domingo, setembro 17, 2006

Da série Minganaquiieugostcho:
“O dossiê contra o Serra (candidato do PSDB ao governo de SP) é um dossiê igual a todos os outros dossiês que circulam por este país. Eu acho isso uma coisa absurda na política brasileira, isso não ajuda o eleitorado a decidir no dia 1° de outubro, pelo contrário, vai deixando a sociedade com nojo da política”, disse o presidente a jornalistas em Aracaju (SE), onde faz campanha neste sábado.

Trama Macabra
É com indignação que comento a trama montada contra os companheiros José Serra e Geraldo Alckmin pelos Vedoin e petistas, sabe-se lá de que escalão. A farsa já foi desmontada pela própria Polícia Federal que flagrou os criminosos com a mão na botija: algo mais do que de R$ 1,700 milhões, e em dinheiro vivo. A operação, que tinha tudo para ser uma arma voltada principalmente para a vitória de Lula já no primeiro turno e para turbinar a debilitada candidatura de Aloísio Mercadante, transformou-se em um desastre contra os seus próprios articuladores.

Agora Lula e Aloísio Mercadante querem distância da trama e a condenam. Esqueceram-se de avisar ao ex-Chefe da Casa Civil José Dirceu, que em seu blog tentou dar ar de credibilidade à reportagem de uma revista de circulação nacional. A nação quer saber qual a origem dos quase dois milhões de reais que seriam repassados para os Vedoin e quais os objetivos de quem se dispôs a comprar suas informações que, de resto, não atestam nada contra a honra de José Serra e Geraldo Alckmin. As impressões digitais não deixam dúvidas: visava-se desestabilizar o jogo eleitoral com métodos absolutamente escusos e inaceitáveis.

Reafirmo minha confiança de que os brasileiros saberão identificar quem mantém relações promíscuas com o submundo do crime e tenta se eleger a todo custo, mesmo que para tal renegue o seu passado. No mundo do faz de conta, é hora de atender ao apelo da carta do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso e chamar as coisas pelo aquilo que elas são. Os autores da armação são meliantes à serviço de quem quer se perpetuar no poder a qualquer custo.

As instituições brasileiras são maiores do que a quadrilha que vem se apoderando do Estado. Prova disso é a ação da Polícia Federal, que no caso da trama macabra contra Serra e Alckmin, operou como um órgão do Estado. Suas investigações farão com que o feitiço se volte contra o feiticeiro. E o povo brasileiros saberá punir, nas urnas, quem se utiliza de expedientes tão baixos.

Postado por: Paulo Renato Souza (ex-ministro da Educação).

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