Afinal, a vida começa no momento da fecundação, quando o embrião se fixa no útero, com o bater do coração, com o estado de feto, quando está formado o sistema nervoso central, com capacidade de ser consciente de si próprio ou (ufa!) com o nascimento? Confesso, não tenho a plena convicção de nenhuma das alternativas, mas a primeira hipótese me soa como melhor.
Essa alternativa também é defendida pela CNBB; então devo supor que essa entidade (ou seria sindicato de bispos?) é a favor da vida? Nem tanto; já que essa entidade está sempre empunhando bandeiras da esquerdopatia reinante neste país (a Teologia da Libertação é uma dessas). Os esquerdopatas de hoje, têm as mesmas idéias daqueles que já exterminaram milhões ao longo de 90 anos de história do comunismo (padres inclusive). A CNBB também apoiou a eleição e reeleição do governo mais corrupto da história, embora esse governo, vira e mexe, tente emplacar o aborto (teóricamente a CNBB rejeita o aborto).
O STF autorizou as pesquisas com células-tronco embrionárias. A CNBB perdeu. E quem foi que ganhou? Em princípio, com certeza, serão as mesmas 20 mil famílias que se beneficiam a cada centésimo de percentagem de aumento da taxa selic. Alguém pensa sériamente que o tetraplégico, morador da favela será beneficiado? Talvez sirvam de cobaias; isso é mais razoável pensar.
Então, comemoremos essa vitória no STF com sabor de empate: 6x5 não é para soltar rojões mas, o que vale é bola na rêde.
Já podemos vislumbrar, num futuro incerto, quem sabe um cego voltando a enxergar ou um paraplégico andando, no que sobrar deste país. Uma pena que antes disso acontecer, muitos morrerão por falta de atendimento, para uma simples cirurgia de apendicite. É possível que, estando na fila do SUS, muitos sejam picados pelo Aedes Temporão Aegypti e morram felizes em suas casas.
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