por Felipe Moura Brasil (para a Veja.abril.com.br)
Impagável! Urna eletrônica contradiz ao vivo comparsa de Maduro e aumenta suspeita de fraude na Venezuela.
Onde está Dias Toffoli numa hora dessa?
Foi só o “ex”-advogado do PT e presidente do TSE maldizer a aprovação do voto impresso no Brasil que as urnas eletrônicas mostraram seu perigo na Venezuela, onde, segundo Lula, tem “democracia até demais”.
Em evento com o ditador Nicolás Maduro, aliado do PT, o prefeito socialista de Libertador, Jorge Rodríguez, do PSUV, foi mostrar à população como usá-las nas eleições primárias do partido em 28 de junho de 2015 e ignorou ter sido desmentido pelas próprias urnas.
Rodriguez, em sua explicação inicial, enfatizara que “o mesário não pode desbloquear a máquina porque o que desbloqueia a máquina é a impressão digital do eleitor”, ao que Maduro aproveitou para fazer propaganda do suposto “mais transparente” e “melhor sistema eleitoral no mundo”.
No entanto, após digitarem o número de identificação de um eleitor que não estava presente (Barnabas Audillo), uma ministra no papel de mesária (Maria Cristina Igreja) colocou a sua impressão digital e a máquina foi ativada.
O certo, claro, seria que a máquina não fosse ativada por detectar que a impressão digital não coincidia com os dados do eleitor.
Rodriguez ainda entrou com o número de identificação de outra eleitora, Justina del Carmen Hernandez, mas pediu que Diosdado Cabello colocasse a sua impressão digital, que novamente ativou a urna eletrônica sem quaisquer problemas.
As redes sociais explodiram em críticas e ironias ao vídeo, que põe mais uma vez em cheque a transparência da votação, comandada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Eleitores venezuelanos contrários à ditadura amiga do PT querem voto impresso também.
Mas Dias Toffoli não recomenda a “intervenção humana” (da oposição).
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