domingo, julho 31, 2011

Organização de ateus está tentando demolir cruz do World Trade Center


Organização de ateus está tentando demolir cruz do World Trade Center




ALBANY, N.Y., EUA, 28 de julho de 2011 - Quando duas vigas principais de aço foram encontradas intactas, na forma de uma cruz, no meio dos escombros do World Trade Center depois do ataque terrorista de 11 de setembro de 2001, muitos a aclamaram como um mini-“milagre” e sinal de esperança para um país assediado por um devastador ataque terrorista.

Contudo, agora uma organização de ateus entrou com uma ação judicial buscando demolir essa cruz, que foi mudada recentemente para o Memorial e Museu 9/11 na Cidade de Nova Iorque.
A organização Ateus Americanos entrou com sua ação judicial, Ateus Americanos versus Autoridade Portuária de Nova Iorque e Nova Jérsei, no tribunal do estado de Nova Iorque na segunda-feira.
“O que estamos procurando é uma solução que honre todos de forma igual, com uma exposição que tenha neutralidade religiosa, ou uma exposição de igual tamanho e proeminência”, disse Dave Silverman, o diretor da organização.
De acordo com a ação judicial, os membros de Ateus Americanos “estão sendo sujeitos a e prejudicados pela consequência de ter uma tradição religiosa que não é sua imposta sobre eles por meio do poder do Estado”.
Entretanto, as autoridades do Museu Memorial 9/11 defenderam a cruz, dizendo que a missão do museu é simplesmente “contar a história do 11 de setembro por meio de artefatos históricos como a cruz do World Trade Center”.
“Este refugo de aço se tornou um símbolo de consolo espiritual para os milhares de trabalhadores da recuperação que trabalharam no lugar onde o World Trade Center foi destruído, bem como para as pessoas ao redor do mundo”, disse numa declaração o presidente do museu, Joe Daniels.
A ação judicial está também tendo a oposição do Fundo de Defesa Aliança (FDA), uma organização advocatícia que defende os interesses do público.
“A agenda de uma única organização de ateus não deveria diminuir o sacrifício feito pelos heróis do 11 de setembro”, disse Byron Babione, consultor jurídico graduado do FDA, o qual argumentou que a cruz “simplesmente não equivale a um ato governamental instituindo uma religião”.
“A cruz não somente é conhecida em todos os lugares como um símbolo religioso, mas também como um símbolo de morte, memória e honra aos mortos. Os americanos há muito tempo reconhecem isso. Nada na Constituição autoriza os ateus a sair por aí numa missão de buscar e destruir cruzes memoriais”.
Em 2005, os Ateus Americanos haviam entrado com uma ação judicial num tribunal federal para demolir as cruzes à beira de estrada que honravam os policiais rodoviários de Utah mortos em serviço. O FDA, que representa a Associação de Policiais Rodoviários de Utah, recorreu desse caso no Supremo Tribunal dos EUA.
Em abril de 2010, o Supremo Tribunal dos EUA concluiu que um memorial de veteranos na forma de uma cruz no Deserto de Mojave na Califórnia não tinha de ser removido. Nessa decisão, o tribunal escreveu: “A meta de evitar endosso governamental não requer a erradicação de todos os símbolos religiosos da esfera pública… A Constituição não obriga o governo a evitar nenhum reconhecimento público do papel da religião na sociedade”.
“Cruzes têm sido usadas para honrar heróis mortos em combate neste país desde sua fundação”, disse Tom Marcelle, consultor jurídico graduado do FDA com sede em Albany. “O FDA está de prontidão para defender a Cruz do World Trade Center de qualquer forma que puder, exatamente como temos defendido muitos outros memoriais de cruzes em todo o país”.


John Jalsevac (Fonte: Julio Severo)

sábado, julho 23, 2011

SIMPLESMENTE AMY
Que ela tem demônios, fantasmas e muitos problemas, é por demais evidente. Mas o mais interessante, no seu caso, como no de celebridades semelhantes, é por vezes virar o espelho refletor para o lado de cá, para percebermos quais são os nossos demônios e fantasmas.
No final do concerto era perceptível que havia no ar um misto de sensações difíceis de descrever.Mas todos emitiam juízos definitivos.Uns comentavam que sabiam que ela tinha problemas de alcoolismo, mas nunca haviam pensado que seria assim e sentiam-se defraudados. Mas também havia quem achasse que a sua performance desajeitada fazia parte do seu charme.Ao meu lado, alguém dizia que se pudesse a levava para casa, para lhe fazer festas, apelando ao sentido de proteção. A sua vida tornou-se, aos nossos olhos, um livro aberto.Todos projetamos fantasias nela.Todos temos algo a dizer sobre o seu futuro. Vai-se safar. Não se vai safar.Gostamos de destinos traçados.Tragédias.No seu caso, parece evidente, que é alguém que não joga bem ao jogo da fama. As fronteiras entre o que é a exposição pessoal, da sua vida, e a exposição artística, pública, não são nítidas. Por um lado, porque ela própria parece não saber distinguir essas extremidades. Quem já a viu ao vivo, antes de todos os alvoroços, percebe-o.Mas também porque o bordel mediático à sua volta é de tal forma incessante, que deverá ser difícil escapar-lhe. Jon Pareles, crítico de música do New York Times, escrevia no princípio do ano passado antes portanto dos escândalos terem começado depois de a ter entrevistado, que sentia que tinha estado perante alguém acossada, que poderia soçobrar perante o ambiente competitivo da indústria do entretenimento.Acossada talvez seja uma das palavras para descrever a Amy Winehouse da noite de sexta no Rock in Rio. Mas cada um terá a sua. Frágil, magnífica, autêntica, verdadeira, descontrolada, decadente, fraude ou trágica, foram algumas das que mais se ouviram, para tentar descrever uma personalidade complexa contra todos os simplismos onde tendemos a enclausurá-la. (Por Vítor Belanciano)

Amy Jade Winehouse, nasceu em Southgate, bairro de Londres, numa família judia de quatro pessoas, com tradição musical ligada ao jazz. Seu pai, Mitchell Winehouse, era motorista de táxi e sua mãe, Janis, farmacêutica. Amy tem ainda um irmão mais velho, Alex Winehouse. Cresceu em Southgate, onde fez os estudos na Ashmole School. Londres, 14 de setembro de 1983 - Londres, 23 de julho de 2011