quarta-feira, abril 12, 2006

















Saibam senhores deputados que ocupam cadeiras no parlamento federal, que V.Excias representam o que há de mais daninho, nefasto e pernicioso para o Brasil. Que não fiquem dúvidas que nós, o povo, somos possuidores da total convicção de que, na sua maioria, os senhores e senhoras lá estão apenas para usufruírem dos cargos em favor do proveito próprio, não raro, do enriquecimento ilícito, que traem descaradamente a nação brasileira e o seu povo, acobertados que estão pelo corporativismo e pela absoluta certeza da impunidade. Jamais esqueçam que os seus filhos e netos fazem parte deste país. Os senhores e as senhoras nos causam a mais profunda ojeriza, repulsa, e, sobretudo muito nojo. Certamente que, a cada absolvição de réus confessos, os senhores e as senhoras, não somente diante das câmeras de TVs, mas, e, principalmente, nos corredores fétidos por onde caminham, saúdam, aplaudem e comemoram a vitória do crime, da roubalheira, da corrupção e da impunidade. E, pouco adianta que políticos após as votações venham a publico, ou enviem mensagens via Internet tentando se defender, argumentando que votaram a favor da cassação, portanto, sentindo-se feridos por estarem sendo colocados no mesmo balaio ou vala comum que envolve a bandalheira. É claro, reconheço, existem, embora, pouquíssimos, políticos honestos. Poucos, reitero, são dignos dos cargos que ocupam e dos votos recebidos. Contudo, nesta questão da votação e absolvição de corruptos na câmara federal, considerando que o voto é secreto, que o acórdão entre todos os partidos foi nitidamente estabelecido, fica realmente impossível separar o joio do trigo, e, convenhamos, a palavra de um político nos dias atuais, vale menos do que um palito de fósforo queimado e encontrado na lixeira, aliás, um bom lugar para que muitos políticos habitem juntamente com larvas, ratos, baratas e outros insetos. É notório, há muito que se clama para que se dê um basta com no voto secreto, primariamente quando o tema em julgamento é o roubo, o favorecimento, a falta de ética e a corrupção. Dessa forma, os deputados que se sentem "magoados", sinto muito, deveriam desde os primeiros dias das suas posses gritarem aos quatro ventos serem contra esta excrescência do voto fechado. Não o fizerem por mera conveniência. Agora pagam o preço. Não há desculpas aceitáveis. Entretanto, em particular, gostaria nesse artigo, de lembrar ao eleitor de S. Paulo nomes como João Paulo Cunha ( Osasco e região), Professor Luizinho (região do ABCD), Bispo Vanderval (S. Paulo como um todo, que utiliza da religião para angariar votos) e outros que, descaradamente utilizaram de recursos públicos - dinheiro - de forma escusa para favorecimento e proveito pessoal. Isso, sem falar em Valdemar da Costa Neto que renunciou antes de se submeter ao julgamento dos seus pares, ou, na dona Ângela Guadagnin ( S.José dos Campos e região), está sim, um ser absolutamente repugnante, que dançou e festejou a vitória da balburdia, da bandalheira, da corrupção, e da terra sem lei. Desnecessário discursar sobre Palocci. Por outro lado pergunto a você eleitor: Qual será a sua ação ou reação nas próximas eleições? Você se calará, ou, dará o seu voto a esses indignos? Será que você exercerá ao extremo o seu direito inalienável de cidadania e civilidade, e terá a coragem de utilizar do seu poder de persuasão e formação de opinião, e, de alguma maneira vir a contribuir para impedir que esses indesejáveis voltem a ocupar assentos no parlamento federal, ou mesmo no executivo? Até o momento, o congresso tem feito a parte dele, é verdade, entretanto, de maneira errada, espúria, indecente, nojenta e corporativa. E nós, quando começaremos a fazer a nossa parte, a realizar a assepsia tão necessária, a cuidar do nosso rico país, o Brasil dos brasileiros e não o Brasil dos políticos corruptos, aproveitadores e oportunistas? Que tal ter em mente que "O POVO NÃO DEVE TER MEDO DOS SEUS GOVERNANTES, E SIM, ESTES É QUE DEVEM TER MEDO DO POVO"...

Dr. David Neto
Médico e Jornalista - Ex- Secretário de Saúde e Medicina Preventiva


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