Por Daniel Martins
É difícil conceber uma farandula maior do que a que se faz hoje em torno do aquecimento global. E a dificuldade vem exatamente do fato de que a tese e sobretudo a necessidade de mudança de hábitos frente à mudança climática é tão cientificamente comprovada quanto o fato de a Terra ser plana.
É difícil conceber uma farandula maior do que a que se faz hoje em torno do aquecimento global. E a dificuldade vem exatamente do fato de que a tese e sobretudo a necessidade de mudança de hábitos frente à mudança climática é tão cientificamente comprovada quanto o fato de a Terra ser plana.
Para quem não acompanha o assunto, recomendo vivamente que se informe. Pululam de todos os lados as declarações de cientistas renomados que demonstram que o CO2 não é um vilão, que o homem não interfere no clima global, e mais, que o planeta está gradualmente entrando em uma fase de… resfriamento! E para o planeta, o esfriamento, conforme diz por exemplo o famoso climatologista Dr. Luis Carlos Molion, é mais prejudicial do que o aquecimento
Mas farandula é farandula. O que é lamentável é que ela tenha atingido tão altas cúpulas, de tantos países.
Vejamos por exemplo:
– Em discurso na Conferência do Clima em Paris, a presidente Dilma Rousseff “cobrou a adoção de um tratado justo, universal e ambicioso e “legalmente vinculante”, ou seja, com caráter obrigatório.” (OESP 1/2/15)
– O presidente americano, embora tenha colocado só meia mão na cumbuca, “admitiu pela primeira vez ontem, em Paris, que o acordo para controlar o aquecimento global, que vem sendo negociado (…) possa incluir cláusulas obrigatórias para os países signatários.” (OESP, 2/12/15)
– Para Mauricio Macri, recém-eleito para a presidência da Argentina, um dos pontos prioritários de sua agenda nas relações como Brasil inclui “as medidas a adotar para enfrentarmos a mudança climática” (OESP, 23/11/15)
– A recente Encíclica Laudato Si propõe a governança global como solução para o aquecimento global. No último dia 31 de outubro, o Papa exortou novamente no mesmo sentido os 195 chefes de Estado e governo reunidos na França (Cfr. OESP 1/12/15).
Ninguém se opôs à farandula? Sim, embora em termos que aceitam o pressuposto da Terra plana… perdoe-me, quis dizer do aquecimento global. De qualquer modo, uma pitada de bom senso se percebe na declaração do premier indiano Narendra Modi ao Finantial Times: “A justiça exige que com o pouco de carbono que podem ainda queimar com segurança, os países em desenvolvimento
sejam autorizados a crescer.”
Chegamos ao ponto de pedir de joelhos autorização para crescer!
Para terminar, algumas perguntas:
1. Sobre o tratado universal obrigatório para sustar o aquecimento global, conforme sugeriu a presidente Dilma: o que se fará contra os países que não obedecerem o tratado? Uma Gestapo universal do clima? Quem dirigirá essa Gestapo? Quem lhe ditará os parâmetros?
2. Será que economizando os rios de dinheiro utilizados para as inúteis COPs e Rio+20s do gênero, e para as políticas públicas delas decorrentes, não se poderia fazer uma coalizão séria – séria, repito, e não folclórica e de show publicitário – contra o perigo islâmico, por exemplo?
3. Uma outra pergunta me incomoda a respeito disso tudo, que escrevo aqui sem maiores pretensões, apenas pelo gosto de perguntar: para a formação de um governo internacional, (ditatorial ou não…) qual seria o melhor pretexto para certos aproveitadores de plantão: o terrorismo ou o aquecimento global?
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