segunda-feira, julho 27, 2015

ARROZ DO MST: Dilma promove a Agricultura da Miséria.



por Eduardo Lima Porto, do blog custodoagro




No evento promovido pelas entidades ligadas ao MST (movimento sem personalidade jurídica) em Eldorado do Sul/RS ontem, que reuniu mais de 6.000 militantes e seguidores, mostrou o quanto Dilma e a esquerda em geral são mentirosos.

Disse ela: “Nós estamos vendo aqui hoje que é possível desenvolver uma agricultura familiar de alta qualidade nos assentamentos. Estou falando para todo o Brasil ouvir. Essa é uma experiência que deu certo e que mostra que os assentamentos de Reforma Agrária representam um alto negócio para os assentados e para o País”.

Segundo informações colhidas na imprensa, o trabalho da Cootap (Cooperativa que congrega 15 assentamentos no RS), reúne 522 famílias em 12 municípios.

Os resultados festejados pela Presidente foram, em resumo, os seguintes:

– Produção Total: 463.467 sacas de Arroz (1 saca = 50kg);

– Área Cultivada: 4.648 hectares

– Produtividade: 99,71 sacas/hectare

Sobre os dados acima, cabe uma rápida avaliação econômica:

– Preço do Arroz – 20/03/2015: R$ 35,00/saca (média do RS)

– Receita Potencial: R$ 16.221.345,00

Admitindo, apenas por amor ao debate, que a atividade agrícola tenha gerado uma margem de 25%, teremos então um lucro bruto de R$ 4.055.336,25.

Se efetivamente for verdade que 522 famílias estiveram envolvidas no processo de produção, significa dizer que cada família assentada teve em média um Rendimento Bruto Anual de R$ 7.768,84.

Assumindo que as informações divulgadas sejam verdadeiras, chega-se a uma Renda Mensal Média de R$ 647,40 por família assentada. Considerando que o conceito de atual de família envolve pelo menos um casal, o empreendimento agrícola modelo gerou no máximo R$ 323,70/mês por pessoa.

Enquanto isso, o Piso Nacional do Salário Mínimo é de R$ 788,00/mês e no Rio Grande do Sul os trabalhadores da Agricultura não podem ganhar menos de R$ 1.006,88 mensais. Parece-me que trabalhar por valores menores do que o Salário Mínimo é inaceitável. Alguns poderão até afirmar que se trataria de “Trabalho Escravo”.

Enquanto isso, a “Classe Média” e o “Agronegócio” que sustentam esse País continuam sendo DEMONIZADOS, em discursos, eventos e propagandas realizadas com o dinheiro público.

Nenhum comentário: