UMA TRÁGICA MORTE PODERIA TER SIDO EVITADA
Se o governador Cabral tivesse tido sucesso na sua cruzada pró-legalização das drogas, um herói não teria morrido.
O herói é Robson Roque da Cunha, carinhosamente alcunhado de Caveirinha. Caveirinha revoltado com a má distribuição de renda no país, sequestrou em 1990 o empresário Roberto Medina, mantendo-o "detido" por quinze dias. Caveirinha era um bom pai de família e foi casado com Ana Cristina Pedro Mendonça, outra revoltada com a má distribuição de renda e portanto, corrigia essa anomalia neo-liberal praticando, como seu amado Caveirinha, sequestros. Caveirinha foi preso e estava completamente regenerado, tanto que ganhou indulto de Natal. Talvez por esquecimento Robson não voltou à prisão, mas passou a se dedicar à nobre profissão de distribuidor de produtos fármaco-tóxicos. Na noite de sexta-feira (23), Robson Caveirinha e Toninho Gordo, ambos pertencentes ao Comando Vermelho (ONG que cuida dos direitos dos excluídos presidiários) , foram covardemente mortos pela PM, opressora das minorias, quando apenas se defendiam valentemente de uma blitz (prática proibida pelos Direitos Humanos).
Em protesto, os comerciantes de Copacabana fecharam o comércio em sinal de luto pela perda deste herói Cabralino e os oprimidos moradores dos Morros Chapéu Mangueira e no Pavão-Pavãozinho solidarizaram-se com mais esta irreparável perda.
Se o grandioso e benemérito governador Cabral tivesse sido atendido, liberalizando-se o comércio desses produtos fármaco-tóxicos que apenas e tão sómente trazem euforia e amenizam o estresse dessa vida enfadonha, essas duas mortes poderiam ter sido evitadas.
Imagem (Autin.com.br) - O herói finalmente encontrou a paz.
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