quarta-feira, julho 02, 2014

Em um ano de socialismo, mais 737.000 venezuelanos caem na pobreza extrema.











Em um ano de socialismo, mais 737.000 venezuelanos caem na pobreza extrema.

por Luis Dufaur



No primeiro ano do “socialismo do século XXI” sob o continuador de Hugo Chávez, mais 737.000 venezuelanos caíram na pobreza extrema, informou o jornal “El País” de Madri.

A inflação anual atingiu 56,2%, e o “índice de desabastecimento” (calculado sobre o total de produtos vendidos no país) 25,3%.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), o índice de pobreza extrema passou de 7,1% no segundo semestre de 2012 para 9,8% ao mesmo período em 2013.

Quer dizer, mais 737.364 venezuelanos. No total, 2.791.292 cidadãos estão nessa situação deplorável, num país que supera os 30 milhões de habitantes e que em virtude de suas imensas jazidas petrolíferas ostentava uma riqueza invejável. Em outros termos, mais 189.086 famílias ficaram sem recursos para pagar sua alimentação básica.

O “socialismo do século XXI”, que tem tantos admiradores e imitadores no Brasil, orgulhava-se de ter diminuído esses indicadores na última década apelando a planos de redistribuição da riqueza e grandes gastos públicos.

Resultados efêmeros foram obtidos, para alegria dos estatísticos do governo. Mas o artifício não podia durar muitos anos.

Agora, como muitos previam – e por isso eram tidos como profetas de desgraça – a catástrofe aconteceu.

A inflação está sem controle (só 73,8% nos alimentos!!) e a moeda estrangeira não é encontrada em forma legal, mas só a preços astronômicos.

As exportações quase desapareceram. Só fica o petróleo, 96% de cujos proventos vão para o governo, que diz não conseguir pagar suas dívidas mais básicas.


A atividade econômica privada ficou reduzida ao mínimo pela estatização de largos setores e o afogamento cambial, tributário e regulamentar imposto pelo governo “popular”.

A produção petrolífera caiu e a Venezuela despencou no ranking mundial de produtores e exportadores.

O socialismo vende petróleo a países amigos como Cuba, com grandes perdas para financiar a revolução. Ainda paga à China por empréstimos já embolsados.

Relatório publicado pelo jornal El Universal, de Caracas, aponta que o governo aprovou uma transferência de moeda a empresas e particulares do setor produtivo no valor de 20 bilhões dólares através da Cadivi (uma desaparecida agência do governo), mas que o dinheiro nunca chegou aos destinatários.

As estimativas falam que o erário público teria sido depenado pela clique socialista num total equivalente a “95% das reservas internacionais”.

O governo cria continuamente ‘bolsas’ ou ‘programas sociais’ denominados Missões, porém nem estes dão o que prometem.

Os serviços básicos estão diminuindo, faltam alimentos nas prateleiras dos supermercados de Missões, ou ficam inacessíveis no “mercado negro” em que figuras do governo se locupletam.

A Assembleia Nacional (Legislativo), ministros de diversas áreas e até o presidente Maduro são interpelados regularmente, mas fazem caso omisso.

Como explicação, o governo fala de uma fantasmagórica conspiração e uma guerra econômica obviamente desatada pelo “império” – leia-se EUA, o capitalismo, o imperialismo, os ianques, os oligarcas, etc., etc.

Dir-se-ia que um bando de esquizofrênicos apossou-se da Venezuela e a leva para a ruína. Mas não é o caso.

Trata-se de um grupo ideológico teledirigido desde Cuba e afim com a Teologia da Libertação, que quer imergir na miséria e no desespero – que fazem pensar na desgraça eterna do inferno – um continente como a América Latina tão largamente dotado de recursos naturais pela Providência Divina.


Fonte: IPCO

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