quarta-feira, janeiro 31, 2018

Departamento de Justiça dos EUA investiga controverso acordo de urânio da gestão Obama




por Everthon Garcia(*).



Acordo deu à Rússia controle sobre empresa canadense que minera urânio nos EUA, apesar do urânio ter saído do país.

Os promotores do Departamento de Justiça (DOJ) dos Estados Unidos requisitaram informações aos agentes do Departamento Federal de Investigação (FBI) sobre uma investigação que realizaram no negócio chamado “Uranium One“, informou a NBC News na quinta-feira, 21 de dezembro.

Os promotores do DOJ estão atualmente determinando se um conselho especial será necessário para examinar o controverso acordo que deu controle à Rússia sobre a empresa de mineração canadense Uranium One, que na época controlava 20% do suprimento de urânio nos Estados Unidos com licença para mineração.

Ao conferir o controle à Rússia de uma quantidade significativa de suprimento de urânio dos EUA, isso criou um potencial risco de segurança nacional. Apesar das garantias da Comissão Regulatória Nuclear (NRM) ao Congresso de que o urânio extraído pela Uranium One não deixaria os Estados Unidos, o urânio de fato deixou o país.


Os memorandos da NRM analisados ​​pela mídia The Hill mostram que as transferências de urânio foram aprovadas pela gestão Obama para o Canadá e a Europa. De qualquer um desses locais, o urânio poderia passar a outros países, incluindo potenciais adversários dos Estados Unidos que buscam armas nucleares.

Chuck Grassley (R-Iowa), o presidente do Comitê Judiciário do Senado, urgiu ao DOJ que nomeasse um conselho especial para analisar o acordo.

A agência russa de energia nuclear Rosatom adquiriu participação de controle na Uranium One em 2010.

Porque o urânio, quando enriquecido, é um componente-chave para as armas nucleares, o acordo exigia uma revisão de segurança nacional pelo Comitê de Investimentos Estrangeiros (CFIUS) dos Estados Unidos.

O Departamento de Estado é parte do CFIUS e teve que aprovar o acordo. No momento da revisão e da aprovação pelo Departamento de Estado, Hillary Clinton atuava como secretária de Estado.

Ao mesmo tempo em que o acordo estava em análise, pagamentos foram feitos pela Uranium One e por funcionários russos para os Clinton.

Os pagamentos foram detalhados pelo New York Times num artigo expositor em 2015, revelando que pagamentos foram feitos à Fundação Clinton, bem como ao ex-presidente Bill Clinton.

O presidente da Uranium One utilizou sua fundação familiar para fazer quatro doações totalizando US$ 2,35 milhões para a Fundação Clinton.



De acordo com o New York Times, essas doações não foram divulgadas pelos Clinton apesar de um acordo para revelar todos os doadores que Hillary Clinton alcançou com a gestão Obama antes de ser nomeada secretária de Estado

Ao mesmo tempo em que a revisão de segurança estava sendo conduzida, Bill Clinton recebeu o pagamento de uma taxa de palestrante de US$ 500 mil de um banco de investimento vinculado ao Kremlin.

Em 2005, a Fundação Clinton já havia recebido uma doação de US$ 31,3 milhões do bilionário canadense Frank Giustra, proprietário da empresa de mineração UrAsia, que se fundiu com outra empresa de mineração em 2007 para se tornar a Uranium One, informou o New York Times.

Giustra ainda serve no conselho de diretores da Fundação Clinton.

Na época, o FBI também descobriu evidências de um sofisticado plano de suborno russo para conseguir a aprovação do controverso acordo.

Citando o FBI e documentos judiciais, The Hill informou em 17 de outubro que as autoridades russas estavam envolvidas em “subornos, propinas, extorsões e lavagem de dinheiro destinados a expandir o negócio de energia atômica de Vladimir Putin nos Estados Unidos”.

O FBI também tinha uma testemunha que possuía documentos que mostravam que autoridades nucleares russas canalizaram milhões de dólares para os Estados Unidos para beneficiar a Fundação Clinton, disseram fontes ao The Hill.

Um informante do FBI no caso chamado “William Campbell” reuniu provas sobre “milhões de dólares em subornos e propinas, além de extorsão e lavagem de dinheiro”, informou The Hill com base numa revisão dos documentos fornecidos por Campbell.

Campell foi prevenido pela procuradora-geral Loretta Lynch de testemunhar ao Congresso sobre suas descobertas. Em outubro, o DOJ desfez a ordem de silêncio ao informante, permitindo que ele falasse com os painéis do Congresso.

O diretor do FBI na época era Robert Mueller, que agora é o conselheiro especial investigando as alegações de intromissão russa nas eleições de 2016.

Um cabo diplomático vazado obtido pelo WikiLeaks revela que Mueller voou pessoalmente para Moscou no início de 2009 para entregar uma amostra de 10 gramas de urânio altamente enriquecido. A transferência da amostra do diretor do FBI para os funcionários russos ocorreu na pista de voo, de acordo com o cabo. O cabo foi enviado pela secretária de Estado Hillary Clinton.

A amostra foi solicitada pela Rússia após a apreensão de urânio altamente enriquecido na Geórgia em 2006, e depois foi transferida para a custódia dos EUA.

Everthon Garcia - conservadorismodobrasil.com.br
Fonte – Epoch Times

terça-feira, janeiro 30, 2018

Agente do FBI é demitido por envolvimento em complô contra Trump





por Everthon Garcia(*).




Um agente de alta posição do Departamento Federal de Investigação (FBI) dos Estados Unidos, que foi rebaixado após demonstrar seu viés anti-Trump, foi descoberto tendo enviado uma mensagem de texto perturbadora sobre um possível complô contra o então candidato presidencial Donald Trump.

Na mensagem de texto, Peter Strzok escreve sobre uma medida sugerida pela advogada do FBI, Lisa Page, que garantiria que “não há como ele ser eleito”.

No entanto, Strozk acrescenta, “Receio que não possamos correr esse risco.” Ele também disse, “Isso é como uma apólice de seguro no evento improvável que você morra antes de completar 40 anos”, sugerindo que era quase certo que Hillary Clinton ganharia as eleições.

De acordo com a mensagem, Lisa Page fez a sugestão no gabinete de Andrew McCabe, referido como “Andy” na mensagem, que era o vice-diretor do FBI na época.

Não está claro qual é exatamente a medida sugerida por Lisa Page, mas isso suscita preocupações éticas envolvendo agentes do FBI e Andrew McCabe. McCabe tornou-se o diretor do FBI no início deste ano depois que Trump demitiu o diretor do FBI, James Comey.

Strzok foi demitido pelo Conselho Especial Robert Mueller no início deste ano, após cerca de 10 mil mensagens de texto entre Strzok e Page terem sido descobertas. Eles estariam supostamente envolvidos num relacionamento. As mensagens foram enviadas entre 16 de agosto de 2015 e 1º de dezembro de 2016.

A revelação é preocupante, pois Strzok desempenhou um papel fundamental na investigação sobre o uso de um servidor privado de e-mail pela ex-secretária de Estado Hillary Clinton para enviar informações secretas e na investigação de uma suposta colusão entre a campanha de Trump e a Rússia.



A mídia The Hill informou em 4 de dezembro que Strzok mudou palavras-chave na conclusão da investigação dos e-mails de Clinton.

Strzok mudou a linguagem na avaliação do escândalo dos e-mails de Clinton de “negligência grosseira”, que teria sido um crime, para “extremamente descuidada”. Uma alteração que pode ter exonerado Clinton.

“O comportamento e o envolvimento de Strzok nesses dois casos politicamente sensíveis suscitam novas preocupações sobre a influência política inadequada no trabalho do FBI”, disse o senador Chuck Grassley (R-Iowa) numa carta ao Departamento de Justiça em 6 de dezembro.

Estado paralelo

Trump há muito criticou o chamado “Estado paralelo” por opor-se a ele e a sua presidência.

O Estado paralelo refere-se à burocracia de funcionários permanentes e não eleitos em agências em todo o governo dos EUA.

“Vocês sabem que não existe um país como o nosso. Mas temos muita enfermidade em algumas de nossas instituições. Estamos trabalhando intensamente e conseguimos que muitas delas melhorassem”, disse Trump numa reunião em Pensacola, Flórida, em 8 de dezembro.

O que é sabido até agora é que algumas autoridades se envolveram em vazamentos seletivos na tentativa de danificar a presidência de Trump.

Também foi revelado no início deste ano que membros da equipe de campanha e de transição de Trump estavam sendo espionados por meio de solicitações de desmascaramento feitas por funcionários-chave da administração Obama, incluindo por sua conselheira de segurança nacional, Susan Rice, e pela embaixadora Samantha Power.

O Congresso dos EUA está atualmente investigando se as solicitações de vigilância foram feitas com base em informações contidas no chamado “dossiê Trump”.

O dossiê dependia quase que exclusivamente de fontes ligadas ao Kremlin, e sua informação era “distorcida e não verificada”, de acordo com o ex-diretor Comey do FBI, quando testemunhou perante o Comitê Seletivo do Senado sobre Inteligência em 8 de junho.

O documento foi financiado pela campanha de Clinton e pelo Comitê Nacional Democrata, revelou o Washington Post em outubro.

O autor do dossiê, Christopher Steele, que foi contratado pela Fusion GPS, passou suas informações ao FBI, bem como para um contato intermediário do senador John McCain (R-Ariz.)

Documentos judiciais do Reino Unido, onde Steele está atualmente sendo processado por um empresário mencionado no relatório, também mostram que Steele foi ordenado pela Fusion GPS a dar instruções aos jornalistas sobre o relatório.

No mês passado, foi revelado em documentos judiciais arquivados pelo Comitê Seletivo Permanente da Câmara sobre Inteligência que a Fusion GPS também efetuou pagamentos diretos a jornalistas.

Na semana passada, revelou-se que a esposa de um alto funcionário do Departamento de Justiça trabalhou para a Fusion GPS durante as eleições presidenciais de 2016.

Bruce Ohr perdeu sua posição como vice-procurador-geral-adjunto depois que foi revelado que ele havia ocultado seus encontros com Glenn R. Simpson, fundador da Fusion GPS, e Christopher Steele, um ex-espião britânico contratado pela Fusion GPS, para produzir o dossiê.

Nellie Ohr, a esposa de Bruce Ohr, trabalhou para a Fusion GPS em 2016, informou a Fox News com base em informações do Comitê Seletivo Permanente da Câmara sobre Inteligência.


(*)Everthon Garcia escreve no Conservadorismo do Brasil (conservadorismodobrasil.com.br)

segunda-feira, janeiro 29, 2018

O estatuto do desarmamento falhou...







...e MT é um dos maiores exemplos disso.




por Lucas Bellinello(*).



O Estatuto do Desarmamento falhou e o sintoma vem no formato de 3 assassinatos por dia em Mato Grosso.

Dados do 11º Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado no dia 30 de outubro de 2017 afirmam que três pessoas morreram violentamente por dia em Mato Grosso no ano passado. Os indicadores ainda demostram que o número de homicídios vem crescendo desde 2004, curiosamente o primeiro ano de vigência do Estatuto do Desarmamento.

A pesquisa que constatou que o estado de Mato Grosso tem o número de três homicídios realizados por dia, foi elaborada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública que demonstrou também que o estado tem o maior índice de violência da Região Centro-Oeste. Historicamente Mato Grosso também é o estado do Centro-Oeste cujo a Campanha Nacional do Desarmamento mais teve operações e projetos.

Precisamos lembrar ainda que o Mato Grosso não é o único estado no qual a violência aumentou depois do monopólio estatal da defesa. Entre 2004 e 2012 o Brasil teve um salto no número de assassinatos especificamente cometidos com arma de fogo registando um incremento de 17,23% passando de 34.187 para 40.077 assassinatos por ano cometidos apenas por armas de fogo, este número continua aumentando, bem como o número de assassinatos cometidos por outros meios como esfaqueamentos e brigas com o resultado morte, em 2016 chegamos ao número de 61,6 mil mortes violentas, quase o dobro de antes da aplicação do Estatuto do Desarmamento.

Independente do prisma ideológico, é legítimo afirmar que o Estatuto do Desarmamento fez um desserviço à segurança pública a tal ponto que deveria ser chamado de “Estatuto da Barbárie”. É fato: o Estatuto do Desarmamento só aumentou o número de homicídios.

Medidas autoritárias que impedem o cidadão de se defender devem ser revogas imediatamente pois a vida de cada pessoa em uma sociedade desarmada não está em segurança.



Fonte: Instituto Liberal de Mato Grosso 
(*)Lucas Bellinello é Coordenador Regional do Students For Liberty Brasil, colaborador do Instituto Liberal do Mato Grosso e graduando em Direito pela Universidade de Cuiabá.

domingo, janeiro 28, 2018

Vice-Governador de Roraima renuncia e compara venezuelanos a zumbis





“ruas lembram The Walking Dead”



O Vice-governador Paulo César Quartieiro deixou cargo nesta sexta-feira (26JAN2018) e fez pronunciamento no Legislativo.



por Marcelo Marques
G1 Roraima.



Venezuelanos a procura de trabalho. Foto de Fabio Calilo






Durante pronunciamento de renúncia ao cargo de vice-governador de Roraima nesta sexta-feira (26) na Assembleia Legislativa Estadual, Paulo César Quartiero (sem partido) disse que as ruas de Boa Vista estão tomadas por imigrantes venezuelanos e os comparou a zumbis do seriado 'The Walking Dead'.

O abandono do cargo ocorreu por meio de uma carta de renúncia enviada à Assembleia Legislativa nessa quinta-feira (25). Na manhã seguinte, ao convocar uma sessão extraordinária na Casa para anunciar que deixaria o cargo, justificou que não concorda com a gestão da governadora Suely Campos (PP).

Desde o final de 2015, Roraima recebe um intenso fluxo de imigrantes venezuelanos fugindo da fome e da crise no país natal. Muitos deles tentam emprego nas ruas e outros vivem em praças e espaços públicos da capital.

Há dois meses o governo decretou situação de emergência em razão do crescente número de imigrantes que cruzam a fronteira da Venezuela pelo estado.

No discurso feito da tribuna da Assembleia, que durou pouco mais de uma hora, Quartiero atribuiu a renúncia à má administração da governadora de Roraima e citou ainda que o estado está sobrecarregado com a vinda de imigrantes venezuelanos.

“Fico abismado com o que acontece aqui [Roraima]. A gente anda nessas ruas que parecem [o seriado] 'The Walking Dead'. Esses venezuelanos nas ruas parecem uns zumbis. Nosso estado sem perspectiva com salários [de servidores] atrasados. E fica por isso mesmo”, declarou.

O agora ex-vice-governador lembrou ainda que quando assumiu o cargo disse não haver condições de receber migrantes venezuelanos.

"O estado está esgotado. Se querem que Roraima receba venezuelanos, a ONU tem de se responsabilizar pelos encargos, custos. Estamos sobrecarregados. Nem conseguimos dar conta da nossa população. E o governo [estadual] está sendo inerte", disse.

De acordo com o ex-vice-governador, não havia como continuar integrando o governo de Roraima devido a Suely Campos seguir "abraçando uma política ambiental que atrasa o desenvolvimento do estado".

“A governadora viajou para Alemanha para receber um 'jabá' de 400 mil dólares para assinar compromissos que inviabilizam definitivamente o nosso estado, engessando os recursos naturais e impedindo o nosso crescimento”, alegou.

A declaração de Quartiero se refere a viagem que Suely Campos fez a Alemanha onde participou da Conferência do Clima da ONU (COP 23) em novembro de 2017.

Sem partido, Quartiero anunciou ainda durante o discurso sua candidatura para o Senado. “ Vou para o partido que o meu líder, Jair Bolsonaro [PSC], me indicar. Faço parte do grupo dele", disse, comentando que, durante três anos no cargo, ganhou apenas experiência.
Quartiero criticou ainda o fato de Suely Campos ter nomeado parentes para cargos do alto escalãologo que assumiu o governo, em 2015.

"Suely fez exatamente o que nós [coligação] condenávamos: nepotismo, a escolha de uma equipe baseada em critérios que não a da capacidade e substituir a ameçada de uma clã familiar governar o estado por outro. Naquela época fui contra isso e denunciei", disse.

Para o ex-vice-governador, um impeachment para afastar a governadora Suely Campos poderia ser uma forma de o estado avançar. "Mas quem decide por esse afastamento é a Assembleia", acentuou.







O Comando Militar da Amazônia postou importante twitter no Sábado (27JAN2018). Sinal que a temperatura continua subindo na fronteira.



Em 2008, Quartiero passou nove dias preso por ser suspeito de orquestrar um atentado contra índios da Reserva Indígena Raposa Serra do Sol. Devido ao caso, o ex-vice-governador foi considerado um opositor aos índios e uma liderança entre os fazendeiros da região.



Em abril de 2017, Paulo César Quartiero assumiu o governo do estado durante oito dias de ausência da governadora Suely Campos. Nesse período ele exonerou o titular da Secretaria do Índio e disse publicamente que ele deveria ser fuzilado.







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✈Nota DefesaNet
A explosiva situação da Fronteira com a Venezuela, que também se estende às cidades de Manaus, Belém e inclusive São Paulo.
O MPF tem trabalhado ativamente para criar área de apoio à instabilidade gerada tanto pela chegada de grupos indígenas, ver links matérias, como de cidadão venezuelanos.
 Fonte - defesanet.com.br





sexta-feira, janeiro 26, 2018

CO2: Brasil não cumpre o impossível, mas ambientalistas querem mais e pior








por Luis Dufaur(*).


O Brasil está longe de cumprir as metas climáticas que impôs a si mesmo no âmbito do Acordo de Paris e caminha na contramão das políticas climáticas implementadas na era petista, reconhecida no artigo do BrasilAgro.

Em Paris, a então presidente Dilma Rousseff prometeu demagogicamente que o País reduziria em 37% as emissões de CO2 – o bicho papão do aquecimentismo climático – até 2025.

Mas essas subiram 8,9% só em 2016 tornando ainda mais inverossímil a espalhafatosa meta. Isso obviamente preocupa às organizações e militantes verde-vermelhos que agitam o inexistente fantasma das “mudanças climáticas”.

Eles exigem mais rigor estatista para estrangular mais o País implementando a irreal agenda ambiental prometida em Paris.

Neste blog tivemos repetidas ocasiões de mostrar que a meta apresentada pela heroína climática petista era uma fantasia irrealizável.

Porém, ela escondia um objetivo encravado no coração petista: arruinar o Brasil paralisando sua indústria e seu agronegócio para “salvar o planeta”. Isso deveria levar a uma miséria do tipo cubano.

Reprimir as emissões de CO2, o chamado gás da vida, não influiria nada no clima, como foi de mostrado pelos melhores cientistas do País na matéria. Vide as declarações do Prof. Luiz Carlos Baldicero Molion, (lá em 2010!) sobre o assunto.

Nada indica que os ativistas profissionais abandonarão as exigências
insensatas e sem a menor base científica.


Acresce que para atingir a fabulosa proporção de – 37%, as esquerdas e os ainda mais radicais militantes ambientalistas sonhavam com medidas socialistas ditatoriais.

Essas deviam interromper a expansão da área cultivável – e se possível reverte-la – ferir o coração energético da atividade industrial e condenar os cidadãos a andar só de transporte público – dono de carro seria tido como bandido – e idealmente passar à bicicleta como na China de Mao Tsé Tung

Ou, ainda mais virtuosamente, se adaptar a uma choça indígena primitiva para evitar o aquecimento que transformaria a Terra num planeta ardente e desértico.

Hoje figuras emblemáticas do PT e de seu esquema de corrupção estão às voltas com a Justiça.

E, no âmbito internacional, a saída dos EUA jogou uma pá de cal no ruinoso acordo parisiense.

Se os EUA ficam de fora, muitos outros países já deixaram entender que não levarão a sério o que assinaram. O Acordo de Paris ficará tão oco como o Protocolo de Kyoto que pretendia substituir.



A vida normal falou: a meta ideologicamente enviesada é inatingível e a emissão de gás da vida aumentou naturalmente em 8,9%.

Mas a confraria eco-anarquista parece cega. Em vez de sossegar e criar juízo, volta à carga com mais propostas no sentido do acordo hoje semi-morto.

Esperneiam contra a medida provisória 795 em andamento no Legislativo, que concede incentivos fiscais ao setor de óleo e gás, que, para eles, é o demônio capitalista maior na emissão de CO2 no mundo.

Para Viviane Romeiro, do WRI (World Resources Institute), o Plano Decenal de Energia (PDE) mostra que o governo brasileiro desconhece as agendas de clima. E isto, na linguagem da confraria verde, é crime contra o planeta.

Segundo ela, o Brasil não só não cumpre o que prometeu no Acordo de Paris, mas nem mesmo as promessas anteriores previstas na Política Nacional de Mudança do Clima.

Repetimos: são impossíveis de serem cumpridas porque ideologicamente enviesadas e contrárias à natureza.

Climatologista sério anunciava em 2010 o arrefecimento global, para espanto dos jornalistas crentes no mito do aquecimento global:



Fonte- midia sem máscara
Fonte- Ecologia, clima e aquecimento
(*) Luis Dufaur - Escritor, jornalista,conferencista de política internacional,sócio do IPCO,
webmaster de diversos blogs

quarta-feira, janeiro 24, 2018

A verdadeira cara de Abbas





por Debora Srour(*).


Às vezes, somente após uma tragédia é que as vidas de pessoas especiais são reveladas ao público.



Este foi o caso do Rabino Raziel Shevach de 35 anos. Educador, mohel, voluntário do Magen David Adom, a Cruz Vermelha de Israel, do Kav L’Chaim, uma organização que ajuda crianças com câncer, distrofia muscular e problemas cerebrais e de outras organizações. Ele também era pai de seis crianças pequenas e um marido exemplar. Rav Shevach usou seu tempo aqui na terra para fazer o máximo de bem aos outros.

Há duas semanas, ele foi assassinado por islamistas que crivaram seu carro de balas perto de sua casa em Havat Gilad. Em seu funeral dezenas de pessoas falaram de sua bondade, carinho, senso de humor e sua inestimável contribuição para um mundo melhor. Pequena consolação para uma perda tão grande.

Há três dias, Israel encontrou os terroristas que mataram o Rabino. Dois foram presos e outro, filho de um líder do Hamas, foi morto no tiroteio com o exército. O Hamas elogiou os terroristas dando a entender que eram membros do grupo, mas sem reclamar a autoria do assassinato. Não é nem preciso dizer que os que puxaram o gatilho estavam agindo estritamente dentro de um clima religioso e cultural diariamente promovido pela supostamente “moderada” Autoridade Palestina.

Automóvel do Rabino Raziel Shevach após ataque terrorista


O embaixador americano em Israel, David Friedman disse em seu tweet que:

 “O Hamas louva os assassinos e a Autoridade Palestina os premia com dinheiro”.

Isto mostra a divisão de tarefas entre o Hamas e a AP. Enquanto o primeiro apoia ataques contra civis, a Autoridade diz ser contra o uso de violência para alcançar objetivos políticos. Mas ela só diz isto para manter sua legitimidade internacional. No entanto, ela recompensa os terroristas que matam civis ou que estão na cadeia por participarem de atividades terroristas com salários milionários.

Como os Estados Unidos dão à Autoridade Palestina centenas de milhões de dólares anualmente, os contribuintes americanos estão diretamente patrocinando o terrorismo palestino. E Israel está fazendo o mesmo. Israel transfere para a Autoridade Palestina todo o mês, milhões de shekels em impostos retidos na fonte de palestinos que trabalham em Israel, ou seja, para uma entidade que ativamente encoraja ataques contra israelenses.

A administração americana hoje se dá conta deste absurdo e está tomando passos para acabar com isso. O Taylor Force Act, um ato do Congresso feito em nome de um turista americano de 28 anos, morto em Tel Aviv por um terrorista palestino, já foi aprovado. De acordo com esta lei, os Estados Unidos não mais poderão transferir dinheiro para a Autoridade Palestina enquanto ela continuar a pagar os terroristas. Há também uma iniciativa de Trump de cortar pela metade a ajuda à UNRWA, a agência da ONU específica para os refugiados palestinos.

É claro que Mahmoud Abbas não está nada contente com estas medidas dos Estados Unidos. No domingo passado, ao discursar frente ao Conselho Central da OLP, Abbas resolveu tirar a máscara e não mediu as palavras ao falar de Trump. Repetiu várias vezes o insulto em árabe “Yikhrab Beito”, que significa que a sua casa seja destruída, e seu dinheiro seja amaldiçoado. Alguns comentaristas classificaram o discurso de Abbas como desafiador. Para mim desafiou a lógica, isto sim!

Abbas, que se diz historiador, conseguiu falar de história por 2 horas. É muito fácil fazer isso quando é só inventar fatos. Ele primeiro declarou que a ideia do retorno dos judeus à terra prometida foi de Oliver Cromwell, o Lorde Protetor inglês do século 17, antes de culpar os Holandeses e Napoleão. Ao mesmo tempo, Abbas negou qualquer elo judaico com Jerusalem dizendo que “Israel é uma empresa colonialista que nada tem a ver com o judaísmo!” Ele repetiu esta mesma frase três dias depois no Cairo.

Rabino Raziel Shevach e sua família


Na Universidade Al-Azhar, que é o centro de estudos do sunismo islâmico, Abbas repetiu o que se tornou seu mantra: que os palestinos são descendentes dos Canaanitas e, portanto estavam em Jerusalem antes dos judeus e mesmo antes do patriarca Abraão!

Sua lógica e conhecimento histórico são tão distorcidos que não sabemos se os atribuímos à senilidade ou à pobreza de estudos da Universidade Patrice Lumumba de Moscow aonde ele ganhou seu doutorado com a tese que a liderança sionista estava em conluio com os nazistas para matarem judeus durante a Segunda Guerra.

Mas somente a título de argumento, se fosse possível identificar os ancestrais de Abbas aos Jebusitas-Cananitas-Palestinos conquistados pelo rei David, isso tornaria o caso dos palestinos ainda mais patético, senão cômico: quer dizer que durante milhares de anos, mesmo de posse da terra e de Jerusalém, os palestinos forma tão incompetentes que não conseguiram fundar um estado com sua capital na cidade?

Abbas nega que houve dois Templos em Jerusalem, apesar de todas as confirmações arqueológicas. Aonde estavam estes cananitas-jebusitas-palestinos durante estes séculos que não deixaram qualquer marca de sua presença no chão? Não, Abbas não quer lidar com fatos. Ele prefere exigir desculpas dos ingleses pela declaração Balfour de 100 anos atrás. E em seu revisionismo do holocausto, Abbas diz que os judeus preferiram ficar na Europa durante a Shoah. Claro, não é interessante ele trazer o fato que os ingleses, a pedido dos árabes, não permitiram aos judeus imigrarem para a Terra Santa, mesmo os que procuravam refugio da Solução Final nazista.

Esta e outras invenções históricas absurdas ele cria e publica diariamente para justificar sua manutenção no poder.

Se até agora Abbas era considerado um parceiro da paz e o rosto da moderação, esta semana ele mostrou seu lado feio, o lado que jorra ódio e mentiras. Para ele, insultar Trump não tem qualquer consequência. Ele já se arrumou com bilhões de dólares roubados das contribuições aos palestinos e enviados para contas na Europa gerenciadas por seus filhos.

Mas o fato é que ele não deveria ter jogado pedras na casa de Trump quando a sua tem teto de vidro. Abbas está no 13º ano de governo do que deveria ter sido um termo de quatro anos. Ele não fez nada para reduzir a corrupção que o cerca e cada vez mais se aproveita das doações do exterior para pagar seus capangas e nada para melhorar a vida dos palestinos que estão sob sua responsabilidade.

Ele não larga o osso por que teme que o Hamas ganhe a eleição, se houver uma. Enfim, ele prefere se manter em sua zona de conforto de pregar a destruição de Israel a construir um Estado palestino aonde os árabes possam viver e se desenvolver.

Abbas precisa sair, ser demitido ou removido.

Israel não para de construir desvios, instalar câmeras e construir muralhas para proteger a vida de meio milhão de israelenses que moram na Judeia, Samaria e Jerusalem. O exercito e as agências de inteligência têm redobrado esforços para confiscar as montanhas de armamentos ilegais em lugares como Nablus e Jenin para que nenhum terrorista possa atirar 22 balas num homem como o Rabino Shevach. Mas a habilidade de Israel é limitada enquanto a Autoridade Palestina continuar a oferecer prêmios para os assassinos.

Mas por outro lado, não fazer nada é um preço muito alto a continuar a pagar pela vida de pessoas como o Rav Shevach.


Fonte: Pletz.com

(*)Debora Srour é advogada formada pela Universidade de São Paulo, pós-graduada em direito pela Universidade de São Paulo, foi admitida, em 1993, para a prática de Direito americano perante a Corte Estadual e Corte Federal de New York. É membro da New York Bar State Association, American Bar Association e diversas Câmaras de Comércio.

As falácias da Oxfam sobre pobreza e desigualdade



por João Luiz, Mauad(*).



Há coisas que podem ser medidas. Há coisas que valem a pena medir. Mas o que pode ser medido nem sempre é o que vale a pena medir. O que é medido pode não ter relação com o que realmente queremos saber. Os custos de medição podem ser superiores aos benefícios. As coisas que se medem podem desviar o foco das coisas que realmente nos interessam. E a medição pode nos fornecer informações distorcidas – conhecimento que parece sólido, mas que realmente é enganoso. Jerry Z. Muller – The Tirany of Metrics

Recentemente, recebi uma piada pelo WhatsApp que dizia mais ou menos assim: 15% dos acidentes de carro são motivados por motoristas alcoolizados. Isso quer dizer que 85% dos acidentes são provocados por motoristas sóbrios. Vamos beber umas geladas!

No caso acima, é fácil deduzir o mau uso da estatística, mas já não é tão fácil dizer onde exatamente está o erro. O mesmo ocorre quando alguém diz que a maioria das pessoas que bebe refrigerantes dietéticos é gorda. Logo, provavelmente esses refrigerantes engordam.

Como diz o velho brocardo: torture os números e eles confessarão qualquer coisa. De fato, as estatísticas são, hoje em dia, as grandes aliadas dos mistificadores, que as utilizam de forma indiscriminada para dar aparência científica às falácias e mentiras em prol de suas causas. Você pode desenvolver rígida argumentação lógica a respeito de um assunto sem convencer muita gente, mas basta acrescentar alguns números, tabelas e gráficos para respaldá-las e as pessoas passam a olhar os seus argumentos com outros olhos.

Tudo isso vem, é claro, a propósito da divulgação anual dos números da desigualdade no Brasil e no mundo, pela ONG Oxfam, sobre os quais a mídia amestrada tupiniquim vem dando grande destaque, como de hábito, desde ontem.

No Brasil, o destaque foi para o fato de que os cinco homens mais ricos do Brasil têm riqueza equivalente à metade da população mais pobre do país [a propósito, ano passado, eram seis]. Isso quer dizer que Jorge Paulo Lemann, Joseph Safra, Marcel Herrmann Telles, Carlos Alberto Sicupira e Eduardo Saverin têm, somados, patrimônio equivalente ao de 100 milhões de pessoas. Houve destaque negativo também para o fato de que, em 2017, o país ganhou mais 12 bilionários, que agora somam 43 indivíduos. Suas riquezas somadas alcançariam R$549 bilhões, que equivalem a R$2.745 por brasileiro (atenção para este número, pois vamos voltar a ele).

A primeira coisa que chama a atenção, pelo menos de quem olha essas informações de forma isenta, é que, dos cinco nomes da lista, três são sócios da 3G Capital, a holding multinacional proprietária de gigantes como AB IMBEV, Burger King, Heinz, Lojas Americanas, entre outras. Os três enriqueceram, portanto, não explorando os mais pobres, mas vendendo a eles produtos baratos e de qualidade. Será que esses três homens exploram alguém quando vendem suas cervejas e refrigerantes no mundo inteiro? Ou seus hambúrgueres? Já o Eduardo Saverin é um dos criadores/fundadores do Facebook, um App utilizado por bilhões de pessoas no mundo. Será que ele ficou rico explorando alguém, ou os bilhões de usuários que passam horas no Facebook utilizam-no de forma voluntária?

Em resumo: Alguém tem dúvida de que esses caras criam algo de muito valor para as pessoas, mundo afora? Quando você compra um produto ou utiliza um serviço fornecido por empresas deles, é por satisfação ou por obrigação? Se é por satisfação, não é justo apontar-lhes o dedo e dizer que sua fortuna é resultado da pobreza alheia. Se esses e outros brasileiros ricos nunca tivessem nascido, o país estaria melhor? Certamente teríamos menos desigualdade, mas será que os pobres estariam menos pobres?

Agora façamos outro exercício. Todos os anos, os governos tupiniquins, nas suas três esferas, tomam dos brasileiros cerca de 35% do PIB em impostos (nada menos que 2,2 trilhões de reais), o que equivale a 11.000 reais por brasileiro (reparem que, neste caso, estamos falando de uma cifra ANUAL, diferentemente daqueles R$2.745, que seriam distribuídos apenas uma vez).

As discrepâncias não acabam aí. Ao contrário dos produtos e serviços que você consome dos bilionários, os impostos são tirados de você à força. E o que os governos lhe dá de volta? Saúde, educação e segurança da pior qualidade, que, quando podemos, tratamos de adquirir no setor privado e, portanto, pelos quais muitos de nós pagamos duas vezes.

Resumindo, economias verdadeiramente capitalistas, onde o governo não interfere escolhendo campeões, a existência de bilionários e, consequentemente, de desigualdades é benéfica para a sociedade, e não algo a se lamentar. Ademais, em condições de livre mercado, a riqueza pressupõe acúmulo de capital e investimentos em empreendimentos rentáveis, onde recursos (escassos) são utilizados de forma eficiente na produção de coisas necessárias e desejáveis. Nesse sistema, os milionários criam um monte de valor para um monte de gente, além, é claro, de um monte de empregos.

Dito isso, existe um tipo de desigualdade que deve ser lamentada: é aquela patrocinada pelo governo, quando este escolhe vencedores e perdedores, seja concedendo subsídios, créditos especiais, contratos viciados pela corrupção, tarifas protecionistas, etc. Nesses casos, em vez de enriquecer competindo no mercado e satisfazendo as necessidades dos consumidores, os empresários se voltam para atividades de conluio, se locupletam com os ocupantes do poder e enriquecem à custa do dinheiro público.

O mais interessante disso tudo, porém, é que, não raro, os que mais reclamam das desigualdades, são os mesmos que pedem mais intervenção do governo na economia.



Fonte: InstitutoLiberal.org.br
(*)João Luiz Mauad é administrador de empresas formado pela FGV-RJ, profissional liberal (consultor de empresas) e diretor do Instituto Liberal. Escreve para vários periódicos como os jornais O Globo, Zero Hora e Gazeta do Povo.

terça-feira, janeiro 23, 2018

Punitivismo, impunidade e impostura







por Leonardo Giardin de Souza(*)


O grande Percival Puggina, em recente publicação (1), trouxe à colação alguns excertos ilustrativos do pensamento da corrente ideológica hegemônica no Brasil em matéria de criminologia, direito penal e segurança pública. Alguns dos soi disant arautos da “tolerância”, da “democracia” e da “liberdade” foram acolherados em um único artigo, com o perceptível objetivo de que seu discurso de proveta, uniformizado e reproduzido em intermináveis operações de clonagem, adquirisse a aparência externa de um consenso dogmático revestido da mais absoluta cientificidade, fruto de sincera busca dialética da verdade, liberto de quaisquer ranços ideológicos. Malgrado, no entanto, esse verniz “científico”, a “disposição” para o debate desses “tolerantes” denuncia-se no título autoexplicativo do artigo: “A sanha punitivista e/ou a boçalidade do discurso da impunidade”

Quem quer que leia o texto, assinado por Leonardo Yarochewsky, será imediatamente tomado pela sensação de que alguém está substituindo realidade por discurso: ou há uma “sanha punitivista” irracional e despropositada, movida por um mórbido e um tanto sádico “desejo” de jogar pobres e desvalidos em calabouços, ou tenta-se soterrar a realidade sob um sem-número de palavras-gatilho, clichês e chavões, a fim de gerar uma confusão dos demônios, desqualificar os pensadores antagonistas e desviar o foco do coitado do assunto.

Com acuidade e finíssima ironia, o professor Puggina limitou-se a transcrever, para nosso “deleite”, alguns cacos desse latão pseudocientífico banhado no ouro de tolo de títulos acadêmicos. Permite, assim, que o leitor julgue por si o conteúdo. Entretanto, permito-me tecer algumas considerações sobre o material generosamente trazido pelo brilhante escritor gaúcho ao conhecimento do público em geral. Evito, desse modo, ser confundido com os que, olimpicamente, passam ao largo do pensamento alheio, substituindo-o convenientemente por rótulos e etiquetas, calculados para inibir o incauto leitor de travar qualquer tipo de contato substancial com o que querem proibir.

Em sua compilação, Yarochewsky, advogado criminalista e doutor em Ciências Penais, “denuncia” algo que nomeia “criminologia midiática”. Para ele, o “discurso” da impunidade contribui “para o avanço do Estado autoritário e para a cólera do punitivismo”, o que geraria uma “tendência” à proposição de leis “com viés autoritário, conservador e reacionário.” Yarochewski, confiante no impacto a ser causado por conta do costume arraigado no nosso mainstream de torcer o nariz para o termo “conservador”, coloca o maltratado epíteto convenientemente ao lado de termos aterrorizantes como “reacionário” e “autoritário”.

Na monumental obra “A Corrupção da Inteligência”, Flávio Gordon explica – por meio de uma analogia com o conceito de “marcação” da linguística estrutural – como a classe falante brasileira “normaliza” sua própria visão sobre determinados assuntos, dando ares de logos dogmático a perspectivas francamente minoritárias em comparação com o que pensa o cidadão comum. Este, sem meios de expressar coletivamente seu pensamento, acaba por sentir-se um fragmento “anormal” que boia caoticamente em um oceano de unanimidade. Os pontos de vista “não marcados” são o “padrão”, referenciados de forma neutra, e os pontos de vista “marcados” passam por específicos e parciais. Eis o estratagema utilizado por Yarochewsky: “marcar” quem não comunga de seu ideário como “conservador”, “autoritário”, “reacionário”, “punitivista” e “colérico” para, em seguida, valer-se de um velho e surrado clichê, dado como pressuposto científico indiscutível: a prisão se destina aos “criminalizados” por um “processo de estigmatização, segundo a ideologia e o sistema dominante”. Reverbera o discurso pueril da criminologia crítica marxista – todo ele baseado em inversão de causa e efeito e sua confusão com condições e influências.

Nota do Blogando Francamente: Leonardo Yarochewsky é um dos grandes defensores de Lula, deixa isso bem claro nos artigos Não há porque questionar a nomeação de Lula como ministroou ainda nesse: É certo que o Triplex jamais pertenceu a Lula


Yarochewski cita Ricardo Genelhú, que, brandindo o título de pós-doutor em Criminologia, afirma que “o discurso contra a impunidade tem servido de motivo para uma suposta restauração da ‘segurança social’”, mas não passa de “desculpa para a perseguição ao 'outro' (…) com seu ensaio neurótico promovido por pessoas com onipotência de pensamento”, servindo mais “para ‘justificar’, ‘ratificar’ ou ‘manter’ a exclusão dos ‘invisíveis sociais’, tragicamente culpados e, por isso, incluídos por aproximação com os ‘inimigos’ (parecença), do que para demonstrar a falibilidade seletiva e estrutural do sistema penal antes e depois que um ‘crime’ é praticado, ou enquanto se mantiver uma reserva delacional publicizante, seja porque inafetadora do cotidiano privado, seja porque indespertadora da cobiça midiática.” A primeira ideia que me veio à mente ao travar contato com esse estilo intragável, pedante e de pouca inteligibilidade ao vulgo, foi o indefectível diagnóstico de Roger Scruton, para quem “o jargão afetado e sem sentido é muito mais eficaz na propagação das opiniões de esquerda e progressistas do que os argumentos bem fundamentados”, em razão de que “quando afirmadas explicitamente, expõem-se à ameaça de refutação, algo a que elas nem sempre sobrevivem”(3) . Quando ao jargão afetado une-se o manjadíssimo truque “xingue-o do que você é, acuse-o do que você faz”, a coisa assume ares de escandaloso golpe contra o debate racional. É até ofensiva a desfaçatez de alguém que, arrogando-se a condição de dono da verdade e demonstrando verdadeiro horror à divergência, aponte no outro, e não em si, “neurose” e “onipotência de pensamento”. Acresce-se a isso a audácia de falar em “perseguição ao outro”, embutida em um sujeito que demite o delinquente de sua própria condição humana, ao negar-lhe capacidade decisória fundada na autoconsciência e na liberdade individual. Ao mesmo tempo, objetifica a vítima como instrumento de busca de bens materiais pelo “excluído social” que ele mesmo, ao fingir defender, despersonaliza e equipara a um animal que age movido apenas por instintos e reflexos condicionados. Dividir o mundo entre “nós” e “eles”, prática indissociável dos intelectuais marxistas, implica assumir a visão de um mundo de objetos, sem sujeitos, cuja consequência necessária é falta generalizada de empatia com o próximo. Eis o perfil real de certos intelectuais que denunciam atentados à “outridade”, e que, quando convém, utilizam a palavra crime entre aspas.

Yarochewski prossegue invocando Salo de Carvalho, advogado e professor, que diz haver um “sintoma contemporâneo” que denomina “vontade de punir”. Nada pode ser mais projetivo: ao medir o outro com sua própria régua, o citado jurista não faz nada além de criar um espantalho com quem brigar, de pronto decalcando-lhe na testa o oposto de seu ideário laxista (a vontade férrea de não punir bandidos que não respeitam nenhuma “outridade”). Por meio dessa variante da cosmovisão “nós x eles”, retira providencialmente o debate do campo da discussão sobre a necessidade de punição para a seara da voluntariedade. Note-se que é exatamente essa a condição mental na qual surge a decisão de cometer um crime. Carvalho parece identificar-se com esse voluntarismo, para o qual quer atrair, na base de um tu quoque invertido, os que defendem resposta adequada e proporcional à conduta de um malfeitor. Essa postura intelectual abre campo a uma discussão que resultará inexoravelmente na escolha do tipo de arbítrio que deve prevalecer. Daí porque o próprio Salo nos impõe um dilema, sem notá-lo, entre dois tipos de arbítrio: o da “democracia substancial” (marcação “neutra” ou com aparência científica), que blinda a decisão de delinquir sob uma carapaça causal-determinista, ou o “das macropolíticas punitivistas (populismo punitivo), dos movimentos políticos-criminais encarceradores (lei e ordem e tolerância zero) e das teorias criminológicas neoconservadoras”, marcados com rótulos de intenção de significado infamante, que nem de longe refletem o apelo à justa retribuição que embasa o pensamento “analisado”.

Por fim, Marildo Menegat, pós-doutor em Filosofia, sob aplausos efusivos de Gramsci e Alinsky desde algum círculo profundo do inferno, clama pela “politização” do debate, “o único caminho para pôr termo, quem sabe aos martírios e sacrifícios desde sempre praticados” pela “espécie” humana. Não se sabe em que sentido a politização da potência de fazer o mal poderia servir para corrigir essa tara inata dos indivíduos humanos, que se atualiza pari passu com seu tratamento “politizado”. Mas por que não buscar reduzir os “martírios e sacrifícios” provocados por tantos criminosos “empoderados” pelo discurso justificador e pela cultura da bandidolatria, de cuja conduta resulta o sacrifício de 60.000 brasileiros por ano? Pois, alheio a isso, Menegat propõe que “é hora de nos entregarmos à realização da liberdade e, para isso, o fim das prisões torna-se imperativo”, sem esclarecer a liberdade de quem seria “realizada” com o fim das prisões e a consequente libertação de toda sorte de assassinos, assaltantes, traficantes e estupradores. No entanto, há algo a comemorar no discurso, que encerra, com chave de ouro, o trailer do inferno coletado com luvas de laboratorista pelo mestre Puggina: a confissão espontânea, compartilhada pelos desencarceramentistas, da mais descarada apologia do abolicionismo penal. É evidente que convém a esse grupo ideológico travestido de científico, em sua “sanha” laxista e seu abolicionismo “colérico”, que as prisões sejam lugares cada vez mais inabitáveis, para que possam berrar neuroticamente, aos quatro ventos, a “falência” do sistema e exigir de modo autoritário sua extinção. Quando um porta-voz dessa ideologia afirma que o sistema carcerário “faliu”, é algo como Caim avisar candidamente que Abel “morreu”.

Para esses intelectuais orgânicos, apontar racionalmente a necessidade de uma punição adequada aos crimes cometidos voluntariamente por agentes individuais – abordando do ponto de vista empírico a chaga da impunidade – torna-se, num grotesco truque de mágica, “desejo” de punição, “cólera” e “sanha” persecutórias, “neurose” e delírio de onipotência. Exclui-se da esfera do pensamento racional a argumentação do oponente de ideias para jogá-la indevidamente na seara da psicopatologia. Sobre isso, diria Pirandello: ma non è uma cosa seria! Nesse campo, quanto mais a vítima da artimanha maliciosa se defende, mais louca parece aos desavisados. Ante tamanho grau de impostura com verniz de pseudociência, só resta render-me à “metodologia” desses doutos ilusionistas e desmascará-los: “é golpe!”.

Sempre desconfiei que esses senhores julgassem idiotas todos os demais membros da humanidade, à exceção dos iniciados nos ritos de sua igrejinha acadêmica. Mas não imaginava que fizessem tão pouco da inteligência alheia, ignorando ao mesmo tempo a catastrófica situação de sua própria. Esse paradoxo é muito bem observado e descrito por Flávio Gordon, para quem esses intelectuais são as primeiras vítimas do fenômeno que ele denomina, em seu extraordinário livro homônimo, “a corrupção da inteligência”, espécie de corrupção não criminalizável porque não se refere a um fenômeno causal, mas é fruto de uma alteração substancial do ser que afeta de forma trágica o intelecto e a personalidade do agente-vítima. Quem quer que pretenda nunca mais entender coisa alguma, que ingresse resoluto nessa prisão mental e jogue a chave fora, como fazem esses homens. Sendo essa uma decisão livre, de nada adianta buscar culpados que não sejam as próprias vítimas desse longo e doloroso processo de suicídio intelectual.

Essas observações aparentemente irreverentes não constituem de maneira alguma insultos ou adjetivações gratuitas. Busca-se uma descrição que só adquire contornos ácidos justamente por respeitar o objeto, descrevendo-o com fidelidade. Vimos que esses intelectuais ousam sugerir, senão afirmar, que impunidade não existe neste paraíso perdido. Não passaria de um “discurso midiático” forjado para gerar “autoritarismo” e “criminalizar” os “excluídos”. É perceptível que, não dispondo de meios racionais para refutar uma realidade indesmentível e brigar com os fatos (4), somente resta-lhes um apelo emotivo: imputar intenções malignas e soturnas, temperadas de estupidez e ignorância, àqueles que ousam descrever o que qualquer um vê com os olhos da cara. Arrogam-se a condição de defensores de uma humanidade que só amam em abstrato. A impunidade real cuja ostensividade e feiúra estampada em seus frutos cotidianos é insuportável à visão daqueles que se comportam ao modo avestruz, deve ser, juntamente com a humanidade de carne e osso que sofre com a criminalidade, convenientemente posta de lado e excluída do debate. Em seu lugar, entra em cena uma “impunidade” prêt-a-porter, mistificada, retórica e evanescente, moldada como espantalho para uso dos “defensores” de um humanismo sem humanidade, abstrato, insípido, inodoro, incolor e sem sangue. Assim, esperam tornar politicamente incorreto o uso da própria palavra “impunidade” e estigmatizar quem dela se vale como instrumento de descrição dos fatos.

É preciso estar demasiado fora da realidade para crer haver “punitivistas encolerizados” à mancheia, como lobos perseguidores, prontos a devorar pobres cordeirinhos marginalizados (5) pela sociedade e empurrados inexoravelmente para a criminalidade por culpa de entidades etéreas como “capitalismo tardio” e “sistema burguês”. De fato, parafraseando o professor Percival Puggina, a imagem do restante da biblioteca deve ser imprópria para menores, e aqueles que sustentam nossas universidades com o suor do próprio rosto, na vã ilusão de estar investindo em conhecimento e ensino “superior”, devem atentar para esse tipo de conteúdo nefasto e imbecilizante, a ser neutralizado não mediante censura, mas pela persistente exposição dessas ideias, por si aptas a causar repulsa, e pela contínua análise crítica desse pensamento destrutivo. Somente assim serão criados anticorpos intelectuais para defesa de mentes incautas, expostas ao fluxo torrencial desse ideário maligno nas artes, nos meios de comunicação e nos ambientes acadêmicos.

Referências:

(1) http://www.puggina.org/artigo/puggina/conheca-o-pensamento-dos-defensores-da-impuni/10951

(2) ROGER SCRUTON, “Uma Filosofia Política: Argumentos para o Conservadorismo”. É Realizações, p. 137.

(3) Vivemos em um país cujos níveis de elucidação de homicídios atinge até 8% (ainda assim superior à taxa de esclarecimento dos crimes em geral), que registra mais de 1.700.000 roubos por ano (dos quais um Estado como o Rio de Janeiro consegue apurar menos de dois por cento dos autores), em que há cerca de 700.000 mandados de prisão em aberto (o número de foragidos supera o de encarcerados em nosso país “autoritário”), e onde a punição efetivamente aplicada dilui-se em progressões de regime carcerário cuja velocidade é turbinada com remições, “prisões” domiciliares, monitoramento eletrônico, fugas etc.

(4) Uma dessas “vítimas do sistema” é o hoje “jurista” Marcinho VP, líder da facção criminosa Comando Vermelho. Recentemente, VP anunciou que irá lançar um livro sobre o que entende por “direito penal do inimigo”, que muito bem poderia ser prefaciado por qualquer um dos doutos aqui citados: as ideias defendidas pelo novel “doutrinador”, atualmente hóspede da Penitenciária Federal de Mossoró, RN, muito se assemelham aos excertos analisados no presente texto.

Fonte: midiasemmascara.org

(*)Leonardo Giardin de Souza, promotor de justiça, é, juntamente com Diego Pessi, autor do livro ‘Bandidolatria e Democídio‘.

Publicado no site de Percival Puggina, escritor e colunista do Mídia Sem Máscara.

segunda-feira, janeiro 22, 2018

As feministas e mais uma hipocrisia nada leve




por Marcelo Faria(*).

 GERALD THOMAS Diretor de teatro, fez isto ao vivo e a cores na TV
e os artistas de esquerda e as mesmas feministas  calaram-se

A polêmica de hoje é o funk (me recuso a chamar de música) excluído do Spotify porque femimimistas o acusaram de fazer “apologia ao estupro”. O “cantor”, MC Diguinho, foi atacado por causa do trecho “taca bebida, depois taca pica e abandona na rua”.

Vamos ignorar, neste texto, o fato das femimimistas atacando o funkeiro serem as mesmas que defenderam, em nome da “liberdade artística”, uma garota de cinco anos tocando em um homem nu dentro de um museu. Curioso como elas não reclamaram de apologia ao estupro naquele caso.

Enfim, resolvi dar uma olhada em outros funks no “Top 10” do Spotify.

A primeira, “Vai Malandra” de Anitta, tem trechos como 

“vai malandra, ê, tá louca, tu brincando com o bumbum”, “descer, quicar até o chão”, “taca, taca, taca”, “see my zipper put that ass on it” (“veja o meu zíper, coloque essa bunda nele”) e “I’m tryna spank it” (“estou tentando espancá-la”).
Mesmo assim, foi exaltada pela mídia e por toda a esquerda, incluindo as femimimistas,
como exemplo de “empoderamento feminino”.

A terceira, “Agora Vai Sentar” de MCs Jhowzinho e Kadinho, é igualmente “educativa”: 

“Você vai sentar por cima e o DJ vai te pegar, tu pediu, agora toma, não adianta tu voltar, menina, agora você vai sentar, dou tapinha na potranca, com o bumbum ela balança”. 


Nem um pio das femimimistas.

A oitava, “Ritmo Mexicano”, do MC GW, então, é uma beleza:

“Novinha do popô grande, quantos anos você tem? Êta, novinha, tu tá rebolando bem” e “esse é seu momento e faz o que tô te pedindo”

Novamente, zero choro.

Ou seja, a não ser que as femimimistas brasileiras sejam ouvintes de Bach, Beethoven e Mozart – e tenham descoberto apenas em 2018 que funk é sinônimo de putaria – é possível perseguir praticamente todos os funks já feitos no Brasil. É LIXO puro.

Ou você pode, por exemplo, não fazer um auê por causa de um funk, levando-o para toda a mídia de uma vez, o que certamente fará o “cantor” ganhar ainda mais fama e dinheiro.



Melhor ainda: que tal parar de ouvir merda e aprender a ouvir música? Garanto que o funk não durará muito tempo se todos fizerem isto.

PS: Abaixo-assinado e boicote magicamente deixou de ser “censura” (nunca foi, na verdade). Bom saber.


Marcelo Faria(*) é Presidente do ilisp.org e empreendedor