terça-feira, novembro 16, 2010



A alta cultura desapareceu do País, ao ponto de já ninguém ser culto o bastante para dar pela sua falta, quanto mais para enxergar algo de grave nesse fenômeno.
Olavo de Carvalho - 15/11/2010

Neste país, a ânsia de bajular é uma paixão avassaladora, inebriante, incontrolável. Sobretudo nos dias que se seguem à revelação do nome de um novo mandatário, ela bloqueia por toda parte o uso das faculdades racionais, rompe as comportas do mais elementar senso da realidade, dando vazão a arrebatamentos de entusiasmo laudatório que raiam a idolatria e a psicose.

Ninguém, nem entre os melhores, escapa à sua contaminação pestífera e obsediante.

Em artigo recente, o sr. Paulo Rabello de Castro, que num Fórum da Liberdade em Porto Alegre me foi um dia apresentado como uma das mais belas esperanças do pensamento liberal-conservador no Brasil, festeja a vitória de Dilma Rousseff em termos que fariam corar de inibição os mais maduros e circunspectos cabos eleitorais do PT.

Não contente de enxergar méritos inigualáveis na carreira de terrorista daquela senhora incapaz de completar uma frase com sujeito e objeto ou de recordar o título de um só livro que tenha lido, o fundador do Instituto Atlântico explode também em louvores ao antecessor da referida, ao qual ele denomina "um gigante", "provavelmente o maior dos nossos presidentes", e a quem atribui a glória de haver devolvido aos brasileiros o orgulho da nacionalidade.

Como se não bastasse, ele estende seus aplausos a toda a "geração de 68" por nos ter dado figuras estelares como José Dirceu e Franklin Martins, sem as quais, digo eu, nossa História não teria sido embelezada por episódios honrosos como o mensalão e o projeto de controle estatal da mídia.

Enquanto essas efusões de amor febril aos vitoriosos do dia são publicadas no site do Instituto Millenium, entidade nominalmente destinada a combater tudo aquilo que o establishment petista representa, alguns fatos notórios podem dar uma idéia dos motivos de orgulho que inflamam a alma nacional.

O Brasil está em 73º. lugar no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU, abaixo do Peru, do Panamá, do México, da Costa Rica e de Trinidad e Tobago.

Segundo dados da mesma ONU, entre quarenta e cinquenta mil brasileiros continuam sendo assassinados por ano (o equivalente a duas guerras do Iraque), fazendo deste país um dos lugares do universo onde é mais perigoso cometer a imprudência de andar nas ruas ou, pior ainda, a de ficar em casa.

O Brasil é o único país da América Latina onde o consumo de tóxicos está aumentando em vez de diminuir.

Nossos estudantes continuam tirando persistentemente os últimos lugares em todos os testes internacionais de aproveitamento escolar.

A universidade que a mídia unânime proclama ser a melhor do Brasil, a USP, ficou em 210º. lugar no ranking das instituições universitárias calculado pelo London Times. Há várias décadas o Brasil não tem um único escritor que se possa comparar aos dos anos 60 ou 70, exceto os nonagenários e centenários que sobraram daquela época. A alta cultura simplesmente desapareceu deste país, ao ponto de já ninguém ser culto o bastante para dar pela sua falta, quanto mais para enxergar algo de grave nesse fenômeno, inédito mesmo
em nações paupérrimas.

Os índices de corrupção cresceram mais durante o governo Lula (inclusive no ministério de Dona Dilma) do que ao longo de toda a nossa História anterior, tornando, por exemplo, o uso eleitoral da máquina administrativa do Estado um direito consuetudinário contra o qual é inútil protestar.

Que motivo de orgulho sobra para ser louvado pelo sr. Paulo Rabello? A recuperação econômica, é claro. Mas, descontado o fato de que o índice de crescimento reconquistado não passa de 4,6 por cento – um terço do que chegou a alcançar no período militar –, ainda resta uma diferença moral substantiva: no tempo dos militares o presidente Médici ainda tinha a hombridade de reconhecer que "a economia vai bem, mas o povo vai mal", ao passo que hoje não só o governo, mas também os seus bajuladores "de oposição" pretendem que festejemos como conquista suprema e valor absoluto um mero crescimento econômico menor que o obtido naquelas décadas e nos inebriemos de orgulho financeiro no meio da matança, do sofrimento, do fracasso e da degradação intelectual e moral mais abjeta e constrangedora que já se viu em qualquer país do mundo.

No mínimo, no mínimo, o julgamento que o sr. Paulo Rabello faz da era Lula reflete uma obsessão dinheirista que nada enxerga além de cifrões, que reduz o progresso da civilização a uma questão contábil e, ao ver que a coluna do "haver" supera a do "deve", se torna insensível para a destruição de tudo o mais que constitui a substância, o valor e a dignidade da vida humana.

Será que ao celebrar O Poder das Idéias, como no lançamento recente de uma coletânea de Ludwig von Mises à qual o Instituto Millenium deu esse título, nossos liberais e conservadores não estão se referindo ao poder que as idéias do inimigo têm sobre os cérebros deles?

Olavo de Carvalho é ensaísta, jornalista e professor de Filosofia



O artigo de Paulo Rabelo de Castro está aqui O efeito dilma sobre o próximo meio século

quarta-feira, novembro 03, 2010

EU QUERO O FIM DAS URNAS ELETRÔNICAS




É de conhecimento de muitos, mas sorrateiramente escondido a sete chaves, a fragilidade das urnas eletrônicas.

E não somente as urnas podem ser manipuladas, mas principalmente a transmissão dos dados dos TREs para o TSE.

Se realmente fossem confiáveis, era de se supor que países que dominam a informática há tempos já fizessem uso desse recurso para as eleições.

Ao contrário, o que se vê é que nações com um nível de democracia muitas vezes superior à nossa frágil e capenga democracia, simplesmente não querem nem tomar conhecimento desse recurso.

O que precisamos?
1 - Que comecemos a procurar, dentre nossos amigos, um bom advogado experiente em matérias constitucionais, que nos oriente a respeito.
2 - Solucionado o primeiro passo e, sendo viável constitucionalmente, passemos a elaborar uma petição para emenda constitucional, buscando o maior número possíveis de assinaturas (pelo menos 1,5 milhão) para o nosso intento.
3 - Que todos os membros convidem seus FB amigos para participarem dessa jornada.
4 - Disposição e fé de todos

Mãos à obra?

Quer participar? Entre no endereço: queroofimdasurnaseletonicas@groups.facebook.com

segunda-feira, novembro 01, 2010

MAIS OITO ANOS DE PODRIDÃO





Mais oito anos de podridão, de desvios, de politicagem podre... Talvez não sejam mais oito anos e sim mais quantos anos eles quiserem. Após um semi-alfabetizado, uma ex-guerrilheira e após esta, quem sabe, um traficante: o céu (ou o inferno) é o limite.


Quem perdeu? José Serra ou os brasileiros? Quem ganhou de verdade a não ser os quadrilheiros, todos encastelados em todos os poderes da república?.

Agora é arregaçar as mangas, sair à luta, exigir que nos devolvam o sagrado direito de votar e que esse voto seja real e não virtual e que possa ser conferido se houver necessidade.

Agora é exigir que acabem com as pesquisas de popularidade que servem a quem paga mais e, principalmente, com as pesquisas eleitorais financiadas pelos partidos interessados.

Agora é ficar de olho no Diário Oficial e começar a contabilizar quantos milhares de companheiros se pendurarão no serviço publico federal pagos com nossos impostos.

Quem tem sua gente (ou gentalha) espalhada em todos os poderes, só saírá do poder na ponta de uma baioneta; gentilmente e através do voto (que hoje não existe) não sairão jamais. Quem viver verá.