domingo, setembro 30, 2012

O que é sexo anal?






O que é sexo anal?


Corrompendo a infância à luz do dia




"Como se transa?" "O que é sexo anal?" "Como dois homens fazem sexo?" "O que é transexual?" "O que é boquete?" "É possível mais de duas pessoas fazerem sexo?"

Essas são algumas das perguntas do dever de casa dos alunos do 4º ano de uma escola pública de Contagem-MG -- crianças de 10 anos -.

Assistam ao vídeo da reportagem levada ao ar pela rede Record de Minas Gerais, em 26 de setembro de 2012:







A Sra. Norma Nonata de Aquino, pedagoga da escola, defendeu a professora que passou o dever aos alunos, declarando o que segue:

"Nossas crianças, embora tenham 10 anos de idade, são crianças curiosas, já tem acesso a uma série de informações; são crianças que têm influência da mídia, da música, da novela, dos filmes, e trazem consigo as questões ligadas à sexualidade.

Sexualidade foi um tema escolhido pela própria turma, é um tema transversal, é um tema que a escola trabalha com base em orientação do MEC, dos parâmatros curriculares, a escola desenvolveu um trabalho sério, organizado, planejada a partir das questões das próprias crianças".

Comentário do Escola Sem Partido: 

Se Dona Norma quiser ensinar sua filha de 10 anos o que é e como se faz um boquete, ninguém tem nada com isso, pois o artigo 12 da Convenção Americana de Direitos Humanos lhe garante o direito de dar aos seus filhos a educação moral que esteja de acordo com as suas próprias convicções.



Artigo 12 - Liberdade de consciência e de religião

1. Toda pessoa tem direito à liberdade de consciência e de religião. Esse direito implica a liberdade de conservar sua religião ou suas crenças, ou de mudar de religião ou de crenças, bem como a liberdade de professar e divulgar sua religião ou suas crenças, individual ou coletivamente, tanto em público como em privado.

2. Ninguém pode ser submetido a medidas restritivas que possam limitar sua liberdade de conservar sua religião ou suas crenças, ou de mudar de religião ou de crenças.

3. A liberdade de manifestar a própria religião e as próprias crenças está sujeita apenas às limitações previstas em lei e que se façam necessárias para proteger a segurança, a ordem, a saúde ou a moral públicas ou os direitos e as liberdades das demais pessoas.

4. Os pais e, quando for o caso, os tutores, têm direito a que seus filhos e pupilos recebam a educação religiosa e moral que esteja de acordo com suas próprias convicções.


Mas ela não pode fazer a mesma coisa com as crianças que estudam na sua escola, pois os pais dessas crianças também têm o direito de dar aos seus filhos a educação moral que esteja de acordo com as suas próprias convicções.

Ocorre que Dona Norma está muito segura do que diz, e não parece nada disposta a mudar de orientação. Nem ela, nem possivelmente a maioria dos seus colegas de profissão, nem o MEC, que, como se sabe, não apenas apoia como incentiva esse tipo de abordagem em sala de aula, não importando a idade dos alunos. 

Portanto, se os pais quiserem exercer o direito que lhes é conferido pelo art. 12 da Convenção Americana de Direitos Humanos, eles precisam acordar. Precisam pedir ao Ministério Público e ao Poder Judiciário que proíbam as escolas de usurpar esse direito. E só há um jeito de impedir tal usurpação: obrigar o MEC e as Secretarias de Educação (1) a varrer todo o conteúdo moral das disciplinas obrigatórias, e (2) a reconhecer expressamente em seus documentos oficiais o direito dos pais de dar aos filhos a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções.

Se quiser utilizar o sistema de ensino para promover uma agenda moral, o governo deve criar uma disciplina facultativa, a exemplo do que acontece com o ensino religioso. Conhecendo previamente o conteúdo dessa disciplina, os pais decidirão se querem ou não que seus filhos a frequentem.

Enquanto isso não acontecer, o artigo 12 da Convenção Americana de Direitos Humanos será letra morta em nosso país.

Fonte:Escola Sem Partido

sábado, setembro 29, 2012

Islamofobia e a presidentE do Brasil.










Cristãos massacrados na Nigéria e a presidentE não citou a cristianofobia.


A presidente Dilma Rousseff discursou na ONU nesta terça-feira (25) e colocou seus pontos de vista desprovidos de coerência e visão democrática. Durante seu pronunciamento, Dilma afirmou haver Islamofobia no Ocidente, ignorou a Cristofobia (como o famoso caso do Pr. Youcef Nadarkhani), responsabilizou Israel pela crise do Oriente Médio, e propôs o reconhecimento do Estado Palestino como membro pleno das Nações Unidas.

Confira abaixo trecho do constrangedor discurso da presidente Dilma Rousseff na ONU:

"...Ainda como presidenta(E) de um país no qual vivem milhares e milhares de brasileiros de confissão islâmica, registro neste plenário nosso mais veemente repúdio à escalada de preconceito islamofóbico em países ocidentais. O Brasil é um dos protagonistas da iniciativa generosa “Aliança de Civilizações”, convocada originalmente pelo governo turco.

Com a mesma veemência, senhor Presidente, repudiamos também os atos de terrorismo que vitimaram diplomatas americanos na Líbia.

Senhor Presidente,

Ainda com os olhos postos no Oriente Médio, onde residem alguns dos mais importantes desafios à paz e à segurança internacional, quero deter-me mais uma vez na questão Israel– Palestina.

Reitero minha fala de 2011, quando expressei o apoio do governo brasileiro ao reconhecimento do Estado Palestino como membro pleno das Nações Unidas. Acrescentei, e repito agora, que apenas uma Palestina livre e soberana poderá atender aos legítimos anseios de Israel por paz com seus vizinhos, segurança em suas fronteiras e estabilidade política regional"




O comentário abaixo é do pastor Silas Malafaia da AVEC (Associação Vitória em Cristo):

"Um dos mais desastrosos e medíocres discursos feito por um estadista brasileiro nas Nações Unidas. Vamos aos fatos":



1. Nunca vi uma coisa tão descabida fora da realidade, como a afirmação da presidente Dilma Rousseff, de que no ocidente existe uma Islamofobia. Pergunto: Em que nação do ocidente houve o impedimento para a construção de uma mesquita? Em que nação do ocidente um islâmico é proibido de praticar a sua fé? Em que nação do ocidente eles são perseguidos, presos, e ateiam fogos em suas mesquitas? Que declaração estúpida da presidente, querendo fazer média com as nações muçulmanas. Porque em qualquer país democrático do ocidente eles são livres para suas práticas religiosas.

2. A presidente Dilma perdeu sim, a oportunidade de falar da Cristofobia, onde nos países muçulmanos como Indonésia, Nigéria, Irã e etc… Pastores e cristãos são presos e assassinados, Igrejas com gente dentro são queimadas, proibição de abertura de igrejas cristãs, e uma verdadeira perseguição religiosa. A presidente perdeu a oportunidade de falar sobre isso, pois o Brasil é composto de 90% de cristãos, e aqui no nosso país não existe nenhum tipo de perseguição ou retaliação aos muçulmanos. QUE VERGONHA! A presidente Dilma perdeu a oportunidade de ficar de boca fechada sobre este assunto. Não vimos nenhum movimento dela em favor da libertação do pastor Youcef no Irã, preso pelos intolerantes islâmicos do Irã.

3. Quanto ao outro assunto que só haverá paz no Oriente Médio quando houver um Estado pleno e soberano palestino, faço as seguintes colocações:

Israel é o único Estado democraticamente pleno no Oriente Médio. Os que governam os palestinos são grupos terroristas que pregam a eliminação do Estado de Israel, e que praticam atentados contra a soberania deste Estado. Como Israel poderá reconhecê-los?

Os palestinos querem Jerusalém como sua capital. Como isto pode acontecer se Jerusalém é a capital do Estado de Israel, foi fundada pelo rei Davi, e Jerusalém, na história, nunca foi capital de Estado Árabe? Como um Estado soberano vai dividir sua capital?

Israel ocupa 1% de todo território, não se engane com a propaganda. Os palestinos são de origem árabe, não possuem cultura palestina, possuem uma língua e cultura árabes. Milenarmente aquelas terras pertencem a Israel, creio que haverá paz (tirando aqui a questão escatológica e espiritual) quando eles reconhecerem o Estado de Israel como uma nação soberana.

4. Por que a comunidade internacional não defende uma nação soberana para os curdos que vivem em parte do Iraque, Irã e Turquia? Por que não separam esta região de pequenas partes destes países para formar um Estado Curdo? Por que, também, a comunidade internacional não luta em favor do país Basco, que está na região da Espanha?

5. Meu recadinho final para a presidente Dilma sobre Israel:

Abençoareis os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem.(Gen 12:3)

6. Quanto ao filme amador que ridiculariza fundamentos da fé Islâmica, eu tenho dito que no Brasil pode falar mau de Deus, diabo, pastor, padre, evangélicos, católicos, presidente, etc… Não se podia falar contra gay, e agora também contra o Islamismo. 
Nas novelas debocham de evangélicos e pastores, e no cinema mundial existem vários filmes e documentários debochando da fé dos evangélicos e dos católicos. Ninguém fala nada, ninguém diz nada, e ainda se utilizam do Estado Democrático de Direito, onde a crítica é livre – e eu concordo com isto. 
Será que a democracia está se dobrando ao terror, e ao medo de retaliações sanguinárias, das ameaças provindas de extremistas religiosos islâmicos? Que vergonha um juiz ir contra a constituição brasileira e mandar retirar um filme de quinta categoria que debocha do Islã. Sejam nós, evangélicos, católicos, islâmicos, espíritas, etc.. Temos que entender que no Estado Democrático de Direito estamos sujeitos ao deboche, à crítica, à contradição, e que também temos o direito, segundo nossas convicções, de utilizarmos os mesmos princípios. Não podemos nos dobrar a nenhum tipo de radicalismo que fere os princípios democráticos. Como disse o presidente Obama: “O filme é ridículo e repugnante, mas nada está acima da liberdade de expressão”.

Fonte: Verdadegospel.com 

sexta-feira, setembro 28, 2012






por Deborah Srour – 



No segundo capítulo da novela da semana passada, o promotor geral do Egito emitiu mandatos de prisão contra oito cidadãos americanos na terça-feira. Seus crimes seriam relacionados com a produção do trailer crítico de Maomé, usado como desculpa para todas as manifestações que vimos ao redor do mundo.

Um desses americanos indiciados é uma mulher que se converteu do islamismo ao cristianismo. De acordo com a Associated Press as acusações seriam: insultar e publicamente atacar o islamismo, espalhar informações falsas e ferir a união nacional do Egito. De acordo com a declaração do promotor-chefe egípcio, se condenados, os oito podem pegar a pena de morte. Um advogado egípcio entrevistado pela Associated Press disse que isso iria desencorajar qualquer um que queira expressar sua liberdade de expressão sobre o islamismo.

O desejo de intimidar as pessoas livres a se calarem sobre esta religião é um dos objetivos declarados da irmandade muçulmana. Três dias após os ataques à embaixada americana na Líbia, o chefe espiritual do grupo, Yussuf Qaradawi fez um discurso na televisão egípcia. Apesar de usar um tom aparentemente moderado, ele conclamou sua audiência a fazer de tudo para que a América criminalizasse os direitos de expressão ou críticas dos seus cidadãos ao islamismo – assim como fizeram seus camaradas europeus nos últimos anos quando confrontados com intimidação e terrorismo islâmico.

Senhores leitores, esta é uma guerra real que está sendo travada pelo mundo. Mas esta é pior do que todas porque o inferno do radicalismo islâmico não está limitado a um país ou região. Depois de expulsar os judeus com a criação do Estado de Israel, cristãos que moram em países muçulmanos não podem ir à Igreja, são humilhados, cargos oficiais e em grandes empresas lhe são proibidos, além de muitos serem convertidos à força.

Um embaixador americano é morto na Líbia no 11 de setembro e a resposta da administração americana é um ataque frontal à um dos pilares da Constituição dos Estados Unidos: a liberdade de expressão. Eu quero repetir o que disse na semana passada: estas manifestações não são sobre este filmeco. O ataque ao embaixador foi um ato intencional por muçulmanos radicais que procuram impor suas crenças ao resto do mundo. Não foi coincidência que também na semana do 11 de setembro os iranianos tenham aumentado o preço pela cabeça de Salman Rushdie (lembram dele?) por ter escrito os Versos Satânicos criticando o Corão, em 1989. Agora o prêmio para quem matá-lo subiu para $3.3 milhões de dólares.

E ao mesmo tempo em que os muçulmanos exigem respeito à sua religião e profeta, eles o negam às religiões alheias. A destruição dos Budhas em Bamyan em 2001, a regular conversão de igrejas e sinagogas em mesquitas, os discursos semanais chamando os judeus e cristãos de porcos e macacos, atestam à um duplo standard que os muçulmanos querem impor.

Nossa mensagem deve ser que isso não será tolerado!

Mas quero ir um pouco mais longe. Todos estes eventos são consequência direta da política de apaziguamento e desculpas impostas por Obama, este “gênio” de política externa apoiado cegamente pela mídia. Todas estas manifestações expuseram a falácia desta política e agora a mídia está fazendo de tudo para que Obama não leve a culpa.

Não é preciso voltar muito no tempo. Há quatro anos atrás, Obama decidiu dar sua primeira entrevista depois de eleito presidente dos Estados Unidos, ao canal de televisão Al Arabiya. Durante esta entrevista ele prometeu trazer a paz ao Oriente Médio. Aí ele fez sua primeira viagem ao exterior para o Cairo gelando Mubarak, aliado de longa data, e convidando representantes da Irmandade Muçulmana, na época banida pelo governo por suas atividades violentas.

Se qualquer um se der ao trabalho de ler qual é a missão declarada da Irmandade, entenderá porque ela foi banida por Mubarak. Seu motto é “Allah é nosso objetivo. O profeta é o nosso líder. O Corão é nossa lei. O Jihad é o nosso caminho. Morrer por Allah é nossa maior esperança.” Recentemente, o presidente eleito do Egito e membro da Irmandade Muçulmana, Mohamed Morsi, declarou que “Jerusalem será nossa capital”.

Um outro fator muito importante para compreender a política de apaziguamento desta administração é o seu relacionamento com uma organização que muitos provavelmente nem ouviram falar. A OIC – Organização de Cooperação Islâmica. Esta organização é a segunda maior do mundo depois da ONU. Eles dizem representar todos os muçulmanos do mundo, mesmo os que vivem em países não muçulmanos como os Estados Unidos. Em 2005 eles publicaram seu plano de ação para os próximos 10 anos para impôr no mundo inteiro um código de expressão baseado na Sharia.

Ouçam o que eles dizem e entenderão bem o que ocorreu na semana passada.

Seu objetivo é criminalizar internacionalmente toda comunicação ou qualquer expressão que na sua opinião seja ofensiva ao islamismo, mesmo em países como os Estados Unidos. Ninguém, não muçulmanos, não não-muçulmanos, não americanos, não brasileiros têm permissão para falar, escrever ou de qualquer modo comunicar algo que na opinião deles é ofensivo à eles ou à sua religião. Eles têm como objetivo forçar o Ocidente livre a dizer adeus à liberdade de expressão, liberdade de religião e este é o aviso que recebemos hoje.

Muitos podem pensar que isso nunca irá acontecer nos Estados Unidos, mas estão errados. O presidente Obama com a ajuda de Hilary Clinton, fizeram aprovar na ONU a Resolução 1618 que exige que países membros aprovem leis contra referências derrogatórias ao islamismo. Pior que isso, há um ano atrás, organizações islâmicas escreveram à Casa Branca pedindo para que todo o material usado por agências federais como o exército, FBI e CIA, fosse “limpo” de toda referência ao islamismo e que o pessoal fosse retreinado dentro de uma filosofia politicamente correta do islamismo.

Quando membros do Congresso americano perguntaram quem estava liderando esta “limpeza” e “retreinamento”, o Governo Obama disse que a informação era secreta e que os senadores e deputados não teriam acesso à ela. Se isto for verdade, senhores e senhoras, estamos muito atrás neste jogo. Estamos perdendo rapidamente nosso sentido de liberdade e prejudicando nossa capacidade de identificar o inimigo real. Em vez de aceitar a verdade básica e defender o nosso modo livre de vida, Obama justifica o colapso de sua política externa retirando dos americanos seu inalienável direito à livre expressão.

Nesta semana a Assembléia Geral das Nações Unidas entra em Sessão. Mais uma oportunidade para Ahmadinejad jogar seu veneno e Abbas tentar o reconhecimento do Estado Palestino. Obama diz estar com sua agenda cheia. De acordo com a senadora Bachman, ele tem uma entrevista com David Letterman, um encontro com Beyonce e outro com o cantor de Rap Jay-Z. Dá para entender porque ele não tem tempo de se encontrar com Netanyahu.

Obama precisa rearranjar suas prioridades. Há uma grande diferença entre apaziguar alguém que foi ferido por suas ações e apaziguar aqueles que querem sua destruição. Para apaziguar aqueles que odeiam seu modo de vida você precisa mudar seu modo de vida. Se o ocidente quer apaziguar o mundo muçulmano, deve decidir deixar de ser livre. E no século 21, depois de tudo o que alcançamos, acho que não é este o legado que queremos deixar aos nossos filhos.


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Filme anti-islã é usado por radicais em seu jogo político

Para TARIQ RAMADAN, conservadores tentam se impor como guardiões da religião no pós-primavera árabe e pressionar os moderados

MARCELO NINIO
DE JERUSALÉM


Os protestos que varreram o mundo islâmico nos últimos dias foram alimentados por grupos radicais que emergiram da clandestinidade depois do terremoto político causado pelas revoltas da Primavera Árabe.

A análise é do suíço Tariq Ramadan, 50, um dos principais pensadores do islã no Ocidente. Para ele, os protestos evidenciam a disputa pelo papel primordial de guardiões da religião e colocam pressão sobre os islamitas moderados que chegaram ao poder no Egito e na Tunísia.

"É uma contradição extremamente delicada: como se relacionar com o Ocidente de forma crítica e manter a credibilidade religiosa diante de sua população", diz ele.

Mas Ramadan não poupa críticas à política dos EUA para a região, à qual atribui parte do sentimento antiamericano. Uma das maiores contradições, afirma, é que os EUA mantenham como aliadas as "petromonarquias" do golfo Pérsico, que são as principais fontes financeiras e ideológicas dos salafistas.

Leia trechos da entrevista concedida à Folha por telefone, de Paris.


Folha - Por que um filme que poucos viram é capaz de incendiar o mundo islâmico?

Tariq Ramadan - Não é uma surpresa, se lembrarmos da controvérsia das caricaturas [do profeta Maomé] na Dinamarca, em 2005. O problema é que hoje nos países de maioria muçulmana há correntes que usam essa controvérsia com o objetivo de se apresentar como a única e exclusiva corrente islâmica.

Militantes salafistas (islamitas ultraconservadores) empurraram nesse rumo no início dos protestos, no Egito. Depois eles se alastraram para outros países, onde as pessoas nem viram o filme, mas tiveram reação emocional ao desrespeito ao profeta.

Líderes e intelectuais islâmicos têm a responsabilidade de deixar claro que violência não é aceitável e que o islã nos ensina a ser sábios em nossas reações.

Quem são os salafistas? Há coordenação entre eles?

É uma questão importante, porque as revoltas no mundo árabe deflagraram uma disputa entre islamitas na Líbia, na Tunísia e no Egito.

Os salafistas estão tentando competir pela credibilidade religiosa nas sociedades. Há 15 anos, eles rejeitavam o jogo político, dizendo que a democracia não é islâmica.

Mas algo mudou. Tendemos a esquecer, mas isso começou no Afeganistão, quando o Taleban, que estava distante da política, foi usado contra a Rússia pela Arábia Saudita, com o apoio dos EUA. Em oito meses, tornaram-se uma força política.

No Egito, em seis meses vimos grupos que consideram a democracia anti-islâmica criando partidos e ganhando 24% do Parlamento.

Está claro que, embora não seja um só grupo, há conexões. A Rand Corporation publicou um relatório há três meses dizendo que, um pouco antes da eleição no Egito, organizações do Qatar e da Arábia Saudita colocaram US$ 18 milhões (R$ 36 milhões) em grupos salafistas.

Na Tunísia, também houve apoio semelhante. Portanto, esses grupos estão recebendo um empurrão. Supõe-se que todos sejam islamitas e trabalhem juntos com a Irmandade Muçulmana, mas na verdade ocorre o oposto.

O objetivo é criar divisões na tradição islâmica sunita. O mundo islâmico vive uma competição por espaço.

Há um terceiro fator: nesta semana, participei de uma discussão com Paul Wolfowitz [ex-subsecretário de Defesa dos EUA], que tentava explicar que os EUA cometeram um erro ao deixar o Qatar se envolver nas medidas de segurança da Líbia.

Eu respondi que é estranho os EUA dizerem que o Qatar é o aliado errado. Os EUA são aliados das petromonarquias do golfo Pérsico, de onde os salafistas recebem recursos financeiros e ideológicos. É um jogo bastante complexo, que vai muito além de saber se você está com os salafistas ou com o Ocidente. E varia de um país para outro.

Qual o interesse dos EUA em ter aliados que apoiam radicais antiamericanos?

É uma contradição não resolvida e muitas vezes usada pelos EUA. À primeira vista, qualquer tipo de desestabilização nos países muçulmanos é contra os interesses americanos. Mas também justifica sua presença na região, o que significa controle.

Devemos ter uma compreensão mais profunda do que está acontecendo. A instabilidade nesses países não joga só contra os interesses americanos, mas também a favor.

Como os EUA devem lidar com as petromonarquias?

Nada justifica violência e assassinatos, é anti-islâmico. Mas o governo e a sociedade americanas têm que entender que a percepção geral no Oriente Médio é que os EUA só se importam com os seus próprios interesses. Ontem estavam apoiando ditadores e hoje apoiam democracias, mas só para garantir espaço.

A percepção é que os americanos não se importam com o derramamento de sangue nem com a dignidade dos árabes. Adicione-se a isso o apoio unilateral a Israel e a discriminação contra os palestinos. O que esperamos do governo americano é coerência: se falam de democracia, que apoiem todos os democratas, e não só quando lhes for conveniente.

Obama parecia ter ficado do lado certo da história quando apoiou as revoltas árabes, ainda que com atraso. Isso não melhorou a imagem dos EUA?

Há um grande desapontamento com Barack Obama na região. O que ele fez diferente de George W. Bush? Nada. Há seis anos Bush disse que queria democracia no mundo árabe. São só palavras. O que queremos é mais ação.

Mostre-me o que mudou para os palestinos com Obama na Casa Branca: nada. O que mudou para as pessoas que estão em Guantánamo?

Além desses motivos, o sr. concorda que há um sentimento anti-Ocidente enraizado na cultura islâmica?

É verdade, e esse talvez seja o principal motivo da hostilidade. O mundo árabe e os países do sul cultivam um sentimento antiamericano que é composto por grande dose de vitimização.

É claro que há uma tendência no mundo árabe de culpar o Ocidente por tudo e ver os EUA como o demônio. Mas o fato é que a maioria tem percepção negativa. Por isso os EUA têm que fazer um esforço maior para explicar o Ocidente nos países islâmicos.

Governos islamitas moderados, como Egito e Tunísia, terão de escolher entre os papéis de guardiões da democracia ou defensores do islã?

Sim. Estão diante de uma contradição delicada: como se relacionar com o Ocidente de forma crítica e ao mesmo tempo aberta e manter a credibilidade religiosa diante de sua população. É uma situação traiçoeira e um dos desafios do processo democrático.

Os islamitas moderados têm força suficiente para manter esse equilíbrio?

Devem ter o cuidado de não cair na tentação populista de querer ser mais islâmicos que os outros. É preciso propagar a mensagem de que a referência islâmica é manter-se crítico sem ser violento. Não se pode cair na armadilha da divisão entre facções.

No Egito e na Tunísia, a Irmandade Muçulmana diz ter como meta um "Estado civil com referência islâmica". Essa definição não aumenta o espaço para disputas?

Sim, isso precisa ser esclarecido. Essa referência é diferente para moderados e reformistas. Pode ser que algo emerja da experiência política, como na Turquia ou na Malásia. É possível ser democrático com valores islâmicos, como na Turquia.

Mas alguns princípios são inegociáveis, como separação de Poderes, igualdade entre os cidadãos e distinção entre o poder político e o religioso. Ainda é cedo para saber se isso será alcançado.

A emergência de grupos radicais pode desviar a Primavera Árabe para o modelo de islã ultraconservador?

É preciso pôr as coisas em perspectiva e lembrar que milhões se manifestaram de forma pacífica para pedir justiça e democracia, e agora há uma minúscula minoria revoltada contra o que é percebido como insulto ao islã.

Claro, qualquer coisa pode acontecer. Por exemplo, se Israel decidir atacar o Irã, ninguém pode prever qual será a consequência. Mas eu ainda acho que o movimento popular por democracia é mais profundo e amplo do que reações emocionais causadas por um filme. Líderes e intelectuais muçulmanos precisam levantar a voz contra a violência cometida em nome da religião.












quinta-feira, setembro 27, 2012

IBOPE: Um caso de Polícia.








por Chico Terra




São muitos os pedidos deferidos pela Justiça Eleitoral, contra o IBOPE, em todo o país.


Em um rápido levantamento, o blog pode identificar questionamentos da Justiça Eleitoral em relação à lisura dos dados divulgados pelo IBOPE nos estados de Rondônia, Acre, Ceará, Mato Grosso do Sul, Bahia, Pará e Amazonas.


Suspeitas de fraude nos questionários que projetam o segundo turno estariam induzindo a resposta do entrevistado para o favorecimento de determinado candidato.


Em recente decisão do TRE do Acre (semana passada), a juíza da primeira zona eleitoral de Rio Branco, Maha Khouzi Manasfi e Manasfi, considera em sua sentença que o Ibope feriu o princípio da igualdade de disputa ao elaborar questionário para o segundo turno com apenas dois candidatos. “Não é legítimo o Ibope – que não deveria exercer nenhuma parcela de poder – estabelecer previamente quem ficará na disputa ou nomear quem ele ache conveniente permanecer”, disse a juíza.


O fato apontado na maioria dos pedidos de impugnação das pesquisas realizadas pelo IBOPE, é a colocação de apenas dois nomes no cenário do segundo turno, sem testar junto ao eleitor as variações com os demais candidatos que figuram na disputa eleitoral, tirando, assim, a legitimidade do resultado e conduzindo a eleição para um caminho pré-estabelecido para a conveniência de alguém.


“O cenário político-eleitoral, com esta última pesquisa Ibope, mudou drasticamente de rumo, transformando-o numa comédia apática e patética, com forte apelo para um melodrama vespertino digno de canal livre“, criticou a magistrada em sua sentença.


No Acre já é a segunda vez, no pleito deste ano, que a justiça eleitoral põe em cheque a verdade dos dados apresentados pelo IBOPE. A mesma juíza impugnou a pesquisa que seria divulgada em agosto pela afiliada da Rede Globo, alegando “contaminação” dos questionários.


No último sábado (22), a Justiça Eleitoral também emitiu sentença desfavorável ao IBOPE em Porto Velho (Rondônia). A pesquisa que seria divulgada pela TV Rondônia, também afiliada da Rede Globo, foi impugnada. Mais uma vez, o questionário excluía determinado candidato de possível cenário para o segundo turno. Especialista em Direito Eleitoral, Agnaldo Muniz lembra um caso de erro absurdo no resultado de uma eleição em Rondônia, apresentado pelo IBOPE, e que ficou conhecido em todo Brasil. “Particularmente no caso do IBOPE, esse instituto nunca acertou sondagens em nosso Estado e um dos casos célebres foi quando anunciou que o ex-deputado Chagas Neto teria quase 90% das intenções de voto ao Senado, há alguns anos. O candidato ficou na última posição”.


Na manhã de hoje (24), em entrevista ao Jornal 96 com o jornalista Diógenes Dantas, o juiz eleitoral José Dantas (TRE/RN), revelou que uma recente pesquisa divulgada está sendo investigada por apresentar indícios de manipulação do resultado. José Dantas, porém, não revelou o instituto.


CONHEÇA ALGUNS CASOS:


















Fonte: Blog do Chicoterra.com

quarta-feira, setembro 26, 2012

E se Jesus voltasse à Terra?
















por LEE SIEGEL (para o Estadão em 23/09/2012)

NOVA JERSEY - Seria Jesus casado? Na última terça-feira, uma pesquisadora da Harvard Divinity School sugeriu, numa conferência em Roma, que ele poderia ter sido. Ela apresentou um fragmento de folha de papiro do século 4º no qual de distinguiam as palavras: "Jesus disse a eles, ‘Minha esposa...’" Outra frase parece dizer, "ela poderá ser minha discípula". A maioria dos especialistas concorda em que os fragmentos, escritos em copta, são autênticos.

Estudiosos continuarão debatendo o significado dessas palavras por muito tempo, esforçando-se para entender a questão principal, que é, se Jesus era casado, por que nenhum Evangelho menciona o fato? Noite passada, na televisão, ouvi mais de um comentarista dizer que gostaria que Jesus estivesse vivo para poder nos responder. Isso me pareceu uma ideia interessante, mais interessante até, talvez, que a disputa sobre a sua condição matrimonial.

O que ocorreria se Jesus voltasse à Terra? Não posso falar do Brasil, ou de algum outro lugar, mas creio ter uma ideia do que ocorreria se Jesus surgisse repentinamente nos Estados Unidos. Haveria o assombro, é claro, e um grande afloramento de emoções, êxtases e lágrimas. Depois, a realidade se imporia.

Primeiro, Jesus teria de encontrar um cume de montanha de onde falar aos cristãos e a todas as outras pessoas que desejassem vê-lo e ouvi-lo. Mas que montanha seria? As mais belas estão nos parques nacionais dos Estados Unidos, e elas estariam fora de questão porque as leis regulamentam a quantidade de pessoas que se pode congregar num parque nacional. Vários Estados se ofereceriam então para o uso de montes pitorescos locais. Os Estados começariam a se digladiar. O governo federal se intrometeria. E haveria um debate sobre os limites do poder federal em relação ao estadual.

Nesse ínterim, vários eventos momentosos teriam ocorrido com o objetivo de desviar a atenção das pessoas da ocasião extraordinária do surgimento de Jesus. A estrela de reality shows Kim Kardashian anunciaria que está grávida de trigêmeos, resultado de uma anunciação milagrosa. Donald Trump renomearia seu império de "Christ Properties". A Apple lançaria o iPodEternity. Liberais temeriam o potencial de Jesus como ditador. E conservadores, seu potencial como revolucionário. A classe média rogaria para ele diminuir os impostos.

Como o novo ambiente lhe seriam totalmente estranho, Jesus teria de contratar alguns assessores. Essas pessoas imediatamente o aconselhariam a se manter a par da transformação vertiginosa dos fatos abrindo uma conta no Twitter. Infelizmente, em função das limitações da forma, Jesus teria de se expressar em estilo radicalmente sucinto:

"Busca, Encontra, Saiba - Alcance!

Faz para outros; Eles você. PSI! (Para sua informação)

Sem pecado? Atire pedra. Depois veja!!!!

Camelos passam mais fácil que ricos. EQA! (Espera que ajuda.)"

E assim por diante.

Depois de criar uma conta no Twitter, o filho de Deus simplesmente teria de marcar presença no Facebook. Mas que imagem ele deveria usar na sua home page? Uma bonita foto da cabeça? De frente ou de perfil? A representação de um artista (de Leonardo, talvez?) da Santa Ceia? Mas a ideia toda de uma última ceia poderia afastar algumas pessoas por ser demasiado lúgubre. Talvez um belo pôr do sol apenas. E quanto aos seus seguidores? E se ocorresse de Lady Gaga ter mais seguidores?

Bem, uma vez resolvido o dilema do Facebook, Jesus teria de se preparar para as inevitáveis visitas a talk shows. No novo canal a cabo de Oprah, ele teria de discutir experiências extracorporais. No programa de Martha Stewart, contaria aos espectadores sobre a sua receita para pães e peixes instantâneos. No programa de Stephen Colbert, deixaria Colbert provocá-lo por ter um "complexo de Jesus".

Depois disso, os novos assessores de Jesus dariam um jeito para ele fazer um "tour de milagres". Conseguir patrocinadores não seria problema. Mas seria preciso decidir que milagres produzir. Jesus teria de ter o cuidado de não ofender ninguém. Por exemplo, ressuscitar pessoas. Quem ele ressuscitaria? Ele não poderia mostrar favoritismo ressuscitando uma pessoa branca, mas não uma negra. Para não mencionar outras cores. E se ressuscitasse uma de cada, seria um homem ou uma mulher? Jovem ou velho? Rico ou pobre? Logo ele teria de ressuscitar todo o mundo. Aí ele teria de conseguir emprego para todos.

Após dezenas de ofertas para fazer de tudo, de concorrer à Presidência e servir de juiz em American Idol, a dirigir Sean Penn em A Vida de Jesus, Jesus se retiraria para o deserto e nunca mais seria visto, esperando e orando para a sua ausência tornar as pessoas melhores e mais sérias do que sua presença.


Fonte: sergyovitro.blogspot.com.br/ Pletz

Democratas Novamente Usam de Falsidade Sobre Israel.



por Daniel Pipes
National Review Online
11 de Setembro de 2012


Original em inglês: Democrats Fib Again about Israel
Tradução: Joseph Skilnik






Na semana passada houve uma controvérsia sobre Jerusalém na Convenção Nacional Democrata que, vista no contexto de incidentes semelhantes, propicia um insight importante quanto ao distanciamento velado do partido em relação a Israel.

O artigo apareceu em 4 de setembro, quando o Washington Free Beacon informou que "Jerusalém não constava" da plataforma do Partido Democrata de 2012. O fato virou notícia porque desde que se tornou lei nos Estados Unidos em 1995 que "Jerusalém deve ser reconhecida como a capital do Estado de Israel", cada plataforma dos dois maiores partidos dos EUA reitera esta afirmação. Por exemplo, no ano corrente a plataforma republicana, refere-se a "Israel com Jerusalém como a sua capital."

As reações ao silêncio dos democratas vieram de imediato: Jennifer Rubin do Washington Post chamou-a de "a declaração política mais radicalmente invalidante em relação a Israel feita por um partido importante desde a criação do Estado de Israel". Nathan Diament do Orthodox Union (judaico) classificou-a de "extremamente decepcionante". Paul Ryan classificou a omissão de "trágica". Mitt Romney (que recentemente referiu-se a "Jerusalém, a capital de Israel" quando estava em Jerusalém) lamenta que todo o Partido Democrata abraçou a "vergonhosa recusa de Obama em reconhecer que Jerusalém é a capital de Israel".

Os democratas não agiram com menos rapidez. No dia seguinte, 5 de setembro, os representantes presentes na Convenção Nacional Democrata foram informados que o "Presidente Obama reconhece Jerusalém como a capital de Israel e a plataforma do nosso partido também deverá fazê-lo". O prefeito de Los Angeles Antonio Villaraigosapediu que votassem oralmente, para que aprovassem por 2 a 1 uma emenda à plataforma nesse sentido, bem como outra emenda.




Helen T. McFadden, parlamentar da DNC orienta Villaraigosa, "Você tem que moderar e em seguida você deve deixá-los fazer o que eles bem entenderem". Na hora dele começar a falar, ela repete a ordem: "Conduza!"




Então, no único momento improvisado da convenção, o "não" ressoou tão alto, senão mais alto que o "sim". Villaraigosa com um olhar perplexo pediu uma segunda votação oral e obteve o mesmo resultado. Aparentando indecisão sobre o que fazer, a parlamentar Helen T. McFadden aproximou-se e orientou-o "Você tem que moderar e em seguida você deve deixá-los fazer o que eles bem entenderem". Obedecendo, pediu a terceira votação. Novamente, o "não" no mínimo correspondeu ao "sim". Desta vez Villaraigosa leu as instruções doteleprompter e declarou que "na opinião da presidência, tendo dois terços votado afirmativamente, a moção será adotada". Trapaceados, os representantes anti-Israel vaiaram. 



O teleprompter da DNC continha a frase "na opinião da presidência, dois terços tendo votado afirmativamente …" significando que, apesar da votação oral real, o presidente da convenção recebeu instruções para incluir Jerusalém na plataforma do partido.



Alan Dershowitz de Harvard as vaias como vindas de "elementos desonestos". O Senador. Charles Schumer(Partido Democrata de Nova Iorque) declarou que "todo mundo sabe" que a "maioria esmagadora" dos Democratas é a favor de Jerusalém como capital indivisa de Israel. Já o ativista anti-Israel James Zogby declarou vitória para o seu lado: "Quando ouço todas as vaias… significa que não estamos mais isolados à margem da política americana". Qual interpretação está correta?

Nenhuma das duas. Dershowitz e Schumer estão errados em negar que forças anti-Israel estão ganhando terreno em um partido crescentemente cordial aos islamistas e vangloriar-se de um presidente cuja compreensão do Oriente Médio é, conforme coloca o National Review, "mais para Edward Said do que para Bernard Lewis." O fato é que os representantes do partido estão divididos equitativamente em relação a Jerusalém como capital de Israel. Só que, contrário a Zogby, o fato de Obama ter que intervir pessoalmente e mudar a plataforma sinaliza o quão amplo o público americano apóia Israel e que a frieza em relação a Israel causa desgaste nas eleições nacionais. Vaias contra Israel vindas de representantes do Partido Democrata atingirão negativamente os eleitores, efetivamente, a campanha de Romney planeja reapresentar o incidente – que o New York Suncorretamente chama de "a matéria que define a convenção [Democrata]" – nos anúncios de campanha.




A atitude normal e moral seria a parlamentar McFadden fazer com que Villaraigosa declarasse a emenda rejeitada e não ordenar que ele errasse na contagem dos representantes e atropelasse em favor da emenda pró Israel. Lamentavelmente, a exibição pública de fraude se encaixa em um padrão mais amplo de duplicidade do Partido Democrata vis-à-vis Israel. Pense nos três itens a seguir:


A Presidente do Comitê Nacional DemocrataDebbie Wasserman Schultz acusou na última semana o Washington Examiner de "deliberadamente" distorcer suas palavras sobre o embaixador de Israel ter dito que os republicanos são "perigosos para Israel", na realidade, ela mentiu duas vezes – inventando a declaração do embaixador e em seguida negando o que ela tinha dito sobre ele.
O vídeo do Conselho Democrático Nacional Judaico, "O Que os Israelenses Acham De Obama"? na realidade falsificou declarações anti Obama atribuídas aos israelenses, transformando-as em pró Obama.
No ano passado a Casa Branca colocou uma nova rotulagem nas legendas das fotos para retirar o uso de uma frase ofensiva, a saber "Jerusalém, Israel".

Os democratas fazem de conta que são pró Israel (por motivos eleitorais) ainda que estejam mais frios em relação ao estado judeu (por motivos ideológicos). As distorções estão se tornando cada vez mais ineficazes, grosseiras e sórdidas.


Debbie Wasserman Schultz, flagrada duas vezes na semana passada fazendo armações sobre o tópico Israel.


Fonte: Lista de Correio de Daniel Pipes.

terça-feira, setembro 25, 2012














O apocalipse aconteceu há pouco. Mas, nós nem soubemos!.







Não é piada. Pretende ser algo muito sério. A ONG Global Footprint Network – GFN anunciou que no dia 22 de agosto a humanidade acabou de consumir todos os recursos naturais que o planeta é capaz de produzir num ano.

Essa data fatídica, estipulada a partir de cômodos escritórios governamentais e de saborosos restaurantes pagos pelos impostos dos cidadãos, foi levada muito a sério pelo jet-set ambientalista.

O dia foi batizado de “Global Overshoot Day”, ou o “Dia da ultrapassagem”.

O ex-frei Leonardo Boff, que de teólogo pró-marxista passou sem renegar seu passado a teólogo do extremismo verde, tem explorado essa data até em discursos na ONU.


O ex-frei Leonardo Boff, teólogo do panteísmo verde, 
deu a "catastrófica" notícia em discurso 
no Dia da Terra na ONU


Se o leitor acha isto por demais histriônico, contrário à realidade que entra pelos olhos no dia-a-dia, prepare-se porque ainda tem mais.

A claque “verde” rasgou as vestiduras diante daquilo que o pretensamente sério diário socialista parisiense “Le Monde” qualificou de “má notícia para o planeta”.

O catastrofismo do GFN e dos que dizem acreditar em seus prognósticos acrescenta outro elemento indutor ao pânico: o “dia da ultrapassagem” está acontecendo cada vez mais cedo.

Se em 2012 ele aconteceu 36 dias antes que em 2011, em 2005 os limites teriam estourado em 20 de outubro, e em 2000, em 1º de novembro.

Neste ritmo não falta muito para não se poder nem mesmo começar o ano, pois não haveria disponibilidade de recursos alimentares, energéticos e outros, básicos para a subsistência do planeta.

O disparate é demais, mas tem suas arapucas para pôr no ridículo a quem não está advertido sobre as artimanhas do ambientalismo.

Na primeira embromação, os especialistas da ONG esclarecem que não é que a Terra parou de produzir – basta olhar o prato todos os dias.

Eles acrescentam que seus sábios cálculos apontam que no ritmo atual de consumo, não poderíamos estar consumindo mais do que consumimos até 22 de agosto.



Todo o que consumimos desde essa data em diante é mediante crédito: “nós estamos vivendo a crédito até o fim do ano”, explica “Le Monde”, e essa dívida mais cedo ou mais tarde tornar-se-á impagável e o planeta parará.
Fiéis ao dirigismo totalitário verde, os peritos do GFN calcularam todos recursos da Terra, compararam a capacidade de produção de cada hectare e o consumo dos cidadãos. Na balança, incluíram o lixo gerado.

Mathis Wackerngel,fundador da ONG Global 
Footprint Network - GFN
O resultado desse cálculo cerebrino é que, segundo Mathis Wackerngel, fundador do grupo GFN, “um déficit ecológico está se abrindo de maneira exponencial há 50 anos”.


O lama Gangchen Rinpoche, mestre tântrico e curandeiro do Tibete, comemora a teoria que 
justificaria o niilismo de sua religião negadora de tudo quanto existe. 
Foto e artigo no site da Global Footprint Network
O GFN tenta pôr em termos compreensíveis essa construção descolada da realidade, dizendo que uma só Terra já não basta para atender às necessidades atuais da humanidade e absorver o lixo que ela produz.

No momento atual, seriam necessárias uma Terra e meia para satisfazer aos homens.

Mas, como é que a humanidade continua vivendo e progredindo? Não faça essa pergunta, pois ela é reveladora de mentalidade retrógrada, ecologicamente incorreta, sem sensibilidade ambiental, e, pior que tudo, capitalista.






Pois é na diatribe anticapitalista e antiocidental que vai dar esse bicho de sete cabeças.

A lista de culpados de “consumismo” é encabeçada pelo Qatar, o Kuwait e os Emirados Árabes Unidos. Seria preciso cinco planetas, segundo o delirante cálculo, só para absorver a produção de C02 do Qatar.

Dos 149 países analisados segundo estes critérios enviesados, há 60 que são réus. Não é preciso dizê-lo: trata-se dos países industrializados onde ainda vigoram a propriedade privada e a livre iniciativa.

E a China, a maior poluidora mundial?

Na hora de falar dela, o relatório do GFN abunda em comiserações e condescendências: no fim das escusas, Pequim acaba fora do número dos réus.

O relatório do GFN foi realizado com o contributo de um dos movimentos mais militantemente contrários à civilização ocidental: a World Wildlife Foundation – WWF. Esta outra ONG acrescenta mais estatísticas e considerações apocalípticas afins com o seu objetivo ideológico anticivilizatório.

E se o leitor achar que talvez com algumas concessões em matéria de gastos de matérias primas ou energia – que sob certos pontos de vista são excessivos – poder-se-ia impedir o Apocalipse aqui profetizado, pode ‘tirar o cavalo da chuva’.


Pelo rebuscado, porém esdruxulo cálculo, seriam precisos cinco planetas para os homens viverem 
no nível de vida dos americanos. Leia-se: não sonhemos mais em progredir nem melhorar


Para Mathis Wackerngel, fundador do grupo GFN, nem a austeridade nem o desenvolvimento poderão evitar a queda final do sistema que ordena o mundo atual. 
A Terra, diz ele, ficou sem regeneração e por causa disso a economia descambará em qualquer hipótese. O cataclismo final, segundo ele, ocorrerá infalivelmente, seja de um modo planificado ou por desastre inevitável.

A sabedoria resolveria estes e muitos outros problemas, mas quando ela não existe nos espíritos, os profetas da irracionalidade não só pregam absurdos como trabalham com poderosos apoios para que eles se tornem uma sinistra realidade.



Fonte:IPCO


YOM KIPUR, o dia do Perdão.




Após o pecado do bezerro de ouro, Moshê (Moisés) rezou e, no dia dez do mês hebraico de Tishrei, D'us concedeu pleno perdão ao povo judeu.

Yom Kipur é o Dia da Expiação, sobre o qual declara a Torá: "No décimo dia do sétimo mês afligirás tua alma e não trabalharás, pois neste dia, a expiação será feita para te purificar; perante D'us serás purificado de todos teus pecados."

Esclarecendo a natureza de Yom Kipur, o Rambam escreve: "É o dia de arrependimento para todos, para o indivíduo e para a comunidade; é o tempo do perdão para Israel. Por isso todos são obrigados a se arrepender e a confessar os erros em Yom Kipur."

A expiação obtida através de Yom Kipur é muito mais elevada que aquela conseguida através do arrependimento, pois neste dia os judeus e D'us são apenas um. O judeu une-se com D'us para revelar um vínculo intocável pelo pecado, sem obstáculos.

Teshuvá, o retorno do judeu ao bom caminho, não está restrito apenas a Yom Kipur. Há muitas outras épocas que são propícias para que isto ocorra, e na verdade, um judeu pode, e deve, ficar em estado de reflexão, alerta e arrependimento todos os dias do ano.

A obtenção do perdão

Os Rabis afirmam que a pessoa deve primeiro arrepender-se, e então obterá a expiação especial de Yom Kipur (que é infinitamente mais elevada que aquela conseguida apenas pela teshuvá).

Mas como Yom Kipur consegue isto? A expiação não é meramente a remissão da punição pelo pecado; significa também que a alma de um judeu é purificada das máculas causadas pelo pecado. Além disso, não apenas nenhuma impressão das transgressões permanece, como as transgressões são transformadas em méritos.

Que isto possa ser atingido através de teshuvá é compreensível; um judeu sente genuíno remorso pelas falhas cometidas erradicando o prazer que extraiu dos pecados.

Sua alma é então purificada. O próprio pecado deve ser visualizado como uma contribuição ao processo de teshuvá.

Uma transgressão separa a pessoa de D'us. O sentimento de ser afastado de D'us age como um lembrete para o retorno, para estabelecer um vínculo mais intenso com o Criador. O que é a expiação obtida através de Yom Kipur? Se a expiação significa apenas a remissão da punição, seria compreensível que "o próprio dia" pudesse abolir a punição que de outra forma seria devida pelos pecados de alguém através do ano.

Mas a expiação, como dizemos, significa também a purificação das manchas da alma. Como pode "o próprio dia," sem a força transformadora de teshuvá, atingir este ponto?

Três níveis no vínculo de um judeu com D'us

O pecado afeta o vínculo de um judeu com D'us, e há três diferentes níveis neste vínculo:

1 – O relacionamento estabelecido por um judeu através do cumprimento das mitsvot: a aceitação do jugo celestial por parte do judeu e sua prontidão em seguir as diretivas de D'us estabelecem um vínculo entre ele próprio e D'us. 

2 – Uma conexão íntima, mais profunda que a primeira. Como este vínculo transcende aquele forjado pela aquiescência com a vontade de D'us, permanece válido mesmo quando alguém transgride aquela vontade e por causa disso prejudica o primeiro nível do relacionamento, que a teshuvá tem o poder de purificar as manchas na alma, causadas pelo pecado – o que enfraqueceu o nível inferior da conexão. 

3 – O vínculo unindo a essência de um judeu com a Essência de D'us. Isto não é restrito a nenhum vínculo, e transcende toda a expressão humana. Ao contrário dos dois anteriores, este relacionamento não pode ser produzido pelo serviço do homem a D'us, mesmo o serviço de teshuvá, pois as ações do homem, não importa quão elevadas, são inerentemente limitadas. Pelo contrário, este é um vínculo intrínseco à alma judaica, que é "uma parte do D'us acima" – e neste nível, o judeu e D'us são completamente um só. Como este vínculo transcende todos os limites, não pode ser afetado pelas ações do homem. Assim como não pode ser produzido pelo serviço do homem a D'us, da mesma forma não pode ser prejudicado pela omissão do serviço ou através do pecado. Pecados e máculas não podem tocar este nível.

A unidade entre o judeu e D'us

Em Yom Kipur, este vínculo entre a essência de um judeu e a Essência de D'us revela-se em cada judeu – e por isso todas as manchas em sua alma causadas pelos pecados são automaticamente removidas.

Esta é a diferença entre a expiação de Yom Kipur e aquela de qualquer outra época. Na última, o pecado causa manchas na alma, e por isso a pessoa deve trabalhar ativamente para conseguir a expiação – arrependendo-se, o que produz um relacionamento mais profundo entre o homem e D'us. A maior expiação de Yom Kipur, entretanto, vem com a revelação de um vínculo tão elevado que, em primeiro lugar, nenhuma mancha pode ocorrer.

Este conceito é expresso no serviço de Yom Kipur do Cohen gadol, o Sumo Sacerdote, que representava todo o judaísmo. Um dos momentos mais importantes daquele serviço era sua entrada no Santo dos Santos, sobre o qual a Torá diz: "Nenhum homem deve estar no Ohel Moed quando ele entra para fazer expiação." O Talmud comenta que isto se refere até mesmo aos anjos. Ninguém, homem ou anjo, poderia ficar no Santo dos Santos naquela hora, pois o serviço de Yom Kipur é a revelação da unidade essencial entre os judeus e seu Criador. Apenas o judeu e D'us estão lá – sozinhos.

Revelação da essência do judeu. 

Tal revelação é possível não apenas no Templo Sagrado, através do Cohen Gadol, mas para todo judeu em suas preces de Yom Kipur. Este é o único dia do ano que tem cinco serviços de prece, correspondendo aos cinco níveis da alma. Na última prece do serviço, Ne'ilah, o quinto e mais elevado nível da alma é revelado, um nível que é a quintessência da alma. "Ne'ilah" significa "trancar", indicando que naquela hora os judeus estão trancados sozinhos com D'us. A essência de um judeu é mesclada e unida à essência de D'us.

Yom Kipur, então, é um dia no qual não existem fatores externos, quando apenas a essência do judeu espalha seu brilho.

Teshuvá pode erradicar o pecado e as manchas na alma; Yom Kipur transcende inteiramente o conceito de pecado e arrependimento – e por isso traz uma expiação mais elevada que em qualquer outra época. 

 Fonte: chabad.org.br.