sábado, março 12, 2016

As investigações Que Podem Inviabilizar a Nomeação de Hillary Clinton












por Roger Aronoff para ACCURACY IN MEDIA








Os principais meios de comunicação estão contentes por darem à Sra. Clinton um passe livre em seus muitos escândalos, dando pouca importância ou minimizando informações que poderiam prejudicar potencialmente a sua campanha. Ao mesmo tempo, organizações de mídia trabalham para reforçar o seu ar de inevitabilidade como a candidata escolhida repetidamente chamando a atenção para o tamanho de sua liderança em termos do número de delegados que ela tem e o do senador Bernie Sanders (I-VT).

Após a votação em 19 estados, a mais recente contagem de delegados mostra Hillary Clinton com 1.130 delegados para 499 para Sanders. Mas esses números podem ser enganosos. Clinton tem entre os seus delegados 458 superdelegados ou seja, funcionários eleitos e funcionários do partido que podem votar em quem quiserem, e que representam cerca de 30 por cento do número total de delegados necessários para ganhar a nomeação. Eles anunciaram que vão votar nela, enquanto apenas 22 superdelegados declararam apoio a Sanders. A existência de superdelegados foi estabelecida após a eleição de 1972 em que o candidato democrata George McGovern ganhou apenas um estado, a fim de dar ao establishment do partido uma melhor chance de controlar o processo de indicação e evitar uma repetição dessa situação.

É importante lembrar, no entanto, que em dezembro de 2007 o candidato Barack Obama tinha apenas 63 superdelegados versus 169 para Hillary. No entanto, em 2008, o presidente Obama venceu a primária presidencial democrata com 463 superdelegados contra 257 dela. Os superdelegados de Hillary estão geralmente inclinados a emprestar seu voto para o candidato que está ganhando.

Não é de admirar que os relatórios de mídia enfatizem a elegibilidade de Hillary sobre a de Sanders. Afinal, a mídia liberal tem colocado toda a força de seus relatórios para garantir o sucesso da sua campanha, apesar de Sanders estar tendo um desempenho surpreendentemente forte até agora, tendo vencido oito dos 19 estados que realizaram primárias ou caucus (1). Ele conta, claramente, com o fator de entusiasmo.

Mas o campo de Clinton tem outras coisas para se preocupar também. Bryan Pagliano, que instalou o servidor de e-mail privado de Clinton no início do seu tempo como secretária de Estado, recentemente beneficiou-se de imunidade pelo Departamento de Justiça. Andy McCarthy da National Review observa que uma "oferta de acordo sinaliza que uma investigação do grand-júri ativa podem muito bem estar em curso, e se ele ainda não estiver em andamento, em breve estará."

"O Post diz da investigação sobre mau uso de informações sigilosas pela Sra. Clinton, "não há indicação de que os promotores convocaram um grande júri ... para intimar testemunhos ou documentos, o que exigiria a participação de um escritório da procuradora dos EUA ", ele escreve .

McCarthy chama isso de "duplamente errado", porque "uma oferta acordo – é uma indicação poderosa quer de que há uma investigação do grand-júri ativa ou que essa investigação é iminente", e um promotor público não é necessário.

Uma análise recente do Washington Post detalhou alguns dos comportamentos imprudentes de Hillary Clinton como secretária de Estado. 

"Hillary Clinton enviou 104 e-mails do seu servidor privado enquanto Secretária de Estado os quais, segundo o governo tem dito desde então, continham informações secretas ...", relata o Post. "A descoberta é o primeiro relato do papel pessoal da candidata democrata presidencial favorita ao colocar informações, agora consideradas confidenciais, em e-mail inseguro no exercício de seu cargo no Departamento de Estado."

Embora o Post reconheça que, para em "cerca de três quartos desses casos, as autoridades determinaram que o material que ela escreveu no corpo das mensagens de e-mails seja confidencial", o documento também expressa ceticismo de que estas informações devam ser consideradas confidenciais.

"Vários [diplomatas] disseram em entrevistas que eles achavam que o processo de revisão do Departamento de Estado baseou-se numa interpretação muito ampla das leis de registros públicos que restringem a liberação de certas informações envolvendo as relações com governos estrangeiros", relata o Post. Isso pode incluir "informações em tempo real compartilhadas por eles por autoridades de governos estrangeiros que utilizam as suas próprias contas de email inseguros ou linhas telefônicas abertas, ou em locais públicos, tais como lobbies de hotel onde elas poderiam ter sido ouvidas."

Como já relatamos, tais informações são consideradas secretas em sua origem, porque envolvem informações confidenciais recebidas de contatos de governos estrangeiros.

A Sra. Hillary e seus partidários têm atribuido as investigações sobre sua corrupção e mentiras, a grupos de direita com a intenção de arruinar sua carreira política. No entanto, nos últimos tempos eles tem afirmado mais enfaticamente que o governo, liderado pelo presidente Obama, também está tendenciosamente contra Clinton.

O chefe de campanha de Clinton John Podesta declarou recentemente que uma fonte anônima – um "informante" – criticou a conduta do Inspector Geral do Escritório do Departamento de Estado (OIG), argumentando que esta investigação tem um "viés anti-Clinton," de acordo com The Daily Caller. Ironicamente, o IG, Steve Linick, foi nomeado pelo presidente democrata Obama.

A correspondente da Associated Press na Casa Branca Julie Pace disse à Chris Wallace da Fox News no dia 6 de março, que ela acredita que o presidente Obama está apoiando Hillary Clinton, e desencorajando uma acusação criminal. "Mas o presidente dos Estados Unidos disse que não há nada que se manifeste numa investigação que possa se revelar criminosa", disse ela.

Estas declarações da Casa Branca são inadequadas e bastante reveladoras. O Presidente não deve estar pré-julgando a investigação do FBI. Seu porta-voz afirmou que nem o FBI nem o Departamento de Justiça mantiveram o presidente informado sobre a investigação. Mas como o registro mostra claramente que o presidente Obama teve comunicações diretas de e-mail com a conta de e-mail insegura da Sra. Clinton em pelo menos uma dúzia de ocasiões, ele poderia se enredar neste escândalo da segurança nacional se for permitido que a investigação avance. Obama também enfrenta o dilema das consequências de uma acusação contra a Sra. Clinton para os democratas ganharem a Casa Branca em novembro.

Hillary parece confiante de que as duas investigações do FBI não cheguem a lugar algum. "Esta é a mesma investigação de segurança que vem acontecendo desde o ano passado", disse a Sra. Hillary à CNBC. "Eu sei que os republicanos estão envolvidos em um monte de wishful thinking, mas isto, não me preocupo com isto."

A investigação não é nenhuma revisão de segurança. O FBI, com mais de 100 agentes envolvidos na investigação, está determinando se acusações criminais são cabíveis.

Mais uma vez, a Sra. Clinton disse à MSNBC que ela é "pessoalmente, não está preocupada" e que ela acha que "haverá uma resolução no inquérito de segurança."

"Não há outros políticos americanos – mesmo aqueles tão corruptos como Richard Nixon, ou tão odiado pelos partidários como George W. Bush – que tenham promovido a criação de uma indústria multimilionária permanente dedicada a atacá-los", observa a revista Atlantic liberal num artigo sobre os escândalos de Clinton. No entanto, mesmo The Atlantic descreve o Emailgate da Sra. Clinton parecendo o "mais sério de todos os tempos." Pace, da AP, disse também que Hillary ainda não tem uma "boa resposta" para as perguntas sobre seu servidor de e-mail.

A Sra. Clinton está sendo investigada por outros, que não apenas o FBI. Ela também enfrenta investigações do "inspetor-geral do Departamento de Estado, o inspetor geral das agências de inteligência, o Bureau de Segurança Diplomática do Departamento de Estado e do House Select Committee sobre Benghazi," de acordo com The New York Times.

Parte da investigação tem a ver com corrupção pública, isto é, o uso seu escritório de Secretária de Estado para beneficiar a fundação de sua família, bem como encher seus próprios bolsos e de seu marido, o ex-presidente Bill Clinton.

Um caso que vale a pena analisar é o da Laureate International Universities. Como Peter Schweizer relatou no ano passado em Breitbart, "Balanços financeiros divulgadas recentemente revelam que Bill Clinton recebeu US$ 16,460 milhões em pagamentos de uma empresa de educação com fins lucrativos apoiada por George Soros, quando Hilary chefiava o Departamento de Estado, que canalizou dezenas de milhões de dólares para um grupo dirigido pelo presidente da empresa. "Pouco depois que isso foi divulgado,Bill Clinton renunciou abruptamente" da diretoria.

Este é apenas um dos muitos exemplos trazidos à luz no livro de Schweizer, Clinton Cash, que demonstra como os Clintons usaram a posição de Hillary como secretária de Estado para enriquecer.

Enquanto Clinton continua a se beneficiar de favoritismo da grande mídia, as investigações de má conduta dela e de seus auxiliares continuam. Mesmo os canais liberais, como The Atlantic, estão começando a perceber que as acusações que ela enfrenta são sérias, e vão se tornar mais graves à medida que o tempo passa. Isso só vai fazer uma mídia cada vez mais desesperada esquecer o quanto puderem destes escândalos, à medida que avançam em sua missão para conseguir que ela se eleja em novembro.

A caucus is a public meeting, held at a specified time, in which voters assemble to express support for a candidate. The parties and states set their own rules in regard to how each caucus operates. Sometimes a person votes privately, but often people vote by either a show of hands or by breaking into groups. In some cases, supporters or representatives of a candidate can give a speech in an effort to sway voters at the cáucus.

Tradução: William Uchoa

Nenhum comentário: