terça-feira, janeiro 22, 2013

O despontar do radicalismo islâmico.








por Herman Glanz


 Execução por apedrejamento, por islâmicos: A mulher é enterrada parcialmente, em alguns lugares. Depois é apedrejada até à morte. 

Estamos presenciando um avanço do islã radical na região do Mediterrâneo, especialmente no norte da África, em sequência da Primavera Árabe. É a retomada do projeto de implantação do Califado europeu, o Esplendor Al Andaluz. O que preocupa é que essa Primavera se estende pelo verão, outono e inverno, e se torna em violência local e com uma inclinação contra o Mundo Ocidental, europeu e americano.

No momento a atenção mundial se desloca para Mali e Argélia, que são países vizinhos, onde aconteceram dois sequestros de estrangeiros e locais trabalhando em instalações petrolíferas e de gás de cada país, e que terminaram numa carnificina, tanto de reféns como de terroristas, depois da reação das respectivas forças armadas. E em ambos os casos, grupos terroristas ligados à al-Queida foram os responsáveis pelos sequestros.

Apesar das declarações americanas de que a al-Queida estava fadada a desaparecer depois da morte de Osama Bin Laden, estamos verificando que a al-Queida continua operativa – os americanos não acabaram com esse conglomerado do terror. Preocupa observar a aliança dos grupos radicais islâmicos vizinhos com reivindicações contra o Ocidente. No sequestro da Argélia exigiam a libertação do Sheik egípcio Omar Abdelrahmane e da paquistanesa Aafia Seddequi (noticia aqui), presos nos Estados Unidos por apoio ao terrorismo.

Exigiam, também, a libertação de ‘militantes e combatentes’ islâmicos e reação à intervenção francesa no Mali, intervenção em apoio ao governo e contra a ação de terroristas islâmicos. Observa-se, assim, apoio desses terroristas aos interesses dos radicais islâmicos egípcios, pois grande parte dos terroristas é constituída de egípcios tanto da Irmandade Muçulmana como dos Salafistas, tendo ocorrido manifestação no Cairo, em frente da embaixada da França, pedindo a expulsão do embaixador francês, havendo confrontos com grupos contrários.

No Mali, além da empresa petrolífera argelina, operam a Statoil, russa e a British Petroleum, o que esclarece porque o Presidente Putim deu apoio aos franceses, mandando avião Antonov de auxílio no transporte de tropas e armamentos. O diário Asharq Al Awsat lamenta ter a comunidade internacional saudado a intervenção francesa para salvar o povo de Mali, mas não se manifesta em favor do povo da Síria, massacrado há praticamente dois anos pelo governo de Bashar Assad que, aliás, se mostra satisfeito pois esquecem dele enquanto se fala no Mali e na Argélia.

A França, sob o governo do socialista François Holande, declara ter ido à guerra no Mali porque “não podemos ter um estado terrorista na porta da Europa”, mas quando Israel lança uma operação em defesa de seus cidadãos contra ataques com mísseis dos terroristas de Gaza, toda a mídia francesa protesta contra a ‘agressão israelense’. Mas devemos ter presente que Paris fica a mais de 6.000 km de Bamako, capital do Mali, e a distância entre Israel e Gaza é de 1 km.

Observa-se também na mídia destaque para a campanha atual do Presidente americano em favor do desarmamento mas, por outro lado, manda caças F-16 e tanques Abrams para o Egito governado pela Irmandade Muçulmana, que apoia o terrorismo islâmico. Em razão desse fato já se observa na mídia comentários de que tudo indica tratar-se de ação do governo americano em favor dos movimentos islâmicos, procurando, dessa forma, sendo simpático aos islâmicos radicais, salvar a reputação americana pelo mundo afora.

Seria, assim, uma ação coordenada americana, o que pode justificar ter deixado Israel de lado, inclusive se imiscuindo nas eleições israelenses, com a pretensão de derrotar Netanyahu, para ter um governo israelí simpático aos americanos, mesmo sabendo que são os israelenses quem determinam seus próprios interesses, contra qualquer interferência estrangeira.

Fonte: Pletz

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