domingo, dezembro 05, 2010
Sonhos e Pesadelos
terça-feira, novembro 16, 2010
A alta cultura desapareceu do País, ao ponto de já ninguém ser culto o bastante para dar pela sua falta, quanto mais para enxergar algo de grave nesse fenômeno. |
Olavo de Carvalho - 15/11/2010 |
Neste país, a ânsia de bajular é uma paixão avassaladora, inebriante, incontrolável. Sobretudo nos dias que se seguem à revelação do nome de um novo mandatário, ela bloqueia por toda parte o uso das faculdades racionais, rompe as comportas do mais elementar senso da realidade, dando vazão a arrebatamentos de entusiasmo laudatório que raiam a idolatria e a psicose. Ninguém, nem entre os melhores, escapa à sua contaminação pestífera e obsediante. Em artigo recente, o sr. Paulo Rabello de Castro, que num Fórum da Liberdade em Porto Alegre me foi um dia apresentado como uma das mais belas esperanças do pensamento liberal-conservador no Brasil, festeja a vitória de Dilma Rousseff em termos que fariam corar de inibição os mais maduros e circunspectos cabos eleitorais do PT. Não contente de enxergar méritos inigualáveis na carreira de terrorista daquela senhora incapaz de completar uma frase com sujeito e objeto ou de recordar o título de um só livro que tenha lido, o fundador do Instituto Atlântico explode também em louvores ao antecessor da referida, ao qual ele denomina "um gigante", "provavelmente o maior dos nossos presidentes", e a quem atribui a glória de haver devolvido aos brasileiros o orgulho da nacionalidade. Como se não bastasse, ele estende seus aplausos a toda a "geração de 68" por nos ter dado figuras estelares como José Dirceu e Franklin Martins, sem as quais, digo eu, nossa História não teria sido embelezada por episódios honrosos como o mensalão e o projeto de controle estatal da mídia. Enquanto essas efusões de amor febril aos vitoriosos do dia são publicadas no site do Instituto Millenium, entidade nominalmente destinada a combater tudo aquilo que o establishment petista representa, alguns fatos notórios podem dar uma idéia dos motivos de orgulho que inflamam a alma nacional. O Brasil está em 73º. lugar no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU, abaixo do Peru, do Panamá, do México, da Costa Rica e de Trinidad e Tobago. Segundo dados da mesma ONU, entre quarenta e cinquenta mil brasileiros continuam sendo assassinados por ano (o equivalente a duas guerras do Iraque), fazendo deste país um dos lugares do universo onde é mais perigoso cometer a imprudência de andar nas ruas ou, pior ainda, a de ficar em casa. O Brasil é o único país da América Latina onde o consumo de tóxicos está aumentando em vez de diminuir. Nossos estudantes continuam tirando persistentemente os últimos lugares em todos os testes internacionais de aproveitamento escolar. A universidade que a mídia unânime proclama ser a melhor do Brasil, a USP, ficou em 210º. lugar no ranking das instituições universitárias calculado pelo London Times. Há várias décadas o Brasil não tem um único escritor que se possa comparar aos dos anos 60 ou 70, exceto os nonagenários e centenários que sobraram daquela época. A alta cultura simplesmente desapareceu deste país, ao ponto de já ninguém ser culto o bastante para dar pela sua falta, quanto mais para enxergar algo de grave nesse fenômeno, inédito mesmo Os índices de corrupção cresceram mais durante o governo Lula (inclusive no ministério de Dona Dilma) do que ao longo de toda a nossa História anterior, tornando, por exemplo, o uso eleitoral da máquina administrativa do Estado um direito consuetudinário contra o qual é inútil protestar. Que motivo de orgulho sobra para ser louvado pelo sr. Paulo Rabello? A recuperação econômica, é claro. Mas, descontado o fato de que o índice de crescimento reconquistado não passa de 4,6 por cento – um terço do que chegou a alcançar no período militar –, ainda resta uma diferença moral substantiva: no tempo dos militares o presidente Médici ainda tinha a hombridade de reconhecer que "a economia vai bem, mas o povo vai mal", ao passo que hoje não só o governo, mas também os seus bajuladores "de oposição" pretendem que festejemos como conquista suprema e valor absoluto um mero crescimento econômico menor que o obtido naquelas décadas e nos inebriemos de orgulho financeiro no meio da matança, do sofrimento, do fracasso e da degradação intelectual e moral mais abjeta e constrangedora que já se viu em qualquer país do mundo. No mínimo, no mínimo, o julgamento que o sr. Paulo Rabello faz da era Lula reflete uma obsessão dinheirista que nada enxerga além de cifrões, que reduz o progresso da civilização a uma questão contábil e, ao ver que a coluna do "haver" supera a do "deve", se torna insensível para a destruição de tudo o mais que constitui a substância, o valor e a dignidade da vida humana. Será que ao celebrar O Poder das Idéias, como no lançamento recente de uma coletânea de Ludwig von Mises à qual o Instituto Millenium deu esse título, nossos liberais e conservadores não estão se referindo ao poder que as idéias do inimigo têm sobre os cérebros deles? Olavo de Carvalho é ensaísta, jornalista e professor de Filosofia |
O artigo de Paulo Rabelo de Castro está aqui O efeito dilma sobre o próximo meio século
quarta-feira, novembro 03, 2010
EU QUERO O FIM DAS URNAS ELETRÔNICAS
segunda-feira, novembro 01, 2010
MAIS OITO ANOS DE PODRIDÃO
domingo, outubro 31, 2010
AGORA É TUDO OU NADA
asceuanalfabeta". Ninguém teve dúvidas quando o impeachment foi usado contra Collor; já no caso de Lulla, isso pareceria um verdadeiro golpe.
sábado, setembro 11, 2010
11 DE SETEMBRO UM DIA PARA NÃO ESQUECER JAMAIS
quarta-feira, setembro 08, 2010
sexta-feira, agosto 20, 2010
CNBB: TÃO NECESSÁRIA QUANTO UM ESPINHO NO PÉ
quinta-feira, agosto 19, 2010
O BRASIL ESPERA QUE O SERRA CUMPRA O SEU DEVER
domingo, agosto 15, 2010
O BRASIL DOS SEUS SONHOS
domingo, agosto 08, 2010
DIA DOS PAIS
sexta-feira, agosto 06, 2010
PRIMEIRO DEBATE: DEU SONO
terça-feira, agosto 03, 2010
ULTIMO AVISO, DEPOIS SERÁ TARDE
domingo, julho 18, 2010
CRISTÃO NÃO VOTA EM DILMA
Quando acontece essa usurpação ou manipulação é dever da Igreja intervir convidando a não votar em partido ou candidato que torne perigosa a liberdade religiosa e de consciência ou desrespeito à vida humana e aos valores da família, pois tudo isso é de Deus e não de César. Vice-versa extrapola da missão da Igreja querer dominar ou substituir- se ao estado, pois neste caso ela estaria usurpando o que é de César e não de Deus.
Já na campanha eleitoral de 1996, denunciei um candidato que ofendeu pública e comprovadamente a Igreja, pois esta atitude foi uma usurpação por parte de César daquilo que é de Deus, ou seja o respeito à liberdade religiosa.
Na atual conjuntura política o Partido dos Trabalhadores (PT) através de seu IIIº e IVº Congressos Nacionais (2007 e 2010 respectivamente), ratificando o 3º Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH3) através da punição dos deputados Luiz Bassuma e Henrique Afonso, por serem defensores da vida,se posicionou pública e abertamente a favor da legalização do aborto, contra os valores da família e contra a liberdade de consciência.
Na condição de Bispo Diocesano, como r e s p o n s á v e l pela defesa da fé, da moral e dos princípios fundamentais da lei natural que - por serem naturais procedem do próprio Deus e por isso atingem a todos os homens -, denunciamos e condenamos como contrárias às leis de Deus todas as formas de atentado contra a vida, dom de Deus,como o suicídio, o homicídio assim como o aborto pelo qual, criminosa e covardemente, tira-se a vida de um ser humano, completamente incapaz de se defender. A liberação do aborto que vem sendo discutida e aprovada por alguns políticos não pode ser aceita por quem se diz cristão ou católico. Já afirmamos muitas vezes e agora repetimos: não temos partido político, mas não podemos deixar de condenar a legalização do aborto. (confira-se Ex. 20,13; MT 5,21).
Isto posto, recomendamos a todos verdadeiros cristãos e verdadeiros católicos a que não dêem seu voto à Senhora Dilma Rousseff e demais candidatos que aprovam tais “liberações”, independentemente do partido a que pertençam.
Evangelizar é nossa responsabilidade, o que implica anunciar a verdade e denunciar o erro, procurando, dentro desses princípios, o melhor para o Brasil e nossos irmãos brasileiros e não é contrariando o Evangelho que podemos contar com as bênçãos de Deus e proteção de nossa Mãe e Padroeira, a Imaculada Conceição.
D. Luiz Gonzaga Bergonzini
Bispo de Guarulhos