Violência contra a mulher:
Seis em cada 10 brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica.
- Machismo (46%) e alcoolismo (31%) são apontados como principais fatores que contribuem para a violência.
- 94% conhecem a Lei Maria da Penha, mas apenas 13% sabem seu conteúdo. A maioria das pessoas (60%) pensa que, ao ser denunciado, o agressor vai preso.
- 52% acham que juízes e policiais desqualificam o problema.
Esses são alguns dos achados da Pesquisa Percepções sobre a Violência Doméstica contra a Mulher no Brasil, realizada pelo Instituto Avon / Ipsos entre 31 de janeiro a 10 de fevereiro de 2011.
Como se percebe - e só não vê que não quer -, o problema no Brasil está longe de ser resolvido. Apenas 13% sabem realmente o que é a Lei Maria da Penha. Como se não bastasse esse dado alarmante, não há realmente uma vontade de PUNIR os agressores não só das mulheres, mas das crianças; dos idosos ou de quem quer que seja. É visível que desde a chamada Redemocratização (um aglomerado de letrinhas que não quer dizer absolutamente nada) tudo o que se fez para a segurança foi desmobilizá-la; humilhá-la até - como no caso das FFAA (outro monte de letras que hoje não significa coisa alguma) -.
Talvez o exemplo, que jamais será seguido enquanto vivermos tempos petralhas, venha de Israel, onde os casos são ínfimos se comparados à verdadeira chacina brasileira:
Israel adotará medidas para reduzir violência contra mulher.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou neste domingo que adotará uma postura mais firme, além de buscar o apoio de líderes religiosos, para evitar os ataques e as humilhações contra as mulheres, que são frequentemente praticadas por ultra-ortodoxos fundamentalistas.
"Israel é um Estado democrático, ocidental e liberal. A esfera pública é aberta e segura para todos, tanto para homens como para mulheres. Não há lugar para o assédio ou discriminação", disse Netanyahu na reunião semanal do conselho de ministros. O primeiro-ministro israelense também assinalou que a polícia "está atuando e atuará para prender aqueles que cuspirem, assediarem ou levantarem a mão contra uma mulher".
O ministro de Segurança Interior, Yitzhak Aharonovitch, apontou que 21 pessoas foram detidas recentemente pela prática de atos hostis contra as mulheres. Nove foram acusados formalmente. Um deles, Meir David Eisenbach, flagrado por uma câmara de televisão enquanto cuspia em uma mulher, ganhou liberdade neste domingo após pagar fiança. O incidente foi registrado em Beit Shemesh, região ao sudoeste de Jerusalém que virou símbolo dessa polêmica.
Neste domingo, na mesma região, os agentes policiais retiraram os cartazes que ordenavam que as mulheres caminhassem por uma calçada distinta a dos homens, uma prática visível nos bairros ultra-ortodoxos que preservam o que denominam de "modéstia".
"Estes sinais não têm cabimento em um Estado livre e democrático", argumentou o primeiro-ministro, que chamou "todas as personalidades públicas e líderes espirituais para atuar" contra o "fenômeno" das agressões e humilhações. Segundo o jornal "Ha''aretz", Netanyahu se reunirá com representantes do mundo ultra-ortodoxo nas próximas duas semanas para fazer com que estes condenem a segregação entre sexos nos espaços públicos.
O chefe de Governo se reunirá, entre outros, com o vice-primeiro-ministro da Saúde, Yaakov Litzman, e com outros representantes do mesmo partido, o Judaísmo Unido da Torá, que faz parte da coalizão direitista de Governo e que representa os ultra-ortodoxos asquenazes. Netanyahu também deverá se reunir com influentes rabinos e com membros do Shas, o partido dos ultra-ortodoxos sefarditas, também no Executivo. No entanto, o ministro do Interior e líder do Shas, Eli Yishai, se manifestou contra essa postura e comparou a segregação de gênero com as competições esportivas, que são divididas entre masculinas e femininas.
Essa decisão de Netanyahu foi anunciada pouco após a confirmação de novas medidas contra outro coletivo conflituoso: os colonos judeus mais radicais, que atacaram um comando militar israelense no território ocupado da Cisjordânia.
Quando se quer fazer é o chefe quem toma as decisões; não é mesmo presidente do Brasil?
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