sábado, fevereiro 08, 2014

Discriminação Palestina.












por David S. Moran 




O secretario de Estado americano, John Kerry, está intensificando a sua guerra psicológica, vazando diretamente ou através de outros, inclusive jornalistas, partes do seu plano de paz para Israel e os palestinos.

Parte do governo israelense cai na armadilha vez após vez e por isso deixa parecer que Israel é contrário a um acordo de paz. Até os dias de hoje, o ódio aos judeus e a não aceitação da existência do Estado de Israel é ensinada desde o jardim de infância até a universidade- inclusive nas escolas da ONU- e parece que isto não incomoda a ninguém. Como sabemos tudo começa na educação e se não se educa para a paz, por aceitar o outro, mesmo assinado qualquer tratado de paz, ele não sera implementado. Na TV palestina, controlada pela Autoridade Palestina, a incitação contra os judeus em geral e Israel em particular, continua solta, isto sem mencionar a TV da Hamas na Faixa de Gaza. Nem Abu Abbas nem outras autoridades governamentais palestinas tentam conter o ódio que essas TVs dispersam.

Dos palestinos parece que nada é exigido. Até mesmo o parágrafo que o governo israelense exige, o do reconhecimento de Israel como o Estado Judeu- conforme a Resolução 181 da ONU de 1947- Abu Mazen diz que nunca o aceitará. Esta negação provavelmente é devido ao fato dos palestinos não reconhecerem o direito de Israel de existir. Faruq Kadumi, dos fundadores da Fatah e da OLP,de quem foi o”ministro do exterior”, já na década de 70′ disse que “usaremos contra Israel o processo do salame. Tudo que Israel ceder nós o aceitaremos, mas continuaremos a nossa luta ate o final, obter todo o território”. Tanto é que Kadumi não aceitou o acordo com Israel em 1994, quando Arafat e sua cúpula retornou aos territórios ocupados e ficou em Tunísia (até hoje). Outra prova, pode ser vista no simbolo dos palestinos, que até a equipe de futebol chilena,Palestino, quis usar- é do mapa da região sem a existência de Israel.

O mundo parece “cair” em cima de Israel e culpa-lo pelos males da região e por não solucionar a situação com os palestinos. Exemplo deste absurdo é que em 2013 a Assembleia Geral da ONU aprovou 22 resoluções condenando Israel e somente 4 contra todo o resto do mundo. Esta destorção não tem lógica de nenhum ângulo que se olhe. Porque esta discriminação e ganho de projeção dos palestinos, o que eles fizeram ou deram ao mundo? Os palestinos começaram a ter projeção internacional com o final da guerra do Vietnã, que até então ocupava as folhas dos jornais e houve necessidade de achar novo projeto e este foi o Arafat com sua keffieh.

Os palestinos introduziram ao mundo novo tipo de terror: os sequestros de aviões e suas explosões, fato que mudou as normas em todos os aeroportos do mundo. Até então embarcava-se num avião quase como num ônibus, ai foram tomadas medidas de segurança ate o que é visto nos aeroportos de hoje. Os palestinos trouxeram o terror contra civis com explosivos colocados desde em sacolas de feira até dentro de radio transistor. Colocados em burros, fazendo-os explodir e até a invenção de homem e mulher bomba- os terroristas suicidas- que vão a lugares lotados de pessoas, mercados ou ônibus para causar o maior numero de mortos. O muro que Israel construiu e foi criticado parou completamente este terror. Mais do que isto, países que protestaram como os EUA, construíram seu próprio muro na fronteira com o México para diminuir o fluxo de imigrantes ilegais (e não de bombas) ao seu território. Os palestinos ousaram e conseguiram fazer atentado numa Olimpíada (em Munique,1972) assassinando 11 atletas israelenses.

A ONU, organização que promove a paz, consentiu que Arafat, o líder de uma organização palestina e não de um estado membro, viesse a dar seu discurso na Assembleia Geral, portando seu revolver. Há um absurdo maior do que este? Os palestinos foram e são usados pelos países árabes para atacar o Estado de Israel e o Ocidente, estes mesmos países que não querem resolver o problema dos refugiados palestinos, apesar das fortunas que tem. Estes países confinaram os refugiados em campos de refugiados, não lhes dando direitos, considerando-os cidadãos de segunda categoria, ate impedidos de exercer varias profissões.Eles preferem perpetuar a situação. Estes “irmãos” árabes expulsaram a OLP e seus terroristas do seu território. Assim o foi em 1970 da Jordânia, em 1982 do Líbano, em 1991 do Kuwait e mais recentemente da Tunísia. A ONU tem uma agencia para tratar dos refugiados no mundo todo, a ACNUR (em inglês UNHCR)e tem uma agência só para tratar dos palestinos, a UNRWA,que recebe verbas maiores do que a UNHCR.

Os absurdos continuam. Apesar de todo o terror que trouxeram consigo, os palestinos conseguiram obter na Assembleia Geral da ONU, com o voto automático dos países árabes, dos muçulmanos, do Terceiro Mundo, um dia de solidariedade com o povo palestino. E o dia fixado para tal é o mesmo marcado a própria ONU, nos seus dias mais conscientes, aprovou a resolução da Partilha do Mandato Britânico na Palestina em “um estado judeu e um estado árabe”(árabe e não palestino, termo que só começou a aparecer a partir de 1975).

Hoje a Autoridade Palestina é regida por uma ditadura e eleições que deveriam ocorrer em 1999, caíram no esquecimento. Estados Unidos que chutou para fora seu maior aliado árabe,Mubaraq do Egito, nem menciona a democracia na A.P. Dos direitos humanos também não se ouviu nesta região, onde a mulher é relegada a segundo plano, onde homossexualismo é proibido, onde há governo corrupto e a pobreza do povo reina. Mas as entidades internacionais ligadas a erradicação destas normas, emudecem quando se trata dos palestinos. Pois é, trata-se do mesmo mundo que caiu na euforia com a queda do Muro de Berlim, mas quer erguer um novo muro e fazer de uma mesma cidade- Jerusalém- capital de 2 Estados, fato inédito no mundo. Até Berlim quando estava dividida serviu apenas de capital da Alemanha Oriental, a da Ocidental foi Bonn.

Porque esta discriminação a favor dos palestinos? Que benefícios eles deram ao mundo? Só eles são ocupados por outro povo? Há dezenas de povos ocupados por outros e ninguém fala a respeito. Ao redor do mundo são assassinados centenas e milhares de pessoas dos quais ninguém fala. Em 2013 milhares foram assassinados na Síria, Iraque, Afeganistão, Republica Centro Africana,Somália, Nigéria, Sudão, Mali, Líbia entre outros (todos tem em comum a luta com islamistas) e só se fala nos 28 palestinos que foram mortos por Israel neste ano. Há discriminação maior do que esta, a favor dos palestinos?

A IGUALIDADE PARA OS HAREDIM

Cerca de mil ultra-ortodoxos saíram ontem as ruas de 4 cidades para protestar contra a decisão da Suprema Corte de Israel, proibindo a transferência de verbas - as yeshivot - para que seus estudantes não se alistem ao exército. Como sempre os deputados haredim gritam no Knesset e esta gritaria passou depois às ruas. Coloquemos os fatos nas devidas proporções. Trata-se de uma minoria ativa e rivalidade de rabinos e seus rebanhos entre si que querem mostrar quem é mais extremista. Esta minoria não reconhece Israel (porque o Messias ainda não chegou) e como gritaram ontem nos protestos ”passamos a Inquisição, o Holocausto, passaremos o Estado”. E se eles não querem fazer parte de Israel, por que protestar por falta de verbas ?. Em qualquer pais os cidadãos tem direitos e obrigações.

O governo transfere anualmente grandes somas às yeshivot, mesmo que a maioria de seus estudantes e os haredim não “participem” na vida israelense, seja no alistamento e serviço militar, seja trabalhando e pagando impostos. A maioria destes ultra-ortodoxos prefere viver as margens da sociedade israeli, coisa que só permitem fazer em Israel.Aqui eles se recusam ate estudar matemática, ciências e até o inglês: que futuro seus filhos terão no Séc. XXI?. Seus irmãos haredim em qualquer pais, mesmo no Brasil trabalham e encontram tempo para seus estudos de religião.

Enquanto seu número era pequeno e Ben Gurion consentiu que 400 estudiosos se dedicassem a estudos e fossem isentos do exército, o problema era pequeno, mas nos dias de hoje trata-se de muitos milhares que também sobrecarregam na economia, sem falar na igualdade de compromissos de todos os cidadãos do pais. Ao longo do tempo nenhum governo quis entrar em confronto com os ultra-ortodoxos e com os árabes israelenses, mas parece que chegou a hora de fazer todos os cidadãos israelenses participar dos esforços comuns. Isto também pode ser feito através de “serviço nacional”, trabalhando em hospitais, lecionando, etc…

O medo de certas correntes dos haredim é misturar-se com os leigos e que lhes influencie negativamente, mas há ultra-ortodoxos que servem no exercito e se beneficiam e depois encontram trabalhos. No exercito há unidades de combatentes haredim e na área da cibernética se integram muito bem. Saliente-se que o governo não quer que os haredim parem os seus estudos, apenas quer integra-los a sociedade fazendo com que cumpram com as obrigações de todos os cidadãos desde o serviço militar passando ao trabalho e ao pagamento de impostos, para a prosperidade geral.

AJUDA HOSPITALAR A SÍRIOS

A Síria está no terceiro ano de sangrenta guerra civil e ninguém vê o fim desta carnificina. Nos jornais não são relatados os sofrimentos que a população passa pelo intenso frio na região (agora é inverno), da fome ou da falta de tratamento médico. Esta semana foi publicado que 40% -quarenta porcento- dos hospitais sírios foram destruídos. Calamidade pública. Há relato de um hospital que tratava de 500 pacientes e hoje atende a apenas 25. Falência do sistema de saúde publica síria.

Nesta situação, sírios que estão mais próximos da fronteira de Israel e com o passar do tempo mais longínquos também, chegam a fronteira para serem atendidos no hospital militar de campo que ali foi erguido pela Unidade de Saúde do Exercito de Israel (IDF). Mensalmente mais de 100 sírios são atendidos e em casos mais graves são transferidos a hospitais no norte de Israel. Este fato que é pouco publicado nos meios de comunicação fez os sírios descobrirem uma nova face dos israelenses, muito diferente da propaganda do “diabo israelense” que lhes amamentavam desde o nascimento até a velhice.

Quem ainda não aprendeu sobre Israel é a Assembléia Geral da ONU, que ultimamente aprovou uma resolução condenando Israel por estender este auxilio medico aos sírios, acusando Israel de ajudar os rebeldes Armamento químico.A Síria comprometeu-se de entregar seu arsenal químico de 1.300 toneladas ate o dia 5.2.14, mas no caso sírio compromisso não significa que também tem que cumpri-lo.Pois agora a ONU publicou que apenas menos de 5% foi entregue ate esta data. Os EUA em particular e o Ocidente em geral que ameaçaram atacar a Síria pelo seu uso de armas químicas contra sua própria população, não o fizeram, acreditando na fantasiosa palavra do governo sírio.Agora estão percebendo-se eh que estão abrindo os olhos- que não da para confiar em quem não cumpriu nada do que prometeu.

CURTAS

Armamento clandestino. O semanário inglês Sunday Times relatou(2.2.14) que o governo sírio esta armazenando arsenal químico e biológico com a ajuda de especialistas iranianos e norte coreanos em áreas alawitas (comunidade ao qual Assad pertence). Parece que o governo sírio prevê que o pais seja desmembrado e sera criado um estado Alawita na parte ocidental da Síria. Esta noticia fortalece a preocupação de Israel que já previu que Assad não entregara todo o arsenal químico.

Irã proíbe chat com o sexo oposto. O líder supremo do pais,aiatolá Khamenai emitiu uma fatwa (“No Léxico, a palavra Árabe fatwa significa dar uma resposta satisfatória em relação à certo assunto. Na linguagem técnica da Shari’ah, a palavra fatwa esclarece a aplicação da lei islâmica em uma resposta dada à uma questão ou conjunto de questões, normalmente relacionadas a um assunto Islâmico. Não faz nenhuma diferença se aquele que coloca a questão é uma pessoa ou um grupo de pessoas") , decreto, proibindo pessoas de sexos opostos a conversarem por chat na internet.”É moralmente ilícito diante da imoralidades que muitas vezes envolve essas coisas”.

Corrida a Irã. Mal se levantou parcialmente o embargo a Irã e ainda sem este pais tomar medidas, governos e firmas ja correm para fazer negócios bilionários com o pais dos aiatolás. A Russia já assinou contrato para a compra de US$ 20 Bilhões. Os franceses enviaram uma delegação de 170 homens de negócios, entre eles representantes da Renault e da Peugeot, para acionarem seus negócios. Ate o governo americano criticou estes passos, enquanto os iranianos confirmaram que vão continuar com suas centrifugas.

Afeganistão.O parlamento afegã aprovou uma lei(6.2.14) que proíbe parentes de um réu, testemunhar contra ele. O significado disso é que os homens afegãs poderão bater ou estuprar sua mulheres, filhas e irmãs sem temer que elas possam testemunhar contra ele.

O “stão”. Nos últimos anos muitos países tornaram-se famosos -infelizmente em conotações negativas- como o Afeganistão, Paquistão, Quirguistão, Curdistão, Kasajestão,Uzbequistão,Tajiquistão, entre outros. O sufixo “stão” significa “local” e a primeira parte da palavra é o povo ou a tribo que lá habita.

Palavras de palestinos proeminentes. O negociador chefe palestino, Saeb Arikat, que esta reescrevendo a historia e declarou na véspera do Natal que Jesus era um palestino, volta agora com nova baboseira.Diz ele”meus ancestrais são os cna’anitas,que vieram a região 3.000 anos antes dos judeus”.

Taufik Tirawi,general palestino e dos chefes de segurança, muito ligado a cúpula palestina declarou esta semana que “as negociações de paz são vazias e um estado palestino não acontecera nos próximos 20 anos”. Ele deve saber o que fala e o resto parece ser jogo comprado.

Jibril Rjoub, que foi comandante militar da Cisjordânia e atualmente fora a liderança politica eh o chefe da Federação Palestina de Futebol, foi enviado ao Irã. No seu retorno, já com baterias carregadas, declarou que os palestinos estão negociando (indiretamente com Israel) só para desmascarar a face fascista israelense. Todas as opções estão na mesa, inclusive a luta armada”.

Faculdade de Direito de Tel Aviv destacada. A Faculdade de Direito de Tel Aviv, segundo a Quacquarelli Symonds,(QS)está em 31º lugar entre as melhores 500 faculdades de Direito no mundo, em 2013. Esta Faculdade eh a líder em excelência de pesquisas de todas as Faculdades fora dos EUA e da Inglaterra.

Fonte - Pletz

Nenhum comentário: