quarta-feira, setembro 30, 2015

Ruínas do programa espacial soviético: símbolo do fracasso do anticristianismo.






por Luis Dufaur






A Rússia é uma imensa realidade histórica, cultural e populacional com grande vocação e missão histórica. Os produtos do gênio dos povos que a constituem estão à vista de todos em sua como que insondável variedade e riqueza.

Porém, esse povo destinado a uma transcendental missão futura, sofreu incalculáveis tragédias ao longo de sua história.

Uma delas foi a imposição do regime comunista, um regime sinistramente idealizado nos anos do Terror da Revolução Francesa, no fim do século XVIII. 

A revolução bolchevique de 1917 destruiu o deslumbrante império dos czares e implantou a mais feroz ditadura igualitária da História: a União de Repúblicas Socialistas Soviéticas – URSS.

Não reconhecemos a verdadeira Rússia no monstro da URSS, que a transformou na plataforma de uma seita ideológica igualitária que quis implantar no mundo a revolução gnóstica e igualitária gestada na putrefação da ordem cristã medieval.

O ateísmo total do comunismo exigia uma igualdade total, cujo igualitarismo radical se exprimia num pensamento essencial: não há Deus, mas somente a matéria. E todos aqueles que de algum modo são como que reflexos de Deus devem ser exterminados, a começar pelos czares e a nobreza.

As “provas” dessa imensa blasfêmia deviam ser fornecidas por meio de um progresso técnico-científico destinado a demonstrar a superioridade do materialismo igualitário.

Entre os produtos elaborados por esse progresso ideológico anticristão sobressaiu o programa espacial soviético.

Ele foi, até certo ponto, o orgulho da propaganda anticristã. 

Mas esse orgulho reflete-se hoje nas ruínas cobertas de pó e excrementos de pássaros, nas quais jaz a tentativa soviética de se insurgir contra Deus.

Com efeito, os restos do projeto espacial mais dispendioso da URSS estão abandonados num hangar do cosmódromo de Baikonur, nas estepes do Cazaquistão, e não podem ser vistos por estranhos.

Um blogueiro russo de 36 anos, Ralph Mirebs, conseguiu uma licença e entrou nesse cemitério do blasfemo sonho materialista. Fotografou abundantemente e publicou na Internet, segundo noticiou o jornal Clarín, da Argentina. 

Num ambiente desolador, Ralph flagrou o OK-1K2, apelidado 'Little Bird' no Ocidente, o segundo transbordador espacial do programa Buran, que tinha o voo inaugural programado quando a URSS se desintegrou“O estado das naves espaciais é lamentável. Os painéis termorresistentes se desfizeram, os vidros da cabine estão quebrados e a fuselagem está coberta com uma grossa camada de excrementos de pássaro”, escreveu Ralph em seu blog.

O programa Buran foi uma tentativa de responder aos progressos dos EUA e seus objetivos eram principalmente militares: transportar projéteis nucleares pelo espaço contra a OTAN.

Só o OK-1K1, o Buran original, conseguiu voar durante três horas e 36 minutos.

Quando o programa foi abandonado em 1993 pelo Estado que desafiou a Deus, havia cinco modelos em diversas fases de acabamento.

Predadores ignotos completaram a destruição. “Não está claro se os equipamentos chegaram a ser instalados ou se foram arrancados e vendidos”, diz Ralph.

Como nos tempos dos saqueadores das pirâmides, os túmulos do ateísmo foram devorados por misteriosos criminosos.

Ralph deplorou o abandono e o descalabro. E exortou a uma recuperação do sonho tóxico. 

Falando para a CNN, ele explicou como conseguiu entrar no recinto maldito. 

“Não estava fechado e não tinha ninguém dentro. Foi durante o dia, e o interior do hangar estava muito iluminado pela luz solar. Ele fica a poucos quilômetros da plataforma Gagarin. Ao seu lado há outro prédio com o modelo de prova do foguete espacial Energy-M”.

Ralph guardou, porém, o segredo de como conseguiu entrar. 

A grandeza da Rússia futura não passa por esses cemitérios amaldiçoados dos frustrados planos do ateísmo.

...Enquanto isso...na terra... autoestrada federal Moscou-Yakutsk




terça-feira, setembro 29, 2015

Obama lança refugiados cristãos aos leões.





por Raymond Ibrahim.


Membros da comunidade cristã iraquiana da Califórnia e os seus apoiadores protestam contra a
detenção de meses de duração dos requerentes de asilo cristãos iraquianos no centro de
detenção de Otay Mesa

O destino daqueles cristãos iraquianos que fugiram do Estado Islâmico apenas para serem encarcerados nos Estados Unidos finalmente foi decidido pela administração Obama: eles deverão ser jogados de volta para os leões, onde eles provavelmente serão perseguidos se não forem abatidos assim como muitos cristãos iraquianos antes deles.

Quinze dos 27 cristãos iraquianos, que foram detidos em um centro de detenção em Otay Mesa, Califórnia, por aproximadamente seis meses, devem ser deportados nas próximas semanas. Alguns já foram deportados e outros estão sendo acusados de fraude de imigração.

Muitos da comunidade cristã iraquiana em San Diego – incluindo cidadãos americanos membros de suas famílias defendendo os refugiados, tinham esperança de que eles acabariam por serem libertados. Mark Arabo, um porta-voz da comunidade caldéia, argumentou que "Eles escaparam do inferno [EI]. Vamos permitir que se reúnam com suas famílias". Uma das mulheres detidas tinha implorado para ver sua mãe doente antes de morrer. A mãe morreu antes que eles pudessem se reunir, e agora a filha está para ser deportada, possivelmente, de volta para o inferno do Estado islâmico.

Por que os cristãos perseguidos são os refugiados menos desejados nos Estados Unidos?

Por que as minorias cristãs, que são as que mais sofrem com o caos que envolve todo o Oriente Médio, são as menos desejadas nos Estados Unidos?

A resposta é que a administração Obama define refugiados como pessoas "perseguidas por seu governo." Em outras palavras, os únicos refugiados "reais" são aqueles resultantes das ações de Bashar Assad. Quanto àqueles que estão a ser violados, massacrados, e escravizados com base em sua identidade religiosa pelas chamadas forças "rebeldes" que combatem Assad – incluindo o Estado-islâmico – seu status como refugiados é evidentemente considerado duvidoso na melhor das hipóteses.

Como Abraham H. Miller argumenta em "Não há lugar na América para os refugiados cristãos" : "Que diferença faz saber qual exército põe em perigo a vida de cristãos inocentes? Os cristãos estão ainda sendo abatidos por serem cristãos, e seu governo é incapaz de protegê-los. Será que algum grupo tem que vir junto, como os grupos judaicos fizeram durante o Holocausto – e sardonicamente garantir que sejam seres humanos reais? "

Os cristãos árabes têm sido demonizados no Ocidente por apoiarem ditadores seculares.

Na verdade, desde o início da interferência ocidental no Oriente Médio no contexto da "Primavera Árabe", os cristãos foram demonizados por serem solidários a ditadores seculares como Assad. Num artigo de 04 de junho de 2012 que discute a turbulência no Egito e na Síria, Robert Fisk do The Independent zombou do apoio dos cristãos coptas ao candidato presidencial egípcio "Ahmed Shafiq, o legalista Mubarak, [e rival de Morsi da Irmandade Muçulmana], e que Assad conta com o apoio dos cristãos sírios. Os cristãos apóiam os ditadores. Não muito diferentes, não é?”

Mais de três anos depois, a "Primavera Árabe" apoiada pelo ocidente provou ser um fracasso abismal e as mesmas minorias cristãs que Fisk censurou foram, como esperado, perseguidas de forma sem precedentes na era moderna.

Mesmo sem a definição de refugiados como sendo pessoas "perseguidas por seu governo," a administração Obama parece nunca perder uma oportunidade para exibir seu viés em favor dos muçulmanos contra os cristãos. O Departamento de Estado dos EUA tem o hábito de convidar dezenas de representantes muçulmanos, mas nega vistos a representantes cristãos solitários. Enquanto ignora habitualmente o massacre dos cristãos nigerianos nas mãos do Boko Haram, o governo apelou para os "direitos humanos" dos assassinos jihadistas. E quando perseguidos coptas planejavam se juntar à revolução anti-Irmandade Muçulmana, Obama disse não. Depois, há o fato de que cada nação árabe em que a administração Obama tem se intrometido – especialmente a Líbia e a Síria – tem presenciado uma queda drástica nos direitos humanos das minorias cristãs.

Refugiados cristãos, fugindo dos mesmos muçulmanos que estão sendo autorizados a imigrar aos milhares, estão sendo jogados de volta aos leões.

O viés da administração Obama é evidente, mesmo em relação à passagem ilegal dos cristãos iraquianos pela fronteira EUA-México, ocasião em que foram presos. WND observa corretamente: "Ao mesmo tempo em que o governo de Obama está deportando cristãos, tem, ao longo dos anos, recebido centenas de imigrantes muçulmanos da África e do Oriente Médio que cruzaram a fronteira sul da mesma forma os caldeus fizeram."

Enquanto isso, quando a administração Obama esmiúça a definição de refugiado e a usa contra as minorias cristãs severamente perseguidas, verifica-se que quatro em cada cinco imigrantes – ou 80 por cento – não são sequer da Síria.

E enquanto as minorias cristãs representam pouca ameaça para os Estados Unidos – de fato, eles na realidade trazem benefícios à segurança dos EUA – os muçulmanos em todos os EUA estão apoiando o Estado islâmico e clérigos muçulmanos estão contando com o afluxo de refugiados para conquistar nações ocidentais, na tradição Islâmica da Hijra, ou jihad pela emigração.

Como diz o Alcorão em 4:100: “Mas quem migrar pela causa de Allah, achará, na terra, amplos e espaçosos refúgios. E quem abandonar seu lar, migrando pela causa de Deus e de Seu Mensageiro, e for surpreendido pela morte – sua recompensa caberá à Allah”.

No uso islâmico, a "causa de Allah" é sinônimo de jihad para capacitar e fazer cumprir as leis de Allah na terra, ou Sharia. Neste contexto, ao imigrarem para terras ocidentais os muçulmanos ganham de qualquer maneira: se eles morrerem no processo de alguma forma, o paraíso é deles se não o fizerem, os "locais e abundância" do Ocidente são deles.

Enquanto os verdadeiros refugiados cristãos, fugindo das mesmas forças muçulmanas hostis estão sendo autorizados a entrar na Europa, na América aos milhares são jogados de volta para os leões pela administração Obama.




Tradução: William Uchoa

segunda-feira, setembro 28, 2015

Prostituição: Rachel Moran desafia Anistia Internacional.



por Wendy Wright



Enquanto a Anistia Internacional inicia sua nova política que apoia a descriminalização da prostituição, Rachel Moran  tem algumas ideias profundas para eles.

A vida dela no comércio sexual, e sua decisão de sair, fizeram dela a batalhadora principal contra a política da Anistia. A autora do livro “Paid For: My Journey Through Prostitution” (Paga: Minha Jornada na Prostituição), fala abertamente da violência, isolamento e uso de drogas inerente na prostituição. O que as pessoas como ela precisam, ela diz, é ajuda para sair.

Logo que a prostituição é legalizada, “não existe incentivo para o governo fornecer estratégias de saída para as mulheres que querem sair disso,” Rachel escreveu.

A trajetória dela começou como uma órfã na Irlanda. Aos 15 anos, “Eu estava nas ruas sem lar, educação ou experiência de trabalho. Tudo o que eu tinha era meu corpo.”

O uso de drogas é “tão comum para mulheres na prostituição quanto limpar mesas para uma garçonete,” diz ela. “A realidade diária é trauma, e você quer escapar disso.”

resolução da Anistia Internacional “apoia a descriminalização total de todos os aspectos do trabalho sexual consensual.” A organização afirmou que “tratou da questão a partir da perspectiva dos padrões internacionais de direitos humanos.”

Contudo, os tratados proíbem a prostituição — principalmente de crianças — chamando-a de “incompatível com a dignidade e valor da pessoa humana” e coloca em perigo “o bem-estar do indivíduo, da família e da comunidade.”

A campanha pró-prostituição da Anistia focou nas mulheres que teoricamente escolhem se envolver com “trabalho sexual” e desviou a atenção de cafetões, bordéis e clientes de prostitutas — os homens que mais ganham com a normalização do comércio sexual.

“É besteira dizer que uma pessoa pode ganhar direitos ao permitir que seu corpo seja tão aberto ao público quanto uma estação de trem ou ônibus,” Rachel disse. Um consentimento exige escolhas e alternativas viáveis.

Quando a prostituição tem endosso social, o mercado se expande. “De onde esses novos corpos estão vindo?” Rachel pergunta. “Moças com escolhas não vão dizer: ‘Entrarei no comércio sexual em vez de ir para a faculdade.’”

“Não. Meninas em desvantagem social são canalizadas direto para a prostituição.”

Ativistas LGBT também notam que jovens vulneráveis têm a probabilidade mais elevada de serem prostituídos — ao mesmo tempo em que argumentam em favor da descriminalização de todos os aspectos do comércio sexual.

Duas semanas depois da votação da Anistia, grupos LGBT sem demora criticaram uma ofensiva policial contra o site “Rentboy.com.” O presidente — que se descreve como “cafetão da internet” — e os funcionários foram presos em Nova Iorque por promoverem a prostituição. O site ganhou mais de 10 milhões de dólares desde 2010 com as taxas mensais e anúncios de prostitutos que especificavam preços por serviços sexuais.

“O trabalho sexual afeta de modo desproporcional a comunidade LGBT,” escreveu Sam Brinton. O co-diretor de #BornPerfect disse que as prisões foram um “ataque devastador” em jovens que se identificam como lésbicos, gays ou transgêneros (LGBT) e recorrem à prostituição.

Muitos “jovens LGBT se envolvem em trabalho sexual para sobreviver.”

Contudo, nenhum dos prostitutos que anunciou no site foi preso. Esse método se enquadra no modelo nórdico, defendido por Rachel e outros, onde alugar prostitutas, ter bordéis e comprar sexo são criminalizados, mas não os que estão sendo prostituídos.

Os especialistas dizem que os adolescentes e as crianças se venderão barato, pelo preço de uma refeição, ao mesmo tempo em que cafetões e clientes valorizam a juventude e vulnerabilidade deles.

“Respondi a telefonemas em muitos bordéis,” Rachel tuitou, “a pergunta mais comum é sempre: ‘Qual é a menina mais nova que vocês têm?’”

A solução é criar saídas da prostituição, como ajudar com creches, educação, vícios.

A vontade de Rachel escapar foi provocada depois que seu filho de 4 anos entrou na escola, e ela começou um relacionamento íntimo com um homem onde ela “experimentou a sexualidade de um modo que foi designado para experimentar.”


Publicado no Friday Fax do C-Fam.

Tradução: Julio Severo

sábado, setembro 26, 2015

Uma súplica para Israel: Salve os cristãos do Oriente Médio.









por Joseph Farah

N.do E.: Este artigo foi publicado originalmente no início deste ano. O recrudescimento da caçada anticristã e a omissão generalizada reafirmam o valor do apelo e da proposta do autor. 




Nada me deixaria mais feliz do que ver os Estados Unidos da América estendendo a mão para salvar os cristãos do Oriente Médio que estão neste exato momento enfrentando um mini-holocausto, nada menos do que um genocídio, perseguição sem paralelo desde o nascimento do islamismo 1.300 anos atrás.


Mas os EUA não estão ajudando. E não acho que vão ajudar. A verdade triste? A vasta maioria dos cristãos nos EUA não está ciente do que está acontecendo, e tão impotente e indisposta a fazer muito mais sobre isso do que estão fazendo para salvar os valores cristãos que tornaram seu próprio país especial — valores que estão diminuindo diariamente diante de seus próprios olhos.

Enquanto isso, olhe para os líderes dos EUA: o país está sendo dirigido por uma elite anticristã no governo e na cultura popular. Em vez disso, como o WND noticiou recentemente, os EUA estão abrindo seus braços para dezenas de milhares de refugiados muçulmanos sunitas do Oriente Médio. É necessário recordar a todos que os muçulmanos sunitas são os próprios indivíduos que estão mais perseguindo e matando no Oriente Médio hoje? Autoridades dos EUA e da elite cultural não conseguem nem mesmo dizer o nome da ideologia que está queimando igrejas, massacrando cristãos e fazendo-os fugir como refugiados.

Permita-me dizer o nome dessa ideologia para você: Islamismo radical, jihadismo, sharia, o movimento em prol de um novo califado que domine todos os aspectos da vida.
Permita-me lhe dar algumas estatísticas:
No início do século passado, os cristãos representavam 20 por cento da população árabe. Hoje eles representam 4 por cento.
Aproximadamente 100.000 cristãos são mortos anualmente em países muçulmanos.
Desde o ano 2000, 77 por cento dos cristãos iraquianos fugiram.
Existe apenas uma força no mundo que está na brecha no Oriente Médio, e essa força é Israel.

Por isso, talvez seja hora para que apelemos aos judeus, que sabem sobre genocídio e perseguição, para que abram os olhos e sua terra para as novas vítimas que não têm país próprio.

Anos atrás, supliquei em prol da criação de um país cristão no Oriente Médio, pois eu previ que essa grande perseguição aconteceria. Ninguém deu atenção. Ninguém mais ouviu meu apelo. Não existe probabilidade hoje de que a imprensa, a comunidade internacional ou os EUA indiquem tal solução. A probabilidade maior é que eles lhe dirão por que o único país judeu do mundo tem a obrigação de entregar pedaços de sua terra minúscula ou por que Israel deveria parar de construir lares e comunidades para sua crescente população de refugiados do mundo inteiro que fogem para Israel.
Pode parecer tarde demais para qualquer nação, senão Israel agir por misericórdia e compaixão. Mudaria fundamentalmente o caráter de Israel aceitar os refugiados cristãos do Oriente Médio? Não acho isso. Os cristãos e os judeus têm valores semelhantes. Sou cristão. Se ou quando eu deixar os Estados Unidos, o único outro país no mundo que apela para mim como pátria potencial é Israel. Não acho que sou o único a pensar assim.
Israel tem o programa mais bem-sucedido do mundo para absorver imigrantes e refugiados. Demonstrou com refugiados da ex-União Soviética, África, o mundo árabe e outros lugares. Sim, eles eram todos judeus. Mas por que esse sistema não poderia ser usado para salvar a vida dos cristãos e lhes fornecer um lar?

É claro que precisamos fazer a pergunta óbvia: O que Israel ganharia com isso?
Embora Israel seja um país pequeno, é um país próspero. Tem uma economia vibrante. No entanto, sua população é relativamente pequena, especialmente para uma nação que é cercada por vizinho hostis.

Será que Israel poderia pelo menos fazer a experiência de um programa limitado — um teste para os mais desesperados em busca de um lugar para viver? Não vejo por que não. Caso você não tenha notado, Israel não é mais amado entre as nações do mundo. Como é que um ato de misericórdia altruísta desse tipo seria visto pelo mundo cristão? Quem ousaria criticá-lo? Só imagine o anúncio de que Israel está abrindo suas portas para cristãos perseguidos de fala árabe de todo o Oriente Médio — pessoas que ninguém mais está recebendo.

Estou pensando numa ideia que poderia parecer absurda superficialmente. Mas diga-me a razão. Os cristãos do Oriente Médio precisam de resgate neste exato momento. Eles estão sendo caçados e sistematicamente eliminados. Um número maior está fugindo. Se não Israel, quem?

Recentemente, o Pe. Gabriel Naddaf de Nazaré, Israel, falou no Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre a situação difícil dos cristãos no Oriente Médio. Você sabe o que foi que ele disse?

“Se olhamos para o Oriente Médio… vemos que existe apenas um único lugar seguro onde os cristãos não são perseguidos. Um lugar em que eles são protegidos, gozando liberdade de adoração e expressão, vivendo e não sujeitos a matanças e genocídio.”

Dá para imaginar qual é esse país?
“É Israel, o país em que vivo,” ele disse. “O Estado judeu é o único lugar seguro em que os cristãos da Terra Santa vivem em segurança.”

Talvez, apenas talvez, o Estado judeu possa achar espaço para mais alguns.


Tradução: www.juliosevero.com

sexta-feira, setembro 25, 2015

Liberdade para escravizar-se?.







por Mateus Colombo Mendes




Em um país como o Brasil, cuja insegurança e cujo morticínio fazem regiões conflagradas mundo afora parecerem parques de diversões, não é nada prudente deter-se em discussões como a da legalização das drogas. Todavia, torna-se urgente dizer algumas palavras sobre isso, posto que se propõe desperdiçar tempo e dinheiro público no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal, em debates sobre se os brasileiros devem ou não ser livres para se entorpecerem. Aliás, “entorpecer” é tornar torpe, causar torpor, perder a energia – retardar. Pois abro parênteses aqui: sou a favor da liberação das drogas a quem disser: “Sim, sim! Desejo honestamente deixar-me retardar. Quero mesmo é ser um grandissíssimo retardado!”. Neste único caso, defendo o direito ao uso e ao abuso de narcóticos, em nome da seleção natural. De resto, seguem minhas considerações.

Primeiramente, a quem defende o uso de substâncias como maconha e cocaína como exercício pleno de liberdade, digo: não há liberdade alguma no vício; há apenas escravidão. Nas preferências e nos prazeres humanos, busca-se, desde Aristóteles e Confúcio, o caminho do meio, a temperança. Sexo, álcool, comida e jogos, por exemplo, são boas coisas se mantidas sob controle; exagerar em seu uso ou consumo redunda em perder as rédeas e tornar-se escravo. Procure relatos de ninfomaníacos, alcoólatras, glutões e viciados em jogos: invariavelmente, a satisfação do começo, dos tempos de uso controlado, é logo substituída por uma dependência doentia, na qual se cede ao vício de forma automática, irrefletida, sem o gozo do prazer racional. Já no caso dos entorpecentes, o problema está em sua essência e é expresso em seu nome: entorpecem, causam torpor, alteram o estado de consciência do usuário, mesmo em pequenas doses, desde o primeiro uso, o que de forma alguma se relaciona com liberdade e dignidade humana. Não há, portanto, meio-termo e temperança no uso de maconha e cocaína – o retardo e a estupidez sobrevêm já às primeiras tragadas e inaladas.

Saindo da dimensão pessoal, aportemos na questão política. O leitor já se perguntou a quem – além de adultos imaturos (ou adolescentes tardios) – interessa a descriminalização e até a legalização das drogas? Não é preciso pensar muito para concluir que aqueles que detêm e fazem péssimo uso do poder político e financeiro não querem lidar com sujeitos sóbrios e verdadeiramente críticos; preferem uma sociedade literalmente entorpecida, composta por indivíduos que se deixam guiar e controlar por vícios e desejos primários. Além disso, pesquise e descubra que alguns dos maiores financiadores de campanhas de liberação de entorpecentes em todo o mundo são pessoas e instituições bilionárias, como a Open Society, do especulador George Soros, que financia a “luta” pela legalização das drogas em países subdesenvolvidos como o nosso, com interesse tanto no controle subjetivo exposto acima como nos bilhões de dólares do narcotráfico.

Ademais, a legalização não acabará com o comércio ilegal de drogas, da mesma forma como não acabou com o tráfico de outros itens, de cosméticos a medicinais. O efeito primeiro dessa medida seria transformar grandes traficantes em empresários bem-sucedidos, premiando-os por seus anos dedicados ao crime e ao assassínio de devedores, concorrentes e agentes de segurança. Por fim, os impostos que o Estado lucraria com a regulamentação desse mercado não cobririam os custos refletidos na saúde pública de uma nação que já conta com problemas demais – e não deve estimular que seu povo se dê ao luxo de usar sua liberdade para escravizar-se.

Publicado na Gazeta do Povo.

Mateus Colombo Mendes é editor, redator e empresário.

Fonte: Mídia Sem Máscara

quinta-feira, setembro 24, 2015

O Papa esquece os oprimidos de Cuba.









por Daniel Greenfield (*)






Em 1960, os bispos cubanos, declararam que "o catolicismo e comunismo respondem a dois conceitos totalmente diferentes do homem e do mundo que nunca será possível conciliar." O Papa Francisco, no entanto, afirma que comunismo é na realidade cristianismo. "Os comunistas têm roubado a nossa bandeira", disse ele.

Os bispos cubanos condenaram o comunismo como "um sistema que brutalmente nega os direitos mais fundamentais do ser humano." As críticas do Papa Francisco ao regime de Castro foram limitadas a oblíquas referências, um apelo por liberdade religiosa para os católicos e críticas gerais que poderiam ser aplicadas a Cuba ou a qualquer um de inúmeros outros lugares. Ele não conseguiu sequer reiterar suas velhas críticas ao regime.

Dissidentes cubanos foram impedidos de encontrar o Papa Francisco e até mesmo o "trajeto de boas vindas" que havia sido planejado foi fechado quando as autoridades comunistas detiveram dissidentes políticos. Quando os manifestantes arriscaram sua liberdade para chegar perto dele, foram presos sem receber qualquer reconhecimento do papa. Os Castros conseguiram suas reuniões e sua publicidade.

Os oprimidos, para quem o Papa Francisco alegou que se pronunciaria durante a sua visita e durante suas viagens internacionais, foram deixados de fora no frio. Eles foram tratados com outra referência indireta, quando o Papa Francisco expressou seu desejo de "abraçar especialmente todos aqueles com os quais, por vários motivos, eu não pude me encontrar."

"Simplesmente não nos parece estar certo ou mesmo que o papa não tenha um pouco de tempo para se encontrar com os cubanos que estão defendendo os direitos humanos", disse o chefe da maior organização dissidente do país.

Papa Francisco falou do acordo de Obama com Castro como um "processo de normalização das relações entre os dois povos, após anos de afastamento." Mas ele sabe muito bem que não é nada desse tipo. Os cubanos não são estranhos aos refugiados cubanos na América por falta de relações diplomáticas, mas pela supressão brutal de liberdade política e religiosa pelo regime de Castro.

O acordo de Obama não reúne os "dois povos"; ele põe dinheiro nos bolsos de um regime que o Papa Francisco tinha chamado de corrupto e autoritário. Ele permite que os esquerdistas americanos visitem Cuba para o comércio de prostitutas menores de idade, o que se tornou notório. Esta não é reconciliação. É exploração.

O sinal mais claro do que está por trás do verdadeiro "estranhamento" em Cuba pode ser encontrada na declaração de 1960, que sustentou que "a maioria absoluta do povo cubano, que é formada por católicos... só por engano ou coerção pode ter sida levada a um regime comunista."

Hoje, o inverso é verdadeiro, pois, engano e coerção cobraram seu preço.

Os bispos cubanos desafiaram o regime de Castro como uma questão de consciência. E eles pagaram o preço. A repressão de Castro sobre a Igreja Católica nos anos 60 tem sido amplamente ignorada por uma mídia que está ansiosa para contar uma história muito diferente. Mas ela parece ter sido tão tragicamente esquecida pelo Papa Francisco.

Francisco poderia ter lembrado do bispo Eduardo Boza Masvidal que foi preso várias vezes e cuja igreja foi bombardeada depois de exortar os cubanos a lembrarem de "todos aqueles que lutam e sofrem perseguição sob regimes comunistas." E o papa poderia ter lembrado de suas palavras que o regime comunista de Cuba é "baseado em ódio e luta de classes em vez de amor... é uma coisa terrível ensinar um povo a odiar. É uma das coisas mais anticristãs, que podem ser feitas."

Quando o papa Francisco tenta fazer causa comum com os marxistas em torno da luta de classes, ele está fazendo causa comum com o ódio, em vez de amor, no ressentimento de divisão, em vez da reconciliação. É um plano que não só está fadado ao fracasso, mas está fadado a sair pela culatra, espalhando mais ódio em vez de amor.

Como Che Guevara tinha insistido, "o ódio é o elemento central de nossa luta... O ódio que é intransigente... O ódio tão violento que impulsiona o ser humano além de suas limitações naturais, tornando-o violento e uma fria máquina de matar sanguinária... Para estabelecer o socialismo, rios de sangue devem correr."

Este é o terrível objetivo final de espalhar a luta de classes. O ódio se enraíza e cria monstros.


Padre José Conrado, que realmente vive em Cuba, fornece um modelo muito diferente que desafia a autoridade do regime de Fidel Castro, ao invés de tentar encontrar um terreno comum com ele. Conrado tinha desafiado o ditador de Cuba sobre a existência de "prisioneiros de consciência" e restrições sobre "as liberdades mais básicas: de expressão, de informação, de imprensa e de opinião, e sérias restrições à liberdade de religião"

Ele não fez isso em 1960, mas apenas alguns anos atrás. Antes da visita do papa, ele disse, "Eu não posso ignorar o sofrimento do meu povo, as injustiças que eu acredito que são evitáveis. Dante disse que o nono círculo do inferno, o pior de todos os círculos, é reservado para aqueles que em tempos de crise cruzam os braços e fecham suas bocas".

A mudança política não acontece sem coragem política. E autoridade moral não é exercida tolerando a imoralidade. A autoridade moral de um regime totalitário não repousa sobre o amor, mas no medo. A timidez em face da tirania defende aquela autoridade moral de terror político. Ela cede ao medo.

"O medo gerado por um regime totalitário não está definido. É um medo que provoca uma angústia paralisante porque não se pode até mesmo definir exatamente o que é que se teme. O que eles podem nos fazer? Eles podem tirar nossas vidas? Eles podem tirar a nossa honra, por falarem mal de nós, com campanhas de difamação? Eles fazem isso o tempo todo", disse o padre José Conrado.

A religião pode dar às pessoas a coragem de desafiar esse medo. Ela pode mostrar a um povo oprimido as mesquinhas limitações de tiranos que dependem de intimidação para sua autoridade. Pode dotar o desafiante com autoridade moral. É um grave erro sacrificar essa autoridade moral em troca de conciliação com tiranos.

Em 1960, o clero de Cuba entendeu que não poderia haver uma base comum com o comunismo, que tinha de ser desafiado, mesmo que o desafio fosse condenado, porque a cumplicidade com o mal iria corrompê-los.

Poucos servem como melhor exemplo do que Javier Arzuaga, o ex-padre de esquerda que tinham apoiado Castro, apenas para fugir chocado e horrorizado com a carnificina.

"No dia em que saí, Che disse-me que nós dois tínhamos tentado trazer um ao outro para o seu lado e tínhamos falhado”. Suas últimas palavras foram: "Quando jogarmos fora nossas máscaras, seremos inimigos", lembrou Arzuaga.

Os Castros colocaram suas máscaras de novo, mas por baixo há um regime totalitário baseado na brutalidade e no ódio. Debaixo de suas máscaras, eles são o inimigo. Ajudá-los é arriscar-se a tornar-se cúmplice de seus crimes.

Se o Papa Francisco realmente queria falar para os oprimidos, há onze milhões deles em Cuba. Eles não são oprimidos pelo capitalismo nem pelo aquecimento global. Eles são oprimidos por esse medo, a angústia paralisante que ele traz e a apatia que vem com ele. Eles precisavam de armas contra esse medo.

A visita do papa deu aos Castros o que eles queriam, mas não conseguiu dar ao povo cubano o que eles precisavam.


Publicado no The FrontPage Magazine.

Tradução: William Uchoa

Fonte: Mídia Sem Máscara

quarta-feira, setembro 23, 2015

Yom Kippur 2015.











“Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo: Mas aos dez dias desse sétimo mês será o dia da expiação; tereis santa convocação, e afligireis as vossas almas; e oferecereis oferta queimada ao Senhor. E naquele mesmo dia nenhum trabalho fareis, porque é o dia da expiação, para fazer expiação por vós perante o Senhor vosso D-us. Porque toda a alma, que naquele mesmo dia se não afligir, será extirpada do seu povo. Também toda a alma, que naquele mesmo dia fizer algum trabalho, eu a destruirei do meio do seu povo. Nenhum trabalho fareis; estatuto perpétuo é pelas vossas gerações em todas as vossas habitações”.

Lv 23:26-31






O Dia do Perdão, Yom Kippur, é o dia mais solene do calendário judaico. Constitui o ponto alto dos dez dias de penitência que se iniciam em Rosh Hashaná.

Segundo o Levítico (16.30-31) “Neste dia se fará a vossa expiação e a purificação de todos os vossos pecados; nele sereis purificados diante do Senhor”.

Yom Kippur é o dia em que o Todo-Poderoso, depois de ponderar os atos de cada criatura no Rosh Hashaná, dá seu julgamento. Assim, o destino de cada um é fixado para o ano seguinte (segundo a tradição judaica).

O Yom Kippur foi instituído primeiramente como dia de penitência para o povo judeu, quando Moisés voltou do Monte Sinai trazendo o segundo par de Tábuas da Torah (Lei). O povo soubera que D-us havia perdoado os Filhos de Israel por terem adorado o bezerro de ouro, enquanto Moisés recebia as Tábuas originais. Iom Kippur é um dia em que qualquer tipo de trabalho, comida, bebida, higiene etc... são proibidos. A sinagoga constitui seu ponto central, desde a abertura, com o ofício do Kol Nidrei, até o encerramento, com a Ne‘ila.

Em Israel, Iom Kippur é o único dia do ano em que todo o país pára. Tudo fecha, e mesmo os serviços essenciais só funcionam em regime reduzido. Todos os transportes são imobilizados e todas as estradas ficam vazias.

O que é Yom Kippur? Este termo em hebraico é literalmente, o “dia da cobertura”. A palavra kippur vem do termo hebraico kapar que significa cobrir, expiar. Este dia é hoje conhecido em Israel como o “Dia do Perdão”. Este é o tempo e quem se procura os fiéis que amam a D-us e isso fica claro inclusive no nome do mês em que é celebrada a festa. O mês é Elul que em hebraico é um acróstico de Ani Ledodi Vedodi Li: “Eu (Israel) pertenço ao meu amado (D-us) e o meu amado (D-us) pertence a mim (Israel)”. Este é também um tempo de recomeço quando nós confessamos nossos pecados para os abandonarmos e darmos início a um novo período em nossa caminhada com o Eterno!

Yom Kippur deve ser um dia consagrado à oração e súplica, um dia dedicado à intercessão por nós mesmos e por todos aqueles que necessitam de nossas orações!

Nesta ocasião alguns vestem-se de preto, pois é nesta data que o mundo – e nós também – somos julgados pelo Eterno. Segundo a tradição asquenazita os homens usam uma túnica branca chamada kitel e isso reflete a pureza espiritual que os alcançou por causa do perdão. Há também aqueles que vestem-se de branco – ou com cores claras – pois acreditam que isso acrescenta um espírito de otimismo e purificação a Iom Kippur.

Yom Kippur é um dia em que qualquer tipo de trabalho, comida, bebida, higiene etc... são proibidos. Esse dia é consagrado unicamente à oração e à súplica. A sinagoga constitui seu ponto central, desde a abertura, com o ofício do Kol Nidrei, até o encerra-mento, com a Ne‘ila.

Em Israel, oYom Kippur é o único dia do ano em que todo o país pára. Tudo fecha, e mesmo os serviços essenciais só funcionam em regime reduzido. Todos os transportes são imobilizados e todas as estradas ficam vazias.
Conhecido comumente como o dia do perdão

Celebrado no dia 10 de TISHEREI (entre Setembro e Outubro).

É considerado como o dia mais solene do calendário judaico, porque tem um jejum de 25 Horas, abstenção de tudo que nos dá prazer e quando jejum cai no SHABAT também é feito, o qual não acontece com os outros jejuns. Porém o dia mais solene do calendário judaico é o SHABAT, pois de acordo com a Torah o castigo para aquele que violar o SHABAT é a Morte, e a pena por violar ou infringir YOM KIPPUR é a Excomunhão.

Yom Kippur constitui o ponto alto dos 10 (dez) dias de penitência, que se iniciam com Rosh Hashana.

De acordo com o livro de Levítico: “NESTE DIA SE FARÁ A VOSSA EXPIAÇÃO E A PURIFICAÇÃO DE TODOS OS VOSSOS PECADOS, NELES SEREIS PURIFICADOS PERANTE O CRIADOR”.

Iom Kippur é o dia no qual o Divino Criador após avaliar os atos de cada criatura em Hosh Hashana, dá-se o julgamento. Desta maneira o destino de cada um é fixado para o ano seguinte.

Iom Kippur foi considerado primeiramente como o dia de penitência para o povo judeu. Quando Moshe voltou do Monte Sinai trazendo o 2º par de Tábuas da Lei, o povo soube que o Criador os tinha perdoado, por eles terem adorado o Bezerro de Ouro enquanto Moshe recebia as 2as Tábuas da Lei.

No dia de Iom Kippur todo tipo de trabalho está proibido, comida, bebida, higiene, perfumes, cremes, maquiagem, trabalhos, negócios físicos ou verbais, festas e manifestações físicas de carinho estão proibidas. Este dia está dedicado única e exclusivamente a prece da súplica, sendo o ponto central de reunião a sinagoga. Desde o seu início com o serviço chamado KOL NIDREI (todos os votos, cerimônias para anular votos e promessas que não foram anulados na véspera de Hosh Hashana), até o seu encerramento com o serviço chamado N’ILA (encerramento).

Em Israel, todo tipo de atividade não religioso costuma parar.

Era feita a expiação pelas pessoas de acordo com a Torah enquanto o TEMPLO existia em Jerusalém, era o Sumo Sacerdote que fazia a expiação por todo o Israel como representante do povo judeu.

A frase ESTATUTO PERPÉTUO não se indica que ainda que não exista mais o Templo nem o Sumo Sacerdote, a expiação continuara a ser feita por todos nós. Fazemos por nós mesmos através do Jejum, da Prece, da grande confissão que recitamos em nome de todo Israel.

Neste dia são perdoados unicamente os pecados do homem contra o Criador. Os pecados cometidos entre os homens, só serão perdoados pelo Criador quando um tenha pedido perdão ao outro, e este último o tiver perdoado.

Neste dia são perdoados especialmente os membros do povo de Israel, mais qualquer outro povo que se arrepender sinceramente perante o Criador, terá os seus pecados perdoados.

O jejum deste dia não é um único sinal de luto, mais sim para purificar os nossos pensamentos e intensificar o nosso arrependimento.

Tudo que é proibido no SHABAT também é proibido em YOM KIPPUR.

Toda pessoa que não afligir a sua alma neste dia será cortada do meio do povo de Israel.

Não existe nenhum mediador entre o Criador e o Homem, o homem pode pessoalmente confessar os seus pecados ao Criador, se arrepender sinceramente e levar uma vida cheia de virtude.

Fonte:www.shemaysrael.com/

terça-feira, setembro 22, 2015

Brasil contra Israel: Dilma rejeita nomeação de embaixador.








Dani Dayan teve nome rejeitado por pressão de movimentos esquerdistas

por Jarbas Aragão




A presidente Dilma Rousseff avisou o governo de Israel neste domingo (20), rejeitando a nomeação de Dani Dayan como embaixador. A justificativa é que ele é um antigo dirigente colono em territórios que o governo brasileiro acredita pertencer aos palestinos.
Dayan vive em um assentamento nos chamados “territórios ocupados”. Por isso, os petistas entendem que ele seria o máximo representante de um movimento que a comunidade internacional rejeita plenamente.


Como a nomeação de Dayan foi aprovada dia 6 de setembro, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está em uma posição delicada.


Segundo noticiou o jornal Yedioth Ahronoth, 40 movimentos esquerdistas brasileiros questionaram a nomeação do representante israelense. Acusam-no de violar o direito internacional nas comunidades palestinas. Alguns desses mesmo movimentos apoiam a Coreia do Norte, por exemplo.

Dayan é empresário, nascido na Argentina e tem 59 anos, tendo mudado para Israel aos 15. É formado em Economia, tinha uma empresa de software e foi presidente do Conselho Yesha de assentamentos judaicos na Cisjordânia, entre 2007 e 2013.
Ele está envolvido na diplomacia pública israelense dentro e fora do país nos últimos anos. Como lembrou o jornal israelense Yedioth, quando se nomeia um embaixador “o governo transfere seu nome ao país”.

“A rejeição à nomeação é um fato quase insólito, embora se o país anfitrião não o deseja, costuma enviar mensagens por canais diplomáticos para evitar uma rejeição oficial que provoque uma crise entre os dois países”.

Netanyahu se vê num dilema. Pode ceder e nomear outra pessoa, o que geraria críticas dentro de Israel, ou insistir na nomeação e ver surgir uma barreira para seu governo de maneira aberta e oficial no Brasil.

Israel considera o Brasil um país estratégico nas suas relações com a América Latina. Além disso, no governo petista vem sendo censurado por conta de suas políticas relacionadas ao conflito com os palestinos.
O episódio do embaixador rejeitado é mais um episódio que mostra o enfraquecimento das relações entre os dois países.
Ano passado, o Brasil condenou Israel por ter revidado os ataques palestinos e bombardeado Gaza. Na época, o porta-voz do Ministério do Exterior, Yigal Palmor chamou o Brasil de “anão diplomático”.

Este ano, o governo brasileiro oficialmente se negou a continuar reconhecendo Jerusalém como capital de Israel.
A postura do governo Dilma contra Israel já rendeu críticas severas de deputados brasileiros como Marco Feliciano (PSC/SP), que assinou um artigo onde criticava a incoerência petista. Enquanto no Brasil apoia política e economicamente movimentos como o MST, conhecido por suas invasões, no exterior “acostumou-se a flertar com terroristas, ditadores, golpistas, a negociar com governos ditatoriais, dar apoio a facínoras que investem mais em bombas atômicas do que em saúde, educação e infraestrutura para o povo”. 

Com informações de Times of Israel
Fonte: GospelPrime

segunda-feira, setembro 21, 2015

Um giro por Havana.








por Theodore Dalrymple.




A decadência, quando não levada ao extremo, tem lá seu charme arquitetônico. Ruínas são coisas românticas. Tão românticas, aliás, que os cavalheiros ingleses do século XVIII construíam ruínas em seus jardins para servirem de lembranças agradavelmente melancólicas da efemeridade da existência terrena.

Fidel Castro, no entanto, não é nenhum cavalheiro inglês do século XVIII, e Havana não deveria ser seu imóvel privado para ser usado como um memento mori pessoal. As ruínas que ele produziu em Havana são, na realidade, a moradia de mais de 1 milhão de pessoas, cujo desejo coletivo não tem, como atestam essas ruínas, o mesmo poder que o desejo de apenas um homem. "Comandante en jefe", diz um dos vários outdoors políticos que substituíram todos os cartazes publicitários, "o senhor dá as ordens". Desnecessário dizer que a obrigação de todo o resto da população é obedecer.

Havana não mudou quase nada desde a última vez em que estive lá em 1990. Os vastos subsídios soviéticos acabaram; a economia hoje depende do turismo europeu. Para melhor receber os turistas, a maioria em busca de férias baratas nos trópicos e gostosamente indiferente à política de Cuba, o governo vem permitindo um pequeno grau de flexibilidade. Pequenos restaurantes privados que funcionam dentro de casas de família, chamados de paladares, com não mais do que 12 cadeiras, já são tolerados — muito embora a contratação de mão-de-obra que não seja da família, algo considerado explorador pelo regime, não é permitida.



Nestes locais, apenas determinados pratos são permitidos. Peixe e lagosta são proibidos, pois são exclusivos dos restaurantes estatais. Os poucos paladares que se arriscam a driblar essas regras funcionam como aqueles locais clandestinos que vendiam bebida alcoólica nos EUA durante a Lei Seca: seus proprietários que servem peixe ou lagosta estão constantemente nervosos, sempre preocupados com a possibilidade da presença de informantes (os Comitês de Defesa da Revolução ainda estão ativos e operantes em todos os cantos.) O dono de um destes paladares que visitei — o qual não possuía nenhum sinal na rua avisando de sua existência — preocupadamente olhava através do olho mágico da porta antes de deixar qualquer pessoa entrar. Comer uma simples refeição em uma das três mesas parecia uma cena de filme de espionagem.

Pequenos mercados de pulgas também já são permitidos em Cuba. Neles é possível observar pequenas trocas envolvendo roupas usadas e itens domésticos. Em 1990, era inimaginável uma pessoa poder comprar ou vender alguma coisa ao ar livre, pois comprar e vender era um ato visto como sintoma de 'individualismo burguês', algo contrário à visão socialista de Fidel, para quem tudo deve ser racionado — e de maneira racional, por assim dizer — de acordo com as necessidades de cada um. (Na prática, é claro, isso significava racionar de acordo com o que havia, o que nunca era muito).

Períodos de abertura permitindo um comércio de pequena escala já haviam ocorrido em outros momentos do reinado de mais de quatro décadas dos irmãos Castro. No entanto, tais aberturas rapidamente eram revogadas e voltava-se ao período de "retificação", pois ficava muito aparente que os cubanos respondiam com muito mais vigor aos incentivos econômicos do que aos ditames "morais" louvados nas teorias adolescentes de Che Guevara. 

Agora, no entanto, a atividade comercial está mais liberada, pois ela é essencial para a sobrevivência econômica do regime. Na última vez em que estive em Havana, mesmo um estrangeiro carregado de dólares não conseguia encontrar comida fora do seu hotel — um arranjo que dificilmente estimula o turismo em massa. Agora, por pura necessidade, já há um número satisfatório de cafés e bares para atender os visitantes.

A economia cubana está hoje amplamente dolarizada, um curioso e irônico desfecho para décadas de ardente nacionalismo. Quando perguntei em meu hotel como fazia para trocar dólares por pesos, disseram-me que eu não precisaria de pesos. E estavam corretos. As poucas e empoeiradas lojas que aceitavam vender seus bens em troca de pesos — a moneda nacional — anunciavam este fato extraordinário em suas janelas, como se estivessem efetuando um milagre, muito embora os bens à venda fossem poucos e da mais baixa qualidade imaginável. 

Na última vez em que estive em Cuba, a posse de um dólar por um cubano comum era crime, uma prova de deslealdade e de desafeição. Dependendo do humor de Fidel, o "criminoso" podia até ser acusado de estar planejando uma sabotagem econômica da revolução. Dólares eram manuseados como se fossem nitroglicerina, prestes a explodir na sua cara ao mais mínimo solavanco. Agora, no entanto, eles são meramente unidades monetárias, as quais qualquer pessoas pode manusear.

Embora os lobbies dos hotéis ainda sejam patrulhados por seguranças com walkie-talkies, que têm a função de garantir que nenhum cubano não-autorizado adentre o recinto, o crescente número de turistas em Cuba significa que as relações entre cubanos e estrangeiros estão mais relaxadas e abertas do que antes. Hoje, um cubano falar com um estrangeiro não é mais visto como um sinal de infidelidade política; conversas não mais têm de ser feitas às escondidas, em becos escuros ou atrás de paredes, sempre com um olho nervoso à procura de espiões e bisbilhoteiros pró-regime. Eu cheguei até mesmo a receber pedidos para que enviasse remédios da Inglaterra, dado que não havia nenhum disponível nas farmácias locais — uma confissão, impensável há apenas alguns anos, de que o tão propalado sistema de saúde cubano não é aquela oitava maravilha.

As pessoas frequentemente falam sobre lo bueno e lo malo da revolução — quase sempre acrescentando que lo malo foi muito, muito ruim. Um cidadão, criado na década de 1970, disse-me que, em sua adolescência, havia sido contagiado pelo fervor do romantismo revolucionário, tendo Che Guevara e John Lennon como seus heróis (ele me contou orgulhosamente que Havana era uma das três cidades com memoriais para John Lennon, sendo as outras Liverpool e Nova York). Segundo ele, naquela época ele imaginava que um novo mundo estava sendo construído; mas agora sabia que não mais havia perspectivas de progresso. 

Um fato curioso em Havana é que as pessoas mais idosas tendem a murmurar jabón (sabão) quando você passa por elas, na esperança de que você possa ter um pouco desta rara e preciosa mercadoria para doar. Quando a primeira senhora se aproximou de mim e murmurou jabón, pensei que ela fosse louca. Só depois é que constatei que ela havia sido apenas a primeira de várias.

Por outro lado, já há sinais de uma pequena abertura intelectual. Em La Moderna Poesía, uma livraria que fica em uma construção de estilo art déco na Calle Obispo, encontrei uma tradução em espanhol de A Sociedade Aberta e Seus Inimigos, de Karl Popper. O preço em dólares, no entanto, dificilmente atrairia compradores cubanos. Talvez o livro estivesse ali apenas para enganar turistas quanto à tolerância intelectual do regime; ou talvez fosse uma armadilha para flagrar insurgentes, de modo que qualquer cubano que tentasse comprá-lo seria delatado às autoridades. Mas mesmo assim, a simples presença de uma obra tão contrária à filosofia do regime seria algo inimaginável há doze anos.

Em contraste, os jornais Granma e Rebelde não mudaram absolutamente nada: lê-los hoje é o mesmo que tê-los lido há 40 anos e será o mesmo que lê-los daqui a 10 anos, caso o regime continue de pé. A incessante repetição de que está havendo um amplo progresso social em Cuba mesmo em face das adversidades e das horrendas desintegrações sociais ocorrendo em todos os outros países do mundo (especialmente, é claro, nos EUA) é algo que certamente deve entediar até mesmo o mais ardoroso crente do regime. Logo, não foi surpresa nenhuma eu não ter visto absolutamente nenhum cubano lendo um jornal ou sequer dando confiança para os já idosos vendedores itinerantes, cada um com aproximadamente 5 cópias para vender. Quando me aproximei de um deles e demonstrei interesse em comprar um jornal, o velho aproveitou a oportunidade para abertamente me pedir dinheiro. Vender jornal era apenas um pretexto para se aproximar de alguém e mendigar. A pergunta "quanto custa o jornal?" sempre era respondida com "o valor que o senhor quiser pagar".

Quase meio século de ditadura totalitária deixou a cidade de Havana — uma das mais belas do mundo — suspensa em uma situação peculiar, indecisa entre a preservação e a destruição. Para mim, que considero a ausência de determinados aspectos esteticamente feios do comercialismo algo agradável, a cidade tem seu charme: logotipos do McDonald's (e semelhantes) teriam arruinado o cenário de Havana de forma tão intensa quanto os Castros o fizeram. E a relativa ausência de trânsito em Havana tem seu lado positivo: caso Havana tivesse se desenvolvido "normalmente", suas ruas estreitas estariam hoje entupidas de tráfego e poluição, um inferno sufocante como a cidade da Guatemala ou de San José, Costa Rica, locais onde respirar é ficar sem ar, onde o nível de poluição sonora faz seus ouvidos cintilarem e os pensamentos saírem correndo.




Por causa dessas características quase bucólicas, as ruas de Havana são agradáveis para uma caminhada. Não há fumaça de veículos e não há barulho de buzinas. Dos poucos carros que trafegam, a maioria são relíquias americanas da era Batista, surrados mas, na medida do possível, restaurados. Eles trepidam e sacodem ruidosamente como burros de carga que se impulsionam sob um esforço tremendo. Alguns parecem andar como caranguejos, não para a frente mas de lado. E com toda a ferrugem acumulada, estes veículos — que em outros cenários pareceriam produtos banais descartados por uma sociedade industrializada — adquiriram uma aura romântica, quase uma personalidade própria. Eles são adorados e estimados como velhos amigos insubstituíveis; e, quando você olha para eles, é impossível não pensar em como todos os objetos que hoje tomamos como corriqueiros podem um dia vir a se tornar relíquias inestimáveis. Isso ajuda você a encarar o mundo de outra forma. 

Em 1958, Cuba tinha uma renda per capita maior do que a de metade dos países da Europa, a menor taxa de inflação do Ocidente e uma classe média maior do que a da Suíça, e isso é perfeitamente observável no esplendor de Havana e em como sua beleza é ampla, um testemunho de quão rica (e sofisticada) a sociedade que produziu deve ter sido. O esplendor de Havana, longe de estar confinado a apenas um pequeno bloco da cidade, se estende por quilômetros.

Não há palavras que possam fazer justiça à genialidade arquitetônica de Havana, uma genialidade que se estende desde o classicismo da Renascença do século XVI — com casas sérias e perfeitamente proporcionadas contendo quintais com colunatas refrescados e suavizados por arbustos e árvores tropicais — à exuberante art déco das décadas de 1930 e 1940. Os cubanos, ao longo de sucessivos séculos, criaram uma harmoniosa arquitetura praticamente sem par no mundo. Dificilmente se encontra em Havana uma construção que seja errônea ou que tenha um detalhe que seja supérfluo ou de mau gosto. A multicoloração ladrilhada do prédio Bacardi, por exemplo, que poderia ser considerada extravagante em outros locais, é perfeitamente adaptada — de maneira natural — à luz, ao clima e ao temperamento de Cuba. Os arquitetos cubanos certamente entendiam a necessidade de ar e sombra em um clima como o de Cuba, e eles proporcionaram suas construções e seus espaços de acordo. Eles criaram um ambiente urbano que, com suas arcadas, colunas, varandas e sacadas, era elegante, sofisticado, conveniente, jovial e prazeroso.

Atualmente, todo esse esplendor praticamente já se foi. A cidade parece hoje um grande arranjo de variações de Bach sobre o tema da decadência urbana. O estuque e o reboco deram lugar ao mofo. Os telhados elegantes já não existem mais, tendo sido substituídos por chapas de ferro corrugadas. Venezianas se esfacelaram e viraram serragem. As pinturas são um mero fenômeno do passado. Escadarias desembocam em precipícios. Não há vidros nas janelas. As portas se soltaram de suas dobradiças. As paredes nos interiores das casas desabaram. Estacas de madeira sustentam, sem nenhum grau de segurança, todos os tipos de estruturas. Fios elétricos antigos são visíveis nas paredes, como vermes em um queijo. As sacadas de ferro forjado estão severamente oxidadas. O gesso e o reboco se descascam como uma doença de pele maligna. As pedras de pavimentação das calçadas são arrancadas para outros propósitos. 




Todos os grandes e belamente proporcionados aposentos das casas — visíveis através das janelas ou dos buracos nas paredes — foram subdivididos com madeira compensada em espaços menores, nos quais famílias inteiras hoje moram. Roupas estão penduradas em janelas de casas que antes eram palácios. À noite, todas as vias são escuras e as luzes elétricas emitem apenas um brilho fraco e mortiço. Nenhum escombro ou ruínas são considerados severos demais a ponto de impossibilitar seu uso como moradia. 

Havana é como uma cidade que foi destruída por um terremoto e cuja população foi forçada a sobreviver em meio aos escombros enquanto a ajuda não chega. 

Após a revolução, poucos prédios foram construídos em Havana, o que é ótimo dado que estes poucos foram construídos naquele estilo de modernismo totalitário, arruinando toda a vizinhança. Na Plaza Vieja, um grande e antigo prédio colonial foi transformado em apartamentos de luxo para serem alugados por turistas, e há um excelente restaurante, só para turistas, no térreo (a própria ideia de um excelente restaurante em Cuba era impensável há 12 anos). A burguesia é um pouco como a natureza: por mais que você tente dizimá-la com uma revolução, no final ela sempre acaba voltando.

Embora esteja havendo alguns esforços de restauração no centro da cidade — que foi declarado pela UNESCO como patrimônio da humanidade —, tais esforços em nada se comparam ao tamanho da degradação da cidade. Uma das mais magníficas das várias magníficas ruas de Havana é conhecida como Prado, uma larga avenida que leva até o mar. Algumas da belas e bem proporcionadas mansões ao longo do Prado praticamente se desmoronaram em ruínas; outras estão com suas fachadas — tudo o que restou delas — sustentadas por escoras de madeira. Havana é como Beirute, mas sem ter passado por uma guerra civil para ser destruída.

No entanto, não se pode dizer que os habitantes de Havana pareçam infelizes. Crianças animadas jogam beisebol nas ruas com bolas de trapos comprimidos e tacos de canos de metal (curiosamente, o país da América Latina com a mais robusta tradição política anti-ianque tem no beisebol o seu esporte favorito); há muita interação nas ruas, muitos sorrisos e conversas. E não é raro se deparar com alguma pequena festa com música e dança. 




Quando você olha para dentro dos lares que as pessoas fizeram em meio às ruínas, é possível notar aqueles pequenos e comoventes sinais de orgulho próprio e de dignidade que também vemos nas choupanas da África: flores de plástico cuidadosamente arrumadas e outros ornamentos baratos. Uma predileção pelo cafona entre os ricos é um sinal de empobrecimento espiritual; porém, entre os pobres, representa um esforço pela beleza, uma aspiração sem chances de ser realizada. São os mais velhos que demonstram maior abatimento: seus pensamentos naturalmente se voltam para o passado, e o contraste entre a Havana de sua juventude e a Havana de sua senilidade deve ser um espetáculo difícil de ser contemplado.

Esse contentamento de alguns e essa resignação de outros em meio às ruínas não reduzem a profunda tristeza de ver a destruição de uma obra de arte gerada pelo esforço humano ao longo dos anos. Como deve ser viver em meio às ruínas de sua própria cidade, ruínas estas que não foram causadas por nenhuma guerra ou desastre natural, mas sim pela mera adesão a uma ideologia? Não é difícil algum cubano querer mostrar voluntariamente para você as ruínas decrépitas onde ele mora, algo aliás que eles fazem com um sorriso; o fato é que viver nestas condições simplesmente se tornou algo natural para eles. O colapso das paredes e das escadas lhes parece tão natural quanto o tempo.





Nas publicações oficiais (e todas as publicações em Cuba são oficiais), os únicos personagens positivos do passado são os rebeldes e os revolucionários, representando uma contínua tradição nacionalista da qual Fidel é a apoteose. Não há nenhum deus, mas apenas a revolução. E Castro é o profeta. O período entre a independência cubana e o advento de Castro é chamado de "a pseudo-república", e a ditadura de Batista, sua brutalidade e a "pobreza extremada" da época são as únicas coisas que se deve (ou que se permite) saber sobre a vida imediatamente antes de Castro.

Mas quem criou Havana e de onde veio toda a sua magnificência se, antes de Fidel, só havia pobreza, corrupção e brutalidade? Essa é a pergunta que os cubanos atuais não podem fazer.

Os terríveis estragos feitos por Fidel serão duradouros e irão sobreviver por muito tempo após o fim do seu regime. Vários bilhões em capital serão necessários para restaurar a bela Havana. Problemas legais envolvendo direitos de propriedade e moradias serão custosos, amargos e intermináveis. E a necessidade de se saber equilibrar considerações comerciais, sociais e estéticas na reconstrução de Cuba irá requerer enorme sabedoria e bom senso. 

Mas, enquanto o regime não cai, Havana serve como um pavoroso alerta ao mundo — se algum ainda fosse necessário — contra os perigos de ideologias erradas e de monomaníacos que genuinamente acreditam conhecer uma teoria capaz de corrigir o futuro e o mundo. 





Artigo originalmente escrito em agosto de 2002



Theodore Dalrymple é médico psiquiatra e escritor. Aproveitando a experiência de anos de trabalho em países como o Zimbábue e a Tanzânia, bem como na cidade de Birmingham, na Inglaterra, onde trabalhou como médico em uma prisão, Dalrymple escreve sobre cultura, arte, política, educação e medicina. Além de seu trabalho em medicina nos países já citados, ele já viajou extensivamente pela África, Leste Europeu, América Latina e outras regiões.
Fonte: Mises.org

sábado, setembro 19, 2015

Os muros do Oriente Médio e do Norte da África que ‘’ninguém’’ conhece.












por Blog da Conib



Israel é o único país no mundo que tem sido condenado por construir uma barreira de segurança para proteger seus cidadãos. Enquanto isso, vários outros países, muitos deles no Oriente Médio e Norte da África, constroem barreiras para se proteger de imigrantes ilegais, terroristas e inimigos. E ninguém dá bola...

Israel começou a construir a barreira de segurança na fronteira com a Cisjordânia somente em 2003 (o Estado judeu foi fundado em 1948), depois que mais de 700 israelenses foram mortos em ataques terroristas a partir do início da Segunda Intifada, em setembro de 2000. Até dezembro de 2005, 1.100 israelenses foram mortos. Após a construção, o número de ataques e mortes dentro de Israel originários da Cisjordânia foi reduzido a quase zero (veja estatísticas abaixo). 

Já a Arábia Saudita construiu uma barreira de mais de 100 km ao longo da fronteira com o Iêmen, para deter o contrabando de armas, e uma cerca de 800 km ao longo de sua fronteira com o Iraque, para se proteger dos terroristas do Estado Islâmico. 

Para não ficar atrás, a Turquia construíu uma barreira na fronteira com a Síria, em área que os sírios reivindicam como sua. Em 2015, os turcos resolveram fortalecer ainda mais sua proteção na fronteira com a Síria, após um atentado suicida, com a construção de um muro de 800 km.

A Tunísia, que não é boba, começou a construir um muro na fronteira com a Líbia, para tentar controlar o contrabando e a infiltração de jihadistas, após o massacre que matou há poucos meses 38 turistas estrangeiros, cuja autoria foi assumida por terroristas do Estado Islâmico.

Até mesmo o Estado Islâmico constrói barreiras para defender seu território no Iraque e impedir as pessoas de escaparem do seu jugo.

Três décadas antes de tudo isso, o Marrocos construiu o maior e mais antigo muro, com 2.700 km de extensão, para separar as zonas do Saara Ocidental controladas por ele e pela frente separatista Polisário, em conflito de mais de 30 anos que deixou cerca de 100 mil refugiados. Em 2014, o país mostrou que muro é com ele mesmo e começou a construção de um novo, ao longo de sua fronteira com a Argélia.

Isso sem falar no muro "vovô" construído no longínquo ano de 1974, para separar gregos e turcos na ilha de Chipre.

No entanto, apenas a barreira de segurança de Israel tem sido alvo de condenação da ONU. Pode, Ban Ki-moon?






Trecho da barreira entre Arábia Saudita e Iraque. Foto: iraqidinarchat.net.

Localização do muro Arábia Saudita-Iraque. Imagem:freerepublic.



Localização do muro construído por Marrocos. Imagem: sandanddust.



Fronteiras políticas na região do muro de 2.700 km construído por Marrocos. Imagem: haamnews.



Muro separa Tunísia e Líbia. Foto: gatewaypundit.

Mapa político da região do muro Tunísia-Líbia. Imagem: Daily Mail.







Imagem do muro de 800 km entre Turquia e Síria, em construção. Reprodução/CCTV.





Marrocos constrói muro na fronteira com a Argélia. Foto:worldbulletin.



Número de mortos em atentados terroristas em Israel. Em 2006, 362 km da barreira de segurança já haviam sido construídos. Fonte: MFA.
















Fonte: Blog da Confederação Israelita do Brasil -http://www.conib.org.br/blog