quarta-feira, agosto 19, 2015

Cristãos são queimados enquanto o papa se preocupa com assuntos mundanos.










A Indiferença vem de cima
por Raymond Ibrahim










A indiferença para com o sofrimento dos cristãos perseguidos em todo o mundo foi destacada em junho, quando o Papa Francisco lançou sua primeira encíclica independente.

Embora o Papa tenha advertido contra coisas como o aquecimento global e questões relacionadas com o ambiente, não mencionou a difícil situação dos cristãos perseguidos – embora ele esteja bem familiarizado com isso e, apesar de Papas anteriores terem mencionado isso, em ocasiões em que os cristãos experimentaram uma pequena fração da perseguição de hoje.

Encíclicas são tratados formais escritos por Papas e Bispos enviados para todo o mundo. Por sua vez, os Bispos são encarregados de difundir as ideias da Encíclica para todos os sacerdotes e igrejas em sua jurisdição, de modo que os pensamentos do Papa cheguem a todos praticantes da igreja católica.

Se a perseguição fosse mencionada na Encíclica, bispos e as congregações sob seus cuidados seriam obrigados a reconhecer a verdade sobre a perseguição cristã. Talvez uma oração semanal para a igreja perseguida pudesse ser institucionalizada – mantendo o apelo daqueles cristãos desafortunados no centro das atenções, de modo que os católicos ocidentais e outros lembrassem sempre deles, falassem sobre eles, e, talvez mais importante, entendessem por que eles estão sendo perseguidos. Uma vez que as pessoas estejam suficientemente familiarizadas com a realidade da perseguição aos cristãos, poderiam influenciar os formuladores de políticas dos EUA – para começar, a derrubarem políticas que agravam diretamente os sofrimentos das minorias cristãs no Oriente Médio.

Em vez disso, Francisco considerou mais importante emitir uma proclamação abordando o ambiente e as alterações climáticas. Seja qual for a posição tenhamos a respeito destes temas, ele está dizendo que o papa – o único homem do mundo mais bem colocado e de quem mais se espera que fale por milhões de cristãos perseguidos em todo o mundo – está mais interessado em falar pelo "mundo" em si .

Enquanto isso, os cristãos ao redor do mundo em geral, no mundo muçulmano especificamente, continuaram a ser perseguidos e massacrados. Numa história pouco relatada, o Estado Islâmico queimou uma mulher cristã de 80 anos de idade até a morte em uma aldeia a sudeste de Mosul. A idosa teria sido imolada por se recusar a cumprir a lei islâmica.



Um grupo que se autodenomina o "Estado Islâmico na Palestina" espalhou panfletos em Jerusalém oriental ameaçando que iria massacrar todos os cristãos que não conseguirem ser evacuados da Cidade Santa. Os panfletos, que apareceram em 27 de junho, diziam que o Estado islâmico sabia onde os cristãos da cidade viviam, e advertiu que eles tinham até o Eid al-Fitr-19 de julho, quando termina o Ramadã para deixarem a cidade ou serem abatidos. O panfleto foi estampado com a bandeira negra associada ao Estado islâmico. 
Da mesma forma, no Egito, após o ataque suicida frustrado aos antigos templos de Karnak em Luxor – um ponto turístico – o Estado islâmico prometeu um "verão de fogo" para os cristãos coptas. Abu Zayid Al-Sudani, um dos principais membros do grupo, twittou o seguinte: "O bombardeio de Luxor, um verão ardente aguarda o tirano do Egito [presidente Sisi] e seus soldados, e os adoradores da cruz. Isto é apenas o começo."

O restante do resumo da perseguição muçulmana aos cristãos de junho em todo o mundo inclui, mas não está limitado aos seguintes relatos relacionados por tema:

Ataques muçulmanos a Igrejas e Cemitérios cristãos

Turquia: Em 9 de junho, um muçulmano atacou uma igreja no distrito de Kadýköy em Istambul, com um coquetel Molotov, colocando em chamas a porta do prédio. Em um vídeo do ataque, o homem é visto gritando "Allahu Akbar" [Deus é maior] e "Vingança pela mesquita de Al-Aqsa", quando ele joga uma bomba incendiária na Igreja Ortodoxa Triada Aya. A porta do edifício de culto cristão pegou fogo, embora o fogo tenha sido apagado logo após o ataque. O homem foi detido pela polícia.

Egito: Uma bomba foi colocada ao lado de uma Igreja cristã copta – A Igreja da Virgem Maria na cidade de Helwan, parte da Grande Cairo – mas a segurança conseguiu desarmá-la antes que explodisse.

França: Em 7 de junho, dois muçulmanos foram detidos pelas autoridades francesas em conexão com um plano terrorista frustrado para atacar uma igreja perto de Paris em abril passado. As autoridades disseram que eles tinham ajudado Sid Ahmed Ghlam, um estudante de ciência da computação, que tinha planejado um ataque contra igrejas em Villejuif, ao sul de Paris, e é suspeito na morte de uma mulher nas proximidades. Documentos em árabe mencionando a al-Qaeda e o Estado Islâmico foram encontrados após uma busca na casa de Ghlam. Várias armas militares, revólveres, munição, coletes à prova de balas, computador e equipamentos telefônicos também foram encontrados na casa e no carro de Ghlam.

Zanzibar: os muçulmanos da maioria muçulmana da ilha hostilizaram e perseguiram duas igrejas:

1) Eles forçaram o Pastor Filemom, pai de cinco filhos, a esconder-se e se apossaram de sua igreja New Covenant Church, conseguindo que o senhorio alugasse para eles antes que a locação da igreja terminasse. De uma congregação de 100 membros, agora restaram 25. "Os fiéis da igreja estão muito dispersos", disse Philemon. "Alguns membros estão sempre batendo na minha porta pedindo um lugar para a adoração." O pastor também está ajudando a cuidar de vários convertidos do islamismo que fugiram de suas casas devido à perseguição e está lutando financeiramente para ajudá-los ao mesmo tempo, que sustenta sua própria família, que inclui cinco filhos.
2) Nos limites de Zanzibar City, em Chukwani, os muçulmanos fizeram falsas reivindicações de terra, a fim de atingir outra igreja com despesas judiciais. Disse o Pastor Lukanula: "Os muçulmanos estão esperando o momento em que deveremos deixar de comparecer à audiência judicial, o que implica perder o caso e, posteriormente, ter que pagar uma quantia substancial de dinheiro." Diante das falsas alegações sobre a propriedade da terra que foram feitas, o líder de uma mesquita local disse ao pastor: "Nós não queremos ver uma igreja aqui em Chukwani." E, em 2007, os muçulmanos da área demoliram a estrutura original em construção.

Iraque: O Estado Islâmico afixou avisos em torno da cidade capturada de Mosul anunciando que a Igreja Catedral Siríaca Ortodoxa de Santo Efrém, tomada há um ano, deve ser tornar a "mesquita dos mujahedeen", ou “Jihadis”. O novo nome foi anunciado no dia do aniversário da data em que a igreja foi tomada. A bandeira islâmica indicando o Shehada – ou seja, "não há deus senão Alá e Maomé é o mensageiro de Deus" – foi colocada sobre o edifício. "Se eles trocaram uma igreja por uma mesquita é mais uma prova da sua limpeza", disse o presidente de Uma Demanda por Ação, um grupo que defende a proteção das minorias no Oriente Médio. "Eles destroem nossos artefatos, nossas igrejas e tentar apagar-nos de todas as maneiras que puderem."

Líbia: Ainda um outro cemitério cristão após a "Primavera Árabe" na Líbia foi recentemente profanado por militantes muçulmanos. Descrito por testemunhas como muçulmanos "Salafi", os profanadores de túmulos destruíram cruzes e lápides, e cavaram sepulturas na antiga parte cristã de Trípoli nas primeiras horas da manhã de 3 de junho. As forças de segurança encarregadas de proteger a região não fizeram nada para parar ou prender os profanadores.

Massacre muçulmano de cristãos

Egito: Dois cristãos foram mortos em circunstâncias questionáveis:

1) O único cristão em sua unidade de exército foi encontrado morto em uma cadeira no escritório da base militar onde ele estava estacionado. Em 24 de junho, Bahaa Gamal Mikhail Silvanus, 23, um recruta do exército egípcio, foi encontrado com dois ferimentos de bala em seu peito e uma arma a seus pés. Parentes que mais tarde viram o corpo também dizem que havia ferimentos em cima de sua cabeça, como se tivesse sido atingido por um objeto sólido. A posição militar oficial é que o copta cometeu suicídio. Família, amigos e líderes da igreja discordam veementemente. Eles apontam que aqueles que cometem suicídio raramente são capazes de atirar duas vezes – ou de ferir-se primeiro no topo da cabeça com objetos contundentes – bem como o fato de que Silvanus era um homem feliz com uma fé forte, um diploma universitário em música e planos para entrar na vida monástica. "Meu filho foi morto por alguém. Ele não se matou”, disse o pai, Gamal Silvanus, que havia aconselhado seu filho a terminar seu serviço militar, trabalhar durante cinco anos para ajudar a sustentar a família, em seguida, entrar num mosteiro. Um amigo do cristão falecido, que deseja permanecer anônimo, disse que Silvanus tinha confiado a ele que ele era regularmente pressionado por outros soldados em sua unidade para se converter ao Islã: "Ele me disse que a perseguição dos recrutas muçulmanos fanáticos no batalhão contra ele tinha aumentado nos últimos dias, e que eles o ameaçaram de morte e que iriam matá-lo se ele não se convertesse ao islamismo".[i]

2) De acordo com a MCN, "O oficial de polícia Mohammed Megalli, que matou uma mulher copta, costumava insultar os coptas do distrito e tratá-los com desprezo, disse Nour Rashad, um primo da mulher copta. Sarah Youssef Ghali foi acidentalmente morta a tiros por Megalli, um policial da Delegacia de Polícia de Manshiet Nasser no Cairo. "
Uganda: Uma mãe de 11 filhos, que, junto com seu marido, apostatou do Islã e se converteu ao cristianismo quase um ano antes, foi morta por envenenamento em 17 de junho em uma vila no leste de Uganda. Namumbeiza Swabura, mãe de um bebê de 5 meses de idade, morreu depois que sua cunhada a visitou e se ofereceu para preparar uma refeição para ela. Muhammad, seu marido, chegou logo depois que sua esposa tinha acabado de comer a comida preparada por sua irmã, que já havia partido. Sua esposa queixou-se de dor de estômago que começou imediatamente depois de comer a comida.

Segundo o Morning Star News: A dor de Swabura piorou quando ela começou a vomitar e seu nariz começou a sangrar incontrolavelmente seu rosto ficou pálido, e duas horas depois, ela morreu em sua casa quando Muhammad estava tentando alugar um carro para levá-la a um hospital, disseram. Sua cunhada passou a se esconder, disseram as fontes. Swabura e seu marido tinham recebido várias ameaças de morte desde a declaração de sua fé em Cristo, de acordo com Muhammad. Durante uma visita do Morning Star News à área no final de maio, ele disse, "Nós estamos temendo por nossas vidas, pois, os muçulmanos estão ameaçando matar-nos, se continuarmos no cristianismo." Além de seu filho e marido, esposa Swabura deixa para trás 10 outras crianças.

Submissão: Desprezo genérico e Discriminação contra "infiéis"

Etiópia: Em 25 de abril, a polícia invadiu um culto cristão em Asella no limite sul da capital, Addis Abeba. A Igreja de Asella tinha acabado de batizar 40 novos convertidos ao cristianismo, o que levou às prisões em massa. Um dos detidos, um ex-muçulmano que se converteu ao cristianismo conhecido apenas como "Palus Ejigu", disse, “Nós estávamos reunidos para compartilhar e encorajar uns aos outros com a Palavra de Deus. Depois que terminou o serviço, a polícia nos prendeu. Alguns de nossos amigos fugiram quando viram a forma ríspida como fomos tratados”. Depois de semanas de sofrimento em más condições nas prisões e de abusos, Ejigu foi finalmente liberado. Mas, cinco dias depois, quatro homens mascarados forçaram-nos a se ajoelhar, colocaram uma pistola em sua boca, e ordenaram-lhe que matasse dois amigos do pastor, ou então seus filhos morreriam:

Fui ordenado a seguir as instruções de quatro pessoas mascaradas, armadas, que falavam na língua Oromo. Eu também fui golpeado duas vezes e mandaram que me ajoelhasse. Eles colocaram a sua pistola na minha boca e me deram instruções para matar os pastores Nebiyou e Legesse. Ejigu foi instruído a realizar a missão no prazo de três meses. Se fosse bem sucedido, prometeram-lhe uma vida mais fácil. Mas se ele falhasse ou recusasse, os assaltantes mascarados prometeram assassinar seus três filhos. A família muçulmana de sua esposa já tinha levado as crianças para longe dele, de acordo com a lei islâmica.

Egito: Várias histórias que demonstram o status inferior das minorias cristãs ocorreram:

1) O diretor de uma escola em Sohag tem recusado abertamente a inscrição de estudantes cristãos, simplesmente com base em sua religião. Quando coptas e outros protestaram – a lei atual do Egito está do seu lado, o diretor descaradamente declarou que "Enquanto eu estiver presente na escola, nenhum aluno cristão será aceito”.

2) A colunista popular egípcia Karima Kamal escreveu que, embora a Constituição egípcia estipule igualdade perante a lei, o Judiciário não aplica esta disposição e recusa o testemunho dos cristãos contra os muçulmanos nos tribunais. A evidência apoia sua reivindicação. Algumas semanas antes, a seguinte carta foi publicada em mídia árabe:

Ontem eu sofri um choque extremamente duro e psicológico. Fui ao tribunal com um dos meus vizinhos, uma viúva, para servir como testemunha em um caso de herança. Outro vizinho e testemunha que nos acompanhou era um jovem cristão. Nós todos vivíamos como uma família. Imaginem meu choque, então, perante o juiz que muito grosseiramente e com desaprovação incompreensível rejeitou o testemunho do jovem [cristão] [dizendo]: "É inaceitável que um cristão testemunhe contra um muçulmano". Na verdade, a lei islâmica sustenta que o testemunho de um "infiel" não pode ser aceito contra um muçulmano.

3) Al Azhar – indiscutivelmente a mais prestigiada universidade do mundo islâmico – continua a incitar os muçulmanos do Egito contra os cristãos. Recentemente, a universidade foi flagrada distribuindo um panfleto grátis dedicado a desacreditar o cristianismo. Está cheio de ataques diretos contra o cristianismo em geral, e os cristãos coptas do país em particular. Cristianismo é referido como uma "religião fracassada", enquanto o Islã é saudado como a verdadeira e superior religião. Devido às "sementes de fraqueza" inerentes ao cristianismo e à Bíblia, diz o panfleto, o Islã foi facilmente capaz de suplantá-lo no Oriente Médio. Nenhuma menção às conquistas islâmicas violentas é feita.

Irã: tribunal revolucionário do Irã condenou 18 cristãos convertidos por acusações que incluem evangelismo, propaganda contra o regime, e criação de igrejas domésticas para praticar sua fé. As sentenças somaram quase 24 anos (a falta de transparência no sistema judicial rigidamente controlado do Irã não permite uma atribuição das sentenças individuais). Os réus também foram impedidos de organizar de reuniões em igrejas domésticas casa e foram proibidos por dois anos de sair do Irã. Os cristãos, muitos dos quais foram presos em 2013, foram condenados nos termos do artigo 500 do Código Penal Islâmico, que estabelece que "Qualquer um que se envolva em qualquer tipo de propaganda contra a República Islâmica do Irã ou a favor de grupos de oposição e associações, deve ser condenado de três meses a um ano de prisão. "[ii]

Nigéria: Mais de 200 meninas continuam desaparecidas depois que o Boko Haram atacou uma escola pública em 2014, sequestrando dezenas de jovens em sua maioria cristãs. Fugitivos continuam a dar testemunho da lavagem cerebral que eles enfrentaram de seus captores. Alguns foram orientados a cortar as gargantas dos cristãos e a realizarem ataques suicidas. Uma testemunha disse que às meninas Chibok foi dado status especial quando "professores" mandam que elas memorizem o Alcorão e ensinem as outras a fazê-lo. As meninas são flageladas se não souberem recitar o Corão.

Paquistão:

1) Os "advogados" de um homem cristão preso no Paquistão sob a acusação de profanar o Alcorão em Maio passado [iii] estão na verdade trabalhando contra ele. Humayun Faisal, um cristão deficiente mental permanecerá na prisão porque seus advogados retiraram o seu pedido de libertação sob fiança. De acordo com a associação de advogados cristãos da ONG "Lead", durante a audiência de 27 de junho diante da Alta Corte de Lahore, os advogados de Faisal cancelaram oficialmente o pedido de fiança, anteriormente apresentado por outros advogados. Disse a Lead: [Há advogados que] intervêm em casos em que os cristãos são acusados de blasfêmia ou outros crimes e, em vez de obter justiça, não operam no interesse dos acusados, seus clientes, mas agem para outros fins.

2) Mumtaz Masih, um cristão, foi recentemente libertado da escravidão forçada pelo seu empregador muçulmano. Masih tinha um acordo com seu empregador muçulmano, parte do qual era de que Masih permaneceria sempre na propriedade do seu empregador exceto uma vez por mês, quando ele receberia o pagamento e poderia ir para casa para visitar sua família. Em julho de 2014, o patrão deixou de pagar Masih, o proibiu da visita á sua casa e, efetivamente, o transformou em um escravo. A esposa de Masih procurou ajuda quando o marido parou de vir. Depois de um processo judicial de habeas corpus em 29 de Maio, um oficial de justiça foi encarregado de localizar Masih, que foi encontrado na propriedade de seu patrão em um quarto trancado. Embora o trabalho forçado seja ilegal no Paquistão, muitos cristãos pobres vivem e trabalham em tais condições.

Sudão: Em 25 de junho, 12 jovens cristãs foram detidas devido às suas "roupas escandalosas" pela Polícia de Ordem Pública quando elas deixavam a igreja batista em El Izba, Cartum. As jovens, vestindo calças e saias, foram transferidas para uma delegacia de polícia duas delas foram absolvidas na sexta-feira, depois que os agentes da Polícia de Ordem Pública reconsideraram a sua opinião sobre as suas roupas. As outras dez foram acusadas de "atos contra a moralidade pública" nos termos do artigo 152 do Código Penal de 1990. "As jovens participavam de uma festa religiosa na igreja, e estavam vestindo fantasias. As acusações são um insulto para a igreja, argumentou o advogado. "Além disso, as alunas foram obrigadas a trocar de roupa dentro da delegacia de polícia, o que é uma afronta à sua dignidade".

Turquia: Autoridades fecharam escolas cristãs pertencentes à Associação das Igrejas de Jerusalém. Escolas em vários bairros da cidade do sudeste de Gaziantep, para onde muitos refugiados da Síria haviam fugido, e em três outras regiões, foram fechadas. Apesar de proporcionarem ajuda humanitária muito necessária, as escolas cristãs foram vistas dando Bíblia e outros livros cristãos aos seus alunos refugiados, muitos dos quais vindos de origens muçulmanas.

Filipinas: os cristãos e outros no sul das Filipinas estão expressando fortes temores que a legislação destinada a criar uma sub-Estado islâmico na ilha de Mindanau – legislação destinado a apaziguar os islamistas – só venha a criar mais extremismo contra os cristãos. Eles acreditam que se Bangsamoro, ou "País dos Moro" - Moro é coloquial para "muçulmano" - for governado sob a Sharia, os não-muçulmanos se tornariam cidadãos de segunda classe com direitos reduzidos drasticamente. Os críticos da lei dizem que isso tornaria o governo federal impotente para corrigir violações dos direitos humanos sob a lei islâmica. [Iv] "O que o presidente Aquino está fazendo é uma traição para as comunidades cristãs em Mindanau," disse Rolly Pelinggon, organizador nacional do Mindanauanos por Mindanao (M4M ).

Reino Unido: Nissar Hussain, um ex-muçulmano do Paquistão que se converteu ao cristianismo em 1996, escreveu recentemente uma carta a seu deputado local contando um pouco da violência, abusos e outros ataques que ele e sua esposa e seus seis filhos têm sofrido nas mãos de muçulmanos na área de Bradford onde vivem. [v]

Iraque: De acordo com o membro do Conselho Provincial de Nínive Anwar Mata "mais de 120 mil cristãos [foram] deslocados de Mosul e Nínive após o Estado Islâmico invadir Mosul. Ele observou ainda que "cerca de 20 mil deles migraram para o Iraque desde o ano passado .... A falta de interesse do governo federal para com os cristãos deslocados empurrou-os para migrarem para fora do país ... o dano psicológico e moral foi maior do que a perda de seu dinheiro e bens como resultado da ocupação de Mosul pelo ISIS. "Enquanto isso, a perda de propriedade de Cristiãos foi realizada, não só pelo ISIS, mas por políticos locais no Iraque. Grupos Impostores e fraudulentos, graças a funcionários corruptos, conseguiram a posse ilegal de milhares de casas pertencentes a famílias cristãs em Bagdá, que fugiram da cidade depois da derrubada de Saddam Hussein liderada pelos Estados Unidos, abriram uma jihad virulenta sobre eles. Mohammed al-Rubai, membro do conselho da cidade de Bagdá, disse que quase 70 por cento das casas de cristãos em Bagdá foram expropriadas ilegalmente, e títulos de propriedade foram forjados com a adulteração de registros prediais realizados graças à conivência de burocratas desonestos. A ONG "Bagdá Beituna" calculou que as violações de propriedades cristãs realizadas com a cumplicidade de funcionários públicos corruptos foram cerca de sete mil. Até mesmo os membros do aparelho político e militar têm desfrutado do roubo "legalizado" de propriedades cristãs.

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[I] Mikhial Shenouda, sacerdote sênior de Arcanjo Mikhial, acrescenta: "Uma pessoa que comete suicídio é uma pessoa decepcionada e desesperada, mas Bahaa estava de muito bom humor. Ele estava sorrindo sempre. Ele estava mantendo a palavra de Deus. "Embora os militares e a mídia egípcia dissessem pouco sobre este incidente, centenas compareceram ao seu funeral.


[Ii] De acordo com um relatório 2015 da Comissão dos EUA sobre Liberdade Religiosa Internacional, "Durante o ano passado, houve numerosos incidentes de autoridades iranianas invadindo cultos de igrejas, ameaçando os membros das igrejas, e prendendo e aprisionando fiéis e líderes de igrejas, particularmente os convertidos da Cristã Evangélica ... . Desde 2010, as autoridades arbitrariamente prenderam e detiveram mais de 500 cristãos de todo o país. "Os cristãos são menos de um por cento da população de maioria muçulmana xiita do Irã. "A perseguição sistemática do regime iraniano aos cristãos, bem como bahais, muçulmanos sunitas, dissidentes xiitas muçulmanos e outras minorias religiosas, está ficando pior não melhor", disse o senador americano Mark Kirk (R-Ill.) em um declaração. "Isto é consequência direta da decisão do Presidente Obama de desvincular as demandas de melhorias na liberdade religiosa e os direitos humanos no Irã das negociações nucleares."






[Iii] No domingo, 24 de maio Faisal foi acusado de blasfêmia quando alguns muçulmanos o viram queimando jornais que supostamente continham versículos do Alcorão em árabe. Após a acusação, uma multidão muçulmana agarrou o cristão, bateram severamente nele, e até mesmo tentaram lhe atear fogo. Poucos meses antes, um outro grupo de muçulmanos queimou um casal cristão vivo dentro de um forno depois que eles, também, foram acusados de insultar o Islã. Após o ataque a Faisal, a multidão de muçulmanos, supostamente aos milhares, invadiram o bairro e atearam fogo a casas de cristãos e a uma igreja.






[Iv] A Lei Bangsamoro Básico (BBL), proposta pelo presidente Benigno Aquino III em setembro passado com o objetivo de acabar com décadas de violência rebelde islâmica em Mindanao, foi aprovada por um Comitê Casa Ad Hoc em 20 de maio. A área, que compreende cinco províncias com populações não-muçulmanas consideráveis, já goza de uma certa autonomia e a BBL proposta daria aos líderes independência suficiente para impor a sharia (lei islâmica). A BBL surgiu como parte de um acordo de paz preliminar entre a administração Aquino e a Frente Moro de Libertação Islâmica (MILF), grupo rebelde. Mas elA tem feito pouco para reduzir a violência.The BPFA foi assinado em 2013 como precursor para um acordo de paz final. O governo alegou que não haveria mais ataques de rebeldes muçulmanos em Mindanau depois de ter sido assinado, mas em algumas áreas – incluindo a marca registrada dos ataques islâmicos a igrejas e freiras – tem aumentado.






[V] A carta segue:


Caro Naseem Shah MP,


Eu posso felicitá-lo em meu nome e da família por sua vitória impressionante e não podemos expressar nossa alegria por nosso recém-eleito MP para a divisão de Manningham e desejo-lhe as maiores felicidades para o futuro. Em uma nota séria eu posso expressar a nossa miséria absoluta e terrível situação como cristãos convertidos a partir de uma origem muçulmana Mirpuri desde 1996 [Mirpuri é uma região do Paquistão].


Fomos forçados a sair da nossa casa anterior depois de longo de vários anos de sofrimento como convertidos e, em suma a minha família e eu suportamos o inferno pelos meus colegas homens jovens paquistaneses na forma de perseguição que envolveu agressão, intimidação diária, dano criminoso à propriedade: quebrando janelas das casas e também 3 veículos destruídos, enquanto a comunidade olhava e ainda aprovava isto. Um dos veículos foi incendiado fora da minha casa. Apesar do testemunho de outro veículo sendo abalroado deliberadamente por um homem que eu conhecia, a Polícia nem sequer tomou uma declaração que dizer uma prisão. Finalmente depois de ser ameaçado de queimarem minha casa se eu não saísse, esses jovens deliberadamente colocaram fogo na casa dos vizinhos (que estava desocupada) na esperança de que a nossa casa iria pegar fogo. Quando eu relatei à polícia a resposta do sargento da Polícia foi: "Pare de tentar ser um cruzado e saia" Em suma, a polícia havia voluntariamente nos faltado para não serem rotulados de racistas ou parecerem causar ofensa à comunidade muçulmana em nosso sofrimento e despesas.


Depois de ser forçado a sair em Junho de 2006 nos estabelecemos em St Paul Rd e tentamos reconstruir nossas vidas, que estava indo bem e não tivemos problemas e forjamos boas relações com os vizinhos até que nós contribuímos em um documentário da Dispatches chamado Unholy War destacando a situação dos convertidos do islamismo para o cristianismo em setembro de 2008. Em seguida, os nossos problemas começaram, em grande parte representada pela família A que se têm empenhado em uma campanha para expulsar-nos de nossa casa dada a sua atitude intolerante e conduta completamente sem escrúpulos e, desde julho do ano passado que eles têm se empenhado em causar danos criminosos para o meu veículo ao ponto que eu já ter os pára-brisas do meu veículo esmagado pela quarta ocasião. O incidente mais recente ocorreu em 24 de abril, quando eu tive meu veículo apedrejado nas primeiras horas da manhã e não pude expressar o impacto financeiro também, pois, eu tenho que esperar três semanas porque o vidro tem que ser encomendado dos Estados pois meu veículo é americano. E mais uma vez como em nossa experiência anterior a comunidade paquistanesa tem olhado para nosso sofrimento e fechado os olhos, enquanto outros têm sido abertamente hostil, enquanto desfrutam de liberdade e de liberdade religiosa ou de outra forma, impondo sua vontade e reinando sobre nós e somos tratados como cidadãos de segunda classe.


Como resultado da mais recente dano criminoso, e depois de semanas sem ter o carro até que ele tivesse sido reparado, tomei a liberdade de estacionar meu veículo longe da minha casa para ter paz de espírito, dada a miséria ao longo dos últimos anos, fui diagnosticado com PTSD e minha esposa e família também sofrem estresse e ansiedade. Quando eu fui esta manhã para pegar meu carro eu fiquei mortificado ao descobrir que meu carro foi apedrejado deliberadamente mais uma vez. É evidente que não se pode continuar vivendo assim ... Nossas vidas têm sido sabotadas, tememos por nossa segurança e sofremos de ansiedade diária, para não mencionar os custos financeiros por todos esses danos criminosos.
Eu não posso expressar em palavras a falha da polícia ao longo dos anos, o que levou ao nosso sofrimento e não temos confiança neles e estou desesperado por sua ajuda.


Atenciosamente, Nissar Hussain


Sobre esta série


A perseguição dos cristãos no mundo islâmico tornou-se endêmica. Assim, "A Perseguição dos muçulmano aos cristãos" foi desenvolvida para reunir alguns – não todos – os casos de perseguição que surgem a cada mês. Ele serve a dois propósitos:


1) Para documentar o que a grande mídia não faz: a habitual, se não for crônica, perseguição aos cristãos.


2) Para mostrar que essa perseguição não é "aleatória", mas sistemática e inter-relacionada – isto é, está enraizada em uma visão de mundo inspirada pela Sharia islâmica.


Por conseguinte, qualquer que seja a perseguição esporádica, ela normalmente se encaixa sob um tema específico, incluindo ódio a igrejas e outros símbolos cristãos leis de apostasia, blasfêmia, e proselitismo que criminalizam e às vezes punem com a morte aqueles que "ofendem" o Islã abuso sexual de mulheres cristãs conversões forçadas ao Islã roubo e pilhagem em lugar do jizya (tributo financeiro previsto de não-muçulmanos) expectativas gerais para os cristãos se comportarem como dhimmis intimidados, ou de terceira classe, cidadãos "tolerados" e violência simples e assassinato. Às vezes, é uma combinação dos mesmos.


Tradução: William Uchoa



Raymond Ibrahim é Shillman Fellow do David Horowitz Freedom Center, Judith Friedman Rosen Writing Fellow noMiddle East Forume colaborador da CBN News. É autor de Crucified Again: Exposing Islam’s New War on Christians (2013) and The Al Qaeda Reader (2007). Publicado no Front Page Magazine

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