sexta-feira, agosto 06, 2010

PRIMEIRO DEBATE: DEU SONO




O medo produz comportamentos estranhos. O medo, dizem alguns, é necessário para que não cometamos erros; o excesso, no entanto, nos acovarda.
O primeiro debate foi a demonstração do medo em excesso; Serra poderia mais.

Os políticos, notadamente aqueles que têm o que dizer, passaram a acreditar nos tais cientistas políticos (gente a serviço do poder, pagos com nosso dinheiro) que fazem crer que o eleitor não gosta de ataques. Se assim fosse o metalúrgico jamais teria chegado ao poder; continuou no poder não por ter passado a ser todo ternura e sim graças à informática. E por causa da falácia Lula-paz-e-amor, os tais cientistas políticos, como juízes da opinião pública, formaram jurisprudência: "Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás": bobagem, aqui ou em Lichtenstein todos queremos ver é o pugilista caindo todo arrebentado.

Não houve surpresas no debate. Plinio - o católico abortista - foi e continuará sendo o porta voz de Marx, ora do Karl ora do Groucho. Marina Silva - a evangélica rejeitada por Manoel Ferreira - continuará sendo petista: Aleluia!. Dilma - a ecumênica abortista - continuará sendo guiada tal qual marionete, mas precisará aprender a completar um raciocínio; por enquanto ela parece não saber se bugalhos, alhos ou... deixa p'rá lá.

E, finalmente, Serra precisará ser mais, muito mais. Serra precisa recobrar a lucidez que sempre teve, precisa ser ousado - e não usado pelos marqueteiros duvidosos -, precisa reaprender a enfiar o indicador na tela da tevê e conclamar o eleitor a ajudá-lo a limpar toda a sujeira petralha. Não será uma tarefa fácil limpar a sujeira do petralhismo, comparável ao catolicismo brasileiro de hoje: os canalhas, de batina ou de macacão, estão espalhados, nas paróquias ou no poder.

Serra pode mais, nós podemos mais, o Brasil pode - e deve querer - mais ou iremos fornecer argumentos para azeitarem as urnas?

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