segunda-feira, novembro 30, 2015

ISIS é Hamas e Hamas é ISIS.





por Bruno Lima(*)




A ministra das Relações Exteriores da Suécia, Margot Wallström, causou indignação em Israel na semana passada. Em declaração à televisão pública, a ministra associou os ataques terroristas em Paris cometidos pelo Estado Islâmico (ISIS ou Daesh) ao conflito entre israelenses e palestinos.

Sem dúvida, Wallström cometeu um grave erro ao vincular os ataques de Paris à situação dos palestinos. O problema é que ela não foi a primeira a apontar elementos comuns no terrorismo palestino e no jihadismo do ISIS – a diplomacia civil israelense traça esse paralelo há algum tempo.

O que exatamente Wallström disse?

Quando perguntada se estava preocupada com a radicalização dos jovens suecos que lutam pelo ISIS, Wallström respondeu: “[Nós] obviamente temos razões para estarmos preocupados, não apenas na Suécia, mas em todo o mundo, porque muitos estão sendo radicalizados. Aqui, mais uma vez, nos defrontamos com situações como [as que vemos no] Oriente Médio, onde palestinos não veem um futuro. [Nesse caso] deve-se aceitar a desesperadora situação ou recorrer à violência”.

Não tardou para que políticos israelenses interpretassem a declaração como uma sugestão de que Israel é o culpado pelos ataques de Paris. O ex-ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, classificou as observações de Wallström como “um ato ofensivo, cínico e hipócrita que nos remete as memórias do comportamento da Suécia durante a Segunda Guerra Mundial”. A vice-chanceler, Tzipi Hotovely, afirmou que Wallström demonstrou “não apenas cegueira sobre a realidade, mas também uma maldade inacreditável”. Emanuel Naasson, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, chamou os comentários de Wallström “chocantes por sua chutzpah (falta de educação)” e disse que a Suécia exibiu novamente “genuina hostilidade” em relação a Israel. O Ministério das Relações Exteriores em Jerusalém convocou seu embaixador na Suécia para esclarecimentos.

Wallström não vinculou, especificamente, os ataques de Paris a Israel. Ainda assim, a relação que estabeleceu entre as origens do ISIS e o sofrimento dos palestinos foi suficiente para provocar a indignação. Nesse sentido, a crucificação da ministra sueca é cabível – ela sabia quais seriam as implicações do paralelo que estava traçando.

No entanto, deve-se admitir que não foi Margot Wallström quem inventou a equação ISIS = palestinos. Horas após a tragédia em Paris, Benjamin Netanyahu escreveu em sua página do Facebook: “Em Israel, como na França, o terrorismo é terrorismo, e sua motivação é o Islã radical e um desejo por destruição”. A ministra da Cultura, Miri Regev, postou uma imagem que dizia: “Paris 13/11, New York 11/09, Israel 24/7”.

Essas não foram as primeiras comparações entre o terror palestino e o ISIS. Em discurso à Assembléia Geral da ONU em 2014, Netanyahu declarou: “ISIS e Hamas são ramos da mesma árvore venenosa … Hamas é ISIS e ISIS é Hamas”.

Há anos, a diplomacia israelense tenta impor essa mentalidade de que o Estado Islâmico e os grupos terroristas palestinos são “farinha do mesmo saco”, o que é, de certa forma, uma verdade. No entanto, como bem sabemos, há uma grande abismo entre o fato e a retórica que construímos sobre dele. O grave erro diplomático cometido pela ministra sueca é apenas uma demonstração, carregada de má fé, de que a correta e bem intencionada lógica “Hamas = ISIS” pode conduzir a incorretas e provocativas interpretações da realidade.

O ponto é que apesar das ínumeras semelhanças entre o fanatismo e a crueldade dos grupos terroristas palestinos e o ISIS, é praticamente impossível vender essa retórica comparativa. É impossível pois ela pressupõe que o julgamento que o ocidente faz do ISIS utiliza os mesmos critérios para julgar o Hamas ou a Jihad Islâmica. Sabemos que há no mundo uma assimetria moral e devemos lidar com ela, ao invés de agir como se ela não existisse. O fato é que, concordemos ou não, muitos no ocidente acreditam que o governo de Israel tem uma parcela de culpa no terrorismo palestino. É, portanto, razoável que a equação “ISIS = Hamas” os conduza a pensar que Israel é também parcialmente responsável pelas atrocidades cometidas pelo ISIS. Infelizmente para Israel, essa é apenas uma derivação lógica da equação.

É também absolutamente compreensível que políticos israelenses busquem incessantemente vincular o ISIS ao terror palestino, afinal o Estado Islâmico é uma organização assassina que escraviza mulheres e não possui qualquer legitimidade internacional. O problema é que o ocidente não enxerga jovens palestinos de 15 anos armados com chaves de fenda e talheres da mesma forma que enxerga a crueldade do ISIS. Um crescente número, aliás, é capaz de encontrar justificativa nas ações dos jovens palestinos.

Dessa forma, é plausível que afirmações como “não somos culpados pelo terror cometidos contra nós, assim como os franceses não são culpados pelo terror cometidos contra eles” criem, em termos retóricos (e apenas em termos retóricos), associações entre Israel e ISIS.

Convenhamos. É o cúmulo da ingenuidade acreditar que os antissemitas de plantão não farão [mau] uso dessa lógica para vincular Israel ao wahabbismo do ISIS. Não se pode comparar o terror palestino com o ISIS e esperar que eles não coloquem Israel como responsável pelos dois. Não se pode dizer continuamente que “Hamas é ISIS” sem esperar que outros dêem o próximo passo e vinculem o Estado Islâmico à causa palestina. É uma ligação absurda e sem fundamento, sem dúvida. Mas ela é razoável para alguém que pensa que “ISIS é Hamas e Hamas é ISIS”.

O jogo retórico é perverso. Devemos sempre estar um passo à frente daqueles que estão dispostos a nos aniquilar. Para isso não podemos jamais subestimar a malévola imaginação do inimigo. Basta uma mente com um nível de sofisticação um pouco acima da média para que um argumento que tinha tudo para dar certo torne-se um ataque massivo a ser defendido. Por isso, não se espante quando as redes sociais forem inundadas por imagens, vídeos e textos vinculando Israel ao ISIS – esse é apenas um desdobramento mal intencionado de uma retórica mal elaborada. Não digam que eu não avisei.

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O texto acima constitui um “diálogo intelectual” com o artigo de Asher Schechter publicado no dia 18 de Novembro no diário online Haaretz.

(*) Bruno Lima é brasileiro e vive em Israel desde 2008. É graduado e mestre em Ciência Política pela Universidade Hebraica de Jerusalém. Formado também em Sociologia & Antropologia, se interessa por filosofia, cultura israelense e psicologia

Fonte: www.conexaoisrael.org/

domingo, novembro 29, 2015

Muçulmanos espancam homem por ele ter se convertido a Cristo.


















Noticias gospel – O jornal inglês Daily Mail publicou um vídeo onde um homem é brutalmente espancado por muçulmanos na rua da Inglaterra devido ele ter deixado o islamismo e ter se convertido ao cristianismo.


Nissar Hussain, que tem seis filhos com idades entre 7 e 23 anos, foi hospitalizado com fraturas no joelho esquerdo e também quebraduras nas mãos após dois homens encapuzados saltaram de um carro que passava e repetidamente ataca-lo com uma alça picareta em Bradford, West Yorkshire, onde ele mora.


A conversão a outra religião é considerado no Islã como apostasia e é punível com a morte segundo a lei Sharia.


Hussain, 49 anos, convertido em 1996, mas teve de protegido pelas autoridades contra ataques muçulmanos desde que ele e sua família apareceram em um documentário de televisão, há sete anos que incidiu sobre a intolerância islâmica em relação convertidos.


Ele, sua esposa e seus filhos já tiveram de mudar de casa uma vez para escapar retaliação de muçulmanos com raiva que a família havia deixado a fé.


Ele disse: “A comunidade muçulmana são pessoas decentes em grande parte, mas por causa do tabu de se converter ao cristianismo que são classificados por eles como apostasia e traição e cidadãos de segunda classe”. De acordo com Hussain ao longo dos anos ele e sua família foram subjugados e despojado de qualquer dignidade pela comunidade islâmica.




“Nossas vidas foi comprometida e subjugada só porque aceitamos a Cristo, fomos forçados a viver sob um clima de medo, está não é a Inglaterra. Eu cresci em um país livre onde prezamos pelos valores britânicos e do Estado de direito britânico.”

O ataque aconteceu em Manningham, um subúrbio de Bradford. Descrevendo o que aconteceu a partir da enfermaria onde ele está se recuperando em Bradford Royal Infirmary, ele disse: “Eu estava andando na estrada e de repente um carro parou onde dois rapazes saíram para fora e imediatamente vi a picareta punho. Eles passaram a me bater na cabeça e então naturalmente eu levantei meu braço para me proteger e o golpe acertou minha mão. Eles começaram a me esmurrar com o punho picareta, chovendo golpes em minha parte superior do corpo e, em seguida, movendo-se para as minhas pernas. Foi então que senti meu joelho explodir, felizmente um dos meus vizinhos me socorreu, mais os bandidos fugiram. A única coisa que passou pela minha mente foi que eu precisava se manter vivo, e para isso eu precisava proteger minha cabeça”.

Hussain já esta bem e a polícia da Inglaterra está a procura dos bandidos.

Eis as imagens do espancamento:



sábado, novembro 28, 2015

A diferença entre muçulmanos que adoram a morte e os que apoiam uma forma pacífica do Islã.









Título Original: Uma Resposta a Bernard-Henri Lévy*

por Leslie S. Lebl,






Em 16 de novembro de 2015, o intelectual público francês Bernard-Henri Lévy publicou um comentário no qual ele exorta o Ocidente a reconhecer que está em guerra e deve chamar as coisas pelos seus nomes corretos. Em seguida, ele argumenta que nós devemos combater a jihad islâmica compreendendo a diferença entre aqueles muçulmanos que adoram a morte e os que apoiam uma forma pacífica, tolerante do Islam.

É difícil brigar com este conceito, especialmente quando nos lembramos que, de longe, o maior número de pessoas que morreram combatendo vários grupos jihadistas foi de muçulmanos. Mas, como em tantos outros casos, "o diabo está nos detalhes." O argumento de Lévy deixa de reconhecer ou de compreender alguns dos "detalhes".

Distinguir muçulmanos "moderados" dos muçulmanos "radicais" parece fácil, até você tentar fazer isso. Por exemplo, Lévy inclui o ex-presidente bósnio Alija Izetbegoviæ entre os moderados. No entanto, a famosa Declaração Islâmica de Izetbegoviæ (1970) apresenta uma visão do triunfo Islâmico completamente consistente com a meta islâmica de impor a lei islâmica tradicional, ou sharia, nos países ocidentais. Ele argumenta que os muçulmanos que vivem em um país de maioria não-muçulmana devem jogar pelas regras desse país, até que eles estejam fortes o suficiente para derrubar o sistema e instalar um governo islâmico. A Declaração foi descartada como uma insensatez de jovem, contudo Izetbegoviæ a distribuiu às tropas bósnias durante a guerra de 1990, sugerindo que isso ainda refletia seu pensamento – bem como tomou outras iniciativas promovendo o islamismo e a jihad enquanto estava no cargo [i].

Inúmeras pessoas, incluindo Adolf Hitler, perceberam semelhanças entre o Islam e o nazismo, mas isso não ajuda na acusação de que o nazismo é uma forma de islamismo, assim como Lévy, ao citar o poeta, dramaturgo e diplomata francês Paul Claudel, um católico bem conhecido na época. Isso banaliza o nazismo como apenas outra forma de islamismo.

De uma perspectiva histórica, este é um argumento extremamente difícil de colocar, tendo em conta todas as outras fontes do nazismo muito mais perto de casa. Também não ajuda promover a compreensão no mundo de hoje, onde a palavra "fascismo" é lançada com naturalidade. Aplicá-la aos grupos terroristas que atacam o Ocidente contribui pouco para focar o nosso pensamento. Nem a explicação de Levy aborda o fato muito mais urgente e doloroso que o islamismo tem, desde a Segunda Guerra Mundial, que envenenou o mundo muçulmano com o seu ódio genocida aos judeus, ao Estado judeu de Israel e ao modo de vida ocidental.

Hoje, traduções árabes de Mein Kampf e dos Protocolos dos Sábios de Sião estão disponíveis em praticamente qualquer livraria, e histórias como as contada por Robert Satloff de árabes salvando judeus durante a Segunda Guerra Mundial parecem irremediavelmente remotas. [Ii] Sim, os árabes do Oriente Médio podem argumentar que eles não tiveram nada a ver com o Holocausto, mas não podem proclamar ao mesmo tempo sua admiração pelo nazismo enquanto reivindicam superioridade moral.

Lévy também está errado quando afirma que "a verdadeira origem desta inundação de horror" é o Estado islâmico. O Estado islâmico pode ter realizado os ataques mais recentes, e ser a nossa maior ameaça agora, mas ele só está seguindo a tradição bem estabelecida de outros grupos como Al Qaeda e do GIS argelino (1). Nem é o grupo mais sangrento ou mais assassino de hoje: essa honra pertence mais ao Boko Haram.

O problema não é o grupo, mas a ideologia, que todas estas organizações terroristas compartilham com os chamados grupos islâmicos "não violentos" como a Irmandade Muçulmana, a quem Lévy parece ignorar. Todos eles querem estabelecer um califado global sob a sharia, mas os grupos "não-violentos" acreditam que é mais fácil e mais eficaz fazê-lo sem violência. O ex-presidente dos EUA, George W. Bush estava de fato errado ao declarar uma "Guerra ao Terror", quando o que ameaça o Ocidente não é uma tática, mas uma ideologia. Banir pregadores do ódio é bom, mas vai-se conseguir pouco enquanto grupos como a Irmandade, posando como amigos da democracia, leis e valores ocidentais, de fato atuam como uma quinta coluna (como fizeram grupos nazistas, como Lévy observa).

Os recentes acontecimentos no Egito, Líbia e em outros lugares têm revelado a verdadeira face da Irmandade, mas Lévy parece ignorar estas revelações. Infelizmente, porém, a presença da Irmandade em todas as comunidades muçulmanas ocidentais, e sua capacidade de envenenar o Islam tradicional, torna o problema de isolar nossos verdadeiros inimigos muito mais difícil do que imagina Lévy.

Notas de rodapé:

[i] Para mais detalhes, consulte Leslie S. Lebl, islamismo e Segurança na Bósnia-Herzegovina, Instituto de Estudos Estratégicos, em maio de 2014, pp. 20-26.

[ii] Robert Satloff, entre os justos: Histórias perdida do Holocausto de Long Reach em terras árabes (New York: Public Affairs, 2006).

(1) GIS Groupe dIntervention Spécial , força especial de elite contra-terrorista atuou contra diversos grupos terroristas islâmicos na Guerra da Argélia da década de 90.

Tradução: William Uchoa






ACD Fellow Leslie S. Lebl, ex-diplomata norte-americano, é um estudioso independente escrevendo sobre o islamismo na Europa. Ela está atualmente trabalhando em um livro sobre a UE, a Irmandade Muçulmana e a Organização de Cooperação Islâmica.

Fonte: Heitor de Paola






quinta-feira, novembro 26, 2015

A liberdade requer coragem; inclusive para ver e ouvir o que não quer.








por Walter Williams(*)






Todo mundo se diz a favor da liberdade de expressão. Mas qual seria o verdadeiro teste para saber quão comprometida uma pessoa realmente é com a ideia de liberdade de expressão?

Contrariamente à crença amplamente difundida nos meios universitários, no meio artístico e na grande mídia, o verdadeiro compromisso com a liberdade de expressão não está em permitir que as pessoas sejam livres para expressar apenas aquelas idéias com as quais concordamos. O verdadeiro teste para se saber o comprometimento de uma pessoa para com a liberdade de expressão é ver se ela permite que outras pessoas digam coisas que ela considera profundamente ofensivas, seja sobre raça, gênero ou religião.


Em suma, ou a liberdade de expressão é absoluta, ou ela não existe.

[N. do E.: neste quesito, vale fazer um adendo que quase sempre é ignorado. Supõe-se que a liberdade de expressão significa o direito de todos dizerem o que bem entenderem. Mas a questão negligenciada é: onde? Onde um indivíduo possui esse direito? 

Ele possui esse direito apenas em sua própria propriedade ou na propriedade de alguém que concordou em dar espaço a ele.

Portanto, na prática, o "direito à liberdade de expressão", por si só, não pode ser dissociado da propriedade privada. Você tem o direito de falar o que quiser utilizando a sua plataforma, mas não a plataforma alheia.

Sendo assim, uma pessoa não possui um "direito à liberdade de expressão"; o que ela possui é o direito de falar o que quiser apenas em sua propriedade. Ela não possui um "direito à liberdade de imprensa"; o que ela possui é o direito de escrever ou publicar um panfleto, e de vender este panfleto para aqueles que desejarem comprar (ou de distribuí-lo para aqueles que desejarem aceitá-lo).] 

Já visualizo um pseudo-intelectual universitário, principalmente oriundo de alguma escola de direito, ávido para adentrar a cena e dizer que a liberdade de expressão não pode ser absoluta, pois ninguém tem o direito de gritar "fogo!" em um cinema lotado. 

Correto, só que gritar "fogo!" em um cinema lotado não é uma questão de liberdade de expressão. Uma pessoa que grita "fogo!" em um cinema lotado está violando um contrato implícito: as pessoas que estão no cinema pagaram para ver o filme sem serem perturbadas. No que mais, a propriedade do cinema não é dele; sendo assim, sua "liberdade de expressão" ali dentro não é absoluta.

Obviamente, se todos os espectadores fossem informados, ao comprarem os ingressos, de que alguém iria falsamente gritar "fogo!" durante a exibição, aí não haveria problemas.

Mas essa questão é a menor de todas. Um problema muito maior envolvendo a liberdade de expressão está na questão da difamação, a qual é definida como o ato de fazer uma falsa afirmação (oral ou escrita) sobre a reputação de uma pessoa. A difamação é criminalizada. Mas deveria ser?

Essa questão pode ser respondida de maneira mais direta fazendo-se outra pergunta: a sua reputação pertence a você? Em outras palavras, as idéias e os pensamentos que outras pessoas têm a seu respeito são sua propriedade? Teria você o direito de obrigar terceiros a pensar a seu respeito apenas aquilo que você quer?

Prosseguindo, os princípios que devem ser verificados a respeito do compromisso de um indivíduo para com a liberdade de expressão também devem ser verificados a respeito do seu compromisso para com a liberdade de associação. O verdadeiro teste para determinar se um indivíduo é sinceramente comprometido com a defesa da liberdade de associação não está em ele permitir que as pessoas se associem de uma maneira que ele aprova. O verdadeiro teste ocorre quando ele permite às pessoas serem livres para se associar voluntariamente de maneiras que ele considera desprezíveis.

Um estabelecimento que proíbe a entrada de negros é tão válido quanto um que proíbe a entrada de brancos. Um estabelecimento que proíbe a entrada de homossexuais é tão válido quanto um que proíbe a entrada de heterossexuais. Um estabelecimento que proíbe a entrada de judeus é tão válido quanto um que proíbe a entrada de neonazistas.

Associação forçada não é liberdade de associação.

Por outro lado, práticas discriminatórias em estabelecimentos públicos — como bibliotecas, parques e praias — não devem ser permitidas, pois tais localidades são financiadas com o dinheiro de impostos pagos por todos. Porém, negar a liberdade de associação em clubes privados, em empresas privadas e em escolas privadas viola o direito que um indivíduo tem de se associar apenas a quem ele quer.

Nos EUA, por exemplo, empreendedores cristãos têm sido perseguidos por se recusarem a fornecer serviços de bufê para casamentos de pessoas do mesmo sexo. As pessoas que apóiam esse tipo de coerção deveriam se perguntar se elas também defenderiam ataques ao judeu proprietário de uma loja de iguarias que se recusasse a fornecer serviços para o casamento de simpatizantes neonazistas. 

O negro dono de um bufê ou mesmo o negro que é garçom deste bufe deveriam ser forçados a prestar serviços para supremacistas brancos? ONGs que defendem políticas de ação afirmativa em prol dos negros deveriam ser obrigadas a aceitar em seus quadros skinheads racistas? O chef homossexual de um restaurante deve ser obrigado a cozinhar e servir um cliente avesso a gays? A cozinheira feminista deve ser obrigada a atender um cliente machista?

A liberdade requer coragem. Ser um genuíno defensor da liberdade de expressão implica aceitar que algumas pessoas irão dizer e publicar coisas que consideramos profundamente ofensivas. Igualmente, ser um genuíno defensor da liberdade de associação implica aceitar que algumas pessoas irão se associar de maneiras que consideramos profundamente ofensivas, tais como se associar — ou se recusar a se associar — utilizando como critérios raça, sexo ou religião.

Vale enfatizar que há uma diferença entre o que as pessoas são livres para fazer e o que elas considerarão do seu interesse fazer. Por exemplo, o presidente de um time de basquete deve ser livre para se recusar a contratar jogadores negros. Mas seria do interesse dele fazer isso?

Não é difícil comprovar que as pessoas, em geral, estão cada vez mais hostis aos princípios da liberdade. Elas estão cada vez mais facilmente ofendidas, e, com isso, querem cercear a liberdade alheia. Eles querem liberdade apenas para elas próprias. Já eu quero bem mais do que isso. Quero liberdade para mim e para meus semelhantes.

Você tem todo o direito de ter ficado ofendido com este artigo, mas não tem o direito de me proibir de falar o que penso em minha propriedade.



(*)Walter Williams é professor honorário de economia da George Mason University e autor de sete livros. Suas colunas semanais são publicadas em mais de 140 jornais americanos.

quarta-feira, novembro 25, 2015

Aplicando à França o que é imposto a Israel.




por Ezequiel Eiben









Se aplicarmos lei igual, deve-se tratar a França agora como os franceses e europeus tratam Israel. Isto seria:


1. Toda esta semana nos fazermos de idiotas com os atentados. Que não saia (a notícia) em nenhum jornal.

2. Quando a França responder, aí começaremos a falar. Mas a falar mal da França, não do ISIS.

3. Organizamos uma marcha contra a embaixada francesa pela desproporcionalidade em sua resposta. Cartazes com legendas “França imperialista”, “Fora franceses da França”, são de uso obrigatório.

4. Exortamos Hollande a que se sente na mesa de negociações com o ISIS imediatamente para ouvir seus pedidos.

5. Apoiamos o Conselho de Direitos Humanos da ONU em sua reunião de urgência após a condenável reação francesa, quando sancionar o país europeu por não se medir.

6. Repetimos nos jornais e televisão uma história fraudulenta de que os muçulmanos viviam na França antes dos franceses.

7. Exigimos ao Estado francês que mude sua bandeira, hino e demais simbologias nacionais porque não são representativas de todas as culturas que há na França e ofende os muçulmanos.

8. Faremos documentais financiados pelo resto da Europa e Arábia Saudita sobre a pobre vida que os jovens magrebes vivem na França, e os trataremos como “vítimas do sistema”.

9. Exigimos que a França seja repartida em duas: uma parte vai para os muçulmanos. “Dois Estados para dois povos”, como agrada aos europeus pró-palestinos.

10. Paris deve ser divida em Paris ocidental em Paris oriental, esta última exclusiva para muçulmanos, e a primeira de matiz cosmopolita.

11. Todo francês que viver no novo Estado, Al-França Jihadistão, deve ser assinalado como um colono invasor e transferido, até pelo próprio exército francês. Os produtos franceses neste lado devem ser etiquetados para que as pessoas saibam que estão consumindo imperialismo.

12. Todo muçulmano que queira viver na França ocidental poderá fazê-lo em igualdade de condições.

13. Denunciaremos a França como um regime apartheid, por estabelecer precauções de segurança para evitar futuros atentados provenientes da Al-França Jihadistão.

14. Exigiremos da França a abertura total de fronteiras para o livre trânsito de muçulmanos. Exigiremos que não haja postos de controle nas fronteiras.

15. Condenaremos o governo francês se ele decidir demolir as casas dos terroristas.

16. Pediremos boicote, desinvestimentos e sanções contra a França se os franceses construírem casas do lado muçulmano. Os muçulmanos podem construir do lado francês sem problema.

Creio que, com isto, a França vai ser julgada corretamente, com o mesmo padrão que usam para Israel, não? Se lhes ocorrer outras, acrescentem. Não podemos permitir que a França se mova um centímetro do caminho, embora alegue auto-defesa.


Tradução: Graça Salgueiro

terça-feira, novembro 24, 2015

Obama lançou panfletos para dar ao ISIS 45 minutos de advertência antes de bombardear.




por Daniel Greenfield.







"Em Al-Bukamal, destruímos 116 caminhões-tanque, o que acreditamos irá reduzir a capacidade do ISIL de transportar os seus produtos petrolíferos roubados", disse Warren. "Este é o nosso primeiro ataque contra caminhões-tanque, e para minimizar os riscos para os civis, realizamos um lançamento de folhetos antes do ataque. Fizemos uma demonstração de força. Fizemos as aeronaves essencialmente zumbir sobre os caminhões a baixa altitude."

Os panfletos, que caíram ao solo cerca de 45 minutos antes dos ataques, diziam simplesmente: "Saiam de seus caminhões agora, e fujam deles. Aviso: Ataques aéreos estão vindo. O caminhões-tanque serão destruídos. Afastem-se de seus caminhões-tanque imediatamente. Não arrisque sua vida."

"Nós combinamos os lançamentos destes folhetos com muitas passagens em baixa altitude de alguns de nossos aviões de ataque, o que envia uma mensagem muito poderosa", acrescentou o coronel.

Ele disse que a decisão de soltar as advertências veio depois que se "avaliou que esses caminhões, embora estivessem sendo utilizados para operações que dão suporte ao ISIL, os motoristas de caminhão, eles próprios, provavelmente não são membros do ISIL, eles são provavelmente apenas civis."

"Então tivemos que descobrir uma maneira de contornar isso. Nós não estamos nesse negócio para matar civis, estamos neste negócio para deter o ISIL – para derrotar o ISIL."

Assim, eles tentaram vir com uma estratégia "meio que espantando as pessoas sem feri-las."

"Então tivemos que passar por todo esse processo de se determinar se ou não sentimos que era de nosso interesse atacar estes caminhões. E, em seguida, uma vez que se determinou que, sim, que é do nosso interesse atacar esses caminhões, como é que vamos garantir que somos capazes de mitigar o potencial de baixas civis? E essas coisas levam tempo", disse Warren. "... Nós sabemos que o petróleo financia mais de 50 por cento das operações do ISIL. Isto é algo que nós queremos tirar-lhes. Que nós precisamos tirar isso deles – assim são operações mais difíceis de conduzir."

Então, depois de todo esse tempo, eles vieram com um grande plano lançamento de panfletos sobre caminhões do ISIS de modo que os motoristas, que podem ou não podem ser membros do ISIS, possam fugir a tempo. Enquanto isso o ISIS ganha 45 minutos de advertência.

Agora você sabe por que nós realmente não vamos bombardear as forças principais do ISIS. E o mesmo acontece com o ISIS. Tudo o que tem a fazer é cercar-se de civis e tornar-se invulnerável. Assim como os Talibans fizeram no Afeganistão.

Enquanto isso o ISIS continua financiando suas operações com dinheiro que poderia ter sido tirado dele, mas não o fizemos porque poderia ter significado ferir seus motoristas. Imaginem esse bando de palhaços combatendo na 2ª Grande Guerra e nós não precisamos imaginar uma versão alternativa da história em que os nazistas ganhariam.

Se a esquerda permanecer no poder, os nazistas islâmicos vão ganhar nesta versão da história.

Tradução: William Uchoa

Fonte: www.heitordepaola.com/

segunda-feira, novembro 23, 2015

O que começou com os judeus cruzou um novo limite na Europa.








Anti-semitismo, anti-sionismo, anti-israelismo na Europa servem apenas aos inimigos mútuos de Israel e da Europa.






Os ataques do Charlie Hebdo/supermercado judeu de janeiro 2015 seguiram-se a anos de terrorismo anti-semita na Europa e em Israel, que agora ultrapassou a beira do abismo em direção ao caos geral.

Apesar das medidas bem-vindas do governo francês de colocar militares armados do lado de fora de alvos judeus vulneráveis, uma desconexão cognitiva continuou na mídia e na rejeição política das características comuns à vitimologia Européia e de Israel.

Um oficial da polícia da London Metropolitan na Cúpula Antiterrorista de setembro em Israel expressou sua preocupação com o Estado islâmico, a Al-Qaeda e o Boko Haram, mas admitiu que o Hamas e o Hezbollah não entravam em seu campo de visão.

No entanto, todos os jihadistas vêem o judeu como um alvo tático dentro de um consórcio de inimigos que incluem a América, os valores ocidentais, o cristianismo, os muçulmanos moderados, as mulheres e os homossexuais. O objetivo estratégico é o delicado tecido da própria democracia.

Nos cinturões de favelas ao redor de cidades francesas, dois slogans inter-relacionados em árabe agora ressoam entre muçulmanos nativos, disparados por imãs jihadistas e sites da Internet: "Maut al Yahud" (Morte aos judeus) e "Naal Fransa" (Maldita França).

Estes jovens europeus, recrutados para o EI na Síria / Iraque ou para escolas corânicas no Paquistão, estão agora voltando para casa como assassinos treinados.

A sofisticação política das atrocidades da Sexta-feira 13 de Paris repousa na total falta de sofisticação na escolha dos alvos: um estádio de esportes, restaurantes, um teatro. Nada de ministérios, bancos, estações, instalações militares, mas ataques coordenados contra o público em geral.

Estes "mártires" uniformizados de preto, com cinturões de explosivos, gritando "Allahu Akbar", agachavam-se e giravam suas Kalashnikovs em 360 graus, para obter o máximo de carnificina. Vários locais para assaltos simultâneos aumentaram o pânico e confusão geral, especialmente para a segurança e os socorristas.

Estes são os acessórios do terrorismo no Médio Oriente – afinados ao longo dos anos contra Israel – agora transplantados para solo europeu.

Contudo, a Europa propicia essas forças do mal, apoiando e endossando os subconjuntos da demonização que sustentam o terrorismo contra civis israelenses: o boicote, agora chamado de "rotulagem" de produtos de exportação judeus uma cerca defensiva rotulada de "muro do apartheid" uma campanha "o direito de retorno" para os tataranetos de refugiados do Mandato Britânico da Palestina de 1948 roubo da herança judaica pelos seus líderes atuais e o atrito constante de resoluções anti-Israel da ONU desproporcionais em relação à condenação de qualquer outro Estado membro.

Paris é apenas uma estação de passagem, pois, Londres, Berlim, Amesterdam, Bruxelas e Roma tomam medidas preventivas. À medida que a Europa reconstrói suas cercas fronteiriças, com um perfil de treinamento para filtrar potenciais jihadistas entre a onda de refugiados atual, talvez a opinião agora faça uma ponte com aquela associação sináptica cognitiva, que era tão axiomática para Simon Wiesenthal, "o que começa com os judeus nunca termina com eles!" Uma máxima que pode ser parafraseada como: "Os atentados de homens-bomba, as intifadas, os esfaqueamentos, atropelamentos com carros que começam em Israel não param ali". O anti-semitismo, anti-sionismo, anti-israelismo na Europa servem apenas aos inimigos mútuos tanto de Israel como da Europa.





Simon Wiesenthal Center.






domingo, novembro 22, 2015

A melhor maneira de lembrar o Holocausto é trazendo muçulmanos para matar os judeus americanos.




por Daniel Greenfield


68 por cento dos muçulmanos abrigam atitudes antissemitas












O mais estúpido meme sobre "refugiados" que a esquerda lançou até esta data são as comparações entre as políticas de refugiados do Holocausto de Franklin Delano Roosevelt que excluíam os judeus e as dos líderes políticos de hoje que querem excluir genuínos refugiados cristãos e Yazidis em vez de imigrantes muçulmanos falsos que representam sérias ameaças de terrorismo.

Vivendo em Nova York, eu já perdi a conta do número de atentados terroristas muçulmanos contra sinagogas desde o 11 de Setembro. O ataque anterior de Paris pelos muçulmanos tinha como alvo um supermercado judeu. (Ou como Obama disse, "pessoas aleatórias em uma delicatessen.")

Claro que #NotAllMuslims (nem tudo são os muçulmanos). É apenas o suficiente deles que repete esse comportamento constantemente. Até terminar em cidades européias como Malmö, onde há tantos muçulmanos que os judeus têm a fugir.

Porque os muçulmanos não gostam de não-muçulmanos e realmente não gostam de judeus.




Os pesquisadores descobriram que a percentagem que exprime "pontos de vista favoráveis" sobre os judeus era uniformemente baixa: Egito, 2 por cento Jordânia, 2 por cento Paquistão, 2 por cento Líbano, 3 por cento Palestina, 4 por cento Turquia, 4 por cento.

E sim, os muçulmanos no Ocidente também odeiam os judeus.

Bélgica: 68 por cento dos muçulmanos abrigam atitudes anti-semitas, em comparação com 21 por cento do total
Espanha: 62 por cento, em comparação com 29 por cento do total Alemanha: 56 por cento, em comparação com 16 por cento do total Itália: 56 por cento, em comparação com 29 por cento do total Reino Unido: 54 por cento, em comparação com 12 por cento do total França: 49 por cento, em comparação com 17 por cento do total.

Teologicamente, o Islã é violentamente anti-semita. O comando final de Mohammed foi a limpeza étnica de judeus. O grito Allahu Akbar originou-se de um de seus massacres de judeus.

É simples assim. Os muçulmanos odeiam os judeus. Trazer mais muçulmanos para a América torna o país mais anti-semita. Promove a violência contra os judeus e a perseguição de judeus.

Os números demonstram ...

Na França, 73 por cento dos judeus entrevistados disseram que tinham testemunhado ou experimentado o anti-semitismo de alguém com "pontos de vista muçulmanos extremistas."

Por que os liberais querem trazer esta mesma realidade horrível para a América?

Dizer aos americanos que se espera que eles "expiem" o Holocausto, ajudando os muçulmanos a perseguir e assassinar judeus é tão retrocesso quanto uma tentativa de pedir desculpas pela escravidão com mais escravidão.

A pior maneira possível de responder ao Holocausto é promovendo a perseguição muçulmana de judeus nos Estados Unidos.

Se queremos receber os tipos de refugiados semelhantes aos judeus na 2 ª Guerra Mundial, devemos receber as minorias perseguidas apátridas, cristãos e yazidis.

Muçulmanos sírios não são apátridas e eles não são uma minoria. Eles são um grupo supremacista cuja própria intolerância às diferenças religiosas dividiu a Síria. Se nós trazemos essa intolerância à América, vamos todos sofrer.

Migrantes muçulmanos sírios já estão atacando refugiados cristãos sírios na Europa.

Said atravessou a Turquia a pé. Ele nunca pensou que seus problemas só estavam começando quando alcançou a Alemanha.

"No Irã, a Guarda Revolucionária prendeu meu irmão em uma igreja doméstica. Fugi da polícia secreta iraniana, porque eu pensei que na Alemanha eu poderia finalmente viver livremente com minha religião", diz Said. "Mas no lar dos requerentes de asilo, não posso sequer admitir abertamente que sou cristão."

Principalmente refugiados sírios, em sua maioria muçulmanos sunitas devotos, vivem no lar. "Eles me acordam antes do amanhecer durante o Ramadã e dizem que eu deveria comer antes do sol nascer. Se eu recusar, eles dizem que eu sou um, kuffar , um descrente. Eles cuspiram em mim", diz Said. "Eles me tratam como um animal. E ameaçam matar-me."

Por que os liberais querem trazer isso para a América? Se eles não se preocupam com os refugiados cristãos sírios, que dizer dos refugiados sírios homossexuais?

Rami Ktifan tomou uma decisão repentina de fugir. Um colega sírio tinha visto uma bandeira do arco íris perto dos pertences de um estudante universitário de 23 anos de idade num centro de refugiados lotado. O homem curioso, Ktifan recordou, pegou-a antes de casualmente perguntar: "O que é isso?"

"Eu decidi dizer a verdade, que é a bandeira para os gays como eu", disse Ktifan. "Eu pensei, eu estou na Europa agora. Na Alemanha, eu não deveria ter que esconder mais."

O que se seguiu ao longo das próximas semanas, porém, foi abuso – tanto verbal como físico – de outros refugiados, incluindo uma tentativa de queimar os pés de Ktifan no meio da noite.

Trazer essas pessoas para a América é como trazer para cá nazistas durante o Holocausto para atacar as minorias aqui. É apenas mau e errado.

Tradução: William Uchoa

sábado, novembro 21, 2015

Afinal, quem são os racistas?.





por Thomas Sowell (*)





Alguns anos atrás, uma pessoa disse que, de acordo com as leis da aerodinâmica, um abelhão não pode voar. Mas os abelhões, alheios às leis da aerodinâmica, vão em frente, contrariam os dizeres dos especialistas, e voam assim mesmo.

Algo semelhante ocorre entre as pessoas. Enormes e tediosos estudos acadêmicos, bem como melancólicos e sombrios editoriais de determinados jornais, são produzidos às pencas lamentando o fato de que a maioria das pessoas pobres e negras não consegue ascender socialmente, e que isso seria uma fragorosa demonstração de discriminação. 

O curioso é que, em vários países ao redor do mundo, inclusive naqueles países chamados de terceiro mundo, vários imigrantes extremamente pobres, principalmente oriundos da Ásia, não apenas conseguem prosperar mesmo sendo de uma cultura totalmente distinta, como também conseguem enriquecer sem jamais recorrer a favores especiais e a políticas de ação afirmativa.

Normalmente, estes imigrantes asiáticos chegam a um novo país praticamente sem nenhum dinheiro, sem nenhum conhecimento do novo idioma e sem nenhuma afinidade cultural. Eles frequentemente começam trabalhando em empregos de baixa remuneração. Mas trabalham muito. A norma é trabalharem em mais de um emprego. Trabalham tanto que conseguem poupar e, após alguns anos, utilizam esta poupança para empreender. 


Muitos abrem um pequeno comércio, no qual continuam trabalhando longas horas e ainda continuam poupando, de modo que se tornam capazes de mandar seus filhos para a escola e para a faculdade. Seus filhos, por sua vez, sabem que seus pais não apenas esperam, como também exigem, que eles sejam igualmente disciplinados, bons alunos e trabalhadores.

Vários intelectuais já tentaram explicar por que os imigrantes asiáticos são tão bem-sucedidos tanto em termos educacionais quanto em termos econômicos. Frequentemente chega-se à conclusão de que eles possuem algumas características especiais. 


Isso pode ser verdade, mas seu sucesso também pode ser atribuído a algo que eles não têm: "líderes" e autoproclamados porta-vozes lhes dizendo diariamente que são incapazes de prosperar por conta própria, que o sistema está contra eles, que eles não têm chance de ascender socialmente caso não sigam os slogans repetidos mecanicamente por estes líderes e sociólogos, e que por isso devem se juntar sob o rótulo de "vítimas do sistema" e exigir políticas especiais e tratamento diferenciado.

Vá a qualquer país, seja ele rico ou em desenvolvimento, e pesquise sobre a existência de "líderes" e de grupos de interesse voltados para a promoção de políticas de ação afirmativa para os asiáticos. Você não encontrará. Você não encontrará sociólogos dizendo que os imigrantes asiáticos, por serem minoria e por estarem culturalmente deslocados, estão em desvantagem e que por isso o governo deve criar leis de cotas para ajudá-los a ascender socialmente.

Infelizmente, é exatamente esta linha de raciocínio, só que em relação aos negros, que vem sendo diariamente propagada por acadêmicos e sociólogos irresponsáveis. Eles são a versão humana das leis da aerodinâmica, que dizem precipitadamente que determinadas pessoas não podem ascender e prosperar a menos que haja um empurrão do governo.

Aquelas alegações morais que foram feitas no passado por gerações de genuínos líderes negros — alegações que acabaram por tocar a consciência de várias nações e que viraram a maré em prol dos direitos civis para todos — hoje foram desvalorizadas e apequenadas por uma geração de intelectuais, sociólogos e autoproclamados "líderes" de movimentos raciais que tratam os negros como seres abertamente incapazes de prosperar sem a ajuda destes pretensos humanistas, os quais agem abertamente de acordo com uma agenda política de escusos interesses próprios.

O que é perfeitamente perceptível é que, ao longo das gerações, as pessoas que dizem falar em prol do "movimento negro" sofreram uma mutação de caráter: se antes possuíam uma alma nobre, hoje não passam de charlatães descarados. Após a implantação definitiva de políticas de ação afirmativa nos EUA, esses charlatães perceberam que era muito fácil ganhar dinheiro, poder e fama ao redor do mundo ao simplesmente se dedicarem à promoção de ações e políticas raciais que são totalmente contraproducentes aos interesses das pessoas que eles próprios dizem liderar e defender.

No passado, vários outros grupos de imigrantes também representavam minorias que tinham tudo para ser consideradas oprimidas e discriminadas, pois chegavam a outros países quase sem nenhum dinheiro, com pouquíssima educação e com total desconhecimento da cultura local, mas que não obstante ascenderam por conta própria, muito provavelmente porque não foram "privatizadas" por líderes raciais. Imigrantes e outras minorias que nunca tiveram "porta-vozes" e "líderes" raramente dependeram de subsídios do governo e quase sempre apresentaram altos níveis educacionais obtidos com o esforço próprio.

Grupos que ascenderam da pobreza à prosperidade raramente o fizeram por meio de líderes étnicos ou raciais. Ao passo que é fácil citar os nomes de vários líderes do "movimento negro" ao redor do mundo, tanto atuais quanto os do passado, quantos são os lideres étnicos que defendem os interesses dos asiáticos ou dos judeus em países em que eles são a minoria?

Ninguém pode negar que há anti-semitismo e que já houve discriminação aos asiáticos. Sempre houve. Mas eles nunca seguiram "líderes" cujas mensagens e atitudes serviram apenas para mantê-los presos à condição de bovinos.

Essa postura de dizer aos seus "seguidores" que eles são mais atrasados, tanto econômica quanto educacionalmente, por causa de outros grupos "opressores" — e que, portanto, eles devem odiar estas outras pessoas — tem paralelos na história recente. Essa foi a mesma motivação utilizada pelos movimentos anti-semita no Leste Europeu no período entre-guerras, pelos movimentos anti-Ibo na Nigéria na década de 1960, e pelos movimentos anti-Tamil, que fizeram com que o Sri Lanka, outrora uma nação pacífica e famosa por sua harmonia intergrupal, se rebaixasse, por influência de intelectuais, à violência étnica e depois se degenerasse em uma guerra civil que durou décadas e produziu indescritíveis atrocidades.

Será tão difícil entender, mesmo com todos os exemplos históricos, que o progresso não pode ser alcançado por meio de líderes raciais ou étnicos? Tais líderes possuem incentivos em demasia para promover atitudes e políticas polarizadoras que são contraproducentes para as minorias que eles juram defender e desastrosas para o país. Eles se utilizam das minorias para proveito próprio, atribuindo a elas incapacidades crônicas que supostamente só podem ser resolvidas por políticas que eles irão criar. Eles são os verdadeiros racistas.



(*)Thomas Sowell , um dos mais influentes economistas americanos, é membro sênior da Hoover Institution da Universidade de Stanford. Seu website: www.tsowell.com.

sexta-feira, novembro 20, 2015

Islamismo: uma crença leviana e tirânica.






Por José Carlos Sepúlveda da Fonseca(*)



Muitos insistem em deturpar a realidade e a história, afirmando que a religião islâmica é uma religião pacífica e não agressora. Historicamente falando foi o próprio Maomé que, em Medina, reuniu um exército de 10 mil homens para dar início a uma guerra de expansão e dominação.

Os atentados de Paris chocaram o mundo!

Imediatamente se reavivou o debate sobre o terrorismo de inspiração islâmica. Diversos líderes mundiais, comentaristas, analistas políticos, passaram a repetir à exaustão algo que já se vai tornando um realejo, sempre que a opinião mundial é abalada por algum grande atentado, como os de Paris, Nova Iorque, Londres, Madrid, Mumbai, Bali, etc.: os terroristas não representam o Islã. Será isto verdade?

A questão islâmica pode ser debatida sob muitos aspectos. Debruço-me, neste post, em apenas um deles, que considero de fundamental importância: a natureza da crença religiosa do Islamismo. Já tive oportunidade de abordar em outro post a influência que as correntes revolucionárias modernas exercem nos movimentos islâmicos que travam sua guerra cultural e militar contra o Ocidente.
Distorção histórica

Muitos insistem em deturpar a realidade e a história, afirmando que a religião islâmica é uma religião pacífica e não agressora. Ora, historicamente falando – e, portanto, não opinativamente falando – foi o próprio Maomé que, em Medina, reuniu um exército de 10 mil homens para dar início a uma guerra de expansão e dominação, que prosseguiria com seus sucessores, visando impor a sua lei pela violência das armas.

Infelizmente, muitos católicos são ludibriados pela versão enganosa de que o Islamismo é uma das três grandes religiões monoteístas, como se estas quase se equivalessem, tivessem uma mesma origem e constituíssem pequenas variações de uma mesma Fé, de uma mesma doutrina e de uma mesma prática das virtudes.

Nada mais errôneo do que isso. E é a partir desse erro que muitos fazem julgamentos equivocados a respeito da natureza religiosa e dos métodos de ação e proselitismo do Islã.
Uma falsa crença

O Islamismo é uma falsa religião, muito distante da Fé cristã, e os que matam para impor a sua Lei não matam em nome de Deus, mas em nome e em coerência com uma falsa crença, nascida da superstição, das falsas promessas e dos falsos testemunhos. São, portanto, legítimos representantes da crença islâmica, no seu agir.

Para ajudar os católicos a formular uma análise adequada da questão islâmica, pareceu-me salutar transcrever a comparação feita por Santo Tomás de Aquino, na Suma contra os Gentios (livro I, Capítulo VI), entre a verdadeira Fé e a crença leviana da seita errônea fundada por Maomé.

Convido, pois, os leitores a considerar o que diz Tomás de Aquino:


“35. Aqueles que aceitam pela fé as verdades que estão fora da experiência humana não creem levianamente, como aqueles que, segundo São Pedro, seguem fábulas engenhosas (2Pd 1, 16).

36. Os segredos da sabedoria divina, ela mesma – que conhece tudo perfeitamente – dignou-se revelar aos homens, mostrando-lhes a sua presença, a verdade da sua doutrina, e inspirando-os, com testemunhos condizentes. Ademais, para confirmar as verdades que excedem o conhecimento natural, realizou ações visíveis que superam a capacidade de toda a natureza, como sejam a cura de doenças, ressurreição dos mortos e maravilhosas mudanças nos corpos celestes. Mais maravilhoso ainda é,inspirando as mentes humanas, ter feito que homens ignorantes e rudes, enriquecidos pelos dons do Espírito Santo, adquirissem instantaneamente tão elevada sabedoria e eloquência.

37. Depois de termos considerado tais fatos, acrescente-se agora, para confirmação da eficácia dos mesmos, que uma enorme multidão de homens, não só os rudes como também os sábios, acorreu para a fé cristã. Assim o fizeram, não premidos pela violência das armas, nem pela promessa de prazer, mas também – o que é maravilhoso – sofrendo a perseguição dos tiranos. Além disso, na fé cristã, são expostas as virtudes que excedem todo o intelecto humano, os prazeres são reprimidos e se ensina o desprezo das coisas do mundo. Ora, terem os espíritos humanos concordado com tudo isto é ainda maior milagre e claro efeito da inspiração divina. […]

40. Tão maravilhosa conversão do mundo para a fé cristã é de tal modo certíssimo indício dos sinais havidos no passado, que eles não precisaram ser reiterados no futuro, visto que os seus efeitos os evidenciavam. Seria realmente o maior dos sinais miraculosos se o mundo tivesse sido induzido, sem aqueles maravilhosos sinais, por homens rudes e vulgares, a crer em verdades tão elevadas, a realizar coisas tão difíceis e a desprezar bens tão valiosos. Apesar de que, ainda nos nossos dias, Deus, por meio dos Seus santos, não cessa de operar milagres para confirmação da Fé.

41. No entanto, os iniciadores de seitas errôneas seguiram um caminho oposto:

a) Como se tornou patente em Maomé que seduziu os povos com promessas referentes aos desejos carnais, excitados que são pela concupiscência.

b) Que formulou também preceitos conformes àquelas promessas, relaxando, desse modo, as rédeas que seguram os desejos da carne.

c) Não apresentou testemunhos da verdade, senão aqueles que facilmente podem ser conhecidos pela razão natural de qualquer medíocre ilustrado: além disso, introduziu, em verdades que tinha ensinado, fábulas e doutrinas falsas.

d) Também não apresentou sinais sobrenaturais. Ora, só mediante estes há conveniente testemunho da inspiração divina, enquanto uma ação visível, que não pode ser senão divina, e demonstra que o mestre da verdade está inspirado de modo invisível. Mas Maomé manifestou ter sido enviado pelo poder das armas, que são sinais também dos ladrões e dos tiranos.

e) Ademais, desde o início, homens sábios, versados em coisas divinas e humanas, não acreditaram nele. Nele, porém, acreditaram homens que, animalizados no deserto, eram totalmente ignorantes da doutrina divina; e, no entanto, foi a multidão de tais homens que obrigou outros a obedecerem a uma lei, pela violência das armas.

f) Finalmente, nenhum dos oráculos dos profetas que o antecederam dele deu testemunho, visto que ele deturpou com fabulosas narrativas quase todos os fatos do Antigo e do Novo Testamento. Tudo isso pode ser verificado ao estudar-se a sua lei. Também por isso, e de caso sagazmente pensado, não permitiu aos seus sequazes a leitura dos livros do Antigo e do Novo Testamento, para que, por eles, não fosse acusado de impostura.

g) Fica assim comprovado que os que lhe dão fé creem levianamente.“

(*)José Carlos Sepúlveda da Fonseca-Editor do blog Radar da Mídia.

Fonte: IPCO 

quinta-feira, novembro 19, 2015

Prisioneiros do Estado Islâmico rezavam o terço e não renegavam a fé.




Prisioneiros do Estado Islâmico rezavam o terço e não renegavam a fé.
por Luis Dufaur




O padre Mourad, libertado no dia 11 de outubro 2015, conta a sua experiência junto com outros 250 reféns


O monge e sacerdote siro-católico Pe. Jacques Mourad, prior do mosteiro de Mar Elia, contou em entrevista à emissora cristã Noursat TV – Tele Lumière a experiência que viveu no cativeiro depois de ser sequestrado pelos milicianos do Estado Islâmico. Ela foi reproduzida pela agência Zenit


Em 21 de maio deste ano 2015, um grupo de homens armados o raptou, juntamente com um ajudante, na periferia de Qaryatayn, cidade de população cristã e sunita que, dois meses antes, tinha caído em mãos dos extremistas islâmicos. 

O padre fazia parte da comunidade fundada pelo sacerdote jesuíta romano Paolo Dall’Oglio, desaparecido no norte da Síria em 29 de julho de 2013, quando estava em Raqqa.




“Quando estava sendo deportado, com as mãos amarradas e os olhos vendados, surpreendi a mim mesmo repetindo-me: ‘Caminho para a liberdade’. O cativeiro, para mim, foi como um novo nascimento”, afirmou o padre Jacques.

Ele relatou, entre outras coisas, que celebrava a missa num dormitório subterrâneo onde tinham sido encarcerados previamente mais de 250 cristãos de Qaryatayn, também sequestrados pelos jihadistas.

“Os cristãos eram interpelados com frequência sobre a sua fé e a sua doutrina cristã, mas não se converteram ao islã, apesar das pressões. 

“Permaneceram fiéis à oração do rosário. Esta experiência de provação fortaleceu a fé de todos, inclusive a mi fé como sacerdote. É como se eu tivesse nascido de novo”.

O terço é a arma mais temida pelo inferno e, obviamente, pelos seguidores de Maomé.

Aqui a notícia da fuga:



Sacerdote diz como a ajuda humanitária que prestava, apoiado por instituições de caridade, inspirou um amigo a traçar sua fuga na garupa de uma moto, disfarçado de combatente islâmico.


O Pe. Jacques Mourad escapou do grupo terrorista Estado Islâmico (EI), em Qaratayn, na Síria, com o auxílio de um amigo cuja família tinha sido ajudada pelo sacerdote. Depois de passar cerca de seis meses como refém dos terroristas, o Pe. Mourad fugiu na garupa da moto deste amigo, disfarçado como um combatente islâmico.

O amigo, que tinha ligação com o EI, disse ao Pe. Mourad que ficou impressionado com o trabalho de ajuda humanitária que ele prestava aos pobres e desfavorecidos da região, e por isso, decidiu cooperar com a fuga do padre.

Após ficar 84 dias sequestrado na prisão do EI, que fica na sede do grupo terrorista, em Raqqa, no norte da Síria, a pressão dos muçulmanos de Qaratayn fez com que os extremistas trouxessem o Pe. Mourad de volta à sua cidade, em cativeiro domiciliar.

“Um dia, um dos líderes do EI veio até mim e falou: ‘Todo mundo em Qaratayn está falando de você, pedindo por você. Venha comigo’. Fui levado com os olhos vendados e com as mãos atadas, por um trajeto que parecia ser um enorme túnel. Algum tempo depois, eles removeram minha venda e eu conseguia ver toda minha paróquia. Na minha frente, estava o abrigo que a AIS tinha construído. Foi incrível”.

Em entrevista exclusiva à Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), o Pe. Mourad disse: “O que a AIS tem feito para nos ajudar, com suporte a abrigo, alimentação e medicamentos, contribuiu diretamente com a minha libertação”. O Pe. Mourad, cuja notoriedade entre os muçulmanos o levou a ser conhecido como “Sheikh Jacques”, ainda disse que o apoio da AIS foi fundamental para o fornecimento de água em Qaratayn, providenciando recursos para a construção de um reservatório que abastece a cidade.

Falando por telefone da Síria, Pe. Mourad disse: “A ajuda de pessoas como vocês da AIS tem protegido os cristãos das mãos do Estado Islâmico”. Ele disse que estava convencido de que esta ajuda tinha feito com que os militantes mostrassem clemência pelos 150 cristãos mantidos reféns pelo EI, em Qaratayn.

Recordando seu tempo na prisão, Pe. Mourad disse que todos os dias eles ameaçavam matá-lo. “Eu estava esperando o momento em que eles viriam e cortariam minha garganta”.

Pe. Mourad disse que estava convencido de que seus esforços para se manter calmo e em paz ajudou a salvar sua vida. “Eu estava muito consciente das orações de tantas pessoas, e das orações de Santo Inácio de Loyola e Charles de Foucauld – ‘Pai, eu me abandono em tuas mãos; faça comigo o que quiseres’”.