Mais de 59% dos eleitores votaram a favor no referendo. Participação não alcançou os 50% exigidos para mudar lei.
Sem querer (querendo) meter o bedelho em assuntos d'além mar, as críticas ficam para a omissão daqueles que entregaram passivamente (lá e cá) os destinos de suas vidas a parlamentares, não comparecendo ao clamor das urnas.
Temos, brasileiros, portugueses e venezuelanos muito em comum; deixamos para os políticos decidirem aquilo que nós desejamos. Aqui, nas últimas eleições, mais de 30% dos eleitores se abstiveram, anularam ou votaram em branco; na Venezuela 75% dos eleitores se abstiveram e até a oposição não teve candidatos e em Portugal mais de 50% deixaram de opinar favoravelmente ou não pela descriminalização do Aborto. Desta forma, o parlamento, de maioria favorável à legalização, decidirá por aqueles que se omitiram.
A discussão sobre o assunto é cheia de prós e contra; particularmente defendo o direito à vida e acredito que a RESPONSABLIDADE é a maior arma contra uma gravidez indesejada. Embora nos blogs portugueses a discussão tenha sido "quente", pouco ou nada foi discutido sobre a RESPONSABILIDADE, como se fosse possível uma gravidez "involuntária", fruto de um vírus ou bactéria que adentra no organismo pelo ar (uma gripe indesejada).
Que opinem as mulheres, talvez seja mais justo, mas jamais esquecendo que gravidez só acontece quando feita a dois (ainda bem, por enquanto!) e - às cristãs - convém lembrar que o 5º mandamento não foi abolido.
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