terça-feira, dezembro 20, 2011

Mercadante é um bacalhau genérico do Porto.






Quem não tem bacalhau vai de sardinha mesmo. Assim é tratada a educação no país: sai Haddad,cuja pasta foi mais visitada pela Policia Federal do que por estudantes, graças às constantes fraudes no Enem. E como a herança maldita do Lula - que não é o endividamento público -, a presidente de plantão, não tem nomes, digamos, confiáveis para a pasta, vai de Mercadante mesmo.

Em matéria de educação formal Mercadante é um excelente cabo eleitoral. Para preencher um curriculo que não tinha, mas que foi amplamente divulgado como verdadeiro, Mercadante, às pressas, tratou de se doutorar na Unicamp. Mercadante inovou em matéria de teses: foi o primeiro comício com direito a doutorado da história; nunca antes...

Na Folha, o relato do comício que valeu o doutorado:

"Coube ao ex-ministro Delfim Netto, professor titular da USP, a tarefa de dar o primeiro freio à pregação petista. “Esse negócio de que o Fernando Henrique usou o Consenso de Washington… não usou coisa nenhuma!, disse, arrancando gargalhadas. “Ele sabia era que 30% dos problemas são insolúveis, e 70% o tempo resolve.” Irônico, Delfim evocou o cenário internacional favorável para sustentar que o bolo lulista não cresceu apenas por vontade do presidente. “Com o Lula você exagera um pouco, mas é a sua função”, disse. “O nível do mar subiu e o navio subiu junto. De vez em quando, o governo pensa que foi ele quem elevou o nível do mar…”

“O Lula teve uma sorte danada. Ele sabe, e isso não tira os seus méritos”, concordou João Manuel Cardoso de Mello (Unicamp), que reclamou de “barbeiragens no câmbio” e definiu o Fome Zero como “um desastre”. À medida que o doutorando rebatia as críticas, a discussão se afastava mais da metodologia da pesquisa, tornando-se um julgamento de prós e contras do governo. Só Luiz Carlos Bresser Pereira (USP) arriscou um reparo à falta de academicismo da tese: “Aloizio, você resolveu não discutir teoria…”. Ricardo Abramovay (USP) observou que o autor “exagera muito” ao comparar Lula aos antecessores. “Não vejo problema em ser um trabalho de combate”, disse. “Mas você acredita que o país estaria melhor se as telecomunicações não tivessem sido privatizadas?”

Mercadante, que nada mais teme nem treme quando o assunto é doutorado, ao invés de responder a pergunta atacou os pedágios das estradas paulistas. E claro, com uma banca tão aliada do governo só poderia mesmo levar o doutorado para casa.

Mas por que um brilhante economista - segundo, talvez, a sua família e um ou dois petistas - nunca assumiu a pasta no governo Lula? Estratégia talvez ou o Lula sabia que daquele mato não poderia sair coelho? Nunca saberemos.

Mas o certo é que Mercadante certamente - infelizmente é a palavra mais correta - assumirá o ministério da Educação e o que não está bom corre o sério risco de ficar ruim.

Mercadante na Educação indica, antecipadamente, que o sistema que controla a pouca democracia no país quer ver Mercadante como candidato ao Governo do Estado de São Paulo. Se Alckmin continuar no "alisa o poste" para não melindrar a popularidade (totalmente fabricada de uns tempos para cá), nós os paulistas que detestamos o "relaxar e gozar petista", corremos o risco de ter à frente do maior estado da federação um "fabricador de curriculo". Oremos para que essa catástrofe jamais aconteça.

Um comentário:

Anônimo disse...

Que o Poder Superior, por um acréscimo de misericórdia não permita ao povo paulista entrar na conversa mole dos comunistas. Quanto a vocês (paulistas)terem que conviver com candidaturas esdrúxulas quer por parte do pt quer por parte de seus aliados, isso sempre existirá porquanto o que elles não querem é largar as generosas tetas dos cofres do governo federal!