O poeta Carlos Drummond de Andrade há de me perdoar, mas vou "me apossar" da sua "A Bunda, que Engraçada" para homenagear a "otoridade" maior desse estado de São Paulo.
O BUNDÃO, QUE ENGRAÇADO
O bundão, que engraçado
O bundão, que engraçado
Está sempre se escondendo, nunca assume
Não importa o que aconteça
no Estado. O bundão basta-se
Existe algo mais? Talvez a covardia
Ora - murmura o bundão - esses garotos
ainda lhes falta muito que estudar
O bundão vê no Neves alma gêmea
em constante titubeio.
Inoperante por si
numa cadência desastrosa, aguardando milagre
de serem os dois apenas um, presidente
O bundão se esconde
por conta própria . E reclama
Conivente agita-se. Descasos
avolumam-se, crescem. Na USP baderna crescendo
num desrespeito infinito.
Protelando lá vai o bundão. Vai feliz
na esperança de o país governar
Evitanto comentar sobre o caos
O bundão é um bundão
redunda.
Imagens do Bagunçódromo: Patricia Santos (Festa Junina) e Globo (Tom Zé)
redunda.
Imagens do Bagunçódromo: Patricia Santos (Festa Junina) e Globo (Tom Zé)
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