segunda-feira, julho 14, 2008

LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE




Onde mais, a não ser no Brasil, os ideais da Revolução Francêsa poderiam estar presentes?.

Vejamos algumas das coincidências:

Lá na França - Os iluministas, achavam que a única maneira possível da França se adiantar em relação à Inglaterra era passar o poder político para as mãos da nova classe, a burguesia.

Aqui no Brasil - Os sindicalistas, acreditam que a única forma de nos igualarmos a Cuba, Venezuela, Bolívia e outras prósperas Nações é passar o poder total para a nova classe: os Vigaristas, companheiros sem nenhuma qualificação, banqueiros desonestos e empreiteiros safados.

Lá Na França - A situação econômica da França era crítica. A maioria da renda vinha da agricultura, onde as técnicas eram atrasadas em relação ao consumo do país. Dos 26 milhões de habitantes, 20 milhões viviam no campo em condições de vida extremamente precárias.

Aqui no Brasil - A situação mundial estava - até o ano passado - favorável ao crescimento. Aqui, o agro-negócio garante o PIB, mas para não ficarmos sem emoção, o governo permite que os MSTs da vida atrapalhem o desenvolvimento no campo.

Os Ideais da Revolução de lá, aplicados aqui:

Liberdade - Ninguém aqui pode reclamar que não exista Liberdade. De Imprensa? Qualquer cidadão pode falar o que quiser, só não lhe é garantido que será ouvido; mas então o problema é do ouvinte que, mesmo possuindo ouvidos não quer ouvir e o seu protesto será olvido. Qualquer notícia desfavorável ao governo pode ser veiculada em rádios, televisões e jornais. Nas rádios e televisões; após as 23 horas e nos jornais - que ainda não estão a serviço do poder - em alguma página lá no meio. Interessante notar que próximo a essas notícias há sempre uma publicidade do governo, em tamanho maior do que a notícia desfavorável

Igualdade - Com as exceções de praxe, todos são iguais perante a lei. O grande problema é que as exceções são grandes, atrapalham e não há Cristo que acabe com elas. Nos impostos, por exemplo, todos pagam; do gari ao dono de banco, o probleminha é que o gari ganha uma merrequinha e o banqueiro ainda toma uma parte do que ganha o gari. Na justiça, todos também são iguais. Roubou vai preso. As nossas leis são tão perfeitas que, mesmo preso em flagrante, qualquer cidadão, contratando um ótimo escritório de advocacia, consegue aguardar o julgamento em liberdade, protelar, adiar e enrolar por uns quinze anos até a sentença final. Os pobres é que não se utilizam desses meios e não o fazem por puro idealismo.

Fraternidade - Quer coisa mais fraterna do que nomear um professor de Turismo (Milton Zuanazzi) para comandar a Anac? Se acidentes aéreos aconteceram a culpa é do destino: estava escrito, Maktub. O que dizer-se então da "fraternité" que faz com que ex-assaltantes de bancos, guerrilheiros e sequestradores estejam hoje em altíssimos cargos da república? Fra-ter-ni-da-de é isso.

Por tudo isso, os parabéns aos franceses pela sua revolução, pelo seu "quatorze Juillet", pelo "chute de la Bastille", pelas 18 mil execuções na quilhotina - o inventor dessa máquina heróicamente a experimentou também com sucesso - e pelas execuções de quem também mandou executar.

Da nossa parte, não ficamos devendo nada aos franceses de ontem e de hoje: eles tiveram o Bonaparte, nós temos o Bom para Repartir o cofre; desastrada e etílicamente falando, eles têm o Sarlozy e nós temos o NoçuGhia.


Lá "en France" (fica bonitinho em francês, né não?), eles cantam "Allons enfants de la Patrie,
Le jour de gloire est arrivé..."
e aqui en Brézil nós cantamos "Consolem-se, filhos da P___, O dia do Butim chegou".

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