Está muito difícil - e bota difícil nisso - ser brasileiro na era do governo da gatunagem explícita. Fazendo um rápido balanço dos últimos trocentos anos, cheguei a conclusões assustadoras.
Em 1960, eu ainda era um bebê; portanto não me lembro de ter sido pesquisado pelo IBGE. Em 1970, ano da copa, já bem grandinho, não fui - nem a minha família - recenseado pelo nobre Instituto. Em 1980, já casado, também não recebi a grata visita do IBGE; em 1990, também não e, finalmente em 2000 necas de pitibiribas de IBGE* em casa.
E daí? Daí que eu nasci e morei no radiante e guloseimico bairro do Bixiga (região Central de São Paulo) até 1977; a partir de então resido na região do Butantã, distante uns 8 quilômetros da praça da Sé.
Se o FDP do IBGE nunca me achou, com tantos recenseadores quantos podemos pagar com os nossos impostos, eu vou acreditar que 50 pessoas entrevistam 2002 pessoas em cento e tantas cidades do Brasil e chegam à brilhante conclusão que Lulla é mais popular - e honesto - que Jesus Cristo?
Me engana que eu gosto. Eita paisinho de merda.
(*) Instituto Brasileiro da Gatunagem Explícita
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