiplos interesses que movem os criadores de partidos. Há duas siglas ideológicas, a Rede Sustentabilidade e o Novo. Há dois que podem se encaixar na categoria dos folclóricos: o Partido Militar e o Partido da Mulher. E há aqueles criados para reforçar o poder de legendas já existentes. Nesta categoria estão o Partido Liberal – o PL do ministro Gilberto Kassab – e o Muda Brasil.

Nota Importante: Kassab tem um sonho grandioso, o de ser o fundador do grande partido e, claro proprietário da sigla, (como ocorre com boa parcela dos partidos existentes. Na verdade os partidos políticos deveriam ser registrados na Junta Comercial, como acontece com todo negócio) o PL para que esse possa ser o PMDB da Dilma; já que boa parte do PMDB morre de saudades do Lula.

De longe, a Rede é o mais estruturado. Sob a liderança da ex-presidenciável Marina Silva e com o apoio de parlamentares, a sigla reuniu cerca de 800.000 assinaturas para pedir o registro em 2013, a tempo de disputar as eleições do ano seguinte. Mas uma grande parte das firmas acabou invalidada pelos cartórios eleitorais, o que é comum nesses casos. Os militantes da Rede ficaram sem seu partido e Marina Silva filiou-se ao PSB temporariamente.

O Novo também já solicitou o registro ao TSE e aguarda o julgamento do pedido. Os cartórios reconheceram mais de 500 mil assinaturas pela criação da sigla, o que é suficiente para a formalização.

PARTIDO MILITAR

Enquanto isso, o Partido Militar Brasileiro já tem seu representante no Congresso. O presidente da futura sigla, deputado Capitão Augusto (SP), acaba de assumir um mandato de deputado federal pelo PR. Ele chama a atenção em plenário por usar uma farda da Polícia Militar. A legenda quer a redução da maioridade penal, a instituição da prisão perpétua e a privatização dos presídios. São bandeiras legítimas. 

O deputado-capitão elogia o golpe militar: “A intervenção de 1964 garantiu a democracia no Brasil. Mas acreditamos que não há espaço para algo do tipo hoje em dia”. A maior parte dos filiados à sigla é de civis. Os policiais militares constituem quase 40% dos integrantes.

PARTIDO FEMININO

No Partido da Mulher Brasileira, o diferencial é a cota máxima imposta à participação dos homens: eles não podem ser mais do que 30% dos dirigentes partidários ou dos candidatos da legenda nas eleições. Fora isso, resta muito pouco de conteúdo programático.

PARTIDOS DE ALUGUEL

A existência de partidos de aluguel não é recente no Brasil. Mas uma nova modalidade de partido surgiu recentemente: as legendas criadas com o único objetivo de apoiar outros partidos. É o caso do PL, que tem sido criado com o apoio do PSD de Gilberto Kassab.

Fórmula idêntica foi adotada pelo mensaleiro Valdemar Costa Neto e sua ala dentro do Partido da República. Eles têm apoiado a criação do Muda Brasil, um partido presidido por um ex-aliado de Valdemar.

O número de partidos em formação é muito maior do que os seis que devem ser registrados em 2015: entre as dezenas de siglas que já apresentaram o estatuto provisório no TSE, estão o Partido dos Servidores Públicos do Brasil, o Partido Pacifista Brasileiro e o Partido Ecológico. Os 32 partidos podem se transformar em 40 num futuro próximo.

SEM FUNDO PARTIDÁRIO

Os líderes das novas legendas costumam citar como exemplo os Estados Unidos, onde existem dezenas de partidos em atividade. Mas há duas diferenças essenciais na comparação com o Brasil: lá, é possível criar partidos estaduais. E as legendas não têm benefícios legais como horário gratuito da TV e os repasses do Fundo Partidário. A realidade é que apenas cinco partidos existem na maioria dos estados americanos. E só dois deles têm representantes no Congresso de lá.

Existem esforços para combater os excessos. Nos últimos anos, o Congresso endureceu as regras para a criação de partidos e restringiu os benefícios a legendas recém-criadas. Após as últimas eleições, quando o número de siglas representadas no Congresso saltou de 22 para 28, esboçaram-se movimentos no sentido contrário: o DEM abriu conversas sobre uma possível fusão com o SD e o PSC. O Pros, do ministro Cid Gomes, também defendeu a formação de uma frente de esquerda para apoiar o governo.

A Câmara dos Deputados acelerou na última semana a tramitação de uma proposta que proíbe a fusão de partidos que tenham menos de cinco anos de existência. O alvo é claro: o PL, que pode roubar parlamentares de outras siglas caso se funda ao PSD e, assim, abra uma janela de transferências. Ao que parece, entretanto, o ritmo de formação de novas siglas continuará intenso.

segunda-feira, fevereiro 16, 2015

Há muito governo na nossa gasolina.










por Daniel Marchi (para o Inst.Ludwig von Mises Brasil)




Com o preço médio da gasolina acima de R$ 3,50 na maior parte do país, e chegando a R$ 4,51 em algumas localidades (dependendo do tipo da gasolina escolhida) — e tudo isso justamente em um momento em que o preço da gasolina está em queda no resto do mundo —, a conclusão é que há muito governo em cada litro da gasolina brasileira.

No entanto, tudo isso é ainda muito pior do que parece.

Embora as principais intervenções diretas do governo sejam claras e visíveis a todos — o retorno da CIDE e a decisão da Petrobras de aumentar o preço para refazer seu caixa, esfacelado pela corrupção —, há também outras intervenções que o cidadão comum não consegue visualizar, mas que são ainda mais deletérias do que essas duas intervenções explícitas do governo.

A seguir, uma lista das 9 principais contribuições do governo brasileiro para o preço e para a qualidade da nossa gasolina:

1) O mercado de combustíveis no Brasil está longe de ser um genuíno mercado. Há uma vasta e complexa rede de subsídios, obrigações e proibições.

O setor energético é certamente um dos mais regulados da economia brasileira. Começa pelo fato de a Petrobras deter um monopólio prático da extração de petróleo. Após mais de 40 anos de monopólio jurídico (quebrado apenas em 1997), a Petrobras já se apossou das melhores jazidas do país. Nem tem como alguém concorrer. É como você chegar atrasado ao cinema: os melhores assentos já foram tomados, e você terá de se contentar com os piores. 

Depois da Petrobras, vem a ANP (Agência Nacional de Petróleo), cuja função autoproclamada é a de fiscalizar todo o setor petrolífero brasileiro, inclusive os setores de comercialização de petróleo e seus derivados, e o de abastecimento.

A ANP é uma burocracia enorme que possui, além de sua diretoria, uma secretaria executiva, 15 superintendências, 5 coordenadorias, 3 núcleos (Segurança Operacional, Fiscalização da Produção de Petróleo e Gás Natural, e Núcleo de Informática) e 3 centros (Relações com o Consumidor, Centro de Documentação e Informação, e Centro de Pesquisas e Análises Tecnológicas).

Além da Petrobras e da ANP, que regula tudo que diz respeito ao setor, há toda uma cornucópia de regulamentações ambientais, trabalhistas e de segurança que fazem com que abrir um posto de combustíveis seja uma atividade quase que restrita aos ricos — ou a pessoas que possuem contatos junto ao governo. Livre concorrência nesta área nunca existiu.

2) Há toda a carga tributária. Como anualmente demonstrado pelo IMB no Dia da Liberdade de Impostos, caso todos os impostos sobre a gasolina (PIS, Cofins, CIDE e ICMS) fossem abolidos, o preço do litro, hoje, cairia 53%, que é exatamente a carga tributária desses impostos que incidem sobre a gasolina. 

Uma carga tributária tão voraz como esta incidindo sobre os preços estimula a criação de todos os tipos de métodos burlescos que possibilitem a obtenção de um máximo de receitas através do menor volume possível de vendas do produto real — daí os recorrentes casos de gasolina batizada, por exemplo. 

3) Uma fatia do caríssimo preço da gasolina é utilizada pelo governo para subsidiar o preço do diesel. O argumento é que o diesel é um "combustível social" por ser utilizado no transporte público e no transporte de cargas.

Os empresários donos de concessões de ônibus e de transportadoras agradecem.

4) Por conta desse subsídio ao óleo diesel, é proibida a circulação de carros de passeio movidos a diesel no Brasil. Quem já foi à Europa sabe que veículos de passeio a diesel não apenas são muito comuns por lá, como já estão se tornando a maioria.

No Brasil, os únicos automóveis que podem utilizar o diesel são aqueles vistosos utilitários, de propriedade apenas dos mais ricos. Justamente por serem considerados "veículos utilitários", e não veículos de passeio, eles têm esse privilégio.

Os fazendeiros e os ricaços, que podem andar com combustível subsidiado pelo povo, agradecem o suado esforço da boiada.

5) A gasolina no Brasil vinha com 25% de álcool. Agora, por determinação do governo, esse percentual foi elevado para 27%. O que isso significa?


5.1) Em primeiro lugar, maior consumo. Quanto maior o volume de álcool na gasolina, maior é o consumo, pois o álcool possui menos poder calorífico em relação à gasolina. Isso faz com que seja necessária uma maior quantidade de combustível para que o motor realize o mesmo trabalho. Ou seja, seu carro consumirá mais e você terá de reabastecer com mais frequência. Prepare seu bolso.

5.2) O álcool é péssimo para o motor, pois é corrosivo. Isso afeta tanto a bomba de combustível do carro quanto a vida útil dos componentes do sistema de injeção. Mais álcool, mais estrago.

5.3) Os motores a gasolina não foram calibrados para tamanho teor de álcool, e nenhuma pesquisa de campo concluiu que os microprocessadores da injeção eletrônica têm a capacidade de processar uma mistura contendo mais de 25% de álcool para chegar a uma mistura ar-combustível ideal. Consequentemente, haverá a tendência de a mistura ar-combustível ficar mais pobre, gerando redução de potência e hesitações sob aceleração. Haverá mais emoção a cada ultrapassagem.

5.4) Se você quiser continuar comprando gasolina com "apenas" 25% de álcool, você terá de desembolsar mais para comprar a gasolina Premium, que não foi agraciada com essa resolução do governo. Seu litro custa bem acima de R$ 4 na maioria das cidades brasileiras.

5.5) Utilizar essa nova gasolina com 27% de álcool em motores anteriores a 2003 será um risco, pois as peças desses motores não foram fabricadas para suportar esse ataque químico. Lindamente, a ANFAVEA apenas pede que os proprietários desses carros paguem mais de R$4 pelo litro da gasolina Premium.

5.6) Moramos em um país que, se um dono de posto resolver vender gasolina pura, ele será preso por falsificação de combustíveis.

6) Como consequência disso tudo, no Brasil, todo proprietário de veículo de passeio, de um simples Corsa até o Fusion, é obrigado a colocar álcool no seu carro. Trata-se de um dos maiores mercados cativos para um produto do mundo.

Lembrem-se disso sempre que virem reportagens sobre usineiros reclamando que as coisas não vão bem e que precisam de mais dinheiro do BNDES.

7) Uma lei aprovada em janeiro do ano 2000 (Lei nº 9.956/2000) proíbe o funcionamento de bombas automáticas em postos de gasolina. Uma bela forma de iniciar o terceiro milênio, não? Tanto na Europa quanto nos EUA não existem frentistas. No Brasil, o governo tornou essa profissão obrigatória (assim como trocador de ônibus), o que só encarece os custos de se ter um posto de combustível.

Mas pensemos pelo lado positivo: ainda bem que esses gênios não legislavam nos anos 1950. Eles teriam proibido as colheitadeiras em nome da preservação do emprego.

8) A tudo isso acrescente toda a legislação trabalhista, urbanística e ambiental, que impede o surgimento de novos postos de gasolina para aumentar a concorrência, e encarece as operações daqueles já existentes. 

9) Nos EUA, cujo setor petrolífero é dominado por empresas privadas "malvadas e gananciosas", o preço da gasolina caiu e voltou ao mesmo valor nominal de dez anos atrás. Hoje, um litro de gasolina nos EUA está custando, em média, R$ 1,90. Já no Brasil, cujo setor petrolífero é controlado por uma estatal que ama os pobres, o preço da gasolina está hoje no maior valor da história do real, chegando a R$ 4 em algumas localidades.


Sinceramente, qualquer que seja o preço do combustível, trata-se de uma gigantesca fraude. E vamos continuar aceitando.
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Leandro Roque contribuiu para este artigo.

Daniel Marchi é economista graduado pela FEA USP Ribeirão Preto e membro do Instituto Carl Menger, em Brasília.

domingo, fevereiro 15, 2015

Meneghetti, o ladrão.









por Enio Mainardi







Hoje, poucos, pouquíssimos devem lembrar dele: Meneghetti. Ele era o ladrão mais famoso nos tempos de minha infância. O Meneghetti roubava, sim. Mas ele nunca usava revolver. Só abria portas, janelas, levava tranqueiras e sumia. Ele era italiano, imigrante, como meu avô. Dizia-se que ele pulava de telhado em telhado, como que voava. 


Meu nono falava dele com admiração...e quase orgulho. Ô! ô! ô! ô!...o Meneguelli fazia a cabeça da velharada italiana que jogava bocha, scopa, malhas ou o esporte dos aposentados, bilhar, ficando escondidos das patroas dentro da fumaça preta dos cigarros Yolanda, sem filtro, no salão encortinado de verde-sujo. 


Por que me lembro do Meneghetti, que não tinha cadeia que segurasse ele? É que o Meneghetti daquela época se parece muito com o Lula, também ladrão. Famoso, o Lula levou todo mundo na conversa. Ficou rico, meteu a mão...mas tudu mundu, si podia, também metia, que ninguém é bobo. 


O ladrão Lula é o herói dos pobres, dos pau-de-arara que endeusam seu sucesso - que nem o do outro larápio italianado. Tem uma admiração santificada no jeito como eles se embevecem nas palavras roucas e cuspinhantes do seu deus Lula. Que, alem de ser deus, é Robin Hood, aquele que dá bolsa de tudo quanto é jeito para os pobres, com o nosso dinheiro. O povo dos grotões, a caipirada dos do norte-nordeste (e Minas) os que vem para cá, pegam pesado e só conhecem a realidade através da novela das oito, vêem no Lula o seu Líder. 


Concorrente direto dos pastores que pregam a Palavra Do Senhor e colocam a mão na cabeça dos endemoninhados para tirar o Capeta de dentro deles. E tirar a grana, também. Desentranhar o Lula da doidice dessa gente, vai ser mais do que duro. Vai ser quase impossível. A inguinorança prevalece enquanto a corrupção cresce. Mas não tem banho de butique, que traz faceirice para as meninas do Silvio Santos? Então. Banho de escola ia dar o mesmo resultado para tanta gente que vive na sarjeta do conhecimento. Mas falta escola, falta professor, falta verba, falta esgoto, falta comida, falta, falta. 


E enquanto isso, nós, os das zelite é que somos o inimigo, como proclama o prezado. Briga boa, que pode durar muitas batalhas. Mas o Gandhi foi pra cima dos ingleses colonizadores e ganhou. 

O Martin Luther King ganhou dos brancos Ku-Klux-Klan. O Mandela, ganhou a independência da África do Sul. A receita da revolução nunca foi fácil - nem rápida. A claque cleptomaníaca do Lula, por exemplo, foi aderindo à filosofia do “primeiro o meu” por longuíssimos anos, quase que secretamente, as saúvas se mantiveram em grande atividade, armando sem que ninguém tenha se tocado dos seus febricitantes ninhos subterrâneos. 


E o Meneguelli, que aconteceu com ele? Morreu encarcerado, coitado, a mágica dele acabou, sumiu o encantamento. Vai acontecer o mesmo com os Meneguettis destes tempos de Brasil-Novo-Antigo, que ainda não acabou.

sábado, fevereiro 14, 2015

Nosso desembarque na Normandia.


















Nosso desembarque na Normandia.





Vi de madrugada um filme antigo, The Longest Day. Tipo John Waine fazendo um capitão heroico que comanda soldados americanos na invasão da Normandia. Uma patriotada, financiada pelo Departamento de Estado americano em tempos de guerra - muitos tiros, explosões, mortos. O filme mostra que enquanto as forças aliadas vinham para o ataque, lotando mais de mil navios, do lado adversário o oficialato alemão discutia onde teoricamente poderia acontecer o aguardado desembarque. 


E é aí que a coisa pega. Hitler tinha deixado em reserva os seus tanques, sem saber onde realmente aconteceria o impacto da invasão. Só ele poderia dar sinal verde para a mobilização daquela artilharia pesada. Quando os oficiais nas fortificações de praia detectam os inimigos vindo, telefonam pedindo ao estado maior que libere os panzer. Mas os militares, do outro lado da linha se negam a fazer isso, explicando que temiam acordar o fuhrer, ele havia tomado um sonífero. E enquanto Hitler dormia, ia perdendo a guerra. 


Façamos uma comparação. A força de desembarque é o PT. Nós, o povo, somos o estado maior alemão. Os do PT vem na sanha de ganhar espaços, bombardeando com tudo, quase livremente. E o que fazemos nós? Nada, esperamos algum líder despertar. Estamos loucos? Desse jeito, ficando imobilizados, perdemos nosso resto de liberdade, nossa dignidade e até a vida. A guerra, enfim. Vamos acabar como território ocupado. Nossa única chance é reagir, ir para a rua e fazer manifestações, greves, parando tudo. Não esperar mais ninguém, nenhum Salvador Da Pátria. Ele, ou eles, estão demorando demais. 


Chega de esperar as Forças Armadas ou os políticos discurseiros. Temos que tomar a iniciativa, sem medo de black blocs, eles também vão se ferrar. Chegou a hora H de disparar todas as armas que tivermos nas mãos - por enquanto metaforicamente. E os políticos da dita Oposição virão depois para recolher os frutos de nossa revolução, tudo bem, é da natureza deles agir assim. O que acontece hoje na Venezuela é nosso espelho, amanhã. 


Que venham haitianos, guerrilheiros das Farc, forças venezuelanas, “camponeses” do MST, mercenários de todas latitudes e longitudes, toda a bandidalha arregimentada. Vamos soltar os cachorros. Temos que arrancar o PT do poder à força de boticão. Reagir é nosso destino e devemos abraça-lo como a um amigo. O Kissinger disse, certa vez, que metal só se dobra quando quente. Então vamos esquentar o metal da Pátria. E torcer o pescoço do PT, até ele não respirar mais. 
VAMOS PARA A RUA!!!

sexta-feira, fevereiro 13, 2015

Toda vida europeia morreu em Auschwitz.





Por Sebastian Vilar Rodriguez



Eu caminhava pelas ruas em Barcelona, e de repente descobri uma verdade terrível - A Europa morreu em Auschwitz ... Nós matamos seis milhões de judeus e os substituímos por 20 milhões de muçulmanos. 




Em Auschwitz queimamos uma cultura, o pensamento, a criatividade, o talento. Destruímos o povo escolhido, verdadeiramente escolhido, porque eles produziram grandes e maravilhosas pessoas que mudaram o mundo.




A contribuição deste povo é sentida em todas as áreas da vida: ciência, arte, comércio internacional, e acima de tudo, como a consciência do mundo. Estas são as pessoas que nós queimamos.




E sob o pretexto da tolerância, e porque queríamos provar a nós mesmos que estávamos curados da doença do racismo, abrimos nossas portas para 20 milhões de muçulmanos, que nos trouxeram estupidez e ignorância, extremismo religioso e falta de tolerância, crime e pobreza, devido a uma falta de vontade de trabalhar e sustentar suas famílias com orgulho.




Eles têm explodido nossos trens e transformaram nossas belas cidades espanholas em um terceiro mundo, afogando-se em sujeira e crime.




Calados nos apartamentos que recebem livre do governo, eles planejam o assassinato e destruição de seus hospedeiros ingênuos.

E assim, na nossa miséria, trocamos a cultura pelo ódio fanático, a habilidade criativa pela habilidade destrutiva, a inteligência pelo atraso e superstição.




Trocamos a busca da paz dos judeus da Europa e seu talento para um futuro melhor para seus filhos, a sua determinação e apego à vida, porque a vida é sagrada, por aqueles que buscam a morte, por pessoas consumidos pelo desejo de morte para eles próprios e outros, para os nossos filhos e os deles.





Que terrível erro foi cometido pela Europa miserável.


Luiz Carlos Molion desfaz mitos “verdes” sobre causas da seca.




Luiz Carlos Molion desfaz mitos “verdes” sobre causas da seca.

por Luis Dufaur para o Mídia sem Máscara


O professor Luiz Carlos Molion, dispensa apresentação. Ele representa a América Latina na Organização Meteorológica Mundial, é pós-doutor em meteorologia, membro do Instituto de Estudos Avançados de Berlim, e leciona na Universidade Federal de Alagoas.
Em palestra que ministrou no dia 19 de dezembro aos produtores da Cooperativa Regional de Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé), o climatologista fez uma previsão de chuvas para os próximos anos.
E mais uma vez refutou a hipótese de as mudanças climáticas e o aquecimento global serem frutos da ação agrícola e industrial, segundo divulgou o site da CorreparO renomeado climatologista utilizou dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), e mostrou 2014 choveu cerca de 70% da média prevista de 1.400 mm.
Molion defende que a atribuição da seca à ação humana sobre o meio ambiente, especialmente o desmatamento na Amazônia é um mito. “Coisa de ‘ambientalista extremista’”, afirmou. O climatologista desmistificou a importância do desmatamento da Amazônia discorrendo sobre a linha do tempo da metade do século XX até agora, onde foram registrados volumes baixíssimos de chuvas nas décadas de 50 e 60. Segundo Molion, as mesmas tendências se repetem de décadas em décadas.
Em São Paulo, há registros de seca no final do século XIX e no início do século XX, nos anos 30. Por esse motivo, é possível afirmar que não é o homem com suas atividades agrícolas e industriais o responsável pelas grandes mudanças climáticas no planeta. Até mesmo pelo fato de a porção de terra, onde habitamos, representar apenas 29% da massa no planeta, enquanto os oceanos representam 71%. 
A diminuição das chuvas coincide com o período em que o oceano Pacífico esfria ou fica "neutro". Os pluviômetros localizados apontam que há um ciclo de chuvas que dura de 50 a 60 anos.
A cada 25/30 anos chove bem, e nos próximos 25/30 anos chove pouco.
Algumas regiões do país estão passando por um período semelhante ao que houve entre os anos de 1948 e 1976, com menos dias de chuva no ano, e dias mais frios.
Entre os anos de 2015 a 2020, as chuvas estarão abaixo da média de longo prazo, ou seja, a média dos últimos 60 anos.
O que determina as variações climáticas da Terra é justamente a variação cíclica dos oceanos. Esses representam a maior parte da massa do planeta, absorvem bastante luz solar e controlam as chuvas. Quando a temperatura dos oceanos esfria, a atmosfera também esfria, porque é aquecida ou esfriada por baixo. Os oceanos esfriando, evaporam menos água e chove menos. O processo contrário, o aquecimento dos oceanos e em consequência da atmosfera, provoca mais chuvas.
O Pacífico ocupa 33% da superfície da Terra, e por isso exerce grande influência climática nos continentes lindeiros. Quando ele aquece, surge o fenômeno chamado de “El Niño” que traz muitas chuvas para o sul e o sudeste do Brasil. “La Niña” é o processo oposto. Mas, quando o oceano está neutro, não se tem previsão do que pode acontecer. E isso é o que está acontecendo: o Pacífico está neutro desde 2012.
Para analisar as variações climáticas, cerca de 70 boias estão espalhadas pelos mares no mundo todo, e medem as temperaturas das águas em até 1.000 metros de profundidade. Além disso, avançados softwares e computadores também estão dedicados às medições climáticas.
Segundo Molion, o período de chuvas ficará um pouco abaixo da média, e será vantajoso para o café, que não necessita de muita umidade.
Porém, é necessário tomar cuidado com os dias mais secos e frios que estão por vir no meio deste ano.
Tudo isso é bom senso e nada tem a ver com os exageros do aquecimentismo radical, que não pensa na natureza e nos homens, mas tem objetivos ideológicos contrários ao progresso do Brasil e da civilização, observamos nós.

quarta-feira, fevereiro 11, 2015

Com Bendine na Petrobras, Dilma devolveu o país a Lula: e botou o Rei Herodes como presidente do Berçário Nacional.













Notaram que os blogueiros pagos por autarquias federais pararam de bater em Dilma?

É porque Dilma se curvou ao ex-presidente Lula. E nomeou Aldemir Bendine no lugar de Graça Foster, na Petrobras.

Obtido seu objetivo de meter as patas no governo Dilma, Lula ordenou que os blogueiros sub-contratados a peso de ouro parassem de bater em Dilma.

Eu já contei isso aqui:

-Mais zumbis do PT emergem das névoas para fuzilar Dilma (sob encomenda)


Eu não conhecia bem esse estilo de Lula a fundo. Mas aprendi como é seu código de comportamento com seu ex-secretário de Justiça, Romeu Tuma Jr: cujo livro sobre Lula e o PT é recomendado nos EUA pelo órgão que ontem detonou a lavagem no HSBC:

-TOP NEW ICIJ INVESTIGATIVE BOOKS



Bendine é funcionário de carreira do BB. Entrou como estagiário e assumiu a presidência da instituição em abril de 2009. Seu ex-motorista Sebastião Ferreira, que também trabalhou na campanha de Lula, afirmou ao Ministério Público Federal que fez “n” pagamentos em dinheiro vivo a pedido do patrão.

Em junho de 2014 Ferreirinha prestou depoimento à procuradora da República Karen Kahn, da 2ª Vara Criminal. Disse que, por ordem do então presidente do BB, fazia pagamentos em lojas e transportava valores em dinheiro vivo no carro que dirigia. A procuradora Karen abriu um procedimento investigatório criminal, PIC 140/2014.

Além de amigo pessoal do ex-presidente Lula, ‘Dida’, como Bendine é conhecido, também é bem próximo do ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho (PT), e do ex-ministro Guido Mantega.

Ou seja: é DNA puro do PT aparalhador do estado com trambiques e sinecuras

Com quase 40 anos de carreira dentro do BB, Bendine ingressou no Banco do Brasil como menor estagiário em 1978. Sob Lula, aliado a Mantega, coube a ele fomenter o consumo no Brasil.

Bendine é um dos maiores teleguiados de Lula.

Lula obteve o que queria de Dilma: um pau mandado sob sua tutela segurando a peruca da roubalheira na Petrobras.

Lula voltou a mandar no Brasil. Mas as pessoas quebram a cidade pelo aumento da passagem de ônibus…Já falei sobre isso:


-Quebra-se tudo por 50 centavos mas não pelos bilhões da Petrobras


Hummm: diz algo sobre o atual estado de coisas, não?

A mídia verbera que Dilma se isolou. Claro: não quer tornar público seu olhar de pônei constipado barra bezerro órfão, por ter prestado continência a Lula. Dilma perdeu a chance de ser independente. Lula voltou com a língua afiada: aliás, com as duas pontas da língua afiadas…

Confira o documento abaixo:

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N.º , DE 2014

(Do Sr. Rubens Bueno)

Requer esclarecimentos ao Ministro de Estado da Fazenda sobre denúncias acerca do transporte de grandes somas de dinheiro por parte de subordinado do Presidente do Banco do Brasil, Senhor Aldemir Bendine.

Senhor Presidente,

Requeiro a Vossa Excelência, com base no § 2º do art. 50 da Constituição Federal e na forma do artigo 115, inciso I e art. 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que seja encaminhado pedido de informações, por meio da Mesa Diretora desta Casa, ao Ministro de Estado da Fazenda, Senhor Guido Mantega, sobre denúncias apresentadas junto ao Ministério Público Federal que gerou abertura de procedimento de investigação contra o Presidente do Banco do Brasil Aldemir Bendine por suspeita de lavagem de dinheiro, nos seguintes termos:

A) O Ministério da Fazenda tomou ciência da abertura desse procedimento de investigação levado a cabo pelo Ministério Público Federal?

B) O Ministério da Fazenda tomou alguma providência ou medida administrativa diante desses fatos?

C) O Ministério da Fazenda tomou alguma medida diante da aparente incompatibilidade na evolução patrimonial com os rendimentos auferidos pelo Presidente do Banco do Brasil, senhor Aldemir Beldine e que teria gerado o pagamento de R$ 122.000,00 por parte deste à Receita Federal?

JUSTIFICATIVA

A imprensa noticiou neste fim de semana que o Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP) confirmou que Sebastião Ferreira da Silva, ex-motorista do presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, prestou depoimento à procuradora Karen Kahn no último mês de junho. A partir das denúncias do ex-motorista — que diz ter realizado diversos pagamentos a pedido do presidente do BB, além de ter visto o próprio Bendini carregando sacolas de dinheiro para encontros com empresários —, o MPF instaurou um procedimento investigatório, que está em curso.

Não é a primeira conduta suspeita que vem a tona envolvendo o nome do atual Presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine. Soubemos pela imprensa que ele teve que pagar R$ 122.000,00 à Receita Federal por incompatibilidade nas despesas e receitas na sua declaração de renda. No que se refere às acusações do ex-motorista, a investigação está sendo realizada pelo MPF que está apurando indícios de lavagem de dinheiro, cruzando informações da Receita Federal e de instituições financeiras.

Diante da gravidade das denúncias, esperamos que o Ministério da Fazenda e o Banco do Brasil deem os devidos esclarecimentos para que essa instituição centenária continuar a prestar os relevantes serviços à sociedade brasileira.

Sala das Sessões, setembro de 2014.

Deputado RUBENS BUENO

PPS/PR