segunda-feira, janeiro 18, 2016

Islamofobia & O Politicamente Correto









Islamofobia & O Politicamente Correto.
por Herbert London









De acordo com um plano de 10 anos da Organização da Cooperação Islâmica (OCI) para implementar a Resolução das Nações Unidas 16:18 que criminaliza toda a crítica ao Islam em todo o mundo, a Casa dos Representantes dos EUA emitiu a H. Res. 569 condenando a violência, intolerância e "retórica de ódio" para com os muçulmanos nos Estados Unidos.
Esta proposta vem na esteira da promessa da Procuradora Geral da República Loretta Lynch pós San Bernardino prometendo processar alguém culpado de discurso anti-muçulmano. É claro que a Sra Lynch está disparando um canhão numa mosca. De acordo com o relatório Uniform Crime Report do FBI, houve 1014 casos de crimes de ódio motivados por preconceito religioso em 2014. Desses, 154 – 15,2 por cento – foram anti-islâmicos. Mais da metade foram incidentes anti-semitas. Não só isto é mais um exemplo de que a administração Obama exagera ameaças menores, mas sugere também uma ignorância ou evasão insensível da Primeira Emenda.


As elites progressistas acusam aqueles que condenam o extremismo muçulmano de serem eles mesmos extremistas – alegando que a censura ao Islam radical é uma crítica indiscriminada de todos os muçulmanos. Aqui está um exemplo do que os progressistas chamariam de "islamofobia", apelidado apropriadamente por Andrew Cummins como uma palavra "criada por fascistas, usada por covardes, para manipular idiotas."


De acordo com uma pesquisa da Pew Research 2013, 10 por cento dos muçulmanos (160 milhões) apoiam a violência de motivação religiosa contra os civis em determinadas situações. Quinze por cento acreditam que a execução é justificada para apostasia e quase 23 por cento justificam a matança de mulheres que fazem sexo extraconjugal. Desde 11/9, houve mais de 20.000 ataques terroristas ligados ao Islam.


Por que então as elites progressistas acusam os críticos do Islam radical de islamofóbicos? De acordo com o primeiro-ministro francês Valls esta tática é uma arma dos apologistas do Islam para silenciar seus críticos. É um porrete do politicamente correto para silenciar a oposição.


O que surgiu com esta campanha do politicamente correto é um ataque frontal à liberdade de expressão. Neste paradigma emergente se você criticar o Islam, você é um racista. O Islam tornou-se inatingível, exceto para elogios, ou, pelo menos, aceitação neutra.


Esta tentativa de silenciar as vozes de oposição e de análise crítica ganhou a adesão como a Resolução Casa sugeriria. Claramente uma resolução não é uma lei e, presumivelmente, os membros do Senado vão rejeitar esta proposta no entanto, é preocupante que uma Casa liderada por republicanos tenha sequer considerado a idéia de se opor ao discurso anti-muçulmano. Todo americano, obviamente incluindo os muçulmanos, tem o direito inalienável de viver sem medo e intimidação e praticar idéias religiosas sem interferência.


A questão é a prática da fé de alguém que possa ser incompatível com as disposições da Constituição, incluindo a manutenção das leis da terra e esperando o cumprimento pelo cidadão dessas leis. Tashfeen Malik e Syed Pizwan Farook que mataram 14 dos colegas de trabalho de Farook e feriram dezenas de outros em San Bernardino, Califórnia, foram radicalizados em uma mesquita de acordo com relatórios recentes. Eles não respeitaram as leis desta terra, apesar do fato de que Farook era um cidadão americano. Aqui está o busílis. Os muçulmanos são livres para buscar a sua fé, mas quando ocorre radicalização que desafia a segurança nacional e nosso modo de vida, a censura é apropriada. Isto não é islamofobia é senso comum. A retórica deve ser condenatória, mesmo que muitos membros da Casa não vejam dessa forma.


A liberdade de expressão não é apenas leve e doce representa as dimensões ásperas da vida. A preocupação com a islamofobia é parte da degradação cultural. Vários anos atrás, o filósofo Mortimer Adler disse: "A cultura não é morta por conflitos políticos, mesmo quando eles atingem a violência avassaladora da guerra moderna, e nem por revoluções econômicas, mesmo quando envolvam os deslocamentos de levantes em massa modernos. Uma cultura morre de doenças que são elas próprias culturais. Pode nascer doente, como a cultura moderna o foi, ou pode decair vitalidade insuficiente para superar forças destrutivas presentes em todas as culturas, mas em qualquer caso, a desordem cultural é uma causa e não um efeito de perturbação política e econômica que assolada o mundo hoje em dia. “Se Adler está certo, pode-se perguntar como pode a cultura ser imunizada contra um politicamente correto que protege a violência potencial e corrói os alicerces da nação”?

Tradução: William Uchoa 


(*)Herbert London é Presidente do London Center for Policy Research, senior fellow do Manhattan Institute e autor do livro The Transformational Decade (University Press of America).

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