quarta-feira, janeiro 03, 2007





O Rio de Janeiro continua lindo!

E sempre será, apesar dos esforços de seus governantes em destruir o que a natureza demorou milhões de anos moldando.
Por quê o Rio virou encubadora de facções criminosas? Só mesmo ex-governantes poderiam responder:
...."Seu governo, para muitos de seus críticos, tem dois marcos: os Cieps – os Centros Integrados de Educação Popular, idealizados pelo então vice-governador Darcy Ribeiro, que mais tarde, no segundo governo de Brizola no Rio, nos anos 90, criaria também o Sambódromo – e o momento em que o Rio começou a virar terra de ninguém, com os traficantes começando a deitar seus longos tentáculos sobre uma cidade cuja polícia, segundo dizem seguindo “ordens superiores”, não podia subir os morros para prender bandidos. Deu no que deu...."(Jornal da Usp, 28/06/2004).

Pelas declarações de Lulla ( "prática terrorista mais violenta que já houve neste país".), parece que os atos de violência jamais aconteceram antes "nestchi paizz". Sérgio Cabral tem a solução mágica para resolver todos os problemas: “As Forças Armadas têm uma presença muito significativa em contingente no Rio. Elas estão presentes em várias regiões. Em qualquer área que atravesse, você vai se deparar com uma unidade da Marinha, da Aeronáutica ou do Exército. O que vou solicitar na reunião é que essa presença seja extramuros, na redondeza de cada unidade. Creio que é um trabalho que elas podem fazer sem maior desgaste de deslocamento e ao mesmo tempo um trabalho que em muito reforça a presença do policiamento nas ruas”.
O pan 2007 está aí e mais uma vez tudo transcorrerá normalmente, como aconteceu na Rio 92. Lulla terá a oportunidade de expor seu brinquedinho (Força Nacional de Segurança), Sérgio Cabral virará um gênio - e aliado preferido - mas tudo continuará camuflado: o tráfico não vai parar, apenas agirá discretamente, as brigas entre facções terão uma trégua - até que alguém fure o acordo - e a população do Rio dormirá mais tranquila. Como será possível essa mágica? Simples, bastará aplicar os ensinamentos de Brizola.

O patrulhamento da fronteira seca evitando o tráfico de armas e drogas fica para depois, para o dia de-são-nunca, talvez.

PS - Não é a primeira e, muito provávelmente, não será a última vez em que Lulla se mostra indignado com a violência no Rio:
...."Lula deixou claro a auxiliares que a questão da violência no Rio deve ser tratada como prioridade e determinou empenho também na liberação de recursos para o estado. As verbas para o sistema penitenciário, por exemplo, encontram-se retidas pelo Ministério da Justiça, porque o estado está inadimplente e não cumpriu o cronograma de obras...."(
Helena Chagas-O Globo -30/4/2004)


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