A gente se acostuma, mas não devia
Maria Clara Bingemer, teóloga e professora da PUC
O noticiário dos últimos tempos sobre a cena política brasileira me faz recordar uma crônica da grande Marina Colasanti. Começa assim: "Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia". Acostumar-se à injustiça, ao sofrimento, à dor imerecida, segundo a escritora, vai desgastando a vida, de tanto se acostumar. Acostumar-se a ser ludibriado pela corrupção e descaso que reina entre nossos políticos também.
O noticiário dos últimos tempos sobre a cena política brasileira me faz recordar uma crônica da grande Marina Colasanti. Começa assim: "Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia". Acostumar-se à injustiça, ao sofrimento, à dor imerecida, segundo a escritora, vai desgastando a vida, de tanto se acostumar. Acostumar-se a ser ludibriado pela corrupção e descaso que reina entre nossos políticos também.
Enquanto isso, a corrupção grassa, a responsabilidade recua, a coragem capitula, o desalento impera. Tudo porque a gente se acostuma, embora não deva. Tudo porque é melhor fingir que não viu ou não entendeu. Ou fazer de conta que não dói tanto assim. E poder continuar fingindo que a consciência está tranqüila, e a cabeça no travesseiro será imediatamente seguida do sono que não tem por que não vir. A gente realmente se acostuma. Embora saiba que não devia.Texto na Íntegra, clique AQUI
SOMOS TODOS UNS PIXOTES. NO TENEMOS COJONES DE PARARLOS.
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