sexta-feira, abril 18, 2008

O que você faz para acabar com o analfabetismo no Brasil?


O que você faz para acabar com o analfabetismo no Brasil?


Eu, do blogando francamente? Primeiro lembrarei das histórias que lí, do primeiro livro que ganhei: Aritmética da Emilia. Depois vieram Geografia de Dona Benta, História das Invenções, Emília no País da Gramática e muitos outros, todos escritos por Monteiro Lobato.
Com certeza, à época, Monteiro Lobato tinha razão ao dizer que
"Um país se faz com homens e livros"

O que Monteiro Lobato não previu:

1 - Que tipo de homens um país precisa para se tornar uma Nação,
2 - Quais tipos de livros deveriam ser fornecidos aos futuros homens que transformariam o país.

O que Monteiro Lobato não imaginou é que os homens - professores e governos -, poderiam se tornar manipuladores do pensamento.

Assim o espaço físico - a escola, o prédio - se tornou uma prioridade para governos e o professor ficou sem o apoio, seja no conhecimento ou quanto ao seus ganhos. Governos irresponsáveis não só permitiram como incentivaram a entrada de ideologia réles, retrógrada e eivada de ódio em nossas escolas.

Os irresponsáveis governos - nem é preciso citar quais foram - deixaram que vermes, travestidos de mestres produzissem pérolas como estas:

- "... da síndrome de Patau, causada pela trissomia do cromossomo 13, como é que ele fazia? É simples: PT-13. PT-13. PT-13. Muito simples" A fala é de um professor de Biologia. [
http://www.escolasempartido.org/?id=38,1,article,2,160,sid,1,ch]

- "Me recordo principalmente de um professor chamado Claudio que além de fazer apologia a Lula disse certa vez (e foi a vez que mais me revoltou, nunca havia sentido algo assim, foi justamente por ter percebido a baixeza daquele professor que eu senti aquele aperto no peito de ódio) que a morte de ACM Filho foi "graças a Deus" (ele disse com essas palavras) porque havia rachado o PFL (na época com Roseana) e o PSDB dando assim mais chance para o PT ganhar. [ http://www.escolasempartido.org/?id=38,1,article,2,108,sid,1,ch ]
Governos estupidos introduziram ou permitiram livros e apostilas no ensino básico. absolutamente desnecessárias:
1 - Numa apostila de redação - método COC -:
"como se conjuga um empresário"...
"Acordou, barbeou-se... beijou, saiu, entrou... despachou... vendeu, ganhou, lucrou, lesou, explorou, burlou... convocou, elogiou, bolinou, estimulou, beijou, convidou... despiu-se... deitou-se, mexeu, gemeu, fungou, babou, antecipou, frustrou... saiu... chegou, beijou, negou, etc., etc.".
2 - Apostila de História do mesmo método COC:
"Sabemos que a história é escrita pelo vencedor; daí o derrotado sempre ser apresentado como culpado ou condições de inferioridade (sic). Podemos tomar como exemplo a escravidão no Brasil, justificada pela condição de inferioridade do negro, colocado
(sic) como animal, pois era 'desprovido de alma'. Como catequizar um animal? Além da Igreja, que legitimou tal sandice, a quem mais interessava tamanha besteira? Aos comerciantes do tráfico de escravos e aos proprietários rurais. Assim, o negro dava lucro ao comerciante, como mercadoria, e ao latifundiário, como trabalhador. A história pode, dessa forma, ser manipulada para justificar e legitimar os interesses das camadas dominantes em uma determinada época".
3 - E o que se pode dizer dessa escrescência?:
- " o dilúvio seria enviado por Deus, como castigo às cidades de Sodoma e Gomorra".( ??? )
Enfim, o que eu, pequeno grão de areia cercado de corruptos de todos os lados, estou fazendo para acabar com o anlfabetismo no Brasil?
Absolutamente nada. E nada farei porque tenho certeza que enquanto tivermos governos espúrios como o atual, que premia a incompetência, o roubo, a imoralidade e a falta de ética, jamais poderemos confiar na alfabetização de nossos jovens.
Pedindo desculpas a Monteiro Lobato - e por extensão à blogagem coletiva -, eu diria que "Um país se faz com homens, livros e quando estes não funcionarem ou forem manipulados por aqueles, a chibata será bem vinda".

Ajude a Escola sem Partido [http://www.escolasempartido.org/], a promover a liberdade de pensamento e o pluralismo de idéias nas escolas brasileiras.

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