segunda-feira, dezembro 23, 2013

O samba do teólogo doido!.

O samba do teólogo doido!.

por Heitor de Paola



Às vésperas da comemoração do nascimento de Jesus eis que surge entre nós uma nova história que promete mudar o mundo – ao menos já mudou a conta bancária do autor, incrementada pela venda de 320 mil exemplares da edição em Inglês do livro “Zelota, a vida e a época de Jesus de Nazaré” do muçulmano persa criado nos EUA Reza Aslan (publicado no Brasil pela Zahar).

Quem nos traz a novidade n’O Globo (else?) deste domingo 21/12 é Daniela Kresch (whom else?) o que já é uma péssima indicação. Tomei um Engov e li a reportagem, cujo título é “A vida privada de Jesus”, com o subtítulo “Historiador traça perfil polêmico de camponês nascido fora do casamento que se tornou revolucionário”.

Resumindo: Jesus era um camponês nascido de Maria nos confins da Galiléia, em Nazaré, após enviuvar de José (outros afirmam que José nunca existiu, é pura invenção de Mateus e Lucas, os únicos Evangelistas que o mencionam, e Jesus teria sido concebido numa relação de Maria com homem desconhecido). A virgindade de Maria, o casamento com José e o nascimento em Belém são apenas mitos criados para “salvar a honra de Maria” e o local do nascimento para que cumprisse os pré-requisitos para ser considerado o Messias, assim como o José inventado ter sido da linhagem de David. O mito de Jesus ser Cristo (o Ungido) é criação de Paulo e os Evangelhos não foram escritos para contar a verdade, mas para mascarar a verdadeira identidade do camponês que, com seu carisma e ensinamentos, fez uma pregação política pelos pobres e reuniu inúmeros seguidores. Estes o seguiram até Jerusalém para fazer uma revolução popular que deixou os romanos em polvorosa.

Confessem leitores: não dá para um magnífico enredo de escola de samba? O cara se diz mestre em teologia e doutor em sociologia, mas não será um carnavalesco rivalizando com Stanislaw Ponte Preta? Quisera eu ter a verve de Sérgio Porto para compor um Samba do “Teólogo” Doido. Com certeza Olavo de Carvalho dirá do gajo: “Teólogo uma ova!” (e otras cositas mas!).

Diz a jornalista (sic): “Há dois mil anos a Humanidade tenta desvendar o mistério de Jesus de Nazaré que se tornou Jesus Cristo para bilhões de fiéis”. Pois é, para estes últimos não há mistério algum: só o do da Santíssima Trindade que é aceito como tal: um mistério divino que não é dado ao homem entender, apenas crer - é a base do cristianismo.

É claro que o escritor declara antes sua imensa admiração abobalhada pelo homem Jesus com o qual se diz fascinado! É a famosa vaselina!

Numa entrevista com Laura Green, da FoxNews, que lhe questionou, diz ele (e Kresch inclui): “Ela parecia acreditar que o livro é um ataque ao cristianismo o que não é verdade. Quando pilares de uma fé são questionados por historiadores há quem se irrite. Mas não é necessário que isso aconteça. Alguns pensam que, porque trato Jesus sem o viés da divindade, digo que ele não era especial, único. Ao contrário: pensar nele como um homem o transforma numa figura mais revolucionária e extraordinária”.

Este cara é doido, ou acha que seus leitores cristãos são burros? Será que ele acredita que algum leitor cristão, se houver algum, vai sentir sequer um mínimo abalo em sua fé? Cristãos, arrependei-vos, o verdadeiro messias é Aslan, o Descobridor da Verdade! A audácia do bofe!

Ora bolas, e eu ainda me dou o trabalho de escrever sobre esta palhaçada!

Fonte: Mídia Sem Máscara

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