JÔ, O PORCO
Alguém realmente pensa que depois de décadas de lutas, os companheiros das redações irão trair o mais popular dos petistas? Aquele que surgiu do chão para nos guiar pelas alturas? Negativo. E Jô Soares não é diferente.
Sandro Guidali, artigo publicado em 27/05/2005
Um mês após o agravamento das denúncias surgidas em torno do Mensalão e que já contaminam Governo e Parlamento como um todo, é possível ver comprovadas todas as informações, análises, ilações e opiniões sobre a fidelidade canina que une a maior parte dos jornalistas brasileiros a Lula da Silva. Corresponsável pelo surgimento de uma farsa, a de que o atual presidente da República é um homem honesto e bom, a imprensa brasileira age da forma mais cautelosa possível para que o Eleito não seja atingido pela lama da qual faz parte. Por muito, mas muito menos, colunistas e estrelas da mídia 15 anos atrás já haviam julgado Collor de Mello e preparavam o terreno no qual ele seria sepultado. Os coveiros daquela ocasião hoje transformaram-se em zelosos jardineiros a regar a Lulídea, a flor presidencial petista na qual eles ainda em 1989 amparavam com tanto ardor. Em novembro daquele ano, quando Collor venceu Lula, era possível contar nos dedos da mão os jornalistas de olhos secos. A maioria esmagadora andava em círculos nas redações a lamentar o ocorrido. Não havia sido daquele vez.
Da editoria de política do jornal O Globo ao telejornal metido a engraçadinho na Record do neochato Paulo Henrique Amorim, da poltrona do repugnante Jô Soares à reportagem em geral de Brasília, é difícil encontrar alguém disposto a fazer a conexão proibida: a de que Lula da Silva tinha e tem conhecimento de tudo o que vem sendo reportado ao país. Ao contrário, todos tentam difundir e sustentar a estratégia palaciana, a de que o amigo pessoal de Hugo Chávez é inocente, mesmo que ela leve o país inteiro a então apontá-lo como um idiota bom já que não pode ser encarado, de jeito algum, pela ótica dos jornalistas, como mais um espertalhão que nada desconhecia.
Exceto pela revista Veja, que duas semanas atrás exibiu capa com a pergunta "Ele sabia?", é sempre o mesmo tom. De Merval Pereira a Carlos Monforte, de Arnaldo Jabor a Clóvis Rossi, de Tereza Cruvinel a Eliane Cantanhêde, quase ninguém escapa do cordão sanitário em torno de Lula da Silva. Estão todos lá, de mãos dadas em volta do Proletário-Eleito, trabalhando e torcendo para que nada o atinja. Todos responderam ao chamado de suas mentes esquerdistas e nesta hora tão difícil para uma categoria inteira de dóceis profissionais para com o PT, a meta maior é evitar o rompimento da fita isolante que separa o mundo de Lula e de D. Marisa da pocilga circundante. Como não é possível mais salvar a "legenda da ética" do escárnio popular, que pelo menos o Novo Homem seja blindado. Tanto esforço nesta empreitada vem, ao menos por enquanto, dando resultado: o brasileiro, tolerante por natureza, anda dizendo em pesquisas que ainda acredita no presidente. Não é de surpreender que seja reeleito.
Pois jamais duvide, leitor, da fidelidade de um jornalista para com o seu ídolo. Você pensa o quê, que depois de três derrotas, depois de 25 anos de luta, os companheiros das redações irão trair o mais popular dos petistas? Aquele que surgiu do chão para nos guiar pelas alturas? Negativo.
Por isso leitor, não há pergunta indesejada, não há questionamento petulante. Se os fatos atropelam Lula, danem-se os fatos.
Da editoria de política do jornal O Globo ao telejornal metido a engraçadinho na Record do neochato Paulo Henrique Amorim, da poltrona do repugnante Jô Soares à reportagem em geral de Brasília, é difícil encontrar alguém disposto a fazer a conexão proibida: a de que Lula da Silva tinha e tem conhecimento de tudo o que vem sendo reportado ao país. Ao contrário, todos tentam difundir e sustentar a estratégia palaciana, a de que o amigo pessoal de Hugo Chávez é inocente, mesmo que ela leve o país inteiro a então apontá-lo como um idiota bom já que não pode ser encarado, de jeito algum, pela ótica dos jornalistas, como mais um espertalhão que nada desconhecia.
Exceto pela revista Veja, que duas semanas atrás exibiu capa com a pergunta "Ele sabia?", é sempre o mesmo tom. De Merval Pereira a Carlos Monforte, de Arnaldo Jabor a Clóvis Rossi, de Tereza Cruvinel a Eliane Cantanhêde, quase ninguém escapa do cordão sanitário em torno de Lula da Silva. Estão todos lá, de mãos dadas em volta do Proletário-Eleito, trabalhando e torcendo para que nada o atinja. Todos responderam ao chamado de suas mentes esquerdistas e nesta hora tão difícil para uma categoria inteira de dóceis profissionais para com o PT, a meta maior é evitar o rompimento da fita isolante que separa o mundo de Lula e de D. Marisa da pocilga circundante. Como não é possível mais salvar a "legenda da ética" do escárnio popular, que pelo menos o Novo Homem seja blindado. Tanto esforço nesta empreitada vem, ao menos por enquanto, dando resultado: o brasileiro, tolerante por natureza, anda dizendo em pesquisas que ainda acredita no presidente. Não é de surpreender que seja reeleito.
Pois jamais duvide, leitor, da fidelidade de um jornalista para com o seu ídolo. Você pensa o quê, que depois de três derrotas, depois de 25 anos de luta, os companheiros das redações irão trair o mais popular dos petistas? Aquele que surgiu do chão para nos guiar pelas alturas? Negativo.
Por isso leitor, não há pergunta indesejada, não há questionamento petulante. Se os fatos atropelam Lula, danem-se os fatos.
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