SOCORRO, CADÊ A JUSTIÇA?
"O que ocorre é que geralmente se discute a legislação e mudanças na legislação sob um clima de tensão, sob um clima de emoção e isso não é necessariamente a melhor forma de discutir legislação" Ministra Ellen Gracie, STF.
Seria interessante que a sra. Ellen Gracie fizesse essa declaração olhando nos olhos de Rosa Cristina Fernandes e Elson Lopes Vieites, pais do pequeno João Hélio Fernandes Vieites. Antes de fazer essa declaração - infeliz - a sra. Ellen Gracie que é mãe como Rosa Cristina e que foi adolescente como Aline Fernandes, 14 anos, irmã de João Hélio Fernandes, se dignasse a ler a carta que essa jovem (marcada para o resto de sua vida) escreveu:
"Socorro! Cadê a justiça?
Ele é de menor? Eu sei. Eu também sou, e meu bebê também era. Na hora que esse "menor" apontou a arma pra minha cabeça e arrastou meu bebê até a morte ele foi muito adulto. Agora é muito fácil pra ele ser tratado como uma criança quando na verdade ele já foi um monstro cruel e sem coração. Ele deve ser tratado como adulto! Olha pra mim. O que você vê? Uma mulher e não uma criança. Eu sei o que faço e procuro agir de maneira correta. Tenho 14 anos e estou péssima. Minha família está sem chão, o Rio emocionado e o Brasil revoltado. Se essa não é a hora da mudança, quando será? Quando acontecer novamente? Quando mais uma vida por tirada por um homem de 16 anos? E o pior é que ele vai passar só 3 anos de sua vida dentro de um centro de recuperação. É muito fácil garotos como ele cometerem crimes bárbaros sabendo que praticamente nada acontecerá com eles, que a justiça não será feita. O presidente e outros políticos que não estão de acordo, dos 2 um: ou eles não têm filhos, ou eles não têm alma. Eles andam cercados de seguranças e permitem que esses crimes aconteçam. Não queremos aparecer, não queremos vingança, queremos justiça.
Brasília acorda!!!
Antes de dizer o que disse, a sra. Ellen Gracie deveria apontar soluções viáveis e não sonhadoras como as que estão no Estatuto da Criança e do Adolescente, uma peça de ficção num país que discute salários de R$ 24.000, 00 (Não é mesmo, ministra?), verbas indenizatórias de R$ 15.000,00 (Não é mesmo srs. deputados?), doação de R$ 20 milhões para a Bolívia (Não é sr. Omisso da Silva?) e não consegue fechar a entrada de tanta droga e armamentos pesados que alimentam a violência, todos os dias. Se formos esperar a violência diminuir para depois discutirmos o endurecimento contra o crime, talvez só restem no Brasil a senhora. e o sêo. Omisso da Silva. Acorda senhora Ellen!
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