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quinta-feira, junho 29, 2017

Por que o comunismo não é tão odiado quanto o nazismo, embora tenha matado muito mais?





por Dennis Prager(*)

Eis os seis minutos:


Quando as pessoas descrevem indivíduos ou regimes particularmente maléficos, por que elas utilizam os termos "nazista" ou"fascista", mas quase nunca "comunista"? Considerando o inigualável volume de sofrimento humano causado pelos comunistas, por que o termo "comunista" causa muito menos repulsa que "nazista"?

Os comunistas mataram 70 milhões de pessoas na China[1], mais de 20 milhões de pessoas na União Soviética (e isso sem incluir os aproximadamente 5 milhões de ucranianos[2]), e exterminaram um terço (33%) da população do Camboja. No total, os regimes comunistas assassinaram aproximadamente 110 milhões de pessoas de 1917 a 1987. Adicionalmente, os comunistas escravizaram a população de nações inteiras, como Rússia, Vietnã, China, Leste Europeu, Coréia do Norte, Cuba e boa parte da Ásia Central. Eles arruinaram as vidas de mais de um bilhão de pessoas.

Sendo assim, de novo, por que o comunismo não tem a mesma reputação horrenda do nazismo?

Motivo número 1

Falando bem diretamente, há uma ignorância avassaladora sobre o histórico do comunismo.

Ao passo que tanto a direita quanto a esquerda desprezam o nazismo e estão sempre ensinando lições de seu odioso legado, a esquerda jamais odiou o comunismo. E dado que a esquerda domina o ambiente acadêmico, praticamente ninguém leciona sobre a história maléfica do comunismo.

Motivo número 2

Os nazistas fizeram o Holocausto. E nada se compara ao Holocausto em termos maldade pura.

A perseguição e a captura de praticamente todo e qualquer indivíduo judeu — homens, mulheres, crianças e bebês — no continente europeu e o subsequente envio de todos eles para campos de concentração e trabalho forçado, onde em seguida eram assassinados, foi algo sem precedentes e sem paralelos em termos de perversidade.

Os comunistas mataram muito mais pessoas que os nazistas, mas jamais se igualaram ao Holocausto em termos de sistematização do genocídio. A singularidade do Holocausto e a enorme atenção corretamente dada ao fenômeno ajudaram a garantir ao nazismo uma reputação bem pior que a do comunismo.

Motivo número 3

O comunismo se baseia em teorias igualitárias que soam bonitas e humanistas para os mais ingênuos. O nazismo, não. O nazismo se baseia explicitamente em teorias atrozes.

Intelectuais — inclusive, é claro, os intelectuais que escrevem a história — são, no geral, seduzidos por palavras. Eles tendem a considerar que ações são menos importantes do que palavras e intenções. Por esse motivo, eles raramente dão às horrendas ações do comunismo a mesma atenção que dão às horrendas ações do nazismo. Eles raramente atribuem aos comunistas a mesma responsabilidade que atribuem aos nazistas. Nas raras vezes em que reconhecem as atrocidades dos comunistas, eles as ignoram dizendo que foram perversões do "verdadeiro comunismo", o qual teria sido "deturpado".

No entanto, eles (corretamente) consideram que as atrocidades cometidas pelos nazistas foram as consequências lógicas e inevitáveis do arcabouço teórico do nazismo, o qual não foi deturpado nem pervertido.

Motivo número 4

Os alemães assumiram a responsabilidade pelo nazismo, expuseram completamente suas atrocidades, e tentaram reparar seus erros. Já os russos nunca fizeram nada similar em relação aos horrores perpetrados por Lênin e Stálin.

Muito pelo contrário, aliás. Lênin, o pai do comunismo soviético, ainda é amplamente venerado na Rússia. Quanto a Stálin, como disse o especialista em história da Rússia Donald Rayfield, historiador da Universidade de Londres, "as pessoas ainda negam, assertivamente ou implicitamente, o holocausto de Stalin".

A China fez ainda menos. O país jamais se expiou pelo maior homicida e escravizador dentre todos os comunistas, Mao Tsé-Tung. O governo do país sequer reconhece oficialmente os crimes de Mao, que continua reverenciado na China. Todas as cédulas da moeda chinesa carregam o seu retrato.

Enquanto Rússia e China — e Vietnã, Cuba e Córeia do Norte — não reconhecerem e admitirem as atrocidades que cometeram sob o comunismo, os horrores do comunismo continuarão menos conhecidos do que os horrores cometidos pelo governo alemão sob Hitler.

Motivo número 5

Os comunistas assassinaram majoritariamente seu próprio povo. Já os nazistas mataram relativamente poucos alemães.

A "opinião mundial" — esse termo amoral e praticamente sem significado — considera que assassinatos de membros pertencentes a um mesmo grupo são bem menos dignos de atenção do que o assassinato de quem está de fora. É por isso que, por exemplo, negros chacinando milhões de compatriotas negros na África não obtém praticamente nenhuma atenção da "opinião mundial."

Motivo número 6

Na visão da esquerda, a última "guerra justa" foi a Segunda Guerra Mundial, a guerra contra o nazismo alemão e o fascismo japonês.

A esquerda não considera que guerras contra regimes comunistas sejam "guerras justas". Por exemplo, a guerra americana contra o comunismo vietnamita é considerada imoral. Já a guerra contra o comunismo coreano — e seus apoiadores comunistas chineses — é simplesmente ignorada.




Enquanto a esquerda e todas as instituições influenciadas pela esquerda continuarem se recusando a reconhecer quão atroz, maléfico e desumano foi o comunismo, continuaremos a viver em um mundo moralmente confuso, no qual idéias abertamente comunistas são saudadas por intelectuais influentes e políticos declaradamente simpáticos a este regime são eleitos e respeitados.

Em respeito às vítimas do comunismo, devemos estudar, aprender e divulgar tudo o que elas sofreram sob este regime. Afinal, ainda pior do que ser assassinado ou escravizado é um mundo que nem sequer reconhece que você o foi.

(*)Dennis Prageré autor de livros, colunista de jornais, apresentador de talk show e conferencista. Criou a Prager University, um centro de educação online voltado para a difusão de idéias pró-liberdade e pró-livre iniciativa
Fonte: Mises.org.br

sexta-feira, março 04, 2016

A natureza sexual masculina e a cultura de negação da esquerda









por Dennis Prager (*)



Na véspera do ano novo, em Colônia, na Alemanha, mais de 400 mulheres foram atacadas sexualmente e ao menos 3 foram estupradas por gangues de homens imigrantes, a maioria deles de países árabes.

Existem duas verdades que precisamos confrontar, mas por vivermos na Era da Rejeição de Verdades que Incomodam, não fazemos. Uma verdade que rejeitamos é a de que as mulheres são mantidas em baixa estima no Oriente Médio Árabe e em muitas outras partes do mundo muçulmano. Nossa rejeição é um produto do relativismo moral multiculturalista, que afirma que nenhuma cultura ou sistema de valores é moralmente superior a qualquer outro.

A outra verdade que rejeitamos refere-se à natureza sexual dos homens.

Todas as gerações anteriores de seres humanos dos quais temos conhecimento sabiam que a natureza sexual masculina é predatória. Sem os fortes valores morais trabalhando para inibir sua natureza sexual, os homens seguirão seu impulso natural de agarrar as mulheres a quem são atraídos e abusar delas sexualmente — assim como os machos no mundo animal agarram as fêmeas de sua espécie para o sexo. Ironicamente, as pessoas que mais insistem que os seres humanos são apenas mais um animal são as mais prováveis em negar o aspecto animal da natureza masculina. Em vez disso, elas alegam que os homens são “socialmente condicionados” a verem as mulheres como objetos sexuais — pela nossa “cultura Playboy”, por anúncios sexistas, pela pornografia entre outros elementos do “patriarcado”.

As pessoas que usam esse argumento não apenas ignoram sua própria crença de que os seres humanos são animais, mas também colocam a carroça na frente dos bois. A cultura Playboy, os anúncios que retratam as mulheres como objetos sexuais e a pornografia são resultantes da natureza masculina e não as causas do comportamento sexual predatório dos homens.

Na maioria dos países muçulmanos não há, certamente, nenhum anúncio sexual ou pornografia em lugar algum, e as mulheres não exibem seus corpos — às vezes nem ao menos seu rosto — em público. Mesmo assim, as agressões sexuais são muito mais comuns por lá, e os imigrantes muçulmanos cometem uma porcentagem desproporcionalmente maior de estupros na Europa Ocidental.

Com relação a Europa Ocidental, os anúncios sexuais — com imagens de mulheres quase nuas — são corriqueiros, a pornografia é totalmente disponível e as mulheres vestem o que elas querem (ou não querem) em público, geralmente mostrando bastante o que possuem. E apesar de tudo isso, o estupro e outras formas de violência sexual eram relativamente menores entre os europeus ocidentais antes do enorme fluxo recente de imigrantes muçulmanos.

Obviamente, não é uma nova cultura Playboy, ou a representação das mulheres como objetos sexuais na TV, nos filmes e nos outdoors que causam os estupros. Mesmo assim, a Europa Ocidental, os Estados Unidos e Israel — com taxas de estupro relativamente baixas — é que são as aberrações históricas. Ao longo da história, a menos que seja combatido pela sociedade ou por um forte sistema moral, os homens estupraram as mulheres o quanto puderam.

Apenas observe como os homens têm tratado as mulheres quando as normas sociais e morais são rompidas em tempos de guerra.

O ponto óbvio é que a natureza sexual masculina é programada para ver as mulheres como objetos sexuais e também fazer sexo com o máximo de mulheres possível.

A prova da primeira afirmação [acima] são os homens homossexuais. Eles veem os homens atraentes como objetos sexuais assim como os homens heterossexuais veem as mulheres atraentes. Os gays também foram moldados pela “cultura Playboy” ou pelo “sexismo”? Claro que não.

Considerando que é assim que os homens são programados, por que existe tanta negação do óbvio? Por que os feministas — homens e mulheres — e os outros da esquerda cultural ainda negam as verdades sobre a natureza sexual masculina?

Porque aceitar essas verdades significa reconhecer as enormes diferenças naturais entre homens e mulheres. Mas se você estudou em uma faculdade — ainda mais em uma pós-graduação — em qualquer período dos últimos cinquenta anos, você aprendeu a negar que os homens e mulheres são inerentemente diferentes.

Logo, a esquerda culpa as influências externas — a Playboy, cuja “cultura do estupro” supostamente permeia os campus de faculdades e o patriarcado — pelos estupros, violências sexuais e a exibição de mulheres como objetos sexuais; ou até argumentam que a natureza sexual das mulheres é exatamente como a dos homens: as mulheres querem tantos parceiros sexuais quanto os homens; as mulheres veem os homens como objetos sexuais assim como os homens veem as mulheres, e de que as mulheres sejam tão felizes em fazer sexo sem compromisso da mesma forma que os homens.

E como a esquerda explica o estupro? Como um ato de violência que tem pouco ou nada a ver com sexo. Quase todos os homens que leem isso (que não sejam estudantes de pós-graduação sobre estudos de gênero ou algum outro departamento de artes esquerdista) sabem o quanto é falsa essa afirmação. O estupro é esmagadoramente um ato sexual; é o sexo obtido através da violência. Descrever o estupro como algo essencialmente ligado a violência em vez do sexo é como dizer que o roubo seja fundamentalmente ligado a violência em vez do dinheiro.

Uma das diferenças mais importantes entre direita e esquerda é a negação da esquerda quanto as verdades indesejáveis e o reconhecimento da direita sobre elas. A natureza sexual masculina é apenas um desses exemplos.


Publicado na National Review.

Dennis Prager é colunista e âncora nacionalmente reconhecido em programas de entrevistas de rádio. Seu último livro “The Ten Commandments: Still the Best Moral Code” foi publicado pela editora Regnery. Ele é fundador da Prager University e pode ser contatado em dennisprager.com.

Tradução: Felipe Galves Duarte
Revisão: Hélio Costa Jr.



segunda-feira, fevereiro 03, 2014

É o coração versus a Bíblia.



Por Dennis Prager (*)






Recentemente, entrevistei uma estudante sueca de 26 anos a respeito de suas ideias sobre a vida. Perguntei se ela acreditava em Deus ou em alguma religião.

"Não, isso é tolice," ela respondeu.

"Então como você sabe o que é certo e o que é errado?" perguntei.

"Meu coração me diz," ela replicou.

Em poucas palavras, essa é a principal razão para a grande divergência que há na América, e também entre a América e boa parte da Europa. A maioria das pessoas usa o seu coração –incitado por seus olhos— para determinar o que é certo e o que é errado. Uma minoria usa sua mente e/ou a Bíblia para fazer essa determinação.

Escolha quase qualquer assunto e estas duas maneiras opostas de determinar certo e errado se tornam evidentes .

Aqui vão três exemplos.

-Casamento entre pessoas do mesmo sexo: o coração favorece essa ideia. É preciso ter um coração endurecido para não ser comovido quando se veem muitos adoráveis casais do mesmo sexo que querem comprometer suas vidas mutuamente em casamento. O olho vê os casais; o coração se comove para redefinir o casamento.

-Direitos dos animais: o coração os favorece. É difícil encontrar uma pessoa, por exemplo, cujo coração não se comova ao ver um animal sendo usado para pesquisas médicas. O olho vê o animal fofinho; o coração então equipara a vida animal e a vida humana.

-Aborto: Como se pode olhar para uma menina de 18 anos, que teve relações sem proteção, e não ficar comovido? Que tipo de pessoa sem coração vai lhe dizer que ela não deveria abortar e que deveria dar à luz?

Os olhos e o coração formam uma força extraordinariamente poderosa. Eles só podem ser superados, na formulação de políticas, por uma mente e um sistema de valores que sejam mais fortes do que a dupla coração-olho.

Com o declínio das religiões judaico-cristãs, o coração, moldado pelo que o olho vê (aqui está o poder da televisão), tornou-se a fonte das decisões morais das pessoas.

Este é um problema potencialmente fatal para nossa civilização. O coração pode ser muito belo, entretanto não é nem intelectualmente nem moralmente profundo.

Portanto, é assustador que centenas de milhares de pessoas não vejam problema algum em admitir que o seu coração é a fonte dos seus valores. Seu coração sabe mais do que milhares de anos de sabedoria acumulada; sabe mais do que religiões moldadas pelos melhores pensadores de nossa civilização (e, para o crente, moldadas por Deus); e sabe mais do que o livro que guiou nossa sociedade – dos Fundadores de nossa singularmente bem-sucedida sociedade, passando pelos militantes contra a escravidão e chegando até ao Rev. Martin Luther King Jr. e à maioria dos líderes da luta pela igualdade racial.

Esta exaltação do próprio coração vai bem além da autoconfiança – é a autodeificação.

Uma das primeiras coisas que se aprende no judaísmo e no cristianismo é que os olhos e o coração são geralmente terríveis guias no que diz respeito ao bom e ao santo. "... não se prostituam nem sigam as inclinações do seu coração e dos seus olhos." (Números 15:39); "O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa..." (Jeremias 17:9).

Os apoiadores do casamento do mesmo sexo veem o adorável casal homossexual, e portanto não se interessam pelos efeitos das mudanças no casamento e na família sobre as crianças que não veem. E, como tem veneração pelos seus corações, o ideal bíblico de amor entre homem e mulher, casamento e família, não têm importância nenhuma para eles.

Os corações dos defensores dos direitos dos animais estão profundamente comovidos pelos animais que veem submetidos aos experimentos, mas não pelos milhões de pessoas que não veem que vão sofrer e morrer se pararmos com esses experimentos. 

Da mesma forma, os corações das pessoas que apoiam a PETA (People for the Ethical Treatment of Animals, Pessoas pelo Tratamento Ético aos Animais) estão tão comovidas pela condição dos frangos abatidos que a organização tem uma campanha intitulada "Holocausto no seu prato," que compara o abate de galinhas com o massacre dos Judeus pelos nazistas.

Por 25 anos tenho perguntado a graduandos do ensino médio em toda a América se salvariam seu cão ou uma pessoa desconhecida, caso ambos estivessem se afogando. A maioria tem quase sempre votado contra a pessoa. Por quê? Porque, dizem sem hesitar, eles amam seu cão, não o estranho. Uma geração inteira foi criada sem referência a nenhum código moral acima dos sentimentos do seu coração. Não sabem, e não se importariam se soubessem, que a Bíblia ensina que os seres humanos, não os animais, foram criados à imagem de Deus.

Da mesma forma, aqueles que não conseguem chamar nenhum aborto de imoral estão comovidos pelo que veem –-a mulher desolada que quer um aborto, não pelo feto humano que não veem. É por isso que os grupos pró-direitos abortivos são tão contra mostrar fotografias de fetos abortados – imagens assim podem comover o olho e o coração dos espectadores de maneira a julgar de outro modo a moralidade de muitos abortos.

É inegável que muitas pessoas usaram suas mentes e muitos usaram a Bíblia de maneiras que conduziram ao mal. E algumas dessas pessoas de fato não tinham coração. Mas nenhuma das grandes crueldades do século XX --o Gulag, Auschwitz, Camboja, Coréia do Norte, a Revolução Cultural de Mao—veio daqueles que obtiveram seus valores da Bíblia. E o maior mal deste século XXI, ainda que baseado numa religião, também não veio da Bíblia.

Enquanto isso, a combinação de mente, valores judaico-cristãos e coração produziu, ao longo dos séculos, o sucesso singular conhecido como América. Estribar-se no coração vai destruir esta diligente conquista em uma geração.



Original: It’s the heart versus the Bible - dennisprager.com/its-the-heart-versus-the-bible/

Tradução: Timóteo Kühn