The Economist comparou o Congresso a um chiqueiro e o máximo que se pode fazer é lamentar a generalização simplista, à falta de fatos robustos para contestá-la. (Dora Kramer):
A cena pode parecer menor ante a opulência do espetáculo como um todo, mas a escolha, para presidir a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, de um deputado de 27 anos de idade, cujo único atributo visível é o de ser filho do presidente da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, é ilustrativa da consolidação do Congresso Nacional como instrumento de todo tipo de escambo político.
Leonardo Picciani foi indicado pelo PMDB e, com todo o sucesso que possa vir a alcançar em sua carreira política, por enquanto não reúne qualificação parlamentar para tal. Ganhou a indicação por um único e desmoralizante motivo: para atender aos arranjos locais do governador Sérgio Cabral que, tão cioso na formação de seu secretariado - recebido com expectativa positiva no Estado - não demonstrou o mesmo apreço pelo Congresso.
O governador não viu inadequação alguma em pedir ao partido que disponibilizasse a comissão mais importante da Casa - a porta de entrada de todos os projetos, que ali morrem ou prosperam em sua tramitação - para atender Jorge Picciani, poderoso no âmbito regional e fundamental para o encaminhamento dos interesses do governador na Assembléia.
Isso para deixarmos de lado o detalhe de que Picciani pai é investigado pela Polícia Federal por fraude fiscal, sonegação e suspeita de lavagem de dinheiro, e Picciani filho é sócio nos negócios rurais da família.
No atendimento às conveniências do governador Sérgio Cabral, o PMDB tampouco enxergou inconveniente em ceder o posto sem observar experiência política e conhecimento técnico.
Questionado, o rapaz indignou-se com o espanto causado por sua nomeação e apresentou sua folha de serviços: Estive entre os mais votados do meu Estado. Saber jurídico? Fui membro da Constituição e Justiça nos quatro anos passados e sou bacharel.Cruzeiro.Net
Leonardo Picciani foi indicado pelo PMDB e, com todo o sucesso que possa vir a alcançar em sua carreira política, por enquanto não reúne qualificação parlamentar para tal. Ganhou a indicação por um único e desmoralizante motivo: para atender aos arranjos locais do governador Sérgio Cabral que, tão cioso na formação de seu secretariado - recebido com expectativa positiva no Estado - não demonstrou o mesmo apreço pelo Congresso.
O governador não viu inadequação alguma em pedir ao partido que disponibilizasse a comissão mais importante da Casa - a porta de entrada de todos os projetos, que ali morrem ou prosperam em sua tramitação - para atender Jorge Picciani, poderoso no âmbito regional e fundamental para o encaminhamento dos interesses do governador na Assembléia.
Isso para deixarmos de lado o detalhe de que Picciani pai é investigado pela Polícia Federal por fraude fiscal, sonegação e suspeita de lavagem de dinheiro, e Picciani filho é sócio nos negócios rurais da família.
No atendimento às conveniências do governador Sérgio Cabral, o PMDB tampouco enxergou inconveniente em ceder o posto sem observar experiência política e conhecimento técnico.
Questionado, o rapaz indignou-se com o espanto causado por sua nomeação e apresentou sua folha de serviços: Estive entre os mais votados do meu Estado. Saber jurídico? Fui membro da Constituição e Justiça nos quatro anos passados e sou bacharel.Cruzeiro.Net
- Esse "arranjo" não é exclusividade do governador Sérgio Cabral, Serra fez o mesmo escambo, apoiando Chinaglia e garantindo a presidência na ALESP. Mas pode dar com os burros n'água; a história recente mostra isso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário