quinta-feira, março 07, 2013

Israel: chega de políticas de contenção e apaziguamento.











por Heitor de Paola








Pressionado pela ONU, pelas potências estrangeiras e sempre criticado pela mídia ‘mainstream’, faça o que fizer, Israel tem usado a política do apaziguamento há tempo demasiado. É hora de parar e tomar atitudes mais claras em direção à sua única e óbvia estratégia: ocupar de vez o que lhe pertence: a Judéia e a Samaria. O apaziguamento só aumenta a avidez daqueles que o recebem como sinal de fraqueza, jamais de boa vontade de chegar a um acordo pela paz.

Além do conhecido episódio de Munich, a confiança exagerada no outro lado levou Franklin D. Roosevelt, o presidente mais à esquerda antes de Carter e Obama e que maior mal causou ao seu país e ao mundo, a uma verdadeira adoração por Stalin, que ele chamava carinhosamente Uncle Joe. William C. Bullitt, que fora comunista três décadas antes e ex-embaixador na URSS de 1933 a 1936, advertiu Roosevelt desde 1941 de que os comunistas eram uma ameaça constante à liberdade no mundo e haviam infiltrado agentes na própria Administração, numa quinta coluna que minava as políticas presidenciais [[i]]. Bullitt fez de tudo para mostrar a Roosevelt que sua política em relação a Stalin estava equivocada e que Stalin não passava de um assassino de seu próprio povo. Em agosto de 1943, Roosevelt respondeu:

“Bill, não acredito que Uncle Joe seja este tipo de homem, ele quer apenas a segurança de seu país e eu penso que se eu der a ele tudo o que eu possa e não peça nada em troco, noblesse oblige, ele não tentará anexar nenhum país e trabalhará de acordo comigo para um mundo de democracia e paz’. [[ii]]

Um Bullitt surpreso argumentou com o presidente que “ele não estava lidando com um duque inglês, mas com um bandido do Cáucaso, que quando consegue algo por nada só pensa que o outro é um jumento.” [[iii]


É exatamente esta a situação entre Israel e os “palestinos” e por isto os acordos para a paz só despertam mais ganância e o incremento da visão dos israelenses como jumentos facilmente enganáveis. A idéia é de que os “palestinos”estão interessados em paz, quando não passam de bandidos, terroristas e assassinos, não lordes com quem se pode negociar com plena confiança.


Felizmente os primeiros anos de Israel tiveram na Casa Branca cinco presidentes amigos: Truman, Eisenhower (o primeiro a prever a ação dos negacionistas do Holocausto), Kennedy, Johnson e Nixon.


Foi Johnson, que abriu as portas dos depósitos militares dos EUA a Israel na época da Guerra dos Seis Dias de 1967, depois que a França de De Gaulle cortara toda ajuda militar. Ele também garantiu através de seu embaixador na ONU que a Judéia e a Samaria (mais conhecida por Cisjordânia) permanecesse sob administração israelense, ao implementar a resolução das Nações Unidas, que diz que Israel poderá se retirar “de territórios ocupados” depois de acordos firmados com palestinos [[iv]]. Note-se que a resolução (oficial) diz em Inglês “de territórios” e não como foi traduzida para o francês e demais idiomas, “dos territórios” como muitos traduzem erroneamente para eternizar a idéia de que todos os territórios são ocupados e, ipso facto, devem ser devolvidos.


Nixon continuou a política de Johnson e foi um baluarte na luta contra a expansão do comunismo no mundo. Como os árabes estavam na época, nas mãos dos soviéticos, que inclusive tinham assessores e conselheiros militares no Egito e na Síria, ajudando Israel ele estava ajudando os Estados Unidos. Foi a partir daí que a esquerda começou a rotular Israel de testa de ferro dos EUA.


Nixon e o Gen. Alexander Haig ajudaram e muito Israel na guerra de Iom Kippur.


Mas os tempos mudaram com o poltrão Jimmy Carter, sob cuja Administração a URSS de Brezhnev ‘engordou’ mais onze países, entre os quais as mais duras traições contra aliados do plantador de amendoins: Irã e Nicarágua.


Em função de espaço vamos direto ao presente: a Administração Obama é nitidamente anti-Israel. Judeus de esquerda citam as nomeações de Axelrod e Rahm Emanuel como indício de que Obama não é antissemita. Estranho que ambos são judeus sim, mas de esquerda. 

Em seu segundo mandato Obama, que ajudou todos os inimigos de Israel e dos EUA na ‘primavera árabe’, que só enganou desde o início a idiotas úteis, fez nomeações de inimigos de Israel para os mais importantes cargos: para Secretário de Estado, John Kerry, e para a Defesa, Chuck Hagel, inimigo de Israel e amigo do Irã. Com apenas mais quatro anos para destruir seu próprio país e seus aliados, Obama radicalizou: Kerry é um típico traidor dos EUA repetindo os mantras soviéticos sobre o Vietnã. Segundo Mihai Ion Pacepa, espião romeno do KGB que se asilou nos EUA, “a citação de Kerry (perante o Senado como representante da organização Veterans against the War) é um típico slogan soviético. Acredito que Kerry traduziu ipsis literisum dos folhetos de propaganda soviética” [[v]].


É hora de anexar a Judéia e a Samaria, segundo as normas expressas por Steven Plaut em Time to Annex Judea and Samaria

“A ‘Autoridade Palestina’ vem há quase 20 anos violando todas as cláusulas dos Acordo de Oslo. (...) A Declaração unilateral de independência e soberania estatal e pedido de reconhecimento internacional, não foi apenas o repúdio completo aos acordos mas sim uma declaração de guerra. (...) Israel deve responder que o jogo de fingimento e ficção acabou. Israel não mais fingirá (somente para tentar um acordo de paz) que existe um "povo palestino" com direito a soberania.




Notas:

[i] Contei com a inestimável ajuda de Szyja Lorber e Salomon Mizrahi para as informações históricas sobre Israel. As conclusões do artigo de minha responsabilidade.

[ii] Há dúvidas entre os historiadores se Roosevelt era apenas idiota útil ou traidor. A sua Administração estava coalhada de comunistas e agentes do KGB, entre os mais conhecidos Harry Hopkins, Harry Dexter White, Alger Hiss, Laucghlin Currie, N G Silvermaster, Wiliam Remington, V. Grenk Coe, Harold Glasser, John Service, Maurice Halperin, Robert Miller, Solomon Adler e centenas de outros (ver Stalins Secret Agents, de M Stanton Evans & Herbert Romerstein e Witness de Whittaker Chambers. Hiss dirigiu a Conferência que preparou a Carta da futura ONU, obedecendo às ordens de ‘Uncle Joe’.

[iii] Descrito em seu artigo How We Won the War and Lost the Peace, Revista Life, vol. 25, nº 10, 6/11/84.

[iv] Sobre Johnson e Israel ler: LBJ: A Friend in Deed, Lenny Ben-David

[v] Kerry’s Soviet Rethorics, citado em Dupes, de Paul Kengor, Wilmington, Delaware:2010





Fonte: Jornal Visão Judaica, de Curitiba (versão ampliada) .


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