"Na minha terra tinha palmeiras,
Onde cantava até o Sabiá;
As aves, que aqui no Iraque gorjeiam,
Não gorjeiam como as que haviam lá.
Lá, nosso céu tinha mais estrelas,
Nossas várzeas tinham flores
E gente honesta havia por lá,
Nossos bosques - antes da Marina e do Minc - tinham vida,
Nossa vida, antes do Lulla, mais amores.
Em pensar, sozinho, à noite,
É um prazer viver em Bagdá;
Minha terra já teve palmeiras,
Onde cantava até o Carcará.
Hoje, minha terra tem horrores,
Que tais, mesmo em guerra, não encontro em Bagdá;
Em pensar — sozinho, à noite — no meio de tantos atentados
Mais prazer encontro eu cá;
Minha terra, hoje Banânia, teve palmeiras,
Onde cantava o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
E muito menos que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
De uma calma Bagdá;
Sem qu’inda aviste palmeiras,
No deserto, onde possa cantar um sabiá."
PS-Que Gonçalves Dias me perdoe mas, se ele vivesse em Banânia hoje, adoraria viver em Bagdá: Petralhada não existe por lá.
Imagem - de um certo Tonho que não conheço e que m'a enviou via correio eletronico (não escreverei mais e-mail nem colocarei o circunflexo no "O" seja em que palavra for: É a nova Lingua Portuguesa - NoçuGhia foi a Portugal discutir sobre Lingua Portuguesa? Fechem o Universo para balanço.
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