sábado, março 31, 2012

31 de Março simplesmente.






Eu era uma criança (embora eu mesmo não acredite nisso) mas sempre gostei de ouvir o radio. Lembro-me que fiquei atento ao noticiário dessa época conturbada e, exatamente desse 31 de março de 1964. Recordo-me de um certo Leonel Brizola falando muito (acho que pela Radio Guaíba), já com o palácio do governo gaúcho cercado por tropas do exército.Acreditem os mais jovens: tínhamos Exército naquele tempo.

Mas - como o provou o tempo - nada parece ser sério nesse nosso Brasil, nem mesmo naqueles tempos e hoje, até já duvido se ainda somos co-proprietários desse pais.



Os Falsos

Um latifundiário JOAO GOULART empunhava a bandeira da esquerda. Um aprendiz de ditador – Leonel Brizola – clamou contra aquilo que ele e a esquerda whisky-on-the-rocks chamou sempre de ditadura. Até o fim dos seus dias Brizola falou muito contra os Generais, mas viajou com um novilho de sua fazenda, para um rega-bofe com o Presidente Figueiredo.

A Musica

Vandré cantava que “um militar morria pela pátria e vivia sem razão”. Vandré está aposentado por uma estatal e sempre foi defendido por um dos que apoiaram o que os esquerdopatas chamam de “golpe” e eu e os portadores de neurônios sadios chamamos de Contra Revolução.

Gilberto Gil e Caetano se insurgiam contra o “sistema” e juntos partiram para o exílio, no fumacê Londrino; entendam isso da forma que quiserem. Hoje Gil é servido pelo “sistema”, já foi ministro da cultura e a sua primeira providencia enquanto ministro foi reformar o gabinete: Reforma também é Cultura, ora pois. Gil não recebe elogios nem de seu companheiro de fog londrino, o Caetano.

Caetano andou ensaiando descer a lenha no governo mas a mãe zeloza chamou-lhe a atenção e o fez lembrar que o mano era funcionário do governo e não fica bem ser servido com dinheiro publico e ter um traíra na família. Caetano voltou atrás e hoje é capaz de cantar sem nenhuma dor na consciência Soy loco por ti... Stella.

Chico Buarque de Havana, digo, Hollanda – de tão lindas canções, mal sabia que essas composições seriam tão atuais para o governo que ele ajudou a eleger, reeleger e dar continuidade; hoje vive do passado, virou um comunista de verdade - com apartamento em Paris, como convém a qualquer comuna que se preza - mas continua firme nos elogios ao genocida Fidel.

As melhorias pós governos militares.

Já não existem desigualdades sociais no Brasil; agora a briga é para ver quem consegue juntar o primeiro bilhão (milhão é coisa para fracos).Não existe censura; o governo paga para que não se publiquem coisas desagradáveis, o que realmente é um avanço. Não se quebra o sigilo do cidadão - embora o caseiro Francenildo não concorde muito com essa afirmação -. O crescimento econômico é comparável ao das potências (o Haiti por exemplo). Empregos? O governo atual vem transformando cada cidadão desempregado pela concorrência desleal da China em comerciantes dos próprios produtos chineses: ninguém no mundo havia pensado numa solução tão incrível e experta!!!.

Temos que concordar num ponto: se houvessem desigualdades, censura e miséria, certamente os nossos bravíssimos compositores estariam deitando falação contra o governo. A coisa está tão boa que eles já se aposentaram; só fazem shows com incentivos fiscais que são outra grande novidade para combater as desagradáveis - possíveis - músicas de protesto. 

Os militares já não morrem pela pátria; quem deveria morrer já está morto. O “rei da brincadeira e  da confusão”, como dizia Gil, é hoje ocupante perpétuo do Planalto; uma espécie de consultor full time para quaisquer assuntos, desta forma descansa enquanto um preposto ocupa a vaga de presidente que ele pretende ocupar novamente.

Ninguém mais “caminha sem lenço e sem documento”, hoje caminha-se com cartão de crédito estourado e documento nem serve mais para coisa alguma: afinal quando se perde o caráter a identidade já foi para o ralo há tempos.

Mas hoje, “apesar da presidente, dos quase 40 ministros, dos congressistas aliados e alienados, dos mensalões, da falta de vergonha e da falta de oposição...amanhã vai ser outro dia”. Hoje, a petralhada é quem manda; falou tá falado, não tem discussão. Essa gente que inventou o pecado, já esqueceu que inventamos o perdão.

Não existe um mau eterno; a história nos mostra isso. É claro que se ficarmos à toa na vida, vendo a Banda passar, as coisas demoram mais, mas uma coisa é certa e eu quero ver  alguém “tentar esconder nossa enorme euforia”, quando a Banda Petralha passar e ser enterrada na história.

31 de Março

Saudade dos governos militares? Nem um pouco. É claro que podíamos andar pelas ruas sem maiores sustos. Ao contrario da petralhada e dos comunistoides de plantão, detesto qualquer ditadura; de esquerda ou de direita; de cima ou de baixo. Bashar, Chávez ou os irmãos Castro, são tão perniciosos  quanto foram  Stalin, Lênin, Getulio ou Pol Pot: são ou foram todos estúpidos. 

Os militares erraram na lei de anistia?. O tempo tem dito que sim, mas enfim...Todos, de um lado e do outro, deveriam responder pelos seus atos. Hoje não teríamos, no governo e na mídia, gente que se tornou “bom moço”, apesar de terem roubado, sequestrado, matado e torturado. E pior, ainda recebem aposentadoria e indenizações milionárias.

31 de Março? Nada a comemorar; a não ser o meu muito obrigado às pessoas de bem que nos livraram do comunismo: já é o bastante. Mas se os esquerdopatas de plantão odeiam o 31 de março eu - e muitos - odeio muito mais o 1º de janeiro de 2003, que nos mergulhou num mar de lama, nunca dantes navegado.

terça-feira, março 27, 2012

Conheça vulnerabilidades em sistemas de voto eletrônico.

Conheça vulnerabilidades em sistemas de voto eletrônico.

seg, 26/03/12
por Altieres Rohr



Em um teste de segurança promovido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Universidade de Brasília (UnB) conseguiu encontrar uma falha na urna eletrônica que permite desembaralhar os votos. Na prática, é possível descobrir quem votou em quem, desde que se saiba qual a ordem da votação. Sistemas de votação eletrônica em todo o mundo, porém, já tiveram falhas descobertas e alguns foram até proibidos.

O objetivo principal de qualquer ataque a uma urna eletrônica é conseguir redirecionar votos, ou seja, fazer com que o voto para uma pessoa seja contabilizado para outra. No caso do Brasil, isso ainda não foi possível.

A falha encontrada pelos especialistas da UnB permite reconstruir a ordem de votação, ou seja, saber qual foi o primeiro voto, o segundo, o terceiro e assim por diante. Com isso, se alguém estiver observando a ordem de entrada na sessão eleitoral e souber qual foi sua posição na fila de votação, é possível descobrir em quem você votou.

No Brasil, o sigilo do voto é um direito constitucional. Para o TSE, a falha não constitui quebra de sigilo porque os dados dos eleitores não estão expostos no ataque realizado. Logo, o próprio ataque não fornece a identificação do eleitor – uma informação que precisa ser obtida externamente. O TSE já afirmou que irá reforçar a função que “embaralha” os votos.

Fora do país, testes realizados em urnas eletrônicas mostraram falhas gravíssimas. Em 2010, uma equipe da Universidade de Princeton conseguiu instalar o jogo Pac-man em uma eletrônica. A máquina, uma AVC Edge fabricada pela Sequoia, foi obtida pelos pesquisadores depois que o estado de Virgínia, nos EUA, proibiu as máquinas DRE – as chamadas urnas de “primeira geração”, um grupo que inclui as urnas brasileiras – por serem consideradas inseguras.

Outra máquina do mesmo tipo, a AccuVote-TS de fabricação da Diebold, foi comprometida em 2006 por pesquisadores da mesma universidade. Eles conseguiram fazer a urna exibir um candidato na tela e registrar o voto para outro. Os especialistas descobriram que era possível remover o cartão de memória e trocar o software da máquina. Para um golpista preparado, o processo levaria menos de um minuto.

As urnas DRE, ou Direct-Recording Electronic, são caracterizadas pelo armazenamento exclusivo do voto em uma mídia eletrônica. No Brasil, a lei obrigaria os votos a serem impressos e conferíveis pelo eleitor a partir de 2014, mas a medida está suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF), depois que uma ação do Ministério Público Federal alegou que a mesma seria incompatível com o sigilo do voto (confira o andamento do processo no site do STF).

Além de serem proibidas em alguns estados dos EUA, tribunais alemães também julgaram as urnas DRE inconstitucionais no país.

A urna desenvolvida mais recentemente, a Vot-Ar, da Argentina, usada pela primeira vez em 2011, usa um sistema em que o voto é gravado em um chip de radiofrequência (RFID) localizado em um cartão que chamam de “boleta”. O voto também é impresso em texto na boleta, e o eleitor pode ler o voto que foi gravado eletronicamente em outras máquinas da sessão antes de depositá-lo na urna. Por essas características, é considerada uma máquina de votar de “segunda geração” e não se enquadra na categoria de DREs. A segurança da parte eletrônica da urna, porém, ainda não foi testada.

DRE na Índia
A máquina de votar usada na Índia também é do tipo DRE. Nenhuma falha grave foi encontrada em testes autorizados pelo governo. Uma urna foi obtida de forma extraoficial por pesquisadores, que conseguiram redirecionar votos para outros candidatos. Segundo os especialistas, não seria possível identificar uma urna alterada. O aparelho modificado era controlado por telefone celular, permitindo ativar a fraude somente no momento da votação.

Um dos indianos envolvidos no teste, Hari Prasad, foi preso pela polícia indiana. Ele foi solto e ainda responde um processo criminal no país. O governo quer saber quem cedeu a urna aos pesquisadores.

Em janeiro de 2012, um tribunal pediu que a Comissão Eleitoral da Índia, responsável pelo equipamento, converse com especialistas e com partidos políticos para saber como modificar a máquina e deixá-la mais segura.

Votação pela internet
No início de março, pesquisadores da Universidade de Michigan, entre os quais J. Alex Halderman – que era responsável pelas pesquisas em Princeton -, mostraram fraquezas em um sistema de voto pela internet. A pesquisa só foi possível porque a cidade de Washington, nos EUA, liberou o novo sistema de eleição pela web para testes antes da eleição verdadeira.

O projeto foi realizado para viabilizar os votos de cidadãos que estavam viajando fora do país.

Os pesquisadores conseguiram invadir o servidor que contava os votos. Eles obtiveram acesso aos números identificadores da votação e conseguiram alterar os resultados. No fim, fizeram com que “Bender Entortar Rodríguez”, personagem do desenho “Futurama”, ganhasse a eleição para o conselho de educação de Washington.

No texto que escreveram detalhando os eventos, os pesquisadores ainda disseram que detectaram uma segunda invasão, de um endereço do Irã, e que conseguiram acessar as câmeras de segurança do local onde estava o servidor. Eles acrescentaram que, com a tecnologia atual, não é possível votar pela internet com segurança.

Para alguns especialistas, como os do Open Voting Consortium, a única maneira de garantir uma eleição por meio eletrônico é adicionando uma forma para que eleitores confiram o voto fora do meio digital, normalmente por papel ou outro meio impresso que permita ao eleitor ver em quem ele votou. Esse papel deverá ser usado para fiscalizar as urnas e auditar os resultados da eleição, de modo que uma fraude completa precisaria fraudar tanto os papéis como o registro eletrônico de forma igual, o que é mais difícil.

Fonte: Segurança Digital no G1

segunda-feira, março 26, 2012

DEUS AINDA SERÁ BANIDO DAS CONSCIÊNCIAS?



Preso processa Deus por quebra de contrato (17 de outubro de 2005).


Um preso romeno está processando Deus por falhar em salvá-lo do diabo. O prisioneiro, chamado Pavel M, segundo a imprensa local, acusa Deus de traição, abuso e tráfico de influência.
Segundo o site Ananova, o homem alega que o seu batismo é um contrato entre ele e Deus, que teria a obrigação de manter o Diabo longe, assim como os problemas.

A reclamação foi enviada para a Corte de Timisoara e encaminhada para o escritório do procurador. Entretanto, os procuradores já disseram que provavelmente o processo será arquivado e eles não tem como chamar Deus para depor".

E como os amalucados existem aos montes, principalmente no Brasil de uns nove anos para cá, não seria impossível que pudéssemos ver as mesmas entidades (??) que conseguiram que o TJ-RS banisse os crucifixos dos tribunais gaúchos - da hoje capitania hereditária de Tarso Genro - , entrassem com ação nos tribunais do país, pedindo o banimento de Deus do território nacional ou mesmo solicitando um Habeas Data.

Explicando o juridiquês:Habeas Data é a garantia constitucional, que nos termos literais da Constituição Federal (art. 5º, inciso LXXII), tem por finalidade “assegurar o conhecimento de informação relativa à pessoa do impetrante, constante de registros ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público”, assim como a “retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo”.

Como se sabe (ou se diz), Deus sabe de tudo, do que fazemos no shopping ao que preparamos na cozinha; portanto tem, a respeito de todo o cidadão - crente ou não -, um imenso banco de dados e - aí é que está o problema - pode usar esses dados como bem entender; para o bem de cada cidadão ou não; no presente ou no futuro. E vai daí, que as mesmas pessoas que se sentiram ameaçadas por um crucifixo - o filho -, tendem a se sentir ameaçadas por Deus - o pai -; muito embora digam que n'Eles não creem, mas é uma espécie de afirmação e superioridade; essa gente não gosta de ficar por baixo, não gostam de perder nem a condução.

Talvez, quem sabe, já que esse governo vive de mãos dadas com a corrupção - que é praticamente um programa de governo - essas entidades não sejam financiadas nesse processo contra Deus com incentivos fiscais, lei rouanet; sei lá... uma transferência pura e simples dos cofres que já deixaram de ser públicos para serem dos aliados???

Confesso que nunca gostei de filmes de terror, dava-me medo, paúra. O tempo passou, meus conceitos sobre terror mudaram e posso assistir hoje, tranquilamente,  um filme de terror, como assistiria a uma coletiva do Lula: rindo e achando incrível como são capazes, os diretores e o Lula de serem tão bizarros e inconsequentes.

Hoje não tenho nenhum receio se por acaso topar com um morcego porque sei que é um animal até simpático e indefeso. Meu sangue só é tirado em hemocentros e pelo governo. Mas, entendo bem o que sentem as "lésbicas e feministas (leia-se abortistas)" quando entram em um tribunal e dão de cara com um crucifixo. É exatamente o que os filmes do conde Drácula nos mostram: medo, paúra, repulsa e xiliques. Não é bem pelo símbolo, mas pelo que ele representa; ainda que todas se digam ateias ou católicas light, respaldadas pelo evangélico bispo abortista e beberrão Macedo; eu sei que no fundo elas sentem que um dedo acusador estaria sempre sob suas cabeças. Sem o crucifixo, tudo fica mais leve e isso prova que ética, moral e consciência passam bem longe dessa gente.

Eu entendo como é isso de sentir medo diante de um símbolo. Se me deparo com a suástica ou a foice e o martelo sinto nojo em saber que promoveram milhões de mortos e não entraria num lugar onde esses símbolos estivessem presentes, muito menos gostaria de ser julgado por quebrar uma simples vidraça, num tribunal que funcionasse sob a égide desses símbolos. A bandeira do PT me causa mais ou menos a mesma coisa, mas me dói mais no bolso; mas essa bandeira símbolo da corrupção pode ser eliminada tão logo deem fim às Urnas Eletrônicas, mas isso fica para mais tarde.

É claro que um processo que tente acabar com a influência divina ou afastar Deus e seu mandamentos ortodoxos - segundo muitos já "ultrapassados" - parece estar longe de acontecer, mas não é impossível e pode até chegar às instâncias superiores e ao STF e aí posso chutar o resultado: 6 a 5. Para quem, se para Deus ou não é um exercício de futurologia, adivinhação ou feitiçaria e disso eu quero distância: eu ainda creio em Deus e levo à sério o profeta Isaías que, inspirado por Ele nos escreveu:

"Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os feiticeiros, que chilreiam e murmuram, respondei: Acaso não consultará um povo a seu Deus? acaso a favor dos vivos consultará os mortos?"











sábado, março 24, 2012

Elvis morreu, mas Stalin vive.





Por Percival Puggina(*)

Para os senadores socialistas brasileiros, dar pitaco na política externa norte-americana é um dever. Mas nada de apontar o dedo para os horrores que a ditadura comunista cubana impõe aos dissidentes e a toda população da ilha-cárcere.


Confesso que volta e meia me vejo assistindo, pela tevê, às sessões do Senado Federal ou às da Câmara dos Deputados, embora esta últimas, não raro, se assemelhem a uma fila de telefone público mandando recados para o interior.

Pois foi num desses cateterismos televisivos através do coração da democracia brasileira que me deparei, na última quinta-feira, com a transmissão de uma sessão da Comissão de Relações Exteriores do Senado, sob a presidência do senador Fernando Collor. Na pauta, dois requerimentos apresentados por Eduardo Suplicy. O paulista, com sua retórica de hipnotizador, propôs o envio de duas moções. Uma ao governo dos Estados Unidos pedindo a desocupação de Guantánamo, a liberdade dos cinco agentes cubanos presos e condenados pela justiça norte-americana, e o fim do tal embargo comercial que ninguém respeita. A outra moção seria dirigida a Cuba, pedindo a libertação dos presos políticos e o levantamento das restrições às entradas e saídas de cidadãos cubanos no próprio país. Para quem não sabe, cubanos só saem de Cuba com beneplácito do governo ou dos tubarões. E o beneplácito do governo é o menos provável.

A primeira moção teve aprovação resoluta, unânime, indiscutível. A segunda abatumou. Os senadores Ranulfe Rodrigues, Vanezza Grazziotin, Fernando Collor e, principalmente, Delcídio do Amaral, entenderam inconveniente que o Brasil se imiscuísse em assuntos internos de Cuba. A moção foi rejeitada. Em vão Pedro Simon e Ana Amélia expressaram surpresa com a escancarada contradição. A maioria dos presentes não viu problemas em dar palpites à política norte-americana, mas fazer o mesmo em relação a Cuba, sim, constituiria grave intromissão em assuntos internos de uma nação soberana.

Exclame-se, amigo leitor. Xingue. Mas escolha adjetivos que correspondam a um diagnóstico político correto. Aquela turma conta muito com a ingenuidade alheia. Preza imensamente a ingenuidade alheia! Graças a essa ingenuidade, pela qual o ocorrido aponta direto para a rematada incoerência e para o absurdo, eles se dão o direito de fazer política segundo uma lógica própria, uma racionalidade disciplinada e obedecendo a um mínimo ético que é o máximo da malícia. As pessoas tendem a concluir assim: "Um peixinho de aquário perceberia tal contradição!". Sim, um peixinho de aquário e um senador stalinista. Então, entenda: qualquer deles, jamais votaria moção contra Cuba. Os repórteres que perguntaram à presidente Dilma e ao governador Tarso o que tinham a dizer sobre direitos humanos por lá, depois das recentes visitas à ilha, proporcionaram a ambos oportunidade de tecer pesadas críticas aos Estados Unidos. Sem qualquer embaraço. Sobre Cuba, nada. Contradição? Não, apenas ética stalinista. Tudo pela causa, camaradas! Digam-me quando não foi assim. É por serem assim que tais autoridades, homens e mulheres, fazem um discurso sobre direitos humanos no Brasil, criam um Ministério da Mulher - e andam aos abraços com as autoridades iranianas.

Vou encerrar reproduzindo parte de um artigo no qual Eça de Queiroz, em 1871, expressou seu constrangimento ante o que via acontecer em seu Portugal. No caso, ele menciona a Espanha. Nós deveríamos colocar-nos, pelos mesmos e muitos outros motivos, também constrangidos diante do mundo. Diz ele: "O país não pode, em sua honra, consentir que os espanhóis o venham ver. O país está atrasado, embrutecido, remendado, sujo, insípido. O país precisa fechar-se por dentro e correr as cortinas. E é uma impertinência introduzir no meio de nosso total desarranjo, hóspedes curiosos, interessados, de luneta sarcástica".

Com a sociedade ingenuamente adaptada a uma crise moral de rosto sujo e cauda longa, podíamos, muito bem, passar sem ressuscitar entre nós e exibir ao mundo uma ética stalinista de malícia e conveniência que se impõe sobre tudo. Espere a incoerência e não se surpreenderá jamais.


Fonte: Mídia Sem Máscara.

* Percival Puggina (67) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, articulista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões.

MAIS UMA FARSA ANTISSEMITA.


Israel denuncia que funcionária da ONU divulga notícia mentirosa e sensacionalista sobre morte de criança em Gaza.

O Embaixador Prosor exigiu formalmente que Khulood Badawi, que é a representante da OCHA (UN Office for the Coordination of Humanitarian Affairs – Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários) em Jerusalém seja dispensada de suas funções depois que ela postou via Twitter uma foto de uma menina palestina morta por um ataque da Força Aérea de Israel, quando Israel descobriu que na realidade a menina havia morrido em um acidente de carro quatro anos atrás.

Na semana passada, segundo o relatório, Badawi enviou ao mundo via Twitter uma foto de uma criança ensangüentada nos braços do pai com a seguinte descrição: "A Palestina sangra. Outra criança morta por Israel. Outro pai carregando sua filha para o túmulo em Gaza".

Esta mensagem pelo Twitter foi um enorme sucesso, e informava que a menina palestina morreu vitima de um ataque aéreo israelense no dia anterior, mas uma investigação de Israel sobre esta afirmação descobriu que na verdade esta menina foi morta em um acidente de carro em 2006!

Em sua carta para a subsecretária geral da OCHA Valerie Amos, o embaixador de Israel na ONU Ron Prosor escreveu: "A foto foi tirada e publicada em 2006 pela Reuters, quando informou que esta criança morreu em um acidente. Esta criança não foi morta por israelenses".

Desta forma o Embaixador Prosor está pedindo demissão imediata de Badawi pelo seu tweet incendiário, e esclarecendo que a "Sra. Badawi violou completamente os artigos 100 e 101 da Carta da ONU".

A Fox News informou que a OCHA empregou Badawi, apesar do seu passado de ativismo pró-palestino, ao mesmo tempo em que o site da OCHA define que "os agentes humanitários não devem tomar partido em hostilidades ou se envolverem em controvérsias de natureza política, racial, religiosa ou ideológica".

Em resposta à carta de Prosor, Amos escreveu: "É lamentável que um membro da equipe da OCHA tenha postado informações no seu perfil pessoal no Twitter, informações essas que são falsas e que se referem sobre questões relacionadas ao seu trabalho. As opiniões expressas em seus tweets não refletem a opinião da OCHA, nem foram sancionada ou aprovadas pela OCHA". Porém a porta-voz da OCHA Amanda Pitt informou que Badawi continua plena na sua função, e que “internamente estão revisando se alguma ação deveria ser tomada em relação a um membro da equipe”.

Fonte: Rua Judaica

sexta-feira, março 23, 2012

Árabes Israelenses, Vivendo Um Paradoxo.


Árabes Israelenses, Vivendo Um Paradoxo.



por Daniel Pipes
The Washington Times
22 de Março de 2012




Será que os árabes, que totalizam um quinto da população de Israel, podem ser cidadãos leais ao estado judaico?

Com essa pergunta em mente, visitei recentemente várias regiões habitadas pelos árabes de Israel (Jaffa, Baqa al-Gharbiya, Umm al-Fahm, Haifa, Acre, Nazaré, as Colinas de Golã, Jerusalém) e mantive uma troca de ideias com as principais correntes israelenses, tanto árabes como judaicas.

Constatei que a maioria dos cidadãos de língua árabe encontra-se intensamente ambivalente quanto a viver sob um sistema de governo judaico. De um lado, ressentem o judaísmo, por ser a religião preponderante do país, a Lei do Retorno, que permite apenas aos judeus imigrarem de acordo com a sua vontade, o hebraico por ser o principal idioma do estado, a Estrela de David na bandeira e a menção da "alma judaica" no hino nacional. De outro lado, dão valor ao sucesso econômico do país, ao padrão do sistema de saúde pública, ao estado de direito e ao funcionamento da democracia.

Esses conflitos se manifestam de diversas maneiras. A pequena população árabe-israelense, sem instrução e derrotada em 1949 cresceu dez vezes, adquiriu habilidades modernas e recuperou a confiança. Alguns dessa comunidade adquiriram posições de prestígio e responsabilidade, incluindo o Juiz da Suprema Corte, Salim Joubran, o ex-embaixador Ali Yahya, o ex-ministro de estado Raleb Majadele e o jornalista Khaled Abu Toameh.

Mas esses poucos assimilados eclipsam-se diante das massas descontentes que se identificam com o Dia da Terra, Dia da Nakba e o relatório Future Vision (Visão do Futuro). E o mais revelador, a maioria dos parlamentares árabes israelenses, como Ahmed Tibi e Haneen Zuabi, são cabeças quentes que exalam violência antisionista. Os árabes israelenses têm recorrido cada vez mais à violência contra os seus compatriotas israelenses.

Na realidade, os árabes israelenses vivem dois paradoxos. Embora sofram de discriminação em Israel, desfrutam de mais direitos e maior estabilidade do que qualquer outra população árabe vivendo em seus próprios países soberanos (pense no Egito ou na Síria). Segundo, vivem em um país que seus patrícios árabes amaldiçoam e ameaçam aniquilar.

Minhas conversas em Israel levaram-me a concluir que essas complexidades impedem uma discussão sólida, tanto pelos judeus como pelos árabes, sobre todas as implicações da existência anômala dos árabes israelenses. Parlamentares extremistas e jovens violentos não são levados em conta, como se fossem marginalizados, não representativos. Em vez disso, ouve-se que se os árabes israelenses fossem tratados com mais respeito e recebessem mais ajuda municipal do governo central, já seria o suficiente para que o descontentamento atual fosse minorado, que é preciso distinguir entre (os bons) árabes de Israel e (os maus) árabes da Cisjordânia e Gaza, além de uma advertência que os árabes israelenses irão se transformar em palestinos a menos que Israel os trate melhor.

Meus interlocutores, em geral, deixam de lado as questões referentes ao islamismo. Até pareceu indelicado mencionar o imperativo islâmico de que os muçulmanos (que abrangem 84 porcento da população árabe-israelense) tratem de seus próprios negócios e interesses. Discutir a aspiração islâmica de aplicar a lei islâmica atraiu olhares estupefatos e a mudança para tópicos mais imediatos.

Essa rejeição me fez lembrar da Turquia anterior a 2002, quando a corrente predominante dos turcos presumiram que a revolução de Atatürk era permanente e que os islamistas assumidos permaneceriam um fenômeno marginal. Eles confirmaram seu enorme erro: uma década depois dos islamistas chegarem democraticamente ao poder em 2002, o governo eleito foi pouco a pouco aplicando mais leis islâmicas, montando uma potência regional neo-otomana.

Eu prevejo uma evolução semelhante em Israel, conforme os paradoxos árabes israelenses aumentem com mais vigor. Os cidadãos muçulmanos de Israel continuarão a crescer em número, habilidades e confiança, tornando-se simultaneamente mais integrados à vida do país e mais ambiciosos em derrubar a soberania judaica. O que leva a crer que à medida que Israel supera as ameaças externas, os árabes israelenses irão surgir como uma preocupação crescente. Aliás, eu prevejo que eles representem o derradeiro obstáculo para o estabelecimento de um lar judaico vislumbrado por Theodor Herzl e Lord Balfour.

O que há de se fazer? Os cristãos do Líbano perderam poder pelo fato de terem incorporado muçulmanos demais, tornando-se uma proporção pequena demais da população do país para governá-lo. Lembrando dessa lição, a identidade e a segurança de Israel requerem minimizar o número de cidadãos árabes – não reduzir seus direitos democráticos, muito menos deportá-los, mas sim implementar etapas como ajustar as fronteiras de Israel, construir muros ao longo das fronteiras, implantar rigorosas políticas de reunificação familiar, alterar as políticas pró natalidade e examinar cuidadosamente as petições de refugiados.

Ironicamente, o maior empecilho a essas ações é que a maioria dos árabes israelenses deseja enfaticamente continuar sendo desleal ao estado judeu (e contrariamente cidadão leal de um estado palestino). Além disso, muitos muçulmanos de outras regiões do Oriente Médio almejam tornarem-se israelenses (um fenômeno que eu chamo de aliyah muçulmana). Tais preferências, pressuponho, irão entravar o governo de Israel, que não irá criar respostas adequadas, tornando com isso a relativa calma de hoje na crise de amanhã.

O Sr. Pipes (DanielPipes.org) é o presidente do Middle East Forum e ilustre companheiro visitante Taube da Instituição Hoover da Universidade de Stanford. © 2012 por Daniel Pipes. Todos os direitos reservados. 

quarta-feira, março 21, 2012

21 DE MARÇO DIA INTERNACIONAL DA SÍNDROME DE DOWN.

21 DE MARÇO DIA INTERNACIONAL DA SÍNDROME DE DOWN.




Nada melhor para mostrar do que são capazes os portadores de down - ou do quanto somos incapazes em aceitá-los - como apresentá-lo como protagonistas de um filme produzido especialmente para isso.


COLEGAS O FILME
Colegas é um filme que aborda de forma inocente e poética coisas simples da vida através dos olhos de três jovens com síndrome de Down. São eles: Stalone, Aninha e Márcio, colegas que se comunicam basicamente através de frases célebres de cinema, resultado dos anos em que trabalharam na videoteca do Instituto Madre Tereza, local onde vivem.


Um dia, inspirados pelo filme Thelma & Louise, resolvem fugir no carro velho do jardineiro (Lima Duarte) em busca de seus sonhos: Stalone quer ver o mar, Marcio quer voar e Aninha busca um marido pra se casar. Nessa viagem, enquanto experimentam o sabor da liberdade, envolvem-se em inúmeras confusões e aventuras como se a vida não passasse de uma eterna brincadeira.


PS - Especial homenagem ao ex-jogador e hoje deputado Romário, pai especial - que ao contrário do ex-rei do futebol, não abandonou sua filha; a do ex-rei era sã e morreu sem um único abraço do pai.


Veja mais sobre o filme em http://blogcolegasofilme.com/ 

segunda-feira, março 19, 2012

Crucifixo, chatice e intolerância.



Carlos Alberto di Franco(*) - O Estado de S.Paulo.

Se foi para banir o crucifixo, o que ele estava fazendo ao fundo?

Carlos Brickmann, jornalista arguto e politicamente incorreto, decidiu entrar no vespeiro do despejo do crucifixo de todas as dependências do Poder Judiciário do Rio Grande do Sul. Vale a pena registrar o seu comentário.

"Há religiões; também há a tradição, há também a história. A Inglaterra é um estado onde há plena liberdade religiosa e a rainha é a chefe da Igreja. A Suécia tem plena liberdade religiosa e uma igreja oficial, a Luterana Sueca. A bandeira de nove países europeus onde há plena liberdade religiosa exibe a cruz.

O Brasil tem formação cristã; a tradição do país é cristã. Mexer com cruzes e crucifixos vai contra esta formação, vai contra a tradição. A propósito, este colunista não é religioso; e é judeu, não cristão. Mas vive numa cidade que tem nome de santo, fundada por padres, numa região em que boa parte das cidades tem nomes de santos, num país que já foi a Terra de Santa Cruz. Será que não há nada mais a fazer no Brasil exceto combater símbolos religiosos e tradicionais?

Se não há, vamos começar. Temos de mudar o nome de alguns Estados e cidades como Natal, Belém, São Luís e tantas outras. E declarar que a Constituição do País, promulgada 'sob a proteção de Deus', é inconstitucional.

Há vários símbolos da Justiça, sendo os mais conhecidos a balança e a moça de olhos vendados. A balança vem de antigas religiões caldeias. Simboliza a equivalência entre crime e castigo. A moça é Themis, uma titã grega, sempre ao lado de Zeus, o maior dos deuses. Personifica a Ordem e o Direito.

Como ambos os símbolos são religiosos, deveriam desaparecer também, como o crucifixo?"

Em São Paulo, cidade cosmopolita e multicultural, basta bater os olhos nas estações da Linha Azul do Metrô: Conceição, São Judas, Saúde, Santa Cruz, Paraíso, São Joaquim, Sé, São Bento, Luz, Santana. E aí, vamos ceder ao fervor laicista e mudar o nome de todas elas?

Carlos Brickmann foi certeiro. Mostrou a insensatez e a chatice que estão no fundo da decisão de um Judiciário ocupado com o crucifixo e despreocupado com processos que se acumulam no limbo da inoperância e do descaso com a prestação da justiça à cidadania. Na escalada da intolerância laicista, crescente e ideológica, não surpreenderia uma explosão de ira contra uma das maravilhas do mundo e o nosso mais belo e festejado cartão-postal: o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.

O Estado brasileiro é laico. E é muito bom que seja assim. Mas a laicidade do Estado não se estende por lei, decreto ou decisão judicial a toda a sociedade. O Estado não pode abolir ou derrogar tradições profundas da sociedade, pois estaria extrapolando o seu papel e assumindo a inaceitável função de tutor totalitário de todos nós.

Como já escrevi neste espaço opinativo, o laicismo, tal como hoje se apresenta e "milita", não é apenas uma opinião, um conjunto de ideias ou uma convicção, que se defende em legítimo e respeitoso diálogo com outras opiniões e convicções, como é próprio da cultura e da praxe democrática. Também não se identifica com a "laicidade", que é algo positivo e justo e consiste em reconhecer a independência e a autonomia do Estado em relação a qualquer religião ou igreja concreta, e que inclui, como dado essencial, o respeito pela liberdade privada e pública dos cultos das diversas religiões, desde que não atentem contra as leis, a ordem e a moralidade pública.

O laicismo militante atual é uma "ideologia", ou seja, uma cosmovisão - um conjunto global de ideias, fechado em si mesmo -, que pretende ser a "única verdade" racional, a única digna de ser levada em consideração na cultura, na política, na legislação, no ensino, etc. Por outras palavras, o laicismo é um dogmatismo secular, ideologicamente totalitário e fechado em sua "verdade única", comparável às demais ideologias totalitárias, como o nazismo. Tal como as políticas nascidas dessas ideologias, o laicismo execra - sem dar audiência ao adversário nem manter respeito por ele - os pensamentos que divergem dos seus "dogmas" e não hesita em mobilizar a "Inquisição" de certos setores para achincalhar - sem o menor respeito pelo diálogo - as ideias ou posições que se opõem ao seu dogmatismo.

Alegará que são interferências do pensamento religioso ou de igrejas, quando um democrata deveria pensar apenas que são outros modos de pensar de outros cidadãos, que têm tantos direitos como eles; e sem reparar que o seu laicismo militante, dogmático, já é uma pseudorreligião materialista e secular, como o foram as ditaduras comunistas e o nazistas.

Pratica-se, então, o terrorismo ideológico, pelo sistema de atacar os que, no exercício do seu direito democrático, pensam e opinam de forma diferente da deles, acusando-os de serem - somente por opinarem de outra maneira - intransigentes, tirânicos, ditatoriais - três características das quais o laicismo, na realidade, parece querer a exclusividade.

O Brasil, não obstante o empenho dos proselitistas ideológicos, é um país tolerante. Na religião, igualmente, o Brasil tem sido um modelo de convivência. Ao contrário de muitas regiões do mundo marcadas pelo fanatismo e pelo sectarismo religioso, o Brasil é um sugestivo caso de relação independente e harmoniosa entre religião e Estado.

É preciso, sem dúvida, desenvolver o senso crítico contra os desvios da intolerância, do fanatismo e de certas manifestações de estelionato religioso tão frequentes nos dias que correm. Mas não ocultemos os estragos causados pelo fundamentalismo laicista.

Estado laico, sim. Mas articulado com o Brasil real, tolerante, aberto, miscigenado.


(*)Doutor em Comunicação, é professor de Ética e diretor do Master em Jornalismo. E-mail: difranco@iics.org.br

sábado, março 17, 2012

Atentado terrorista contra a embaixada de Israel.


20 anos depois...


Artigo do Dr. Eduardo Kohn.

Em 17 de março de 1992, às 14h42, horário da Argentina, um Ford F-100 carregado com explosivos foi jogado contra o edifício da Embaixada de Israel em Buenos Aires. Vinte e nove pessoas foram assassinadas, entre elas, vários diplomatas israelenses, e 242 ficaram feridos. O edifício da Embaixada foi destruído pelo ataque, uma igreja e uma escola foram seriamente danificadas.

Foi, até então, o pior ataque a uma missão diplomática de Israel. Em 1997, a ação judicial que até aquele momento não havia avançado em sua investigação, determinou que a explosão deveu-se a um carro bomba e que o governo do Irã era o responsável político pelo ataque. Além disso, foi declarou que o coordenador fora Imad Mugniyah, líder do Hezbollah.

Hoje, do ponto de vista judicial, é uma causa prescrita e impune. Seus autores nunca foram detidos e levados perante a Justiça. A América Latina começou então, há 20 anos, a entender através do sofrimento de tantas vítimas, o que significa esta forma de terrorismo suicida. A reação não foi a adequada.

Prova disto, é que apenas dois anos depois, em 18 de julho de 1994, o Irã atacou novamente a Argentina, cometendo outro atentado bárbaro contra o edifício da comunidade judaica ,, assassinando 85 pessoas e deixando mais de 300 feridos. A impunidade destes atentados, o fato de que seus perpetradores são procurados pela Interpol, mas não se consegue obter Justiça, assinala uma marca profundamente negativa no coração da América Latina.

O Presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que nega o Holocausto, e ameaçou “varrer” Israel do mapa, mantêm alianças estratégicas com a Venezuela, Bolívia, Equador, Cuba e Nicarágua. Isto, além dos grupos do Hezbollah que chegaram à nossa região, nos indica que 20 anos após o atentado contra a Embaixada de Israel em Buenos Aires, o perigo não terminou, ao contrário, é muito maior.

A aliança do Irã com os membros da ALBA (Aliança Bolivariana para as Américas) é uma espada de Dâmocles sobre toda a América Latina, quando o terrorismo ataca, assassina indiscriminadamente. Lamentavelmente, desta dura lição não se quis aprender, e por isso, a ameaça está latente e presente.

Dr. Eduardo Kohn é Diretor para América Latina da B’nai B’rith Internacional

sexta-feira, março 16, 2012

Israel X Irã.



por David Tabacof


Dada a desinformação reinante em torno de um possível ataque israelense ao Irã, o que tem provocado preocupação, informo que, em minha opinião, após a visita de Netaniahu a Washington na semana passada, cresceram as chances de um ataque preventivo israelense.

O preço a pagar será o lançamento de mísseis iranianos e do Hesbolá em direção do centro de Israel, principalmente da área que circunda Tel Aviv. O reator de Dimona também será alvo preferido. Natanhianu faz a seguinte conta: se deixarmos o Irã se armar nucleramente, talvez não use este poderio para atacar imediatemente. O problema imediato será o estímulo e proteção que daria ao Hesbolá, no Líbano e o Hamas em Gaza. Israel passaria a viver à sombra de um Irá portador de bombas nucleares portando mísseis balísticos. Algo que muitos aqui consideram intolerável.

A recusa aliada em bombardear alguns campos de morte nazista durante a 2ª. Guerra, tem servido de exemplo para a falta de confiança que outros possam nos dar proteção. Vivo em Israel há algumas décadas a acho que aprendi uma ou duas coisas. Por isto, mesmo correndo o risco de cometer um erro de apreciação, afirmo que se os serviços de inteligência de Israel informarem que Teerã está prestes a testar um petardo nuclear, Israel atacará.

Este ataque certamente agravará enomemente a crise econômica mudial e o preço do petróleo poderá ultrapassar 300 U$ o barril. É claro que a ameaça israelense de atacar forçará o mundo desenvolvido a reagir a fim de não sofrer suas consequências. Há também um componente de blefe por parte de Israel afim de empurrar o mundo a forçar o Irã a parar. Mas, este não é um blefe normal do jogo de pôker já que Israel tem meios de executar o ataque, mas prefere não iniciar um incêndio de grandes proporções na região.

Um outro elemento que pode influir na decisão iraniana é a “desmentida” capacidade nuclear de Israel que segundo fontes estrangeiras bem informadas possui um estoque de mais de 100 bombas. Se bem que Israel diga e repita que não será o primeiro país a usar a bomba no Oriente Médio, as circunstâncias podem mudar, e estão mudando.

Todos aqui temem uma guerra com o Irá por que sabem que o país não está preparado para sofrer um grande número de baixas civis. Muitos hospitais já vivem superlotados em situações normais. A economia poderá sofrer um grande recuo. E a população civil será a grande vítima numa guerra de apertar botôes vermelhos. Soldados no front estarão mais seguros que a população das cidades.

Em suma, neste momento, Israel parece disposto a dar um prazo relativamente curto às sanções e negociações. Se Teerã não desistir, uma guerra será inevitável. Bibi foi a Washington a fim de colocar Obama a par do que pensa. Na oportunidade, Israel pediu algumas armas especiais e apoio. Parece que foi bem sucedido, se bem que o governo americano tem menos pressa que Israel. O governo israelense, porém, já fechou a questão. Ou o Irã pára seu programa ou será atacado.

quinta-feira, março 15, 2012

LEGALIZAÇÃO DO ASSASSINATO NO BRASIL É REAL.



IRENA SENDLER DISCORDARIA COM TODA A RAZÃO.

Irena Sendler - A mãe das crianças do Holocausto


Imaginemos que Irena Sendler (15 de fevereiro de 1910 - 12 de maio de 2008) estivesse viva e participasse da comissão de juristas (!!??) que reformulam o Código Penal. Imaginemos que ela fosse convidada a opinar a respeito de Eutanásia e Aborto (Aprovados no dia 9 p.p.). Muito provavelmente as pessoas do sexo feminino presentes (na sua maioria pró morte) ficariam descontentes; afinal Irena Sendler salvou mais de 2500 vidas; quer levando roupas, alimentos e medicamentos quer levando crianças judias para fora do gueto de Varsóvia, não as abortou, não se rendeu aos assassinos nazistas.

"A razão pela qual resgatei as crianças tem origem no meu lar, na minha infância. Fui educada na crença de que uma pessoa necessitada deve ser ajudada com o coração, sem importar a sua religião ou nacionalidade. - Irena Sendler"


Quando Irena caminhava pelas ruas do gueto, levava uma braçadeira com a estrela de David, como sinal de solidariedade e para não chamar a atenção sobre si própria. Pôs-se rapidamente em contacto com famílias, a quem propôs levar os seus filhos para fora do gueto, mas não lhes podia dar garantias de êxito. Eram momentos extremamente difíceis, quando devia convencer os pais a que lhe entregassem os seus filhos e eles lhe perguntavam:
"Podes prometer-me que o meu filho viverá?". Disse Irena, "Que podia prometer, quando nem sequer sabia se conseguiriam sair do gueto?" A única certeza era a de que as crianças morreriam se permanecessem lá. Muitas mães e avós eram reticentes na entrega das crianças, algo absolutamente compreensível, mas que viria a se tornar fatal para elas. Algumas vezes, quando Irena ou as suas companheiras voltavam a visitar as famílias para tentar fazê-las mudar de opinião, verificavam que todos tinham sido levados para os campos da morte.


Ao longo de um ano e meio, até à evacuação do gueto no Verão de 1942, conseguiu resgatar mais de 2.500 crianças por várias vias: começou a recolhê-las em ambulâncias como vítimas de tifo, mas logo se valia de todo o tipo de subterfúgios que servissem para os esconder: sacos, cestos de lixo, caixas de ferramentas, carregamentos de mercadorias, sacos de batatas, caixões... nas suas mãos qualquer elemento transformava-se numa via de fuga.

Irena vivia os tempos da guerra pensando nos tempos de paz e por isso não fica satisfeita só por manter com vida as crianças. Queria que um dia pudessem recuperar os seus verdadeiros nomes, a sua identidade, as suas histórias pessoais e as suas famílias. Concebeu então um arquivo no qual registrava os nomes e dados das crianças e as suas novas identidades.
Os nazis souberam dessas actividades e em 20 de Outubro de 1943; Irena Sendler foi presa pela Gestapo e levada para a infame prisão de Pawiak onde foi brutalmente torturada. Num colchão de palha encontrou uma pequena estampa de Jesus Misericordioso com a inscrição: “Jesus, em Vós confio”, e conservou-a consigo até 1979, quando a ofereceu ao Papa João Paulo II.

Quebraram-lhe os ossos dos pés e das pernas, mas não conseguiram quebrar a sua determinação. Foi condenada à morte. Enquanto esperava pela execução, um soldado alemão levou-a para um "interrogatório adicional". Ao sair, gritou-lhe em polaco "Corra!". No dia seguinte Irena encontrou o seu nome na lista de polacos executados. Os membros da Żegota tinham conseguido deter a execução de Irena subornando os alemães, e Irena continuou a trabalhar com uma identidade falsa.

Em 1944, durante o Levantamento de Varsóvia, colocou as suas listas em dois frascos de vidro e enterrou-os no jardim de uma vizinha para se assegurar de que chegariam às mãos indicadas se ela morresse. Ao acabar a guerra, Irena desenterrou-os e entregou as notas ao doutor Adolfo Berman, o primeiro presidente do comité de salvação dos judeus sobreviventes. Lamentavelmente, a maior parte das famílias das crianças tinha sido morta nos campos de extermínio nazis.
De início, as crianças que não tinham família adotiva foram cuidadas em diferentes orfanatos e, pouco a pouco, foram enviadas para a Palestina.

As crianças só conheciam Irena pelo seu nome de código "Jolanta". Mas anos depois, quando a sua fotografia saiu num jornal depois de ser premiada pelas suas acções humanitárias durante a guerra, um homem chamou-a por telefone e disse-lhe: "Lembro-me de seu rosto. Foi você quem me tirou do gueto." E assim começou a receber muitas chamadas e reconhecimentos públicos.
Em 1965, a organização Yad Vashem de Jerusalém outorgou-lhe o título de Justa entre as Nações e nomeou-a cidadã honorária de Israel.

Em Novembro de 2003 o presidente da República Aleksander Kwaśniewski, concedeu-lhe a mais alta distinção civil da Polónia: a Ordem da Águia Branca. Irena foi acompanhada pelos seus familiares e por Elżbieta Ficowska, uma das crianças que salvou, que recordava como "a menina da colher de prata".

Irena Sendler foi apresentada como candidata para o prémio Nobel da Paz pelo Governo da Polónia. Esta iniciativa pertenceu ao presidente Lech Kaczyński e contou com o apoio oficial do Estado de Israel através do primeiro-ministro Ehud Olmert, e da Organização de Sobreviventes do Holocausto residentes em Israel.
As autoridades de Oświęcim (Auschwitz) expressaram o seu apoio a esta candidatura, já que consideraram que Irena Sendler era uma dos últimos heróis vivos da sua geração, e que tinha demonstrado uma força, uma convicção e um valor extraordinários frente a um mal de uma natureza extraordinária.
O prémio desse ano, no entanto, foi dado a Al Gore pela sua defesa do meio-ambiente.

Como se pode entender, fica bem claro que um militante do meio ambiente (o rei do estardalhaço desnecessário) Al Gore, mereceu o prêmio que deveria ser de Irena Sendler; mas enfim quem realmente se preocupa com a vida humana? Melhor salvar o mico leão.

quarta-feira, março 14, 2012

INAUGURAÇÃO DE ORELHÃO.




Em tempos de eleição vale tudo.


Não, definitivamente não é uma notícia publicada nos anos 70, quando a Embratel começava a espalhar a Telefonia fixa pelo pais.

Depois dessa fase, quem não se lembra da dificuldade para se encontrar um "orelhão" e pior ainda, da dificuldade em se fazer uma ligação DDD, com os TPs alimentados por fichas tipo moedas? Para uma ligação para outro estado precisava-se levar uma mochila de fichas.

O tempo passou e no governo FHC a telefonia definitivamente saiu das mãos vagarosas do Estado Preguiçoso e bur(r)ocrático. É claro que essa expansão da telefonia fixa e móvel foi chamada pela esquerda whisky-on-the-rocks como Privataria; coisa que oito anos de desgoverno esquerdopata também foi implantado, só que com outro nome: Concessão.

Só esqueceram de fazer um piso melhorzinho


Invejas à parte, a foto acima parece uma dessas brincadeiras que são postadas diariamente nas redes sociais ou em vídeos no Youtube; mas infelizmente não é. É a mais pura e estupida realidade.

A Notícia:

"O prefeito de Caririaçu, Edmilson Leite inovou além da conta. No último dia 12 de fevereiro, Edmilson inaugurou uma nova estrada que vai ligar os sítios Cruz, Cacimbas a Vila Miragem; o sangradouro do açude do Sítio Serra Branca, e acreditem, um orelhão. Isso mesmo, um telefone público foi motivo para se fazer toda uma solenidade na comunidade do Sitio Cruz com direito a corte de faixa e pouses para fotos".(Fonte:Sobral24h)


Para quem já se esqueceu estamos no século XXI, mas os nossos políticos estão no século XIII - ou antes disso -.