sexta-feira, março 23, 2007

UMA FÁBULA E UMA VERDADE (OU AO CONTRÁRIO)




UMA FÁBULA E UMA VERDADE (OU AO CONTRÁRIO)






Num país parecido com o nosso, tempos atrás uma porção de "líderes" sindicalistas paralisavam fábricas e exigiam aumento de salário para as suas categorias. Essas fábricas precisavam "enxugar a máquina", diminuir o tamanho e adequá-la à demanda; então batiam o pé e ofereciam muito menos do que pediam os "grandes líderes sindicalistas". Depois de muitas reuniões, algumas abertas, que davam em nada e outras fechadas onde tudo era resolvido, o aumento era enfim solucionado: muito menos do que pediam os empregados, um pouquino a mais do que era oferecido pelos empregadores e muitas -muitas mesmo - demissões. As empresas solucionavam a diminuição do quadro de funcionários e os "líderes" ficavam famosos. Diz a lenda que os "líderes" ganhavam por fora pela diminuição do número de funcionários.




Voltando ao nosso amado, idolatrado e salve salve país; Lulla da Silva chefiava muitas greves procurando firmar-se como "lider" e conseguia aumentos salariais no "grito"; mas isso demandava um certo tempo. Hoje, no Brasil do crescimento espetaculoso, bastou uma frase ("Alguns pagam para ser ministros, essa é a pura verdade") e o aumento para parlamentares, ministros e o próprio Lulla saiu num piscar de olhos(Comissão da Câmara aprova aumento para Executivo e Legislativo). Ao contrário do tempo de sindicalista, Lulla não causou o efeito demissão. A empresa Brasil continua inchada, não pensa em demissões e nem quer ouvir em falar em Redução dos Gastos. É o novo sindicalismo, agora presidencial.

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