Após uma votação democrática e não influenciada pelo governo - como nos governos anteriores, é claro - saiu a indicação do filme brazuca que concorrerá ao Oscar 2008:
"O ânus do papai saiu em férias"
O filme conta a saga de um menino abandonado na antiga rodoviária de são Paulo (que naquele tempo ficava na boca do lixo), por seus dois pais, um casal de bibas, que são obrigados a saírem de férias - forçadas pelo sindico do prédio onde moram; um general aposentado do exército de salvação.
O casal de pais do garoto Kal-El Marigrela vão para um retiro na praia das Vacas (em Santos-SP onde, naquele tempo se reunia a high-bibagem paulistana)
Nesse meio tempo, o menino fica perambulando pelas redondezas da rodoviária, sempre acompanhado por uma família de judeus-muçulmanos, até que chega no DOPS (o DOPS era o lugar onde os hoje milionários indenizados, eram presos). Disfarçado de pinguim de geladeira, o menino Kal-El Marigrela consegue entrar nos porões da rapadura (essa época também foi chamada de Anos de Chumbo; substância que foi ilegalmente derramada no Rio Tietê e, por isso o Tietê hoje é tão poluído). O menino vai olhando em todas as celas e vê, numa delas, um bando de sindicalistas que promoviam greves para levar um "troco por fora" por cada funcionário despedido por justa causa.
O delegado de plantão Julieto Truman, hoje um famoso político, pedia aos presos que gritassem a cada meia hora, para conservar a respeitabilidade do local; assim os jornalistas - hoje também indenizados - que ficavam de plantão do lado de fora, poderiam não publicar o que ouviam, mas poderiam espalhar a notícia de que os presos eram submetidos a interrogatórios no pau de arara. Na verdade o Arara era um afro-descendente com um bilau enorme, que entretinha os presos fazendo strip-tease.
O menino Marigrela, vê a todo instante pastéis e mais pastéis entrando no Dops (Naquele tempo não haviam as 324.456 pizzarias em São Paulo; aliás, Pizza era "comida" e não distribuída no Congresso). Kal-El Marigrela, resolve então pegar um desses pastéis e o abre. Para sua surpresa, em cada pastel havia uma azeitona e dentro desta havia fragmentos do livro proibido de Mino Karta Marx - Descartem o Capital -e, em cada fatia de queijo, um versinho do então coroinha Frade Bettio com ilustrações de Carlos Zéfiro.
A saga do menino termina quando após 24 dias seus pais-bibas, Saulo Henrique Tamborim e Franklin Riotins, retornam, após terem sido submetidos a uma cirurgia de embuchamento anal.
Hoje o menino Marigrela, já um homenzão de seus quarenta e tantos anos, sente que de nada valeu estudar que nem uma besta e trabalhar feito um camelo. Todos aqueles presos que ele vira no Dops, nunca estudaram, nunca trabalharam, mas hoje andam vestindo Armani, bebendo Veuve Clicquot e andando de Porshe. Um desses presos é hoje presidente de uma famosa organização: a Bananolândia-Brasilis e recebe uma aposentadoria irregular, só porque perdeu o dedão do pé: levou à sério quando alguém disse a ele que chutasse o balde. (O Balde era de bronze).
Imagens - Cena 1: Percebe-se que, desde aquele tempo, um fusca andava mais do que uma viatura do Exército.
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