domingo, março 30, 2008

UM PAISINHO DE MERDA II

UM PAISINHO DE MERDA II



































São Paulo, 19 de março de 1964.

"Esta manifestação popular é uma prova de que São Paulo e o Brasil querem ver sua bandeira eternamente livre. A liberdade é como a saúde: somente lhe damos valor depois que a perdemos. Queremos paz, tranquilidade. E, sobretudo, exigimos respeito à Constituição e às instituições democráticas"; dep. Ciro Albuquerque, presidente da Assembléia Legislativa paulista.




Nem pense em saudosismo, até porque, eu ainda jogava teco com a garotada do Bixiga em 31 de março de 64. Os tempos são outros. O que mudou daquele ano para os dias de hoje? Quase tudo. O governo João Goulart era um zero absoluto, mas os sindicalistas - sempre elles - estavam ao lado de um presidente fraco; como hoje.


João Goulart não afagava bandidos, não comprava pesquisas nem a imprensa com uma enxurrada de publicidade oficial, mas tinha um sonho que se tornaria o pesadêlo para o Brasil.


O pesadelo demorou mas instalou-se no país, ainda não definitivamente, mas estamos a caminho de vermos implantantada no Brasil a República dos Vigaristas.

Rio, 30 de março de 2008.



Enquanto a dengue atinge proporções catastróficas, matando pobres e ricos; enquanto o presidente desfila impunemente fazendo deslavadas campanhas em apoio aos membros da sua côrte; enquanto parlamentares nos roubam diariamente; enquanto o presidente se alia à escória Sulamericana; um bando de bestalhões faz passeata em apoio aos monges do Tibete e contra a China. A mesma China que o presidente reconheceu como economia de mercado, lesando por aqui centenas de empresas e desempregando milhares de brasileiros. Esses mesmos estúpidos, muito provavelmente, continuam comprando artigos Made In China, fabricados por semi-escravos.




Esse é o brasil da era Lulla,
O molusco afagando bandidos,
E o povo fazendo o papel de Mulla.

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