por Herman Glanz
Apesar de lutar contra os ataques dos vizinhos e dos não vizinhos, sejam ataques com armas ou ataques políticos, o Estado de Israel é visto como fator de estabilidade para a região.
Uma nova guerra entra em cena: a dos túneis construídos pelo Hamas na Margem Ocidental, não mais somente em Gaza, obrigando as Forças de Defesa a uma nova preparação para enfrentar essa onda de terror. Lutar em túneis não estava no programa, mas aprende-se e se desenvolvem novas armas e novos meios de detecção. E vários cenários de guerra são examinados, inclusive incursões terrestres contra Hizbollah, no Líbano e Hamas, em Gaza, enquanto se espera que esses terroristas se dispersem pelas consequências de lutas internas palestinas e a guerra na Síria. Há quem diga que os mísseis iranianos, no navio apreendido pelos israelenses no início do mês, seriam destinados ao Sinai, pois seria mais fácil desembarca-los, pois em Gaza seriam vistos, pois não desmontáveis. Do Sinai poderiam ser disparados para atingir, inclusive, Tel Aviv.
Para cobrar mais caro a visita do Presidente americano ao Oriente Médio, a Liga Árabe, na reunião de 25 deste mês de março, visando descolar mais ajuda, aprovou mais três nãos: não ao Estado Judeu, não ceder sobre Jerusalém e o Monte do Templo, pois Jerusalém antiga deve ser a Capital palestina, e não aos assentamentos, exigindo um Estado Palestino livre de judeus. E ninguém fala contra esse apartheid – somente se acusa Israel. Alguém já se indagou o porque desse padrão diferenciado? Bem, direitos Humanos não valem para Israel. Apesar de toda a negação, conforme acabamos de mencionar, vários países muçulmanos sunitas, árabes ou não, se entendem com Israel para a defesa contra os xiitas do Irã, do Iraque e do Hizbollah do Líbano. Especialmente a Arábia Saudita se encontra em polvorosa e o Presidente Obama visitou o monarca saudita para explicar os entendimentos com o Irã mas, há sempre um mas.
Declarou Obama que a Arábia Saudita deveria extinguir a escravidão. É uma forma de colocar os sauditas em posição inferior diante das cobranças que faz à posição política americana. Apesar do presidente americano falar em escravidão, não se ouve condenação formal aos sauditas. Quanto a Israel, mesmo não tendo escravidão, é condenado por apartheid. E mais, ninguém condena a Dhimmitude* dos muçulmanos quanto aos não muçulmanos: cristãos e judeus em países muçulmanos são cidadãos de segunda classe. Mas isso não interessa ao Conselho de Direitos Humanos da ONU. Continuem se indagando do porque desse padrão diferenciado.
E enquanto tudo gira em torno da Guerra Fria, da Rússia com a ocupação da Criméia, ficam um pouco esquecidos os outros problemas, como a guerra na Síria, o processo (sempre processo) de paz de Israel com os palestinos, onde a posição política muda. Há um ano atrás, quando Obama e Kerry visitaram Israel, em 20 de março de 2013, o Presidente Obama declarou que os palestinos deveriam reconhecer logo o Estado Judeu, sendo, evidentemente seguido por Kerry. Agora, Obama declara que não se manifesta em favor do reconhecimento do Estado Judeu. Alguém se indaga porque desse padrão diferenciado?
A política muda como as nuvens. Na Europa o antissemitismo reaparece. Na Inglaterra, preocupa o número de presidiários vinculados à al-Qaeda, que fazem apologia nas prisões junto aos demais presos. Falando em Crimeia, no dia de hoje, 30 de março, em 1856, foi firmado o Tratado de Paris, pondo fim à guerra contra a Rússia travada pela Inglaterra, França, Império Turco e o Reino da Sardenha e Piemonte, por causa da Crimeia. Falando em Inglaterra, em 1218, em 30 de março, o Rei Henrique III obrigava judeus a usar uma peça amarela na roupa, em forma das Tábuas da Lei. O antissemitismo é secular. E a Inglaterra tem tradição. Mas a vida segue em frente, e em Israel se cria moeda virtual, que serve para fugir das taxas bancárias. Vamos em frente!
(*)Dhimmitude significa as condições legais e sociais abjetas de Judeus e Cristãos submetidos a shari'a, a lei corânica.
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