terça-feira, julho 08, 2008






Meu velho professor de História, a quem carinhosamente chamávamos de professor Teixeirinha (Colégio Santo Alberto dos Padres Carmelitas-SP) nos dizia sempre que "a história nos apresenta os fatos passados, para que possamos entender o presente e, de certa forma, possamos projetar o futuro provável". O professor Teixeirinha repetia também que "a história não se repete". Estaria certo o velho mestre?

Em 8 de julho de 1940, o velho aprendiz de ditador Getulio Vargas, criava o imposto sindical. Junto com o imposto, Vargas criou o peleguismo e colocou os sindicatos aos seus pés. O Getulio nos deixou de herança os sindicatos, o imposto sindical e os pelegos; nenhuma dessas heranças nos serve para nada.
Getulio foi o "pai dos pobres" e, de certa maneira, foi o criador do Lulla que, dizem também é o pai dos pobres. Getulio também era considerado, como o Lulla, a "mãe dos ricos".

Vargas apoiou a criação da Varig; Lulla ressucitou a Varig para seus amigos. Getulio obteve 100% dos votos no Rio Grande do Sul, mas perdeu no geral - sem urnas eletrônicas -, não gostou do resultado e virou presidente no tapa. Lulla foi reeleito - com as urnas eletrônicas -, mas ninguém seria besta de dizer que teve 100% dos votos e quer levar no tapa um terceiro mandato.Até aqui, o professor Teixeirinha errou; a história se repetiu.

Vargas tinha nas suas mãos os meios de comunicação através de Censura e com a colaboração de muitos jornalistas travestidos de puxa-sacos; o Lulla tem a mídia nas mãos através da farta distribuição de dinheiro, via publicidade governamental e com a colaboração de muitos puxa-sacos, travestidos de jornalistas. A história está, de certa maneira, se repetindo.

Getulio tinha um algoz-jornalista (Carlos Lacerda); Lulla não tem nenhum jornalista-algoz: Um a zero para o professor; a história não se repetiu

Em 2007 Lulla aperfeiçoou o Imposto Sindical do Vargas e criou os sindicatos sem nenhum contrôle mas sob as rédeas do poder - mais peleguismo -: A história se repetiu.

Getulio tinha um revólver (a história não conta) e pôs fim à sua existência suicidando-se com esta boa invenção do Sr. Samuel Colt; o presiMente (diz a história) possui um revólver.

O país espera que a história - não a do professor Teixeirinha, é claro - cumpra com o seu dever e o professor Teixeirinha tenha errado.

Nenhum comentário: