segunda-feira, janeiro 22, 2018

As feministas e mais uma hipocrisia nada leve




por Marcelo Faria(*).

 GERALD THOMAS Diretor de teatro, fez isto ao vivo e a cores na TV
e os artistas de esquerda e as mesmas feministas  calaram-se

A polêmica de hoje é o funk (me recuso a chamar de música) excluído do Spotify porque femimimistas o acusaram de fazer “apologia ao estupro”. O “cantor”, MC Diguinho, foi atacado por causa do trecho “taca bebida, depois taca pica e abandona na rua”.

Vamos ignorar, neste texto, o fato das femimimistas atacando o funkeiro serem as mesmas que defenderam, em nome da “liberdade artística”, uma garota de cinco anos tocando em um homem nu dentro de um museu. Curioso como elas não reclamaram de apologia ao estupro naquele caso.

Enfim, resolvi dar uma olhada em outros funks no “Top 10” do Spotify.

A primeira, “Vai Malandra” de Anitta, tem trechos como 

“vai malandra, ê, tá louca, tu brincando com o bumbum”, “descer, quicar até o chão”, “taca, taca, taca”, “see my zipper put that ass on it” (“veja o meu zíper, coloque essa bunda nele”) e “I’m tryna spank it” (“estou tentando espancá-la”).
Mesmo assim, foi exaltada pela mídia e por toda a esquerda, incluindo as femimimistas,
como exemplo de “empoderamento feminino”.

A terceira, “Agora Vai Sentar” de MCs Jhowzinho e Kadinho, é igualmente “educativa”: 

“Você vai sentar por cima e o DJ vai te pegar, tu pediu, agora toma, não adianta tu voltar, menina, agora você vai sentar, dou tapinha na potranca, com o bumbum ela balança”. 


Nem um pio das femimimistas.

A oitava, “Ritmo Mexicano”, do MC GW, então, é uma beleza:

“Novinha do popô grande, quantos anos você tem? Êta, novinha, tu tá rebolando bem” e “esse é seu momento e faz o que tô te pedindo”

Novamente, zero choro.

Ou seja, a não ser que as femimimistas brasileiras sejam ouvintes de Bach, Beethoven e Mozart – e tenham descoberto apenas em 2018 que funk é sinônimo de putaria – é possível perseguir praticamente todos os funks já feitos no Brasil. É LIXO puro.

Ou você pode, por exemplo, não fazer um auê por causa de um funk, levando-o para toda a mídia de uma vez, o que certamente fará o “cantor” ganhar ainda mais fama e dinheiro.



Melhor ainda: que tal parar de ouvir merda e aprender a ouvir música? Garanto que o funk não durará muito tempo se todos fizerem isto.

PS: Abaixo-assinado e boicote magicamente deixou de ser “censura” (nunca foi, na verdade). Bom saber.


Marcelo Faria(*) é Presidente do ilisp.org e empreendedor

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